OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 3 de setembro de 2014

A VERDADE A SERVIÇO DA VIDA (2ª PARTE)

"(...) A verdade é a certeza daquilo que é; ainda que tudo ao redor tenha o selo da impermanência, do vir a ser; é o ponto imóvel que sustenta o movimento do mundo; é o refúgio bendito que nos ampara, quando o medo de existir parece calar a canção do coração; é o alento que brota quando a alma anseia pelo absoluto e o corpo não consegue encontrar refúgio nas coisas que o cercam.

A verdade é a força sagrada que rompe as barreiras que nos separam do mundo. É ela que permite ao homem a genuína experiência da solidariedade e da compaixão; é ela que nos faz sentir a dor do outro e amá-lo, apesar de todas as contradições que a razão possa enxergar nesse amor; é ela que nos permite realizar a experiência da liberdade, ainda que tudo ao redor nos aprisione e sufoque.

A religião invoca a manifestação do sagrado; a verdade sacraliza todas as manifestações da vida. A verdadeira religião está a serviço da verdade quando se detém na investigação e contemplação da beleza e do mistério do universo; quando enxerga a infinita potencialidade que se manifesta como a essência última de todos os seres viventes; quando consegue perceber a respeitar a grande teia da vida, em toda a sua diversidade e em sua sagrada unidade.

Onde está o templo que abriga a verdade? No olhar perplexo de uma criança que descobre o mundo; no olhar cansado do velho que enxerga as mesmas histórias contadas pelos novos tempos; na determinação da mão que ensina as primeiras letras; no calor dos braços que acolhem o irmão; nos gestos de amor e respeito; no pão que alimenta a vida; no gesto humano que resgata a dignidade do outro; no movimento do átomo; no voo de um beija-flor; na palavra que conforta e dá esperança; na maravilha dos elementos; na caverna do coração. (...)"

(Miriam Morata Novaes - A Verdade a serviço da Vida - Revista Sophia, Ano 2, nº 6 - p. 16/17)

terça-feira, 2 de setembro de 2014

CONTRABANDO

"Meu amigo, por que viajas com tanta bagagem, rumo à fronteira do Além?

Terrenos e casas, dinheiro em papel e moeda, apólices e títulos – para que tanta bagagem?

Não sabes que tudo isso vai ser apreendido como contrabando, lá na fronteira do outro mundo?

Aprende a possui o necessário – sem seres possuído pelo supérfluo.

Riquezas, honras e prazeres – tudo será confiscado, nem um só átomo passará para além...

O que é material fica para o mundo do espírito.

Pobre de ti milionário da matéria – e mendigo do espírito!

Veres-te subitamente de mãos vazias – tu, que andavas sempre de mãos repletas!

Não poderes salvar dos teus capitais um centavo sequer!

Por que não queres compreender, pobre analfabeto do espírito, a filosofia da eternidade?

Por que não procuras valores que possas levar para além da fronteira deste mundo?

Valores que não se desvalorizem naquele mundo espiritual?

Valores que circulem como moeda corrente no país em vais imigrar?

Se tivesses de emigrar daqui e imigrar para o Japão ou a China, não te interessarias pelos valores que nesses países circulam?

E porque não pensas em cambiar em valor espiritual os teus títulos materiais?

Se a isto não te levar a religião e a fé – levem-te a isto a filosofia e o bom senso.

Que aproveita ao homem possuir mil valores materiais – se lhe faltar o único valor espiritual? (...)

Aprende a possuir o que merece ser possuído – e despossuir-te do que não merece a tua posse.

Liberta-te da cobiça material com espontânea liberdade – antes que da matéria te despoje compulsoriamente morte cruel!

Ser despojado é sorte de escravo – libertar-se é virtude de herói...

Abre o Evangelho de Jesus Cristo e aprende a filosofia da vida – porque é a filosofia da vida eterna...

A sabedoria da eterna felicidade..."

(Huberto Rohden - De Alma para Alma - Fundação Alvorada, 8ª edição - p. 185/186)

A VERDADE A SERVIÇO DA VIDA (1ª PARTE)

"A religião é um dedo que aponta para o eterno; entretanto, nós passamos a vida agarrados a esse dedo, quase não nos permitindo olhar para aquilo que ele tenta nos mostrar.

A religião fala sobre a música do universo, mas a verdade nos faz dançar com ela. A religião fala sobre a importância da compaixão, mas é a verdade que habita no ponto mais profundo do coração humano, que resgata em nós o respeito e o encantamento ante a beleza e a grandeza do ser. A religião dita regras de conduta, mas é a verdade que nos arrebata para a grandiosidade da experiência humana.

A religião tenta descrever o 'colo de Deus', mas a verdade nos embala no calor divino. Através da religião o homem pratica rituais e ora, na tentativa de estabelecer uma comunicação com Deus. Porém, é a verdade que permite que a mente humana encontre refúgio na mente de Deus, e que dessa sagrada comunhão a vida seja reinventada e reencantada.

Nenhuma religião esgota a verdade, assim como nenhuma obra de arte esgota as possibilidades da arte. Entretanto, o que é a verdade? É a resposta consoladora e silenciosa para busca do homem pelo significado e propósito da vida; é o alento para a inquietante condição humana; é a água que mata a nossa sede de infinito. (...)"

(Miriam Morata Novaes - A Verdade a serviço da Vida - Revista Sophia, Ano 2, nº 6 - p. 16)

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O CONCEITO DE DHARMA

"Estamos destinados a nascer num certo local, viver uma certa vida, ter determinados relacionamentos, alegrias e tristezas? O conceito de dharma trata dessas questões.

Nem o dharma nem o karma são fatalistas. Ambos são afirmações de uma lei natural. O karma é o princípio geral; o dharma é um caso específico, à medida que se relaciona ao nosso eu interno.

O termo dharma não pode ser traduzido; já foi definido como dever, lei, retidão, religião, doutrina, natureza essencial, mas nenhuma palavra contém o seu amplo significado. O dharma está unido ao karma (ação) e à moralidade (reta ação). Annie Besant define dharma como ‘nossa própria natureza interior, no seu atual estágio de evolução, mas a lei de crescimento para o estágio de evolução seguinte’. (...)

Pode-se pensar no dharma como uma pressão interna em direção à autorrealização, ao crescimento interior e ao desenvolvimento do nosso potencial. Quando não prestamos atenção a essa pressão, a vida torna-se cada vez mais difícil, porque o dharma expressa uma lei natural, a nossa natureza essencial. Mesmo que tentemos, não conseguimos violar as leis da natureza e da nossa própria existência.

Podemos tentar ser algo que não somos, mas não vamos conseguir, assim como não conseguiríamos digerir o alimento que outra pessoa comeu. O dharma de uma outra pessoa é não apenas perigoso, mas também impossível de realizar. O dharma é individual; de certa maneira, nosso dharma é o que somos essencialmente."

(Edward Abdill - O fenômeno da sincronicidade - Revista Sophia, Ano 4, nº 15 - p. 22)


PARAPSICOLOGIA: OS FENÔMENOS OCULTOS DA MENTE (PARTE FINAL)

"(...) Há muitos livros sobre clarividência. Os mais notáveis são os de Rhine, Osborne, C. W. Leadbeater, G. N. M. Tyrrel, S. G. Soal, J. W. Dunne e Raynor Johnson. Os parapsicologistas reuniram muitas evidências com o objetivo de provar que o homem possui o poder de derrubar as barreiras do espaço, para conhecer fatos que aconteceram a grandes distâncias. Porém, o mais intrigante de todos os fenômenos paranormais é a pré-vidência, a capacidade de prever acontecimentos futuros.

Esse fenômeno foi comprovado, além de qualquer dúvida, pelo trabalho experimental de Rhine, Soal, Tyrreal e outros. Se na percepção da clarividência as barreiras do espaço são demolidas, na premonitória e na retromonitória as barreiras do tempo é que parecem ser eliminadas.

Os fenômenos paranormais são divididos, de uma maneira ampla, em percepção paranormal e ação paranormal, ou psicocinese. Depois de muita experimentação, Rhine chegou à conclusão de que essas faculdades paranormais não são raras; provavelmente a maioria das pessoas as possui, em estado latente. (...)"

(Rohit Mehta - Parapsicologia: os fenômenos ocultos da mente - Revista Sophia, Ano 2, nº 5, p. 9/11)