OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 5 de junho de 2017

TODOS OS VIVOS NASCEM E MORREM - MAS A VIDA É IMORTAL

"Imperecível é o espírito da profundeza,
Como o seio profundo da maternidade.
Céus e terra radicam o seio da mãe.
São a origem de todos os vivos,
Que espontaneamente brotam da Vida.

EXPLICAÇÃO: Lao-Tse, na sua vidência cósmica, enxerga o Universo como um abismo de ilimitadas potencialidades, de cuja essência Infinita brotam sem cessar as existências finitas. Todos os seres vivos individuais surgem sempre de novo da Vida Universal, quando nascem; e regressam a esse mar imenso de Vida, quando deixam de ser indivíduos vivos - assim como as ondas do oceano nascem do seio das águas imensas e recaem a esse mesmo seio. O vivo nasce quanto emerge da Vida, e morre quando mergulha novamente nessa Vida. A Vida é sem princípio nem fim, mas os vivos têm princípio e fim.

A célebre questão sobre 'a origem da Vida', tão discutida pelos cientistas, é uma questão absurda porque a Vida não tem origem, nem terá fim; somente os vivos têm princípio e têm fim. Começar a existir como vivo é nascer e o morrer nada têm que ver com a Vida. A inexatidão da terminologia é causa de estéreis controvérsias.

A Vida é.

Os vivos existem e des-existem."

(Lao-Tse - Tao Te King, O Livro Que Revela Deus - Tradução e Notas de Huberto Rohden - Fundação Alvorada para o Livro Educacional, Terceira Edição Ilustrada - p. 36/37)


domingo, 4 de junho de 2017

O MALTRATO DOS ASPIRANTES (PARTE FINAL)

"(...) Os traidores e obstrutores, por outro lado, geram grandes adversidades para si mesmos que podem assumir duas formas particulares, entre outras. Uma é de atrair a atenção e tornarem-se instrumentos dos poderes das trevas, que procuram esmagar toda centelha de espiritualidade em cada ser humano. A outra adversidade consiste em obstruções em sua própria busca da verdade, da luz e do Instrutor. Em vez de ser claro, seu caminho é escuro e difícil. Isto pode ter sido causado não só pela ação direta de um caráter adverso, mas pela negligência, pela indiferença a um aspirante, por ter falhado em levar em consideração seriamente suas questões, seu apelo por ajuda e, em geral, deixar de ver a importância das mudanças interiores que estão ocorrendo no buscador. Este 'pecado de omissão' também gera adversidades, tais como o malogro em encontrar um auxiliar imediato e amigos mais avançados, e obstáculos domésticos, entre outros. 

Os ocultistas deveriam, com sabedoria e tato, estar à procura e ajudar toda a pessoa que encontram que está buscando a luz, mesmo que pareça que ela tenha começado mal. Pois é o fato de estar procurando que é de suprema importância.

Apesar deste conselho aplicar-se à vida oculta em particular, ele consiste na verdade no simples ato de ser amável em todas as ocasiões, mesmo quando a amabilidade tiver que ser firme. No entanto, estes fatos bastante simples e óbvios são muito negligenciados, e seria bom chamar a atenção dos teosofistas, especialmente dos principiantes, para eles. A verdade, infelizmente, é que muitas pessoas são afastadas da Senda, talvez por toda uma encarnação, pela intromissão de parte daqueles que deveriam saber como se portar corretamente."

(Geoffrey Hodson - A Suprema Realização através da Yoga - Ed. Teosófica, Brasília, 2001 - p. 158/159


sábado, 3 de junho de 2017

O MALTRATO DOS ASPIRANTES (1ª PARTE)

"Um dos piores erros em que o ocultista pode incorrer é frustrar o cumprimento da aspiração de alguém recentemente desperto para a vida espiritual.

Um exemplo extremo seria zombar de suas tentativas de vivenciar a mais alta moralidade, ridicularizar seus ideais e a ele por segui-los, distrair deliberadamente a sua atenção e seduzi-lo propositadamente para afastá-lo de sua meta, e de qualquer maneira impedir ou dificultar o seu engajamento na vida oculta. Isto não só é extremamente danoso para a vítima, mas é a causa do carma mais adverso para a pessoa que comete este erro.

Uma das fases mais críticas e maravilhosas da vida da Mônada é o período prolongado durante o qual a personalidade gradativamente se volta para a vida espiritual. Este é o período em que a influência da Mônada através do Ego pode direcionar sucessivas personalidades para a Senda, ou ser impedida de fazê-lo por pessoas ignorantes, invejosas ou voltadas somente para a materialidade.

Alguns que já fizeram um certo grau de progresso, consciente ou inconscientemente, temem com inveja que os neófitos possam ultrapassá-los, e assim colocam obstáculos em seu caminho. O ocultista sábio faz exatamente o oposto. Ele percebe a grande importância para a Mônada-Ego e para a humanidade de cada novo aspirante desperto. Assim sendo, ele ajuda de todas as maneiras ao seu alcance, orientando, alertando, mostrando amizade e protegendo, especialmente durante as dificuldades iniciais quando a mudança está sendo efetuada. Na verdade, esta é uma parte muito importante da vida do ocultista, ajudar os outros a encontrar e a trilhar a Senda. Ainda que não tenham esta motivação, estes ajudantes geram um carma muito auspicioso durante sua própria ascensão na suprema realização espiritual através da ioga. (...)"

(Geoffrey Hodson - A Suprema Realização através da Yoga - Ed. Teosófica, Brasília, 2001 - p. 157/158


sexta-feira, 2 de junho de 2017

A ALMA É LIVRE

"As almas foram 'feitas' à imagem e semelhança de Deus. Nem o pecador mais empedernido pode ser condenado para sempre. Causas finitas não geram efeitos infinitos. Por uso inadequado de seu livre-arbítrio, o homem talvez se julgue mau; mas, no íntimo, é uma criatura de Deus. O filho de um rei pode, sob a influência do álcool ou de um pesadelo, julgar-se mendigo; todavia, quando se recupera do estado de intoxicação ou acorda, constata que se iludiu. A alma perfeita, sempre livre de pecado, acaba por despertar em Deus quando recorda sua natureza real, eternamente virtuosa.

O homem, feito à imagem de Deus, só se ilude por pouco tempo. Esse engano passageiro o induz a julgar-se mortal. E, na medida em que se identifica com a mortalidade, ele sofre.

O equívoco da mortalidade, cultivado pela alma, às vezes se estende a várias encarnações. Contudo, graças ao esforço pessoal - sempre influenciado pela lei divina -, o Filho Pródigo aguça o tirocínio, recorda sua morada em Deus e obtém a sabedoria. Pela iluminação, a alma desgarrada evoca sua imagem eternamente divina e se reúne à consciência cósmica. Então o Pai lhe serve o 'gordo bezerro' da imorredoura bênção e sabedoria, libertando-a para sempre."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda,  Karma e Reencarnação - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 14/15)
www.editorapensamento.com.br

quinta-feira, 1 de junho de 2017

NÃO SE OCUPE DO PASSADO

"Nunca se ocupe do passado. Quando a aflição o dominar, não rememore fatos similares em sua experiência de outrora, vindo assim a intensificá-la. Em vez disso, lembre-se daqueles incidentes quando a aflição não lhe bateu à porta e você foi feliz. Tire consolação de tais memórias, e se levante acima das águas crescentes do sofrimento. Dizem que as mulheres são fracas porque, mais facilmente que os homens, se rendem à raiva e à tristeza. Assim, a elas eu pediria que façam esforços extras para chegarem a vencê-las. Repetir o Nome de Deus e pensar em Sua Forma é o melhor antídoto.

Não faltam livros que lhes digam como se libertar da aflição. A Bhagavad Gita está em todas as línguas e a muito baixo custo o exemplar. O Bhavata e o Ramayana e todos os demais livros são vendidos aos milhares a cada dia, mas nada há que indique que eles tenham sido estudados e muito menos assimilados. O hálito na boca pode dar uma leve indicação sobre o alimento que foi consumido. Não é? Os hábitos, a conduta e o caráter dos leitores de tais livros, porém, não têm denotado quaisquer mudanças para melhor. O egoísmo e a ambição ainda estão desenfreados. O ódio não foi reduzido, e a inveja devora a vitalidade dos homens."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interios - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 173)