OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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sábado, 30 de dezembro de 2017

SOBRE O NATAL E O ANO NOVO - COMO SE CRIA UMA ATMOSFERA CORRETA PARA O FUTURO (PARTE FINAL)

"(...) Um exame atento do passado nos dá lições e ideias valiosas sobre os padrões futuros de vibração em um nível muito mais amplo de tempo, e talvez um vislumbre da própria eternidade.

As origens pagãs das comemorações do Natal estão claramente documentadas, e isso não é razão para rejeitá-las. Ao contrário. As comemorações atuais também estão externamente revestidas de uma grossa camada de materialismo e superficialidade. Mas o Natal possui um lado interno e verdadeiramente espiritual, na sua mistura de diferentes tradições religiosas. É uma celebração da fraternidade, uma comemoração do sol, uma homenagem à luz espiritual dentro e fora dos nossos corações.

Pensando no Ano Novo, Helena Blavatsky cita um pensador norte-americano:

'Thoreau assinalou que há artistas da vida, pessoas que podem mudar a cor de um dia e torná-lo bonito para aqueles com quem entram em contato. Nós afirmamos que há adeptos, mestres da vida que tornam o dia divino, assim como ocorre em todas as outras formas de arte.  E a maior de todas as artes não será esta que diz respeito à própria atmosfera em que vivemos? Percebemos em seguida que isso é da maior importância, quando lembramos que cada pessoa ao respirar o ar da vida afeta a atmosfera mental e moral do mundo, e ajuda a colorir o mundo daqueles que a rodeiam.'⁵

No mesmo texto, H.P. Blavatsky afirma que o estoico Epicteto tornou-se sublime porque 'reconheceu sua própria absoluta responsabilidade e não tentou fugir dela.' E acrescenta: 'O ocultista reconhece completamente a sua responsabilidade e reivindica para si este título porque tentou e adquiriu conhecimento das suas próprias possibilidades.' Para Blavatsky, a vida do ser humano está em suas próprias mãos. O seu destino é decidido por ele próprio, e não há motivo para um novo ciclo de doze meses não trazer um desenvolvimento espiritual 'maior que o de qualquer ano que já tenhamos vivido'. Depende apenas de nós de fazer com que isso ocorra:

'Este é um fato concreto, e não um sentimento religioso. Num jardim de girassóis, cada flor se volta para a luz. Por que não poderíamos fazer o mesmo?'

Possuímos um centro de paz e amor eternos em nossos corações. Como estudantes de filosofia esotérica, algumas responsabilidades são inevitáveis. É sempre correto mandar nossos bons votos a todos os seres (...)"

⁴ Veja por exemplo o texto 'O Natal de Ontem e o Natal de Hoje', de Helena Blavatsky. O artigo está disponível em nossos websites associados. 
⁵ H.P. Blavatsky, no artigo '1888'. Ver 'Collected Writings', volume IX, p. 3.
 'Collected Writings', H.P. Blavatsky, volume IX, pp. 4-5. 

(Carlos Cardoso Aveline - Sobre o Natal e o Ano Novo, Como Se Cria Uma Atmosfera Correta para o Futuro)

domingo, 1 de outubro de 2017

RELAÇÕES E ISOLAMENTO (1ª PARTE)

"A vida é experiência, experiência em relação. Não se pode viver no isolamento; a vida, portanto, é relação, e relação é ação. E como adquirir a capacidade de compreender as relações, que é a vida? Não significam as relações, não só comunhão com pessoas, mas também intimidade com coisas e idéias? A vida são relações, que se expressam no contato com coisas, pessoas, ideias. Compreendendo as relações, teremos capacidade para enfrentar a vida de maneira completa, adequada. Nosso problema, portanto, não é ter capacidade — pois esta não é independente das relações — porém, antes, compreender as relações, o que naturalmente produzirá a capacidade de pronta flexibilidade, pronto ajustamento, pronta reação. 

As relações, sem dúvida, são um espelho em que nos descobrimos. Sem relações não existimos. Ser é estar em relação, estar em relação é existir. Só existis em relação, de outro modo não existis, a existência nada significa. Não é porque pensais, que existis, que vos tornais existentes.¹ Existis porque estais em relação, e é a falta de compreensão das relações que causa conflito. 

Ora, não há compreensão das relações porque nos servimos delas apenas como meio de promover alguma realização, promover transformação, promover o 'vir a ser'. Mas as relações são um meio de autodescobrimento, porque estar em relação é ser, é existência. Sem relações, não existo. Para compreender a mim mesmo, preciso compreender as relações. As relações são um espelho, em que posso ver-me, a mim mesmo. Esse espelho pode deformar ou refletir fielmente o que é. Mas a maioria de nós vê nas relações as coisas que prefere ver; não vê o que é. Preferimos idealizar, fugir, preferimos viver no futuro, a compreender aquelas relações no presente imediato. 

Ora, se examinarmos nossa vida, as relações existentes entre nós, veremos que elas constituem um processo de isolamento. Não estamos verdadeiramente interessados uns nos outros; embora falemos muito a esse respeito, não estamos de fato interessados. Só estamos em relação com alguém enquanto essas relações nos agradam, enquanto nos proporcionam um refúgio, enquanto nos satisfazem. No momento em que ocorre qualquer perturbação, causadora de desconforto para nós, abandonamos essas relações. Em outras palavras, só há relações enquanto estamos satisfeitos. Isso pode parecer uma maneira rude de falar, mas se examinardes realmente vossa vida, com muita atenção, vereis que é um fato. Evitar um fato é viver na ignorância, que nunca pode produzir relações corretas. Se examinarmos nossas vidas e observarmos nossas relações, veremos que elas são um processo de criação de mútua resistência, de uma muralha por sobre a qual nos olhamos e observamos, uns aos outros. Conservamos sempre a muralha e permanecemos atrás dela, quer seja da muralha psicológica, quer seja da material, da muralha econômica, da muralha nacional. Enquanto vivermos no isolamento, atrás da muralha, não há relações entre nós. Vivemos fechados, porque achamos muito mais agradável, muito mais seguro. O mundo está tão fracionado, há tanto sofrimento, tanta dor, guerra, destruição, miséria, que desejamos fugir e viver dentro das muralhas protetoras de nosso ser psicológico. As relações, pois, no caso de quase todos nós, são, de fato, um processo de isolamento, e é bem óbvio que tais relações criam uma sociedade, também causadora de isolamento. E isso, exatamente, o que está acontecendo no mundo inteiro: vós permaneceis no vosso isolamento, e estendeis a mão por cima da muralha, chamando a isso nacionalismo, fraternidade, ou o que quiserdes, mas o fato é que continuam a existir os governos soberanos, com seus exércitos. Enquanto apegados às vossas limitações, pensais poder criar a unidade mundial, a paz mundial — coisa de todo impossível. Enquanto tiverdes uma fronteira nacional, econômica, religiosa, ou social, é bem claro que não pode haver paz no mundo. (...)"

¹ Foi o que disse Descartes: Penso, logo existo. (cogito ergo sum) (N. do T.)

(J. Krishnamurti - A Primeira e Última Liberdade - Ed. Cultrix, São Paulo - p. 89/91)
http://www.pensamento-cultrix.com.br/


domingo, 17 de setembro de 2017

SENDAS PARA A MESMA META (1ª PARTE)

"Aquilo que o mundo mais precisa atualmente é de fraternidade, primeiramente no coração do homem e, como seu reflexo, em uma síntese de suas partes e funções dispersas desse mundo. Essa síntese deve ser produzida por meio de uma crescente compreensão de unidades, através da dedicação àquelas unidades das diferenças que jazem à nossa volta por todo lado. 

O ritual da Estrela Mística⁶, teosoficamene inspirado, apresenta, em forma cerimonial e simbólica, certas verdades fundamentais a todas as grandes religiões. À medida que é representado, mostra-nos que todas as religiões, todas as invocações necessárias, levam à meta única, centrada em torno do propósito único da integridade de viver no qual jaz a possibilidade de realização para cada ser humano. Seja o homem um servente ou um governante, um artista ou um curandeiro, ele deve dedicar ao Supremo sua vocação e as qualidades que são necessárias à sua realização, rompendo assim a divisão entre secular e espiritual que, entre outras barreiras, serve para estreitar e confinar o espírito humano.

Aqueles que participam do ritual ocupam seus lugares em um círculo no nível do chão; o altar fica situado no centro. O todo é uma expressão simbólica do fato de que em relação ao santo dos santos - que é a presença divina - nossas diferenças de estados e função externas são como arcos de um círculo; que, mesmo a pessoa que dirige, é apenas um administrador entre iguais, prestando a mesma homenagem que seu assitente mais inferior àquilo que é, ou deveria ser, sagrado para todos.

O altar é velado por um pano que representa os signos do zodíaco, para mostrar que a natureza, cuja revolução incessante é muito sublimemente simbolizada por essas estrelas, é apenas uma vestimenta de Deus, que é a Realidade oculta, as trevas que nenhuma luz humana consegue compreender. Gradualmente, a iluminação chega sob muitas formas segundo as necessidades florescentes dos tempos.

Esta cerimônia demostra que existe apenas uma verdade que é apresentada sob muitos símbolos: existe apenas um caminho, e a fonte de nossa inspiração é uma e a mesma. Voltamo-nos para diferentes direções com relação ao altar, mas é um altar, embora com muitas luzes. (...)"

⁶ Ritual criado por C. Jinarajadas no início do século 20, que visava apresentar publicamente as verdades das grandes religiões, como provenientes da mesma Grande Fraternidade Branca, e ainda é celebrado antes de todas as Convenções da Sociedade Teosófica Internaciona na Índia. (N.E.)

(N. Sri Ram - O Interesse Humano - Ed. Teosófica, Brasília, 2015 - p. 90/91)


segunda-feira, 21 de agosto de 2017

ÉTICA: A RESTAURAÇÃO DA HARMONIA (2ª PARTE FINAL)

"(...) O senso de separação é uma ilusão primitiva, que origina todos os comportamentos errados do homem. O remédio está em compreender a unidade da vida. Se o conceito da origem comum da humanidade, não apenas em nível físico, mas especialmente nos níveis da alma e do espírito, estiver 'profundamente enraizado em nossos corações, nos levará longe da estrada da verdadeira caridade e da boa vontade fraterna'.

O princípio da unidade pode parecer muito distante das nossas preocupações diárias. É necessário juntar a ele um outro princípio derivado, o da interdependência. A aparente multiplicidade do mundo manifestado é, na realidade, uma grande rede de interdependência, destinada a funcionar em perfeita harmonia. A ilusão de separação nascida da mente humana e os caprichos de independência desequilibram dolorosamente toda a rede.

Devido à Lei do Carma - outro importante princípio dos ensinamentos teosóficos -, todo desequilíbrio deve ser compensado para restaurar o equilíbrio, o que também pode ser doloroso. Assim, surgem e se perpetuam os problemas que afetam a humanidade e todo o universo.

A ética é um meio para restaurar o equilíbrio da natureza, colocando em prática os princípios fundamentais dos ensinamentos teosóficos: a unidade universal, a solidariedade humana, o carma e a reencarnação, que são, de acordo com H. P. Blavatsky, 'os quatro elos da corrente de ouro que deve unir toda a humanidade numa única família, uma fraternidade universal'.(...)"

(Danielle Audoin - Ética: a restauração da harmonia - Revista Sophia, Ano 2, nº 6 - p.41)

domingo, 2 de abril de 2017

FALAR MENOS E FALAR COM DOÇURA

"Seja cuidadoso para que o sucesso que obteve na promoção da virtude, na vitória sobre hábitos banais, na tomada regular da disciplina não seja desperdiçado pela companhia de pessoas medíocres, por palavras perdidas em críticas cínicas e em esforços sem objetivo.

Quando o pé resvala, a ferida resultante pode ser curada, mas se é a língua que escorrega, a ferida provocada no coração dos outros pode durar vidas. A língua é passível de praticar quatro graves erros - pronunciar falsidade, escandalizar, comentar os erros alheios e falar em demasia. Tudo isso deve ser evitado, se pretendemos paz individual e bem-estar para a sociedade.

O vínculo da fraternidade será estreitado se as pessoas falarem menos e falarem com doçura. Daí por que o silêncio (maunam) é recomendado, pelas escrituras, aos discípulos em estágios vários da estrada. Esta disciplina é valiosa para todos vocês."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 171/172)


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

KARMA INDIVIDUAL E KARMA COLETIVO (5ª PARTE)

"(...) 3. Karma Mútuo. Esse tem muitos tipos. Os ami­gos podem partilhar seus Karmas, especialmente se a ami­zade for verdadeira e profunda. Quando, e em que exten­são, não podemos dizer. Sociedades, Fraternidades, etc., têm uma espécie de Karma comum. O mesmo se dá com Professores e Alunos. Em todos esses casos, os trabalhos da Lei não podem ser investigados e, em muitos casos, o Karma Mútuo existe em grau mínimo. Sua ação mais forte se faz no caso das mais profundas e verdadeiras ami­zades, e também no caso de um Guru, ou Mestre Espiri­tual, e seu Discípulo. O Guru partilha os sofrimentos do seu discípulo, e com todos os Mestres e seus Discípulos isso se dá por causa da união espiritual que existe entre eles. Pelo amor do nosso Mestre, seja de que grau ele for, nós nos devemos preparar para nos tornarmos dignos seguidores. No Caminho mais elevado somente 'quando o discípulo está preparado é que o mestre irá aparecer'. O discípulo partilha, novamente, em maior ou menor grau, os benefícios espirituais do Mestre e, irmão de uma or­dem ou de uma sociedade unida, partilha os méritos e deméritos de cada qual.

4. Karma Nacional. Cada nação tem um caráter, um Karma, que é construído vagarosamente e, dos resultados dele não há como escapar, a não ser por um poderoso Karma de oposição. O futuro de cada nação se faz de acordo com as ações realizadas no passado, e a natureza da queda de uma nação está em concordância com o que a sua história passada decreta pela sua evolução moral e social, com toda a sua mistura de certo e errado.

5. Karma Racial. Cada Raça-raiz, Sub-raça e Raça-família tem um Caráter, ou Karma, e quando seus tra­balhos terminam, ela dá lugar a uma nova raça. Há algu­mas raças que fornecem estudos kármicos muito interes­santes, e podemos ver como a queda de cada raça esteve em concordância com seu caráter, especialmente com as características iniciais que ela expôs em seus come­ços. Os romanos e os judeus são excelentes assuntos para estudo. (...)

(Irmão Atisha - A Doutrina do Karma - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 32/33

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

AMOR E UNIDADE (PARTE FINAL)

"(...) Nenhum homem pode ser separado do corpo da humanidade por causa de suas imperfeições. Se qualquer célula nesse grande corpo estiver doente, ela deve, no final das contas, recobrar a saúde. Só existe uma maneira de se livrar de um inimigo: convertê-lo num amigo, mais cedo ou mais tarde. Shakespeare escreveu: 'Não é amor aquilo que se altera quando encontra alteração', indicando que a natureza do amor é um princípio essencial do homem e um dos eternos valores da vida.

O pensamento lida com as relações entre as coisas, de modo que, dado um motivo, ele descobrirá como agir. Quando a mente, com todo seu poder, se curva perante a intuição do amor e diz 'daqui em diante vós sereis meu mestre; servir-vos-ei sempre', o homem torna-se um iniciado nos mistérios do Cristo ou de Krishna, ou do Deus do amor. Se em algum lugar houver uma cerimônia exterior de iniciação, ela visa anunciar que esse estágio foi alcançado, que essa realidade foi atingida pelo membro recém admitido de uma fraternidade.

O amor opera de maneira infalível por meio daquele em quem essa intuição esteja trabalhando. Ele não consegue viver para satisfação do corpo ou para a diversão, nem para o acúmulo de conhecimento, e passa a responder às necessidades da vida. Acontece, porém, que o jovem 'iniciado' emprega muita energia, e às vezes o observador vê muitas dessas coisas como desperdício e inutilidade. Mais tarde ele próprio descobre a sabedoria de colocar o seu amor onde ele é mais útil. Somente por um instante é que ele perde algo de sua razão; posteriormente ele reaparece como subordinada ao amor.

O provérbio que diz que 'a tolice é a falha comum daquele que é bom' só se aplica ao noviço em bondade. O amor não é para ser visto, porém direciona as forças que podem ser vistas - as do corpo, das emoções e da mente. E essas forças são limitadas. Portanto, a melhor expressão de amor não é esbanjar descuidadamente genialidade e generosidade.

Conheci um grande homem que tinha amor constante. Muitas pessoas consideravam-no frio, porque ele colocava suas forças cuidadosamente. Um homem assim doa a um e depois a outro, de maneira bastante deliberada, onde ele pode ver que o amor produzirá o melhor efeito. Ele é suficientemente sábio para não se desgastar. Mas enquanto está direcionando sua energia dessa maneira, ele está também considerando aqueles que se acham abandonados, porque em seus olhos espera que aqueles a quem ajuda sejam capazes de promover o nascimento da fraternidade entre os homens."

(Ernest Wood - Instrução e intuição - Revista Sophia, Ano 9, nº 33 - p. 30/31)

domingo, 13 de março de 2016

SABEDORIA NO CORAÇÃO (PARTE FINAL)

"(...) Todas as coisas mais maravilhosas da vida ocorrem rapidamente, tal como o nascimento de uma estrela ou de uma criança, o florir de um botão, o fenômeno de se apaixonar. Mas existem também os processos lentos, silenciosos, que precedem esses acontecimentos dramáticos. Quando o Cristo ou o Deus dentro de nós penetra seu reino em nossos corações, Ele entra rapidamente, como a luz do céu penetra as trevas. Quando aquele que é o Cristo em nós prevalecer, não mais haverá sombras. Na Índia, dizem que os devas não lançam sombra porque brilham com uma luz que pode atravessar todas as coisas. Tal é a luz da verdadeira sabedoria que ilumina o interior de tudo que existe.

Quando a sabedoria governar o mundo todas as coisas serão rearranjadas de modo a fazer com que brilhe a luz que existe nelas e em todos os homens. Então elas existirão e agirão segundo a glória de Deus que está nelas e além delas, e em perfeita fraternidade entre si.

Deverá chegar para cada homem e mulher uma época quando mesmo a morte será superada, mas isso ocorrerá quando tiverem aprendido as lições da vida na terra. Aquele que triunfar, herdará o reino de luz que está dentro de si, e aí será, inconscientemente para si mesmo, entronizado como um rei espiritual, o homem perfeito."

(N. Sri Ram - O Interesse Humano - Ed. Teosófica, Brasília, 2015 - p. 83/84)


terça-feira, 8 de março de 2016

O SENTIDO DO PERDÃO (PARTE FINAL)

"(...) O autotormento do ressentimento pode acabar. Podemos acordar a qualquer momento. Podemos começar a conhecer a nós mesmos, e através de autoconhecimento e do esforço projetado, deixar algumas dessas armadilhas para trás.

Estamos tentando trilhar o caminho espiritual e desenvolver nossos poderes latentes. Um desses poderes é o perdão. Os poderes que H. P. Blavatsky nos encorajou a desenvolver são os do espírito, que nos aproximam dos mestres instrutores da humanidade, que nos aproximam de nossas verdadeiras naturezas, do espírito uno. O perdão é uma disciplina importante no desenvolvimento desses poderes espirituais. Ele nos liberta de sérios constrangimentos e ressentimentos, disponibiliza recursos internos para um trabalho mais elevado e nos inicia em um nível de vida superior. Nós podemos trabalhar para formar um núcleo da fraternidade universal da humanidade e aprender a perdoar os outros em nossos encontros diários. 

No livro Cartas dos Mahatmas a A.P. Sinnett (Ed. Teosófica), o Mahatma K.H. estimula seus correspondentes a se colocar além do autofoco, a abrir mão do passado e se mover com esperança para o futuro. Essa é a essência do perdão.

'Acautelai-vos então de um espírito não caritativo, pois ele poderá elevar-se como um lobo faminto em vossa caminho e devorar as melhores qualidades de vossa natureza, que estão brotando para a vida. Ampliai em vez de estreitar vossas afinidades; tentai identificar-vos com vosso próximo em vez de contrair vosso círculo de afinidades', disse o Mahatma.

Se tivermos algum ressentimento ou animosidade com relação ao próximo, então o momento presente é verdadeiramente uma oportunidade de abrir mão e crescer em nossa humanidade. A vida, o grande iniciador, está sinalizando: vamos em frente!"   

(Betty Bland - O sentido do perdão - Revista Sophia, Ano 12, nª 51 - p. 8/9)


quarta-feira, 15 de abril de 2015

DOENÇAS A SEREM EVITADAS

"Desde que tenho a responsabilidade de o retificar e conduzir ao caminho certo, advirto-o contra a 'doença do olho'; não saboreie tão feiamente cenas degradantes, baixas, como cartazes que anunciam filmes de terror pregados nas paredes de todos os quarteirões da cidade, atraindo para o vício e o crime. 

Igualmente deve prevenir-se contra a 'doença do ouvido', que consiste em curtir escândalos, blasfêmias, notícias de ódio e ambição, alardeadas pelos sem-Deus, pelos perversos, que não têm amor em seus corações, nem fraternidade naquilo que fazem.¹

Proteja-se também contra a 'doença da língua', a 'doença da mente', a 'doença da mão'. Estou querendo que evite palavras que injuriem a reputação de alguém, que lhes causem dor ou prejudiquem."

¹. Que o leitor considere, com esta informação, os males acarretados por certos tipos de músicas, filmes, propagandas que estão saturando as mentes dos consumidores de hoje. 

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 114)


quarta-feira, 25 de março de 2015

DESCUBRA A VERDADE QUE BRILHA DENTRO DE VOCÊ

"A língua não deve falar mal. Os olhos não devem contemplar o mal. Os ouvidos não devem aspirar a ouvir o mal. A presença de Deus em cada ser santifica-o. Quando você pensa mal dos outros, equivale a pensar mal de Deus. Quando, obedecendo à convenção, se dirigir aos outros como 'irmãos e irmãs' (sodara sodarimanulaara), deve cultivar (também) o sentimento de que Deus é o Pai e que vocês realmente são irmãos e irmãs, cada um em relação aos demais. Esta fraternidade é mais real e profunda que a consanguínea, pois aqui a propriedade paterna, pela qual vocês se esforçam, pode ser partilhada sem que a parte de cada um seja diminuída de qualquer maneira. Quando a plenitude (purna) é subtraída da plenitude, o saldo ainda é a plenitude. 

Uma cabaça, quando verde, afunda na água, mas, estando seca flutua. Torne-se seco, descartando apegos, desejos, ansiedades e preocupações. Só assim flutuará incólume nas águas irrequietas. Até mesmo a água, ao tornar-se, vapor, ascendo ao céu. Torne-se leve. Perca peso, e flutue, tanto que possa subir cada vez mais alto. Yoga é definido como 'suspensão das agitações da substância mental' (chithitha vrithithi nirodha). Yoga, portanto, é a supressão dos impulsos que agitam a consciência interna do homem. Tais impulsos aumentam o lastro. Livre-se dos desejos que o atraem para baixo. Conserve somente a ânsia de encontrar-se face a face com a Verdade. Essa Verdade brilha dentro de você, aguardando ser descoberta. Como a lavadeira que está morrendo de sede, embora a água do rio lhe chegue aos joelhos, o homem sofre, não obstante tenha o remédio perfeito ao alcance da mão."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 153/154)