OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

SAIBA O PORQUÊ DE VOCÊ EXISTIR

"Seria um insulto para o seu Eu você nascer, viver e morrer sem ao menos saber a resposta do mistério de sua presença aqui como ser humano. Esquecer Deus é perder todo o sentido da existência. Aprenda a senti-Lo e a desfrutar de Sua presença. Faça disto um hábito. Com o tempo, você verá o quanto se beneficiou. Adquirir prosperidade e bens materiais não é garantia contra o sofrimento. Dia virá em que você vai se sentir totalmente impotente, um mero peão do destino: então, começará a perceber que só Deus é o seu porto seguro. Mas Ele não quer Se impor a ninguém;. Tome a iniciativa de buscá-Lo com desejo fervoroso, priorizando-O acima de todos os outros desejos. Viva no mundo como um cisne, que consegue nadar em águas lamacentas sem manchar suas alvas penas. Quando a mente está lubrificada pelo óleo do desapego, os desejos materiais não conseguem se grudar na pessoa. 

A gota de orvalho que se separa do lago e flutua sozinha sobre a folha de lótus secará a não ser que volte para o lago. Antes que a vida se evapore em desejos materiais, é melhor deslizar para a consciência de Deus. Assim a gota de orvalho da vida não terá que sofrer a morte e se eternizará. Nascer é separar-se do Infinito; morrer não é terminar a vida e sim transitar para um estado mais elevado. Libertar-se do nascimento e da morte é retornar para Deus. A gota pertence ao mar. Separada, ela fica vulnerável ao sol, ao vento e a outros elementos da natureza. Mas quando a gotinha retorna para a fonte, expande-se em união com o oceano. O mesmo acontece com sua vida. Unido a Deus, você se torna imortal. 

Enquanto ainda estamos separados do Mar Eterno, nosso objetivo deveria se manifestar tanto quanto possível a nossa essência imortal divina. Na folha de lótus da felicidade material, a gota da vida precisa permanecer intocada e impoluta, até deslizar novamente  para a vastidão da presença de Deus. Como expressara nossa imortalidade inata, apesar das limitações em contrário, e como tornar a juventude mais duradoura é o objetivo do nosso assunto de hoje.(...)"

Extraído do livro Jornada para a Autorrealização, de Paramahansa Yogananda, Self-Realization Fellowship, p. 4/5.
Imagem: Pinterest.  

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

CRESCIMENTO DA ESPIRITUALIDADE

"(...) Todas as coisas crescem em ciclos. Um dia segue outro dia, uma primavera segue outra primavera, uma vida na escola da Terra segue outra vida, até que o maior de todos os ciclos seja concluído, e o espírito volte para Deus que foi quem o deu. 'Quando aquele que o tirou da profundeza sem limite, volta mais uma vez para casa.' (Tennyson) De um estado primário de inocência, ele come o fruto da Árvore do conhecimento do bem e do mal, isto é, entre o contínuo jogo dos pares de opostos, desenvolvendo a autoconsciência e a automotivação e, chegada a hora, comendo da outra Árvore, a Árvore da imortalidade consciente.

A palavra sânscrita vritti significa aproximadamente 'comprimento da onda.' Todas as formas e os fenômenos da Natureza são 'comprimentos de onda' - o princípio da limitação - visível ou não para os olhos físicos. Talvez possamos agora compreender a definição de H.P.B. sobre espiritualidade: 'o poder de perceber essências espirituais sem forma.'

Penso que isso quer dizer também se erguer acima dos pares de opostos e, no fim, ficar imune a eles. Os pares de opostos não são reais. Eles existem para ajudar nossa autoconsciência a evoluir. No mundo do Real não há nem bem nem mal, nem sagrado nem profano, mas um poder forte, santo, glorioso e eterno, levando o homem para sua final bem-aventurança e realização.

Mas não podemos destruir nosso egocentrismo combatendo-o. O que apenas o acentuaria. É melhor 'transcendê-lo.' Desistamos de pensar tanto sobre nós mesmos, ou de nos preocuparmos com o que acontece a esse pequeno eu e em seu lugar pensemos mais sobre 'o grande, o sublime, o belo, que são a sombra de Deus na Terra' (Mazzini). A meditação clássica do Senhor Buda diz-nos: Antes de tudo ajustemos nossos corações, de modo que ambicionemos a felicidade e o bem-estar de todos os seres, incluindo mesmo a felicidade de nossos inimigos. Depois representemos vividamente para nós mesmos todos os desgostos e as incapacidades dos outros, até que uma profunda compaixão comova nossa alma. Outra vez pensemos sobre a alegria e prosperidade dos outros, regozijando-nos por sua boa fortuna. Por último, nos ergamos em pensamento acima do amor e do ódio, da fortuna e da necessidade, do sucesso e do fracasso etc, encorajando nosso próprio destino com calma e imparcial e tranquilidade perfeita.

Essa estrutura da mente, se nos for possível verdadeiramente alcançá-la, irá livrar-nos de muitos desgostos. Não cogitaremos quem é importante ou quem não é importante, ou se somos importantes, ou se não somos importantes. O Mestre diz que o crescimento da espiritualidade nos fará 'indiferentes ao fato de sermos fortes ou fracos, instruídos ou não instruídos.' Aos olhos do espírito não há pequeno em grande. Tudo é amado, tudo é importante. (...)"

(Clara Codd - As Escolas de Mistérios - Ed. Teosófica, Brasília, 1998 - p. 142/143)
www.editorateosofica.com.br


sábado, 27 de janeiro de 2018

O CAMINHO DO AMOR (1ª PARTE)

"Aquele que trilhar o caminho do amor deve descobrir aquela alquimia espiritual que transmuta o amor mais baixo no mais alto; deve conhecer a ciência sagrada pela qual as piores qualidades da alma, passando pelo crivo do pensamento, possam ser sujeitadas pelo fogo ardente da vontade, para que sua essência possa ser destilada, gota a gota, e então colocado nas mãos do experimentador o tão almejado elixir da vida. Do vil obterá o puro; do imperfeito, a perfeição; do impermanente, o eterno. Até que essa ciência seja aprendida, e tudo o que for baixo tenha sido purificado, o homem não pode ser um salvador do mundo. 

Um salvador do mundo é aquele que se emancipou de toda fraqueza humana, caminhou pela estrada do amor e, caminhando, tornou-se divino. Os que vão passar por esta estrada, a qual atravessaram aqueles cujos pés sangraram, devem aprender a ciência que eles aprenderam; deve preparar a cruz do pensamento, deve acender em si mesmos o ígneo poder da vontade e, tomando cada vício, fazê-los objeto de experimento, e então transmutá-los, um a um, na virtude oposta, pois, acima de tudo, o amor deve ser puro. 

Assim como o lixo terrestre é destruído pelo fogo, o lixo da alma deve ser incinerado pelo fogo da vontade. Todo o vício, ainda que grande, esconde um precioso perfume que ele procura, cada fraqueza se revela fonte de uma força oculta, cada erro esconde uma verdade; vício, fraqueza, erro, estes são os equipamentos com os quais o homem começa a palmilhar a estrada do amor. A fim de que sejam transformados em seus opostos, o homem deve retirar-se para o laboratório de sua alma, e lá preparar os instrumentos de seu trabalho. Os instrumentos são: pensamento e vontade; estes dois, apenas, fornecem tudo de que necessita; de sua união uma criança nascerá; a criança é o amor. Os homens a conhecem como Hórus, ou como Cristo. 

Tendo-se retirado para a reclusão dos recessos mais íntimos de sua alma, aquele que um dia será um amante da humanidade deve estocar seus recursos, deve procurar em seu eu terreno as ervas das quais extrairá as essências procuradas. Distanciado de seus desejos, ele os cortará um por um do solo de sua natureza, onde tão firme deitaram raízes. Vício, sexualismo, sensualidade, impureza, egoísmo, crueldade, mentira, indiscrição, superstição, avareza, e ilusão, tais são os nomes das plantas que ele juntará na selva de sua natureza inferior, selva cujo dever seu é transformar no mais refinado jardim da terra. Cada planta que tiver arrancado ele porá sob a minuciosa lente de seu pensamento e provará ao fogo de sua vontade inquebrantável; este fogo não deverá abrandar-se, menos ainda extinguir-se, até que raízes, folhas e flores se tenham consumido. Então, no receptáculo espiritual, o veículo de seu Eu Imortal, no qual reside a imortalidade, o líquido precioso que destilou será recolhido, gota a gota. Lá será guardado até que a secreta farmácia de sua alma seja abastecida, prateleira após prateleira, com aquelas essências vitais das quais fluirá um dia a panacéia universal. Esta panacéia é o amor. (...)" 

(Geoffrey Hodson - Sede Perfeitos - Canadian Theosophical Association)



terça-feira, 1 de agosto de 2017

AS INTELIGÊNCIAS KÁRMICAS

"O Karma não é uma lei cega, nem, de forma alguma, sem endereço. Há grandes inteligências à sua retaguarda, e assim deve ser, especialmente para a direção de suas di­versas correntes, e para a orientação quanto ao tempo, a forma e o lugar do renascimento. Todas as Mitologias têm algo a dizer a esse respeito. Os gregos foram mestres no personalizar ou tornar de certa maneira concretas as maravilhosas e algumas vezes deslumbrantes abstrações dos Sábios e Filósofos do Oriente. O Oriente entrega-se a infinitas e ilimitadas abstrações; o Ocidente personali­za. Assim, por exemplo, o Karma do Oriente é transfor­mado, nos ensinamentos do Ocidente, na Deusa Nêmesis, ou Fatalismo, com os Três Destinos e as Três Fúrias. Outro exemplo: a imortalidade e a persistência dos pen­samentos e ações, como são ensinados no Oriente, pas­sam a ser, no Ocidente, a doutrina do Anjo Registrador, que anota nossos atos, bons ou maus.

Vamos lançar os olhos para as personificações das Inteligências Kármicas. Os Governantes Kármicos são, realmente, Quádruplos, mas sua quádrupla natureza às vezes esconde-se sob o número três. No Apocalipse, ve­mos a presença de Quatro Anjos dos Quatro Quartos da Terra. Estacionados simbolicamente nos quatro pontos cardeais, mostram-lhes que são dirigentes dos assuntos mundanos. E, em Ezequiel, temos uma visão gráfica das Quatro Criaturas Vivas, cuja 'voz era a do Todo-Poderoso'. Os escandinavos acreditam nos Três Norns ou Des­tinos (Urd, Verdandi e Skuld). O pai deles completa os Quatro. Os gregos tiveram maior sucesso na personifica­ção dos Deuses Kármicos. Eles são, na verdade, inigualá­veis nessa arte. O quádruplo Poder de Karma está repre­sentado em Nêmesis e nos Três Destinos. Nêmesis é às vezes chamada de Adrastia (Justiça) e às vezes de Necess­itas (Fatalismo) e pelos teósofos neoplatônicos também é designada como 'Natureza', e, ainda, como o 'Divino Héracles' ou Hércules. Nêmesis é o melhor nome, sendo Ela a recompensadora do Bem e a castigadora do Mal; mas há uma grande verdade em cada um dos outros no­mes, pois trazem à tona alguma característica do Karma: Ela é Justa (Adrastia), Fatal (Necessitas), o Caminho de toda a Natureza (Natureza) e é forte e poderosa (Héra­cles). Como castigadora do Mal, Ela usa as Três Fúrias — Tisffone, Megera e Alecto. Quando recompensa o Bem, as Fúrias tornam-se as Três Eumênides (As Benevolentes). Mas os dirigentes da Lei Kármica, além de Nêmesis, fo­ram os Três Destinos: Cloto, que preside ao nascimento; Láquesis, que tece o fio da vida e Átropos, que corta o fio da vida com a sua tesoura. Ao que se supõe, todo o Bem e todo o Mal vêm delas, e são consideradas como inexoráveis, mas, ainda assim, dignas de respeito e reve­rência.

Na tradição secreta que a Teosofia tornou conhecida, esses Poderes são chamados o Quádruplo Lipika (literal­mente 'Escribas', ou 'Registradores') que são os regula­dores ou assessores do destino que um homem criou para si próprio. (Ver Estâncias de Dzyan, traduzidas por Hele­na P. Blavatsky.) Esses Quatro Santos estão dentro, fora e atrás da Lei Kármica e, por seu intermédio, o Senhor Supremo controla as operações do homem e da Natureza, karmicamente."

(Irmão Atisha - A Doutrina do Karma - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 35


domingo, 12 de março de 2017

A REENCARNAÇÃO NO PASSADO

"Talvez não haja no mundo doutrina filosófica que tenha tão esplêndida ancestralidade como a da Reencarnação – o desenvolvimento do Espírito humano através de repetidas vidas na Terra –, experiências que são reunidas durante a existência terrena e trabalhadas para se transformarem em capacidade intelectual e consciência durante a vida celeste. Assim, uma criança nasce com suas experiências pretéritas transformadas em tendências e possibilidades mentais e morais. Como acertadamente observou Max Muller, as maiores inteligências que a humanidade produziu aceitaram a Reencarnação. A Reencarnação é ensinada e ilustrada nos grandes épicos hindus, como fato indubitável, no qual a moralidade se baseia. E a esplêndida literatura hindu, que encanta os eruditos europeus, está impregnada dessa certeza. Buda ensinou a Reencarnação e falava constantemente em seus nascimentos anteriores. Pitágoras fazia o mesmo, e Platão incluiu-a em seus escritos filosóficos. Josephus declara que essa ideia era aceita pelos judeus, e conta a história de um capitão que encorajava seus soldados a lutar até a morte, fazendo-lhes lembrar seu retorno à Terra. Na Sabedoria de Salomão está dito que nascer num corpo impoluto era a recompensa 'por ser bom'. Cristo aceitou-a, dizendo a seus discípulos que João Batista era Elias. Virgílio e Ovídio consideravam-na como coisa estabelecida. O ritual composto pelos sábios do Egito ensinava-a. As escolas neoplatônicas aceitavam-na, e Orígenes, o mais culto dos padres cristãos, declarou que 'todo o homem recebia um corpo segundo seus méritos e suas ações passadas'. Embora condenada por um Concílio da Igreja Romana, as seitas heréticas mantiveram essa velha tradição. E veio até nós, da Idade Média, a palavra de um culto filho do Islã: 'Morri como pedra e tornei-me uma planta; morri como planta, e tornei-me um animal; morri como animal, e tornei-me um homem. Por que temeria eu a morte? Quando foi que me tornei menos do que era, por morrer? Morrerei como homem, e me tornarei um anjo.' Posteriormente, encontramos a Reencarnação ensinada por Goethe, Fichte, Schelling e Lessing, para citar apenas alguns entre os filósofos alemães. Goethe, em sua velhice, antecipava alegremente a ideia do retorno. Hume declarou que aquela era a única doutrina da imortalidade que um filósofo poderia considerar, opinião, de certa forma, semelhante à do nosso professor Mc Taggart, o inglês que, analisando a imortalidade em suas várias teorias, chegou à conclusão de que a da Reencarnação era a mais racional. Não preciso lembrar a ninguém que tenha cultura literária o fato de que Wordworth, Browing, Rossetti e outros poetas acreditavam nela. O reaparecimento da crença na Reencarnação não é, portanto, a emergência de uma crença supersticiosa entre nações civilizadas, mas um sinal de recuperação no que se refere a uma temporária aberração mental do Cristianismo, de uma desracionalização da religião, que produziu tanto mal e deu lugar a tanto ceticismo e materialismo. Afirmar que há a criação especial de uma alma para cada novo corpo implica que a vinda da alma à existência depende da formação de um corpo, e leva, inevitavelmente, à conclusão de que, com a morte, a alma passará a não mais existir. Que uma alma sem passado possa ter um futuro pela eternidade é tão incrível como dizer que uma bengala poderia existir com uma única ponta. Só a alma que não nasceu pode esperar não ser levada pela morte. A perda do ensinamento da Reencarnação – com seu purgatório temporário resultante de sentimentos nocivos, e seu céu temporário para a transformação da experiência em capacidade – deu origem à ideia de um céu infinito, do qual ninguém é bastante digno, e de um inferno infinito, para o qual ninguém é bastante perverso, confinando a evolução humana a um insignificante fragmento da existência, prendendo um futuro eterno ao conteúdo de uns poucos anos, e tornando a vida um ininteligível emaranhado de injustiças e parcialidades, de genialidade não conquistada e de criminalidade não merecida. Um problema intolerável para os que raciocinam, e tolerável apenas para a fé cega e sem fundamento."

(Annie Besant - O Enigma da Vida - Ed. Pensamento)
fonte: http://universalismoesoterico.blogspot.com.br/


terça-feira, 12 de maio de 2015

AS TRÊS VERDADES FUNDAMENTAIS

"Há três verdades teosóficas fundamentais que transformam a atitude do homem em relação à vida, quando ele começa a vivenciá-las. Estas verdades são:
1. O homem é uma alma imortal que evolui através dos tempos até tornar-se um ideal de perfeição.
2. O desenvolvimento da alma ocorre quando ela aprende a cooperar com o Plano Divino, que é a Evolução.
3. O homem aprende a cooperar com o Plano de Deus, em primeiro lugar, quando começa a ajudar seus semelhantes.
A primeira verdade nos ensina que o homem é uma alma e não um corpo; que o corpo é somente um instrumento usado pela alma e descartado por ela na ocasião da morte, quando já não serve mais a seus propósitos. Esta primeira verdade também nos fala da reencarnação ou processo de repetidos nascimentos na Terra, método por meio do qual a alma cresce através das experiências que acumula vida após vida, aumentando gradativamente sua sabedoria, força e beleza.

A segunda verdade nos diz que o objetivo da vida não é a contemplação, mas a ação, e que cada ação da vida de um homem deveria ser orientada pela compreensão de que ela precisa se enquadrar harmoniosamente no Plano Divino da Evolução. Quanto mais uma alma cooperar com o Plano divino, tanto mais feliz, sábia e gloriosa será.

A terceira verdade nos ensina que cada homem está ligado por laços invisíveis a todos os seus semelhantes; que eles crescem e caem com ele do mesmo modo que seu destino está ligado ao deles; que somente quando ele ajuda o todo do qual é parte, realmente estará ajudando a si mesmo. O amor para com nossos semelhantes e o altruísmo em sua mais alta forma são, portanto, coisas essenciais ao nosso desenvolvimento.

Essas verdades fundamentais são aplicáveis a cada momento de nossas vidas, e o teósofo é aquele que as pratica."

(C. Jinarajadasa - Teosofia Prática - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 08/09)


sábado, 21 de março de 2015

A LIÇÃO DA REENCARNAÇÃO

"Disse Paramhansa Yogananda: 'Por que uma criança nasce paralítica? Só a reencarnação pode explicar esse fato de maneira satisfatória. As pessoas olham para o bebê como se se tratasse de um 'bebê frágil, inocente', porém, em alguma vida passada, essa personalidade deve ter transgredido a lei de Deus. Essa transgressão o privou da consciência de ter pernas perfeitas. Desse modo - e devido ao fato de a mente controlar o corpo - quando essa pessoa voltou novamente para um corpo físico, ela não foi capaz de desenvolver as pernas de maneira perfeita, e nasceu deficiente física.

'Por que uma pessoa nasce com deficiência mental e outra com inteligência? Deus seria muito injusto se permitisse que essas coisas acontecessem sem uma causa. Entretanto, uma causa. Pois quem somos agora é consequência das nossas ações passadas em várias épocas.

'Somos imortais no espírito, porém, na nossa personalidade, não podemos reivindicar a consciência dessa imortalidade até que as nossas imperfeições humanas tenham desaparecido. Trabalhar com nós mesmos equivale a talhar e a polir a pedra insignificante numa estátua, até o momento em que a imagem que estava oculta se revele em toda a sua perfeição.'"

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, A Essência da Autorrealização - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 82)
www.editorapensamento.com.br



terça-feira, 23 de dezembro de 2014

A REAÇÃO DO HOMEM PROFANO, DO ESPIRITUAL E DO CRÍSTICO DIANTE DO SOFRIMENTO

"69. Disse Jesus: felizes no seu coração são os perseguidos, os que na verdade conhecem o Pai. Felizes são os famintos, porque o corpo dos que sabem querer será saciado.

Comentário: Esta continuação do capítulo precedente vem explicitamente mencionada no Sermão da Montanha, segundo Mateus. 

Três atitudes humanas são possíveis em face do sofrimento e das adversidades da vida: revolta, resignação, regeneração.

O homem totalmente profano se revolta contra os sofrimentos, porque os considera somente como inimigos.

O homem espiritual tolera historicamente os sofrimentos, sem se revoltar nem os aceitar; mantém-se numa atitude de passiva neutralidade, uma vez que não pode evitar as adversidades; não se torna melhor nem pior em face do sofrimento.

O homem crístico, porém, pergunta com o Mestre 'não devia eu sofrer tudo isso para assim entrar em minha glória?' Esse homem clarividente vê no sofrimento um amigo, um anjo, vestido de luto, sim, mas com o sorriso da redenção nos lábios e a esperança da imortalidade nos olhos.

Não é verdade que o sofrimento como tal redima o homem, como alguns pensam. Há sofredores que se tornam piores pelo sofrimento; alguns acabam no suicídio; outros cream dentro de si um inferno de revolta e amargura. Não é o sofrimento em si que redime o homem; é a atitude que o homem assume em face do sofrimento que o modifica para melhor ou para pior.

Felizes são os famintos de uma vida superior, já enfastiados da vida profana. O próprio corpo desses famintos do espírito participará da plenificação espiritual. É necessário saber querer o céu para possuir também a terra."

(O Quinto Evangelho, A Mensagem do Cristo, Apóstolo Tomé - Tradução e comentários: Huberto Rohden - Ed. Martin Claret, São Paulo - p. 98/99)

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

SERENIDADE: A FONTE DO PODER

"Toda pessoa tem uma alma e um corpo. Iludido, identifica a alma com o corpo e, portanto, com todas as condições físicas. O corpo pode ser ferido, mudado e destruído; tem seus limites e não dura muito. Assim, a pessoa identificada com o corpo se julga vulnerável.

A alma, porém, de modo algum pode ser ferida, mudada ou destruída. A alma, feita à imagem do Espírito, é serena, eterna e imperturbável.

Em virtude dos desejos mundanos, a pessoa se identifica mais e mais com a debilidade do corpo, sempre temerosa da morte e das limitações. Se dirigir sua atenção para longe das barreiras corpóreas, causadoras da infelicidade, e meditar até a ilusão desaparecer, a alma se descobrirá imorredoura, abrigada na fortaleza da onipresença: inconquistável, imune aos efeitos da mudança vibratória enganadora. Toda pessoa deve lembrar-se de que é imortal, inacessível à mudança ou à extinção mesmo quando seu corpo parece afetado pela doença, pelos acidentes ou pela morte.

Concentrando-se na alma, a pessoa sufoca os desejos passageiros e encontra a liberdade perene.

Não importa quanto haja meditado, se ainda teme as doenças e a morte física por não ter reconhecido a imortalidade da alma, você evoluiu muito pouco e não conquistou quase nada. Precisará meditar mais profundamente até estabelecer uma comunhão estática com Deus e ir além das limitações do corpo. Durante a meditação, procure reconhecer que você está muito acima de quaisquer mudanças corporais - você é informe, onipresente, onisciente."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, Como Ter Coragem, Serenidade e Confiança - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 25/26)


quinta-feira, 16 de outubro de 2014

TRANSFORMANDO A ESSÊNCIA DA ALMA HUMANA (PARTE FINAL)

"(...) Temos superabundância de alimentos, mas milhões de crianças e de adultos morrem de fome todos os anos. Será que não há um grupo de líderes políticos que é capaz de estabelecer critérios para se produzir um imposto mundial no comércio exterior que subsidie a oferta de alimentos para os miseráveis de nossa espécie?

Somos brancos, negros, americanos, alemães, franceses, brasileiros, chineses, mas perdemos o sentido de espécie. Não parece que pertencemos à mesma espécie, não somos apaixonados uns pelos outros. Quantos de nós temos prazer de entrar no mundo das crianças, dos colegas de trabalho e das pessoas íntimas que nos circundam? Uma das maiores gratificações que tenho como psicoterapeuta é descobrir o mundo interessante de pessoas que me procuram. Cada ser humano, ainda que viva no anonimato, possui uma história espetacular, mas nós não nos damos conta disso. Temos o privilégio de ser uma espécie pensante, mas nem sempre honramos nossa inteligência.

O Mestre dos mestres da escola da existência deixou claro em seus pensamentos, parábolas, reações e nas críticas dirigidas aos fariseus que a essência da alma humana estava adoecida. Estava convicto de que o homem era líder do mundo exterior, mas não do interior. Percebia que a insatisfação e a ansiedade aumentava pouco a pouco à medida que passavam os anos. Por isso convidava as pessoas a beber do prazer que dele emanava, da sabedoria que dele fluía, do amor que dele jorrava, da mansidão que dele borbulhava.

Almejando mudar a essência da alma humana. Planejou que o homem conquistasse uma vida lúcida, serena, sábia, alegre, tranquila e saturada de paixão pela existência. Enxergava longe, queria mudar os paradigmas humanos e fazer a humanidade alcançar o sucesso de dentro para fora. Objetivava alcançar metas nunca alcançadas pela filosofia e ciências sociais. Os mais excelentes capitalistas e os mais notáveis socialistas ficariam perturbados se compreendessem os detalhes do plano do carpinteiro da vida. Ele veio com a maior de todas as incumbências, com a missão de produzir um novo homem: feliz e imortal."

(Augusto Cury - O Mestre da Vida -  Ed. Academia de Inteligência, São Paulo, 2001 - p. 206/207)
www.academiadeinteligencia.com.br


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

TRANSFORMANDO A ESSENCIA DA ALMA HUMANA (1ª PARTE)

"Jesus Cristo não morreu apenas para tornar realidade o sonho da imortalidade, mas para conduzir o homem a navegar no território da emoção e a desenvolver as funções mais altruístas da inteligência. Ele almejava transformar e enriquecer a natureza da sua alma e de seu espírito. Para ele, por mais que o homem se esforce, não tem um prazer estável, não sabe amar, não sabe se doar, não é íntimo da arte de pensar, não sabe ser livre e nem governar suas reações, principalmente quando aumenta a 'temperatura' da sua emoção, quando vive situações tensas e estressantes.

Não apenas o corpo humano é frágil, mas a sua estrutura psicológica também o é. Olhe para as reações que ocorrem frequentemente no palco de nossas mentes. Quem gerencia plenamente seus pensamentos e emoções? Quem é líder do seu próprio mundo? Dominamos o mundo que nos cerca, mas somos tímidos no controle de nossas angústias e ansiedades. Facilmente perdemos a paciência com os outros. O mais calmo dos homens tem seu limites. Sob determinados focos de tensão pode reagir sem pensar e ferir as pessoas que mais ama.

Não precisamos fazer esforço algum para sermos egoístas e individualistas, tais características surgem espontaneamente ao longo do processo de formação da personalidade. Contudo, se quisermos nos doar, trabalhar em equipe e nos preocupar com o bem-estar social precisamos de uma excelente educação e de um esforço diário para incorporarmos essas características.

Todos amamos o prazer e almejamos viver dias felizes. Todavia, frequentemente somos nossos principais carrascos. Nós nos entulhamos com pensamentos negativos, preocupações existenciais e problemas que ainda não aconteceram. Além disso, temos baixa capacidade de sentir o prazer com o que temos e de contemplar o belo nos pequenos eventos da vida. Da meninice à velhice a tendência natural da emoção humana não é uma escala ascendente de prazer, mas de entristecimento. As crianças são mais alegres que os adolescentes, que são mais alegres que os adultos, que são mais alegres que os idosos.

Olhe para a sua experiência, você é mais alegre hoje ou no passado? Conquistamos dinheiro e cultura, mas pouco a pouco perdemos a singeleza da vida. Embora haja idosos no corpo de jovens e jovens no corpo de idosos, com o passar do tempo temos tendência em expandir uma série de 'favelas', 'bairros mal iluminados', 'lixo', na grande cidade da memória. O fenômeno RAM (registro automático da memória) registra involuntariamente todos os conflitos, preocupações, pensamentos negativos, fobias, ansiedade na memória, entulhando nosso inconsciente, deteriorando nossa qualidade de vida. (...)"

(Augusto Cury - O Mestre da Vida -  Ed. Academia de Inteligência, São Paulo, 2001 - p. 204/206)

terça-feira, 7 de outubro de 2014

RECONHEÇA A REALIDADE

"Você troca a realidade por ilusão. A realidade é o reconhecimento de sua imortalidade, divindade e eternidade. A ilusão é o seu mundo tridimensional e transitório. Essa troca lhe é prejudicial. Você deseja a ilusão da segurança em lugar da segurança da sabedoria e do amor. Deseja ser aceito quando, na realidade, jamais pode ser rejeitado. O ego cria ilusão e encobre a verdade. É preciso dissolver o ego para poder ver a verdade.

Com o amor e a compreensão vem a perspectiva da paciência infinita. Por que a sua pressa? Afinal, o tempo não existe, apenas lhe parece existir. Quando você não se apercebe do presente, quando está absorvido no passado ou preocupado com o futuro, traz para si mesmo grande dor e sofrimento. O tempo também é uma ilusão. Mesmo no mundo tridimensional, o futuro é apenas um sistema de probabilidades. Por que preocupar-se tanto?

A terapia do ser é possível. A compreensão é terapia. O amor é a suprema terapia. Terapeutas, professores, gurus - todos eles podem ajudar, mas só por tempo limitado. A direção é para dentro do ser, e mais cedo ou mais tarde o caminho interior tem de ser trilhado em solidão, muito embora na realidade nunca estejamos sós. Meça o tempo, se tem de medi-lo, em termos de lições aprendidas, não em minutos, horas ou anos. Você pode curar-se em cinco minutos se chegar ao conhecimento adequado. Ou em cinquenta anos. É tudo a mesma coisa.

O passado deve ser lembrado e, depois, esquecido. Deixe que ele se vá. Isso se aplica a traumas da infância e traumas de vidas passadas. Mas também se aplica a atitudes, falsas noções, sistemas de crenças que nos são impostos, a todos os velhos pensamentos. Na verdade, a todos os pensamentos. Como é possível termos uma visão nova e clara com todos esses pensamentos? E se tivéssemos de aprender algo novo a partir de uma nova perspectiva?

Os pensamentos criam ilusões de separação e diferença. O ego perpetua essa ilusão, e essa ilusão cria medo, ansiedade e enorme sofrimento. Por sua vez, o medo, a ansiedade e o sofrimento criam cólera e violência. Como pode haver paz em um mundo no qual essas emoções caóticas predominam? Simplesmente saia deste labirinto. Volte à origem do problema. Não volte a antigos pensamentos. Pare de pensar. Em vez disso, use o seu saber intuitivo para sentir amor novamente. Medite. Veja que tudo é interligado e interdependente. Veja a unidade, não as diferenças. Veja o seu verdadeiro ser. Veja Deus."

(Brian Weiss - Só o Amor é Real - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1996 - p. 88/89)
www.esextante.com.br


domingo, 10 de agosto de 2014

OS ILUMINADOS (6ª PARTE)

O Grande Sábio da Paz

"No sul da Índia, perto de Madras, nasceu em dezembro de 1879 Bhagavan Sri Ramana, numa família brâmane. Já rapaz, Ramana disse a um de seus professores: ‘Este estudo não tem qualquer utilidade para mim. Preciso conseguir um outro tipo de sabedoria, pois a sabedoria do mundo material não pode fazer-me imortal. Esta sabedoria não pode dar-me o poder de vencer a morte. Eu preciso realizar o Divino Ser’.

A única obra espiritual que impressionou Ramana foi a vida do grande mestre Kabir e as suas descrições da vida dos 63 santos do culto Shiva, contada pelo seu tio Naga Swami. Mais tarde, lendo as sagradas escrituras vedas, brotou-lhe o desejo de ser um daqueles personagens celestiais. No mesmo instante foi imbuído de tal fé, de tal amor e tal fervor divino, que sentiu se inspirar nele a procura do Ser Supremo. Daí em diante ressoava no seu interior a palavra arunachala, identificado por seu tio como o nome de uma montanha sagrada. Algum tempo depois teve uma experiência extraordinária. Estava em seu quarto quando, subitamente, sentiu que se integrava no Universo. Seu corpo tornou-se estático e rígido. Ele perguntou: ‘Quem sou eu?’ ‘Minha consciência não é atingida absolutamente’. E então compreendeu que era completamente independente do corpo físico, da mente e dos sentidos, e disse: ‘Eu sou a Consciência.’ Nesse mesmo momento, sentiu a presença de Krishna, que lhe assegurou a imortalidade.

Pouco depois disso, abandonou o seu lar sem indicar o seu destino. Levou consigo apenas o dinheiro suficiente para a passagem com destino a Tiruvannamalai, uma cidade muito próxima à montanha Arunachala. (...) Ninguém o conhecia e ele passava o dia inconsciente do seu corpo físico e imerso em si mesmo em profundo êxtase.

Alguns meses após, o futuro grande avatar iniciou uma vida de rigorosa disciplina, passando vários anos ao pé da sacra montanha Arunachala. (...)

Um pequeno grupo de discípulos começou a formar-se  ao seu redor. Foi o mesmo que mais tarde construiu uma ermida na encosta da montanha, pedindo ao mestre para vir morar nela. Ele viveu ali por mais 50 anos."

(Equipe da Revista Planeta - Os iluminados - Planeta Extra Raja Ioga, março de 1984 - p. 51/58)

domingo, 22 de junho de 2014

CAMINHOS PARA A TRANSFORMAÇÃO (2ª PARTE)

"(...) Algumas tradições antigas postulavam que o universo era regido por leis e que a natureza, com suas leis rígidas, impunha aos seres humanos uma espécie de escravidão. Do ponto de vista filosófico e espiritual, não há nada de novo a respeito da questão do determinismo versus livre-arbítrio. Nenhuma luz radicalmente nova foi lançada sobre ela com o desenvolvimento da mecânica quântica. O determinismo de um efeito que resulta de uma causa é uma noção que é parte integrante do conceito de lei. Se existe lei, existe determinismo.

Mas é importante que seja enfatizado que, precisamente porque existe a lei, existe a possibilidade de liberdade. Uma lei pressupõe a existência de um preço a ser pago para que se consiga a libertação das condições que ela impõe. É muito romântico imaginar que podemos adquirir imortalidade, salvação ou liberdade para nossa alma sem pagar o preço cobrado pela lei que nos mantém natural e legalmente acorrentados. Mas as viagens espaciais teriam sido impossíveis sem a compreensão da lei da gravitação universal, que nos mantém presos a Terra. Para viajarmos pelo espaço precisamos calcular com precisão a velocidade de escape que é necessária para vencer o efeito da lei de gravidade, e precisamos ter o combustível e a tecnologia adequados para adquirir essa velocidade.

Mas certamente, em todas as partes do mundo, pode-se encontrar alguma forma de religião que vende indulgências baratas, físicas ou doutrinárias, para assegurar àqueles que são crédulos que foram especialmente escolhidos para a graça agora e para a glória por todo o sempre. (...)"

(Ravi Ravindra - A conquista da Liberdade -  Revista Sophia, Ano 8, nº 32 - p.10/12)


quinta-feira, 1 de maio de 2014

COMO ENCONTRAR A CERTEZA INTERIOR DA CONEXÃO COM O DIVINO

"A pessoa espiritualizada anda com Deus dentro de si. Todos os dias silencie o corpo, acalme a mente e volte-se totalmente para dentro de si com o propósito de comungar com Deus. Se você criar o hábito de meditar, isso fará toda a diferença entre ser uma pessoa comum, cheia de incertezas, dúvidas e frustrações, ou ser uma pessoa espiritual, que sente que sua vida está completamente nas mãos de Deus e que por isso tudo está bem. 

Nada na vida nem na morte deve nos deixar amedrontados ou aflitos. A maravilhosa orientação de Paramahansa Yogananda, pela qual lhe sou eternamente grata, gravou em nós a consciência de que a vida é eterna. Por um curto período de tempo, o imortal raio de luz que é a alma reveste-se de uma perecível roupagem mortal - masculina ou feminina; branca, negra, vermelha ou amarela - mas por toda a eternidade a alma é sustentada pela Fonte Infinita dessa luz. Quanto mais meditamos, mais sentimos essa consciência. E quanto menos meditamos, menos conseguimos transcender a identificação com o eu inferior - uns tantos quilos de carne recobrindo uma mente limitada e aprisionada pelas percepções sensoriais aos conturbados ambientes do mundo. Temos que chegar ao verdadeiro Eu; ir além de seus instrumentos físicos e mentais para perceber que não somos frágeis seres mortais; que existe um elo inquebrantável entre nós e a Amada Mãe do universo, a Consciência Divina que flui por nós e que permeia o Infinito."

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 11/12)


sábado, 19 de abril de 2014

JOVENS PARA SEMPRE (PARTE FINAL)

"(...) O tirano chamado Tempo mora dentro de nós, alimentado por nossas atividades e desejos por coisas transitórias. Dependendo de nossa condição mental, o tempo passa rápida ou lentamente. As paixões e emoções perturbam as mentes dos mortais, enquanto os deuses, não contaminados pelos pensamentos e desejos mundanos, experienciam a imortalidade e a juventude.

Para sermos jovens e belos, devemos necessariamente nos livrarmos dos impulsos – o ímpeto para chegar a algum lugar, para ser o primeiro, para realizar. Isso nos escraviza ao tempo. O tempo priva a mente de sensibilidade e flexibilidade e a torna propensa às ansiedades do egocentrismo que envelhece o corpo.

A pessoa deve viver de maneira absolutamente diferente para preservar a juventude. O apego é a verdadeira essência da mente mundana; ausência de apego é liberdade. Para sermos jovens, a mente deve ser livre. Citando o Dammapadda: ‘A ausência de atenção é a estrada que leva à morte. Os atentos não morrem; os desatentos são como se já estivessem mortos.’

A vigilância na vida diária, que ajuda a pessoa a abandonar toda paixão, pensamento e atitude egoísta, é uma passagem para um estado divino, repleto de amor e sabedoria. Egoísmo é ignorância, falta de sabedoria. Vamos nos tornar jovens vivendo de maneira reta, ou vamos esperar que os técnicos e mágicos prolonguem a miséria do egocentrismo?"

(Radha Burnier - Jovens para sempre - Revista Sophia, Ano 5, nº18 – Pub. da Ed. Teosófica - p. 25)

quinta-feira, 23 de maio de 2013

FAÇA AFLORAR A IMORTALIDADE OCULTA DE SUA ALMA

"Tudo que o Senhor criou foi feito para testar-nos, para manifestar a imortalidade da alma, que está encerrada dentro de nós. Essa é a aventura da vida, o seu único propósito. E a aventura de cada pessoa é diferente, única. Você deve estar preparado para lidar com todos os problemas de saúde, da mente e da alma mediante o uso dos métodos do bom senso e da fé em Deus, sabendo que, na vida ou na morte, sua alma permanecerá invencível. Você jamais pode morrer. “As armas não podem ferir a alma; o fogo não pode queimá-la; a água não pode molhá-la; nem pode o vento ressecá-la. (...) A Alma é imutável, tudo permeia, está perenemente tranquila e inamovível.” Você é, eternamente, a imagem do Espírito.

Não é libertador para a mente saber que a morte não pode matar? Quando a doença chega e o corpo para de funcionar, a alma pensa: “Morri!” Mas o Senhor sacode a alma e diz: “O que é isso! Você não morreu. Não continua pensando?” (...) “Não é tão terrível assim. Foi somente a minha consciência temporária da vida terrena, de ser um corpo físico, que me induziu a crer que perdê-lo seria o meu fim. Eu tinha esquecido que sou alma eterna.”"

(Paramahansa Yogananda – Viva sem Medo – Self-Realization Fellowship - p. 08/09)


segunda-feira, 20 de maio de 2013

HUMANIDADE D'AQUÉM E D'ALÉM

"Não fales, meu amigo, em nome da humanidade!
A humanidade não é esta que nosso planeta habita...
Esta é apenas diminuta parcela da humanidade total...
Esta é parte mesquinha da humanidade sublime...
Vivem neste mundo mais de quatro bilhões de homens, diz a ciência.
Centenas de bilhões já passaram por este planeta - e se foram...
Para onde se foram eles...
Não se sumiram no vácuo e no nada...
Sabemos que o espírito imortal, uma vez que existe, para sempre pode existir.
Vive aqui a pequena humanidade - vive acolá a grande humanidade...
Nem somos a centésima parte do que eles são...
Nós somos os sonâmbulos - eles os acordados...
Acordados na luz eterna - se forem filhos da luz...
Agora, profanos - então, iniciados...
Agora, semivivos - então, plenivivos...
Agora crentes ou descrentes - então videntes ou voluntariamente cegos...
Nós aqui ignoramos se valeu a pena termos nascido - deles se sabe se a colheita valeu a sementeira...
Nós, ainda no invólucro desta vida mortal - eles sem máscara nem véu ao sol da verdade...
Nós, os principiantes, tateamos ao longo da estrada - eles, os avançados, se aproximaram da meta.
Hoje, no mundo material - amanhã, num ambiente imaterial...
Feliz do homem que no aquém tem fé no que verá no além...
Feliz de quem, olhando para a aurora, aguarda o sol meridiano!...
Feliz de quem segue o "fio de Ariadne" - que do labirinto das trevas o conduzirá ao mundo da luz!...
Feliz de quem sofre o "espelho do enigma" das coisas presentes - para ver face a face as coisas futuras!...
Mais de 510 milhões deixam anualmente o mundo dos visíveis - e entram no mundo dos invisíveis...
Tombam milhões de gotinhas humanas das nuvens do aquém - no oceano imenso do além...
E amanhã - cairá esta gotinha também...
Cairá a tua, meu amigo...
Cairá a minha...
Voltando para donde veio...
Ao seio de outros mundos...
Rumo à meta final."

(Huberto Rohden - De Alma para Alma - Ed. Martin Claret, São Paulo - p. 201/202)


domingo, 27 de janeiro de 2013

A MENTE DESTEMIDA E O CORPO SADIO

Versão de uma fábula tradicional

"Enquanto meditava, tarde da noite, um santo viu o fantasma da terrível doença da varíola entrando na aldeia em que vivia, e exclamou:

- Pare, sr. Fantasma! Vá embora. Não deve molestar a cidade em que cultuo a Deus.

O espectro respondeu:

- Só levarei três pessoas, de acordo com meu dever cósmico determinado pela karma. - Ao ouvir isso, o santo consentiu, com tristeza.

No dia seguinte, três pessoas morreram de varíola. Contudo, um dia depois, mais pessoas morreram, e a cada dia outras mais eram vencidas pela temerosa doença. Considerando-se vítima de um grande engodo, o santo meditou profundamente e invocou o fantasma. Quando este chegou, o santo o repreendeu:

- Sr. Fantasma, o senhor me enganou e mentiu quando disse que só levaria três pessoas com a sua varíola.

Mas o espectro respondeu:

- Em nome do Grande Espírito, eu lhe falei a verdade.

O santo insistiu:

- O senhor prometeu levar apenas três, mas um grande número de pessoas sucumbiu à doença.

- Só levei três - disse o fantasma. - As outras deixaram-se morrer por causa do medo.


Ressuscite a mente da consciência de doença - do pensamento de doença. Você é o Espírito invulnerável; mas agora o corpo governa a mente. É a mente que deve comandar o corpo.

De que tem medo? Você é um ser imortal. Não é homem, nem mulher, como talvez acredite, mas é alma, jubilosa e eterna."

(Paramahansa Yogananda - Viva sem Medo - Self-Realization Fellowship - p. 27/28)
http://www.omnisciencia.com.br/colecao-yogananda/viva-sem-medo.html


domingo, 25 de novembro de 2012

OS IDEAIS DIVINOS


“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos” (Mateus 5:6)


Referência paralela:

“Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis fartos” (Lucas 6:21)


“As palavras “sede” e “fome” estabelecem uma metáfora apropriada para a busca espiritual do homem. Primeiro, precisamos ter sede pelo conhecimento teórico de como alcançar a salvação. Depois de saciada essa sede ao aprendermos a técnica prática para efetivamente entrar em contato com Deus, podemos então satisfazer a fome interior da Verdade, banqueteando-nos diariamente do divino maná da percepção espiritual resultante da meditação.

Aqueles que buscam satisfação em coisas materiais descobrem que a sede de seus desejos nunca é mitigada, nem pode sua fome ser jamais saciada com a aquisição de posses. O anseio, presente em cada ser humano, de preencher um vazio interior é o desejo da alma por Deus. Esse desejo somente pode ser apaziguado ao se experimentar a própria imortalidade e o estado imperecível de divindade em união com Deus. Quando a pessoa tolamente tenta saciar a sede de sua alma com as falsificações da satisfação sensorial, ela anda às cegas de um a outro prazer evanescente, rejeitando por fim a todos como inadequados.

Os prazeres sensoriais pertencem ao corpo e à mente inferior; eles não oferecem nenhum sustento ao ser mais íntimo do homem. A inanição espiritual de que sofrem todos os que subsistem das ofertas dos sentidos pode ser aliviada somente por meio da justiça – as ações, as atitudes e os atributos que são legítimos para a alma: a virtude, o comportamento espiritual, a bem-aventurança, a imortalidade.

Justiça significa agir corretamente nos setores, físico, mental e espiritual da vida. As pessoas que sentem grande sede e fome pelo cumprimento dos supremos deveres da existência recebem a bem-aventurança sempre nova de Deus: “Bem-aventurados vós que tendes sede de sabedoria, e que considerais a virtude e a justiça como o verdadeiro alimento capaz de satisfazer vossa fome interior, pois tereis essa perene felicidade que advém somente quando seguimos os ideais divinos – o incomparável contentamento do coração e da alma.”

 (Paramahansa Yogananda – A Yoga de Jesus – 86/87)