OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 3 de setembro de 2013

A SABEDORIA É PRÁTICA

"A pureza é recuperada quando a ação surge de uma consciência religiosa, na qual não há separação entre o ‘eu’ e o outro.

A sabedoria consiste nessa ação. Ela é diferente do conhecimento, em todos os aspectos. Conhecimento, no sentido usual do termo, é conhecimento de fatos. É uma acumulação de informações, e não exige que haja uma ação de acordo com os fatos ou com a informação conhecida.

A sabedoria tem características totalmente diferentes, pois não pode existir sem que se expresse na qualidade dos relacionamentos e das ações. Por isso a sabedoria é sempre prática. Onde quer que haja uma divergência entre pensamento e ação, teoria e prática, haverá ausência de sabedoria. Tais divergências são uma negação da verdade.

Como Teosofia é a Religião-Sabedoria, ela exige que haja um progresso contínuo na eliminação da distância entre o pensamento e a teoria, de um lado, e a ação e o relacionamento, de outro. O estudo teosófico só é válido se realmente eliminar essa distância.

Estudar teosofia implica que os contatos e as relações com o mundo, em todos os níveis, devem-nos aproximar ao máximo da compreensão da unidade do ser. Na Natureza a existência de inúmeras formas, ilimitadamente diferentes, tem um propósito e é parte de um plano.

Quando gera competição e luta, a diversidade aprisiona a mente humana na ilusão, no sofrimento e no mal."

(Radha Burnier - O Caminho do Autoconhecimento - Ed. Teosófica, Brasília 2000, p.33/36)


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

CARMA NÃO É PUNIÇÃO

"Carma não é punição, mas, acima de tudo, uma oportunidade para aprender. Este planeta é uma enorme escola e nossa tarefa é aprender e crescer. O carma é um conceito universal, que existe em todas as grandes religiões. Você colhe o que planta. Todo pensamento e toda ação têm inevitáveis consequências. Somos responsáveis por nossas ações.

A maneira mais segura de reencarnar numa raça ou religião em particular é manifestar preconceito contra aquele grupo. O ódio é um trem expresso, carregando você para aquele grupo. (...) 

É importante lembrar que o carma se refere à aprendizagem nunca à punição. Nossos pais e as outras pessoas com quem interagimos possuem livre-arbítrio. Elas tanto podem nos amar e ajudar quanto nos odiar e prejudicar. A escolha que elas fazem não é nosso carma, mas uma manifestação de seu livre-arbítrio. Elas também estão aprendendo. 

Às vezes uma alma escolhe uma vida especialmente difícil para acelerar seu crescimento espiritual, ou como um ato de amor, para ajudar, orientar e apoiar outras pessoas que estejam também enfrentando problemas graves em sua vida. Uma vida dura e difícil não é um castigo, mas uma oportunidade de desenvolvimento.

Trocamos de raça, de religião, de sexo, de condições econômicas, porque precisamos receber lições de todas as situações. Experimentamos tudo. O carma é a justiça suprema. Nada escapa nem é tratado superficialmente em nosso aprendizado.

A graça divina pode suplantar o carma. A graça divina é a intervenção sagrada, uma mão amorosa descendo do céu em nosso auxílio, para diminuir nossas dificuldades e sofrimentos. Uma vez que tenhamos aprendido a lição, não há mais necessidade de sofrimento, mesmo que o débito cármico não tenha sido integralmente pago. Estamos aqui para aprender, e não para sofrer."

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 -  p. 52/53)


A META SUPREMA

"A humanidade está empenhada numa eterna busca daquele 'algo mais' que espera lhe trará a felicidade completa e sem fim. Para as almas individuais que procuraram e encontraram Deus, a busca terminou. Ele é esse Algo Mais.

Muitas pessoas talvez duvidem de que encontrar Deus seja a finalidade da vida, mas todos podem aceitar a ideia de que o propósito da vida seja encontrar a felicidade. Eu afirmo que Deus é a Felicidade. Ele é a Bem-aventurança. Ele é o Amor. Ele é a Alegria que nunca deixará sua alma. Então, por que você não tenta alcançar essa Felicidade? Ninguém mais pode dá-la a você. Você mesmo tem de cultivá-la, o tempo todo.

Mesmo que a vida lhe tenha dado, em certo momento, tudo o que você queria - riqueza, poder, amigos -, passado algum tempo você se torna de novo insatisfeito e necessita de algo mais. Uma coisa, porém, jamais se tornaria monótona para você: a própria alegria! A experiência interior que todos estão buscando é a felicidade que é deliciosamente variada, embora sua essência seja imutável. A alegria perene, sempre renovada, é Deus. Encontrando essa Alegria dentro de si, você A encontrará em tudo no mundo exterior. Em Deus, você terá acesso à fonte da perene, infindável bem-aventurança.

Imagine que esteja sofrendo uma punição que não lhe permita dormir numa hora em que você necessita, desesperadamente, descansar, e de repente alguém diz: 'Muito bem, agora já pode dormir'. Pense na alegria que sentiria no momento em que estivesse a ponto de cair no sono. Multiplique-a por um milhão! Nem isso descreveria a alegria sentida na comunhão com Deus. A alegria de Deus é ilimitada, incessante, sempre nova. Corpo, mente, nada poderá perturbá-lo quando estiver nesse estado de consciência - assim são a graça e a glória do Senhor. E Ele lhe explicará tudo o que você não tem sido capaz de entender, tudo o que você quer saber.

Quando você senta em silêncio na meditação profunda, a alegria borbulha internamente, sem ter sido despertada por qualquer estímulo externo. A alegria da meditação é avassaladora. Aqueles que ainda não alcançaram o silêncio da verdadeira meditação não sabem o que é a verdadeira alegria. Quando a mente e os sentimentos são interiorizados, você começa a sentir a alegria de Deus. Os prazeres dos sentidos não perduram, mas a alegria de Deus é sempiterna. É incomparável!"

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship -  p. 175/177)


domingo, 1 de setembro de 2013

SINTONIZE-SE COM O SOM CÓSMICO

"Escute o som cósmico de Om, um enorme zumbido de átomos incontáveis, no sensível lado direito da cabeça. Esta é a voz de Deus. Sinta o som a espalhar-se pelo cérebro. Ouça seu bramido a pulsar incessantemente.

Agora, ouça e sinta como irrompe pela coluna vertebral, abrindo vagarosamente as portas do coração. Sinta como ressoa em cada tecido, em cada sentimento, nas cordas de cada um dos nervos. Todas as células do sangue, todos os pensamentos estão dançando no mar da estrondosa vibração.

Observe como se propaga o volume do som cósmico. Ele varre o corpo e a mente, e penetra na terra e na atmosfera que a rodeia. Você se move com ele, pelo vácuo do éter, e penetra nos milhões de universos da matéria. 

Medite na difusão progressiva do som cósmico. Ele passa pelos universos físicos e chega às brilhantes veias sutis dos raios que mantêm a matéria em manifestação.

O som cósmico mistura-se a milhões de raios multicoloridos. O som cósmico entra no domínio dos raios cósmicos. Escute, contemple e sinta o abraço do som cósmico com a luz eterna. Agora, o som cósmico atravessa o cerne incandescente da energia cósmica e ambos se fundem no oceano da consciência cósmica e da alegria cósmica. O corpo dissolve-se no universo. O universo dissolve-se na voz silenciosa. O som dissolve-se na luz que brilha em tudo. E a luz penetra no seio da alegria infinita."

(Paramahansa Yogananda - Meditações Metafísicas - Self-Realization Fellowship - p. 53/54)


CONTROLE DO CORPO EMOCIONAL

"Na aquisição de controle sobre o nosso corpo astral seremos grandemente ajudados se compreendermos alguns pontos de importância prática. O primeiro ponto a ser notado é que o controle sobre a nossa natureza emocional pode ser adquirido somente em circunstância das quais procuramos, geralmente, fugir. É somente em condições de pressão e tensão que podemos adquirir o domínio consciente sobre nossa natureza inferior, o que é um pré-requisito para nosso desenvolvimento espiritual. É somente quando vivemos cercados por objetos atraentes, que podemos desenvolver Vairagya (ausência de desejos). É somente quando temos que lidar com pessoas que antipatizam conosco, nos contrariam, ou mesmo nos odeiam, que podemos desenvolver paciência e serenidade sublimes, que são a marca do domínio sobre o eu inferior. É fácil ficar calmo e imperturbável quando estamos em circunstâncias tais em que nossa paciência não é posta à prova. É fácil ser virtuoso quando não há tentações. Mas somente aquele que permanece calmo e puro em circunstâncias difíceis deve-se considerar senhor de sua natureza inferior.

Deve ser assim completamente óbvio que, se levamos a sério a difícil tarefa de subjugar nossa natureza inferior, devemos recusar fugir de circunstâncias difíceis ou mesmo penosas em que frequentemente nos vemos envolvidos; por outro lado, devemos deliberadamente usá-las para desenvolver as qualidades características que nos possam trazer. Podemos mesmo fazer um desvio e nos colocar, às vezes, em circunstâncias difíceis para experimentar e desenvolver as qualidades que desejamos, ainda que isto geralmente não seja necessário. Os Senhores do carma nos enviam carma de natureza conveniente ao nosso próximo estágio de desenvolvimento e, quanto mais forte nos tornarmos, mais severas serão as provações a que seremos submetidos. Estamos vivendo num Cosmo e as circunstâncias em que um indivíduo é colocado não são somente as que ele merece, mas também as que são convenientes para seu desenvolvimento no estágio em que se encontra. Nossa vida diária irá fornecer-nos, portanto, muitas oportunidades de adquirir controle sobre nosso corpo astral, desde que nos dediquemos a essa tarefa com seriedade."

(I. K. Taimni - Autocultura à Luz do Ocultismo - Ed. Teosófica, Brasília - p. 77/78)