OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 3 de maio de 2013

O PODER CURATIVO DE DEUS (PARTE FINAL)

" (...) Aquele que encontra alegria dentro de si mesmo constata que seu corpo está carregado de correntes elétricas, energia vital proveniente não dos alimentos, mas de Deus. Se você sente que não pode sorrir, fique diante de um espelho e, com os dedos, arme um sorriso em sua boca. Isso é realmente importante! (...)

Quando uma pessoa está alegre interiormente, ela atrai o auxílio do inexaurível poder de Deus. Quero dizer: uma alegria sincera, não a que você exibe exteriormente sem senti-la interiormente. Quando sua alegria for sincera, você será um milionário de sorrisos. Um sorriso genuíno distribui a energia cósmica, prana, a todas as células do corpo. O homem feliz é menos sujeito a doenças, pois a felicidade de fato atrai para o corpo um maior suprimento da universal energia vital. 

No cofre da mente estão todos os grilhões da escravidão bem como as chaves da liberdade.

O poder da mente traz consigo a infalível energia de Deus. Este é o poder de que você precisa no corpo. E existe um modo de levá-lo para ali: a comunhão com Deus mediante a meditação. Quando sua comunhão com Ele for perfeita, a cura será permanente."  

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 29/30)


quinta-feira, 2 de maio de 2013

A LIBERTAÇÃO DA MENTE

"O Senhor Buda, certa vez, disse: "O benefício da vida santa, ó monges, não está em ganhos, favores e honras; nem na observância das leis morais; nem na obtenção da concentração; nem no conhecimento e na visão; mas apenas nisto, ó monges: na firme e inabalável libertação da mente. Esse é o objetivo da vida santa. É sua essência. É sua meta."

Que quer dizer "inabalável libertação da mente"? Significa que a mente está sempre livre da compulsão de hábitos, emoções e apegos; e é governada apenas pela sabedoria, pelo amor e pela abnegação. Significa que o ego já não o controla; que você, a alma, agindo por meio da mente, é o dono de seu destino. A expressão da atitude correta em todas as condições e situações é evidência desse autodomínio. A atitude correta é o caminho para Deus. Sem ela, nunca se pode conhecer Deus. Ela é o próprio alicerce da vida espiritual. Precisamos nos esforçar constantemente no sentido da atitude correta, ou nenhuma dose de discurso a respeito de Deus, nenhuma quantidade de leitura das escrituras, nenhuma soma de anos aos pés de um guru é de qualquer proveito.  

Implícita na atitude correta está a humildade. Você não pode conhecer Deus sem primeiro admitir que é o menos importante a Seus olhos. Isso não quer dizer que deva sair por aí anunciando e se lamentando que você é insignificante. Não. Humildade significa que, não importa o que alguém lhe diga ou faça, você se mantém sempre o mesmo. Quando uma rosa é esmagada na mão, ela continua a desprender sua fragrância. Quando as pessoas o esmagam em suas mãos críticas, em suas mãos de palavras afiadas e ásperas, a atitude correta é continuar dando, em troca, doçura, palavras gentis, ações gentis e - acima de tudo - pensamentos gentis. Sem pensamentos bondosos não se pode, sinceramente, expressar bondade em palavras ou ações. 

O problema com a maioria das pessoas é que, quando elas ficam com raiva ou aborrecidas, não querem escutar a razão, não querem compreender. Quando uma pessoa está cegamente convencida de que está certa, nenhuma explicação, nenhuma razão ela aceitará. Só sabe que seu próprio desejo foi contrariado, e isso é tudo que lhe importa. "Fica vermelha de raiva", por assim dizer. Esse é o momento para se adotar a atitude correta."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 84/85)


O PODER CURATIVO DE DEUS (1ª PARTE)

"Há dois modos pelos quais nossas necessidades podem ser atendidas. Um é o modo material. Por exemplo, quando estamos doentes podemos ir a um médico em busca de tratamento. Mas chega uma hora em que nenhum auxílio humano surte efeito. Aí, então, buscamos a alternativa, o Poder Espiritual, Aquele que fez nosso corpo, mente e alma. O poder material é limitado e, quando falha, recorremos ao ilimitado Poder Divino. Analogamente, no que se refere às nossas necessidades financeiras, quando já fizemos o melhor possível e ainda assim, não foi suficiente, voltamo-nos para esse outro Poder.

Conhecer Deus é a maneira mais importante de curar todas as doenças - físicas, mentais e espirituais. Assim como as trevas não podem permanecer onde existe luz, assim também as trevas das doenças são expulsas pela luz da perfeita presença de Deus ao penetrar no corpo. O ilimitado poder de Deus trabalha implicitamente em todos os métodos de cura, sejam eles físicos, mentais ou vitais. Esse fato jamais deve ser esquecido, pois se o paciente depende do método e não de Deus, ele automaticamente dificulta e limita o livre fluxo do poder curativo. 

Seu dever é levar as necessidades à atenção de Deus e desempenhar seu papel em ajudá-lo a fazer com que esse desejo se realize. Por exemplo: no caso de doenças crônicas, faça o máximo para ajudar a promover a cura, mas, no fundo de sua mente, tenha consciência de que, em última análise, o auxílio só pode vir de Deus. Uma fonte ilimitada de proteção para o homem reside em pensar firmemente que, como filho de Deus, ele não pode ser afetado pela doença. 

Faça o máximo para eliminar as causas da doença e, então, permaneça absolutamente sem temor. Existem tantos germes em toda a parte, que se você começar a ter medo deles será completamente incapaz de gozar a vida. (...) Seja destemido. Mantenha-se sorridente em seu interior, pulsando com profunda alegria, sempre pronto para agir e com a ambição espiritual de ajudar os outros. Tais atitudes não são apenas bons exercícios para a mente; elas também conservam o corpo constantemente abastecido de renovada energia cósmica. (...)"

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 27/29)


quarta-feira, 1 de maio de 2013

O CÉU E O INFERNO

"O céu e o inferno não são geográficos, eles são psicológicos, eles são a sua psicologia. E esta não é uma pergunta a ser decidida no dia do juízo final. A mente humana é tão esperta para evitar, para escapar. Os cristãos, os maometanos e os judeus criaram o conceito do dia do juízo final, quando todos serão julgados, você será retirado do seu túmulo e será julgado. Aqueles que seguiram Jesus, que foram bons, que se comportaram, irão para o céu; os que se portaram mal, que não seguiram Jesus, que não foram à igreja, deverão ser lançados no inferno. E esse inferno será eterno.  

O inferno (...). É eterno não tem fim. Isto parece ser uma injustiça, completamente injusto; qualquer que seja o pecado que tenha cometido, nenhuma pena eterna pode ser justa. Se, como dizem os hindus, você cometeu milhões de pecados em milhões de vidas, pode parecer lógico enviar uma pessoa ao inferno pela eternidade. Mas os cristãos acreditam somente numa vida, uma vida de setenta anos. Como você pode cometer tantos pecados para merecer o inferno eterno? Se você pecar continuamente, a cada momento, durante setenta anos, mesmo assim, até mesmo nesse caso o inferno eterno não parece justo. Todo o conjunto parece ser vingativo. Então Deus não o está lançando ao inferno por causa de seus pecados, mas só porque você foi desobediente, só porque foi rebelde, porque não o escutou. (...)

A mente humana criou um último dia de julgamento. Por quê? Para que esperar pelo último dia do juízo? A mente sempre adia, empurra as coisas para a frente; o problema não está aqui e agora, é assunto do último dia do juízo. Veremos. O problema não é urgente, nós veremos o que acontece. Há modo e meios... No último instante você pode seguir Jesus, no último instante pode render-se e dizer a Deus: "Eu era um pecador". Confesse e seja perdoado. E Deus é compaixão infinita, Deus é amor; ele vai perdoá-lo.

Os cristãos desenvolveram uma técnica de confissão. Você comete pecado? Vá ao padre e confesse. Confessando, você é perdoado. Se você confessa honestamente, está pronto para pecar novamente; o pecado do passado é perdoado. Uma vez que você conhece o truque, a chave, que você pode cometer um pecado e pode ser perdoado, quem vai lhe impedir de pecar mais? Assim, as mesmas pessoas continuam indo ao padre todos os domingos e se confessam. (...) 

O juízo final e a confissão são truques da mente. Céu e inferno não estão no final, eles estão aqui e agora. A cada momento que a porta se abre; a cada momento você vai oscilar entre o inferno e o céu. É uma pergunta de um instante para outro, é urgente; num único instante você pode ir do inferno ao céu, do céu ao inferno. Céu e inferno não são muito distantes, eles são vizinhos; só uma pequena cerca os divide. Você pode saltar aquela cerca até mesmo sem um portão. Você continua a saltar de um para o outro. Pela manhã você pode estar no céu; antes da noite você pode estar no inferno. É só uma atitude, é só um estado da sua mente, é só como você está se sentindo. Muitas vezes, numa única vida você pode visitar o inferno, e muitas vezes você pode visitar o céu. Num só dia também..."

(Osho - Um pássaro em voo - Conversas sobre o Zen - Ed. Planeta, São Paulo - p. 76/78)


ENTRE DOIS INFINITOS

"Abrange o "tempo histórico" da humanidade cerca de seis mil anos - um segundo apenas em face dos milênios do pretérito...
Um lampejo momentâneo - nessa noite imensa do passado pré-histórico...
Anterior ao nosso "tempo histórico", decorreu o período quaternário - mais de 1 milhão de anos, como diz a ciência...
Precederam a esse período a época terciária e os períodos cretáceo, jurássico e triásico - mais de 100 milhões de anos...
Expiraram antes desses tempos remotos os milênios do período permiano - uns 200 milhões de anos...
E, anterior a esse tempo, o período do carbono - uns 300 milhões de anos antes do nosso tempo, quando imensas florestas cobriam o orbe terráqueo, como atestam seus restos fossilizados nas camadas de carvão de pedra...
E, antes do tempo do carbono, decorrera a época devoniana - uns 400 milhões de anos...
E, antes dela, os períodos siluriano e cambriano - cerca de 500 milhões de anos...
E já nesse tempo remotíssimo rastejava sobre a face da terra a vida orgânica - moluscos, trilobitas, corais...
E antes que vida alguma se manifestasse na face do planeta, decorreram mais de centenas de milhões de anos, como atestam os minerais no seio da terra...
E antes que a terra se desprendesse do globo solar - quantas eternidades cósmicas terão passado?...
E antes que o próprio Sol se conglobasse dos átomos da primitiva nebulosa - que incontáveis milênios e bilênios, que inconcebíveis eons se terão sumido na voragem dos espaços e dos tempos?...
Nós, meu amigo, somos de ontem - e amanhã deixaremos de ser...
E, quando a humanidade deixar o cenário do universo, continuará o drama da terra e do cosmos - sem nós...
Sem nós - como milênios antes, como se nunca tivéssemos existido...
Somos um pequenino parêntese - entre dois infinitos...
Somos um subitâneo lampejo - na noite eterna...
Somos um grito apenas - no silêncio imenso do deserto cósmico...
Somos uma microscópica ilha de vida - no oceano da morte universal...
Somos um Nada...
E, no entanto, esse Nada do homem é grande - porque iluminado pelo Tudo da Divindade...
À luz do seu poder, alvo da sua sabedoria, objeto do seu amor - sou mais que todo o resto do mundo...
De ontem, apenas hóspede na terra - sou eterno no pensamento de Deus...
Partirei amanhã para longe da terra - e serei imortal no seio de Deus...
Como é grande a minha pequenez!
Como é sublime o homem!...
Este parêntese - entre dois Infinitos!..."

(Huberto Rohden - De Alma para Alma - Ed. Martin Claret, São Paulo - p. 105/106)