OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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domingo, 23 de outubro de 2016

O BOM E O MAU KARMA, E OS LUGARES ONDE SÃO EFICIENTES

"O Bom e o Mau Karma operam em um ou em todos os Três Mundos da Existência.

1. O Mau Karma (Akusala-karma, literalmente karma inábil) só é colhido em Kamaloka. Kamaloka é o Mun­do dos Sentidos, e consiste na vida sobre a Terra e na vida no Hades. Geralmente, na Literatura Teosófica, essa pala­vra se limita ao 'Hades', ou Estado entre a Terra e o Devachan; mas, metafisicamente falando, refere-se a todos os Mundos ou Estados resultantes dos Desejos (Kama) e nos quais o Desejo é expresso. Refere-se, também, aos Infernos (Narakas), ou regiões de purificação (Pêtalas), que são os mais baixos subplanos do Mundo Astral. Na vasta maioria dos casos, o mau Karma é esgotado em am­bas essas partes do Kamaloka. Nas vidas terrenas poste­riores, ajustamos os males feitos ao nosso próximo e apren­demos as lições nas quais falhamos, enquanto nos Nara­kas e Pâtalas esgotamos nossas tendências passionais.

2. O Bom Karma (Kusala-karma, literalmente, 'karma hábil') é trabalhado em todos os Três Mundos — o dos Sentidos (Kamaloka), os Céus da Forma (Rupa-Loka) e os Céus Sem-Forma (Arupa-Loka). Nesse caso, até onde se refere ao Kamaloka, isso acontecerá nos níveis supe­riores, ou em seus subplanos, onde qualquer bem pode ser colhido, e essas regiões correspondem ao Paraíso da terminologia cristã, aos Campos Elísios da filosofia grega e ao Amenti da religião egípcia. Trata-se de um estado de prazer destituído de espiritualidade, e pode reter a Alma por mais tempo, adiando sua entrada no Devachan, ou Céu, mais ainda do que o fazem Narakas e Pâtalas, por causa de certas satisfações que dá à personalidade. Trata-se de uma espécie de pequeno céu, para aqueles que são simples e fazem o bem visando apenas o próprio bem-estar.

Todas as nossas punições e todas as nossas alegrias são feitas por nós mesmos e, segundo o grau de nossas aspirações, assim iremos ascender. O Senhor Krishna disse que 'aqueles que veneram os Deuses irão ter com os Deu­ses', mas 'os que me veneram, virão ter Comigo'. 'Ao fim da vida, a Alma se vai sozinha para onde apenas as nossas boas ações nos ajudam' (Fo-Sho-Hing-Tsan-King, v. 1560); e no Mulamuli podemos ler: 'Quando uma pes­soa faz o mal, acende fogo no inferno e queima-se em seu próprio fogo.' E no Chhândogya Upanishad, iii, xiv, l, há estas palavras definitivas: 'O Homem é uma criatu­ra, de Vontade. Conforme seja sua Vontade neste mundo, assim será quando tiver partido desta vida.' Tudo isso mostra nosso grande poder — potencial ou real — porque todos esses Estados de Céus e Infernos que existem, es­tão, também, dentro de nós, e é construindo dentro de nós e na nossa natureza elementos pertencentes a esses estados que nos tornamos semelhantes a eles. Ou antes, é o fato de nos desembaraçarmos de todos aqueles Véus de Ignorância e Pecado, que ocultam a Glória Interior. 'Eu próprio sou Céu e Inferno', canta Omar Khayyam."

(Irmão Atisha - A Doutrina do Karma - Editora Pensamento, São Paulo - p. 25)


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

TENTAÇÃO

"Se você se encontra tentado para um vício, ou seja, para iniciar-se em bebidas alcoólicas, jogo de azar, cigarro, tóxico, perversão erótica, roubo e coisas assim, saiba que está numa terrível encruzilhada.

De um lado, o caminho largo da autogratificação, do gozo, da irresponsabilidade, da facilidade inicial... Do outro, o caminho estreito, do autocontrole, da disciplina, da purificação, da elevação, da sublimação...

O caminho largo, efetivamente, é muito mais sedutor. Mas não ceda. Ele conduz às 'trevas exteriores, ao choro e ranger de dentes', isto é, à doença, à miséria, à escravidão, à loucura, ao inferno.

O caminho estreito é desafiador, difícil, exigindo esforço e abnegação, sacrifício e retidão. Mas conduz à liberdade, à saúde, à força, à paz, à salvação.

É você quem deve decidir. É você também aquele que vai ser esmagado ou glorificado. Assuma a responsabilidade, e faltando coragem, recorra a Deus. Opte: dor ou felicidade.

Assume, Senhor, minhas opções e fortalece-me para que eu vença e avance pelo estreito caminho da redenção."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, rio de Janeiro, 1995 - p. 125/126)


sexta-feira, 13 de novembro de 2015

NÓS MESMOS NOS PUNIMOS

"Vivendo de maneira errada, criamos um inferno físico e mental pior que aquele que as pessoas vingativas imaginam para seus desafetos após a morte. Vivendo de maneira correta, criamos dentro de nós um lugar ainda mais aprazível que o paraíso que imaginamos para nós mesmos depois de morrer.

O homem, preso à ilusão, atribui ao Deus amantíssimo um espírito rancoroso que engendra infernos e purgatórios. Deus, em sua infinita bondade, está sempre conclamando as almas a voltar a Seu eterno reino de Bem-aventurança. Mas as almas, fazendo mau uso da liberdade que o Pai lhes concedeu, afastam-se Dele e caem prisioneiras do sofrimento, punindo a si mesmas por obra de seu próprios erros.

A ideia de um paraíso eterno é verdadeira, embora os homens a concebam de maneira muito limitada. Fomos feitos à imagem e semelhança de Deus e, ao término de uma longa série de encarnações - após vaguear demoradamente, movidos por desejos materiais -, encontraremos o Pai celestial à nossa espera. Seus filhos pródigos serão então abençoados com uma felicidade imorredoura e sempre renovada. Todavia, a ideia de uma danação eterna para almas feitas à imagem de Deus é insustentável; deveria ser banida de vez como fruto da mente supersticiosa do homem."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda,  Karma e Reencarnação - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 19/20)
www.editorapensamento.com.br


sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

O MEDO DA MORTE

"O medo da morte é uma severa realidade na cabeça de muita gente. Um número muito maior do que seríamos capazes de imaginar padece desse medo, e um número ainda maior padece do medo do que pode acontecer-nos após a morte. Isso, naturalmente, se encontra sobretudo entre pessoas com ideias do inferno.

Mas nós conhecemos a lei do carma e compreendemos que os estados depois da morte são, simplesmente, uma continuação da vida que ora vivemos, embora num plano mais elevado e sem o corpo físico; e quando, além disso, aprendemos que o que chamamos vida é apenas um dia na vida verdadeira e maior, todas essas coisas assumem um perspectiva muito diferente. Conhecemos, então, que o progresso é absolutamente certo. Um homem pode tropeçar, pode investir contra as forças do progresso, mas será carregado por elas a despeito de si mesmo, se bem que, ao resistir, se machuque e se enrede em dificuldades. Percebemos, de pronto, que esse conhecimento elimina o medo. 

A chamada perda de um ente amado, por efeito da morte, não passa, na verdade, de uma ausência temporária, e nem mesmo isso, depois que o homem desenvolve o poder de ver nos planos superiores. Os que pensamos ter perdido continuam conosco, ainda que não possamos vê-los com olhos físicos; e nunca devemos esquecer que, apesar de podermos alimentar, às vezes, a ilusão de que nós os perdemos, eles não alimentam de maneira alguma a ilusão de que nos perderam, porque ainda podem ver o nosso corpo astral, e, tanto que deixamos o veículo físico no sono, estamos ao seu lado e podemos comunicar-nos com eles, exatamente como acontecia quando estavam no plano físico.

Não precisamos preocupar-nos com a salvação da nossa alma; antes, como disse, de uma feita, um autor teosófico, talvez estejamos inteiramente afastados da esperança de nossa alma, um dia, poder salvar-nos. Não existe alma para ser salva no sentido comum em que se impregnam as palavras, porque nós mesmos somos a alma; e, além disso, não há nada de que possamos ser salvos, exceto o erro e a ignorância. O corpo nada mais é que um vestido, e, quando se gasta, nós o colocamos de lado." 

(C.W. Leadbeater - A Vida Interior - Ed. Pensamento, São Paulo, 1999 - p. 119)


terça-feira, 25 de novembro de 2014

SEXO E VIDA (1ª PARTE)

"Duas atitudes extremas em relação a este relevante problema da vida devem ser evitadas pelos candidatos a uma vida feliz e saudável: 

- castração psíquica;
- a desregrada e degradante gratificação.

A primeira é o caso dos que, por ignorância e erro, fazem do sexo um tabu, e por isso o evitam, condenam e até o temem. Quem vê no sexo uma imundície, uma ofensa à moral religiosa, portanto algo a ser temido; quem vê no ato sexual o 'pecado original', que nos condenou ao inferno; quem vê no sexo um antideus, uma queda, uma condenação à 'vida sem Deus' ou uma vergonha a ser ocultada; quem vê no sexo uma fraqueza ou artimanha engendrada por belzebu, para tomar nossa alma; quem vê o sexo assim tão deformado, precisa mudar de ideia e começar a descobrir que, além de não ser pecado, nem ser proibido por Deus, é, ao contrário, uma expressão do próprio Deus Onipresente. 

Essa castração nascida da mente é que mereceria ser chamada de belzebu. E tem sido tormento e desequilíbrio para muitos seres humanos. 

É impossível, em poucas frases, demonstrar que, dentro dos limites da normalidade, o sexo é, não apenas benéfico, mas mesmo uma necessidade biológica, psíquica, moral e espiritual. 

O próprio yoga, mal interpretado tem criado dificuldades àqueles que fanática e irracionalmente se decidem a cumprir um preceito chamado brahmacharya, que, ao pé da letra, quer dizer, caminho (charya) do Absoluto (Brahman). Esta palavra tem sido traduzida por quase todos os autores como 'castidade' ou 'celibato', sendo, portanto, interpretada como um veto ao sexo, uma repressão, que pode ser desastrosa aos homens vulgares. (...)"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 234/235)


sexta-feira, 25 de julho de 2014

A ILUSÃO DO NASCIMENTO E MORTE

"D: Como podem o nascimento e a morte ser ilusórios?

 M: Ouça com atenção o que digo.

Quando a alma individual (jiva) é vencida pelo sono, o contexto do estado de vigília dá lugar a um novo contexto no sonho, de modo a reproduzir experiências passadas, ou então há a perda total de todas as coisas externas e atividades mentais. Da mesma forma, quando ela é subjugada pelo estado de coma antes da morte, o contexto presente é perdido, e a mente fica dormente. Isso é morte. Quando a mente retoma a reprodução de experiências passadas em novos ambientes, o fenômeno é denominado nascimento. O processo de nascimento inicia com o homem imaginando: 'Aqui está minha mãe; estou no seu útero; meu corpo possui estes membros'. Então ele se imagina nascido no mundo e, mais tarde, diz: 'Este é meu pai; sou seu filho, tenho tantos e tantos anos de idade; estes são meus amigos e parentes; esta bela casa é minha' e assim por diante. Esta série de novas ilusões começa com a perda das ilusões anteriores no estado de como antes da morte, e depende dos resultados de ações passadas.

A alma sobrepujada pelo irreal estado de coma anterior à morte, tem diferentes ilusões, de acordo com suas diferentes ações passadas. Após a morte, ela acredita: 'Aqui é o céu; é adorável, estou nele; sou agora um maravilhoso ser celestial; há tantas donzelas celestes encantadoras a meu serviço; tenho néctar para beber'; ou 'Eis a região da Morte; aqui está o Deus da Morte; estes são os mensageiros da Morte; oh, são tão cruéis - arremessam-me ao inferno!'; ou 'Eis a região dos Pitrs; ou de Brahma, ou de Vishnu ou de Shiva' - e assim por diante. Portanto, segundo a sua natureza, as tendências do karma passado apresentam-se como ilusões de nascimento, morte, passagem para o céu, para o inferno ou para outras regiões perante o Eu Real, que é sempre o imutável Espaço da Consciência. São apenas ilusões da mente - irreais.

No Ser do Espaço da Consciência existe o fenômeno do universo, como uma cidade celestial vista em pleno ar. É reputada como algo real, mas realmente não o é. É composta de nomes e formas, e não é nada além disso." 

(Advaita Bodha Deepika - A Luz da Sabedoria Não Dualista - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 39/41)


quarta-feira, 14 de maio de 2014

KAMALOKA

"Este termo, que literalmente significa o lugar a morada do desejo, é como já foi indicado, uma parte do plano astral, não uma região separada do resto do plano, como se fosse uma localidade distinta, mas caracterizada pelas condições de consciência das entidades que ali se encontram¹. São aqueles seres humanos privados de seus corpos físicos pela morte, e destinados a passar por certas transformações purificadoras antes que possam entrar na vida pacífica e feliz que pertence ao homem propriamente dito, isto é, à alma humana.²

Esta região representa e engloba as condições atribuídas aos diferentes estados intermediários, infernos e purgatórios, que todas as grandes religiões consideram como a residência temporária do homem após o abandono de seu corpo físico e antes de atingir o ‘céu’. Não inclui nenhum lugar de tortura eterna, porque o inferno eterno, no qual acreditam alguns fanáticos, é apenas um pesadelo de ignorância, ódio e medo. Mas esta região compreende, na verdade, condições de sofrimento, temporárias e purificadoras em sua natureza, experimentadas pelo homem quando elabora as causas postas em ação durante a sua vida física; essas condições são tão naturais e inevitáveis como quaisquer efeitos causados neste mundo pela nossa ação errada, porque vivemos em um universo de lei e cada semente deve frutificar conforme a sua natureza. A morte em nada altera a natureza mental e moral do homem, e a mudança de estado que se dá na passagem de um mundo para outro apenas elimina o corpo físico, sem tocar no resto de sua natureza. (...)

Quando o corpo físico é abatido pela morte, o duplo etérico, arrastando consigo prana e acompanhado de todos os outros princípios, isto é, o homem completo, com exceção do corpo denso, retira-se do ‘tabernáculo da carne’, termo que designa admiravelmente o invólucro exterior do ser. Todas as energias vitais que irradiavam para o exterior são reconduzidas para o interior e ‘recolhidas’ por prana, e esse recolhimento se manifesta pelo entorpecimento que invade os órgãos físicos dos sentidos. Os órgãos estão lá, como sempre, prontos para entrar em atividade, mas o ‘Regente Interno’ está indo, ele que, por meio deles, via, ouvia, tocava, sentia; entregues a si mesmos são simples agregados de matéria, matéria viva, é verdade, mas sem nenhum poder de ação perceptiva. Lentamente o senhor do corpo se retira, envolto no duplo etérico violeta cinza, e absorto na contemplação do panorama de sua vida passada, que se desenrola diante dele, na hora da morte, completo até nos menores detalhes. Neste quadro estão todos os acontecimentos de sua vida, grandes e pequenos. Vê suas ambições realizadas ou falidas, seus esforços, triunfos, derrotas, amores e ódios. A tendência predominante do conjunto surge claramente, o pensamento diretor da vida se afirma e se imprime profundamente na alma, assinalando a região onde passará a maior parte de sua existência póstuma. Solene é o momento em que o homem, frente a frente de sua vida, ouve sair dos lábios do seu passado o vaticínio de seu porvir. Durante um breve período de tempo, ele se vê tal qual é, reconhece a finalidade de sua vida e adquire convicção de que a Lei é poderosa, justa e boa. Em seguida, o laço magnético entre o corpo denso e o duplo etérico se rompe; assim se separam os dois associados de uma vida inteira, e salvo casos excepcionais, o homem cai numa plácida inconsciência."


¹. Os hindus chamam esse estado de Pretaloka, a morada dos Petras. Um preta é o ser humano que perdeu seu corpo físico, mas ainda não se desembaraçou da vestimenta de sua natureza animal. Não pode ir longe com esse veículo, e fico preso nele até sua desagregação.
². A alma é o intelecto humano, o laço entre o Espírito Divino no homem e sua personalidade inferior. É o Ego, o indivíduo, o ‘eu’, que se desenvolve pela evolução. (...)

(Annie Besant -  A Sabedoria Antiga - p. 53/55)



sábado, 15 de fevereiro de 2014

OBTENDO UM NOVO HALO

"Deus habita em todos os homens. Contudo, alguns homens estão expressando mais de sua Divindade que outros. Um homem pode fracassar e cair, mas não pode perder sua Divindade. É inviolável. O mais miserável dos vagabundos que você encontra nas ruas é uma manifestação ou expressão de Deus e nada pode impedir sua revelação final.

Jesus percebeu-o, apesar da confusão sobre um inferno duradouro que Seus seguidores inventaram, com base nos ensinamentos recebidos. Ele não castigou ou criticou ninguém, exceto os hipócritas. Não fez a menor objeção em manter o que os fariseus chamavam de más companhias. O mesmo aconteceu com Buda. Ambos sabiam que em todas as pessoas – que fossem patifes ou santos – residia a Presença de Deus.

Exalte Deus que habita em você. Faça isso muitas vezes por dia. Deve também saudar a Divindade em cada pessoa que encontra. Na medida em que assim fizer, a glória de Deus irá brilhar mais e mais através de você, pois não há limite à glória que é o homem."

(Joseph Murphy – Sua Força Interior – Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 – p. 96)


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

ONDE O SENHOR PENSA QUE ESTÁ?

"Um homem morreu e viu que se encontrava em um bonito lugar, cercado de todo o conforto que se podia imaginar. Então um sujeito todo vestido de branco se aproximou dele e lhe disse: 'Você pode ter tudo o que quiser, qualquer alimento, qualquer tipo de prazer, qualquer espécie de entretenimento.'

O homem ficou encantado e, durante dias seguidos, provou de todas as iguarias e teve todas as experiências com que havia sonhado na sua vida na Terra.

Um belo dia, porém, ficou enfastiado de tudo aquilo e, chamando o atendente disse:

'Estou cansado disso tudo aqui. Preciso fazer alguma coisa. Que tipo de trabalho você pode me oferecer?'

O atendente balançou tristemente a cabeça e respondeu:

'Sinto muito, senhor. Mas isso é a única coisa que não podemos lhe oferecer. Aqui não existe nenhum trabalho para o senhor.' Ao que o homem replicou: 'Ah, isso é ótimo! Eu estaria bem melhor no inferno!'

E o atendente disse tranquilamente: 'E onde o senhor pensa que estamos?'"

(Autor anônimo - A Essência do Otimismo - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 - p. 115)
www.martinclaret.com.br


quarta-feira, 1 de maio de 2013

O CÉU E O INFERNO

"O céu e o inferno não são geográficos, eles são psicológicos, eles são a sua psicologia. E esta não é uma pergunta a ser decidida no dia do juízo final. A mente humana é tão esperta para evitar, para escapar. Os cristãos, os maometanos e os judeus criaram o conceito do dia do juízo final, quando todos serão julgados, você será retirado do seu túmulo e será julgado. Aqueles que seguiram Jesus, que foram bons, que se comportaram, irão para o céu; os que se portaram mal, que não seguiram Jesus, que não foram à igreja, deverão ser lançados no inferno. E esse inferno será eterno.  

O inferno (...). É eterno não tem fim. Isto parece ser uma injustiça, completamente injusto; qualquer que seja o pecado que tenha cometido, nenhuma pena eterna pode ser justa. Se, como dizem os hindus, você cometeu milhões de pecados em milhões de vidas, pode parecer lógico enviar uma pessoa ao inferno pela eternidade. Mas os cristãos acreditam somente numa vida, uma vida de setenta anos. Como você pode cometer tantos pecados para merecer o inferno eterno? Se você pecar continuamente, a cada momento, durante setenta anos, mesmo assim, até mesmo nesse caso o inferno eterno não parece justo. Todo o conjunto parece ser vingativo. Então Deus não o está lançando ao inferno por causa de seus pecados, mas só porque você foi desobediente, só porque foi rebelde, porque não o escutou. (...)

A mente humana criou um último dia de julgamento. Por quê? Para que esperar pelo último dia do juízo? A mente sempre adia, empurra as coisas para a frente; o problema não está aqui e agora, é assunto do último dia do juízo. Veremos. O problema não é urgente, nós veremos o que acontece. Há modo e meios... No último instante você pode seguir Jesus, no último instante pode render-se e dizer a Deus: "Eu era um pecador". Confesse e seja perdoado. E Deus é compaixão infinita, Deus é amor; ele vai perdoá-lo.

Os cristãos desenvolveram uma técnica de confissão. Você comete pecado? Vá ao padre e confesse. Confessando, você é perdoado. Se você confessa honestamente, está pronto para pecar novamente; o pecado do passado é perdoado. Uma vez que você conhece o truque, a chave, que você pode cometer um pecado e pode ser perdoado, quem vai lhe impedir de pecar mais? Assim, as mesmas pessoas continuam indo ao padre todos os domingos e se confessam. (...) 

O juízo final e a confissão são truques da mente. Céu e inferno não estão no final, eles estão aqui e agora. A cada momento que a porta se abre; a cada momento você vai oscilar entre o inferno e o céu. É uma pergunta de um instante para outro, é urgente; num único instante você pode ir do inferno ao céu, do céu ao inferno. Céu e inferno não são muito distantes, eles são vizinhos; só uma pequena cerca os divide. Você pode saltar aquela cerca até mesmo sem um portão. Você continua a saltar de um para o outro. Pela manhã você pode estar no céu; antes da noite você pode estar no inferno. É só uma atitude, é só um estado da sua mente, é só como você está se sentindo. Muitas vezes, numa única vida você pode visitar o inferno, e muitas vezes você pode visitar o céu. Num só dia também..."

(Osho - Um pássaro em voo - Conversas sobre o Zen - Ed. Planeta, São Paulo - p. 76/78)