OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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sexta-feira, 3 de março de 2017

O PODER DA NÃO VIOLÊNCIA

"Revela a experiência que o mundo
Não pode ser plasmado à força.
O mundo é uma entidade espiritual,
Que se plasma por suas próprias leis.
Decretar ordem por violência
É crear desordem.
Querer consolidar o mundo à força
É destruí-lo,
Porquanto, cada membro
Tem sua função peculiar:
Uns devem avançar,
Outros devem parar.
Uns devem clamar,
Outros devem calar.
Uns são fortes em si mesmos,
Outros devem ser escorados.
Uns vencem na luta da vida,
Outros sucumbem.
Por isto, ao sábio não interessa a força,
Não se arvora em dominador,
Não usa de violência.

EXPLICAÇÃO: 'Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a terra' - esta beatitude não é só do Cristo, mas também de Gandhi, de Tolstoi, de Thoreau, de Lao-Tse e de todos os conhecedores da natureza humana integral. O animal, que só é impelido pelos sentidos, e o homem ego, que ampliou a sua violência pela inteligência - todos eles apelam para a força.

Mas o homem racional espiritual sabe que o espírito é o maior poder, que não necessita de violência, porque violência é prova de fraqueza.

E, por mais estranho que pareça, o homem não violento também possuirá a terra, porque ninguém pode possuir algo ou alguém sem que o possuído concorde em ser possuído. Somente um possuidor não violento possui realmente o possuído."

(Lao-Tse - Tao Te King, O Livro Que Revela Deus - Tradução e Notas de Huberto Rohden - Fundação Alvorada para o Livro Educacional, Terceira Edição Ilustrada - p. 87/88)


sexta-feira, 2 de maio de 2014

SILENCIE PARA OUVIR DEUS

"Quando seu anseio por Deus é sincero e total, sempre que você se interiorizar e pronunciar silenciosamente o nome do Amado Divino, seu coração transbordará de amor e alegria. Isso é o que todos nós queremos. Não há palavras que possam descrever essa alegria, esse amor irresistível. Entendo a facilidade com que os santos passam toda uma vida observando o voto de silêncio, por causa da bem-aventurada conversa interior que há entre Deus e Seus verdadeiros devotos! Os santos preferem não falar muito, para evitar que as explosivas bombas de suas palavras abafem a doce voz interior de Deus."

(Sri Daya Mata - No Silêncio do Coração - Self-Realization Fellowship - p. 70/71)

quarta-feira, 31 de julho de 2013

BEM-AVENTURADOS OS PUROS DE CORAÇÃO, PORQUE ELES VERÃO A DEUS (PARTE FINAL)

"(...) Deus é percebido com a visão da alma. Em seu estado natural, toda alma é onisciente, contemplando diretamente a Deus ou a Verdade por meio da intuição. Tanto a razão pura quanto o sentimento puro são intuitivos; quando, porém, a razão é restringida pela intelectualidade da mente limitada aos sentidos, e o sentimento degenera em emoção egoísta, esses instrumentos da alma produzem percepções distorcidas. 

O restabelecimento da perdida clareza da visão divina é o significado dessa Bem-aventurança. A beatitude conhecida por aquele que tem perfeita pureza de coração é a mesma a que se refere o Evangelho de São João: 'Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus'. A todo devoto que recebe e reflete a onipresente Luz Divina, ou a Consciência Crística, através da transparência purificada do coração e da mente, Deus confere o poder para reivindicar a bem-aventurança da filiação divina, assim como fez Jesus.

A transparência à Verdade é cultivada quando libertamos a consciência, o sentimento do coração e a razão da mente, das influências dualísticas de atração e aversão. A Realidade não pode refletir-se perfeitamente em uma consciência agitada pelo gostar e não gostar, com suas inquietas paixões e desejos e as emoções perturbadoras daí resultantes - ira, ciúme, ganância, suscetibilidade temperamental. Todavia, quando chitta - conhecimento e sentimento humano - se tranquiliza por meio da meditação, o ego comumente agitado dá lugar à abençoada tranquilidade da percepção espiritual.  

A pureza do intelecto nos concede o poder do raciocínio correto, mas a pureza do coração nos confere o contato com Deus. A intelectualidade é um atributo do poder da razão, e a sabedoria é uma qualidade libertadora da alma. Quando a razão é purificada por meio de um tranquilo discernimento, ela se transforma em sabedoria. A pura sabedoria e a divina compreensão de um coração puro são os dois aspectos de uma mesma faculdade. De fato, a pureza de coração, ou sentimento, referido por Jesus, depende de serem todas as ações guiadas pela sabedoria discernidora - o comportamento e as atitudes humanas ajustadas pelas sagradas qualidades da alma: amor, misericórdia, serviço, autocontrole, autodisciplina, consciência e intuição. A visão pura da sabedoria deve ser combinada com o sentimento imaculado do coração. A sabedoria revela o caminho correto, e o coração purificado deseja e preza trilhar tal caminho. Todas as qualidades da alma reveladas pela sabedoria precisam ser seguidas de todo o coração (não apenas teórica ou intelectualmente). 

A visão obstruída do homem comum percebe a aparência externa grosseira da matéria, mas é cega para o Espírito que tudo permeia. Pela perfeita harmonia entre o puro discernimento e o puro sentimento, abre-se o olho penetrante da intuição que tudo revela, e o devoto alcança a autêntica percepção de Deus como presente em sua própria alma e onipresente em todas as criaturas - o Morador Divino cuja natureza consiste em uma harmoniosa combinação de infinita sabedoria e infinito amor."

(Paramahansa Yogananda - A Yoga de Jesus - Self-Realization Fellowship - p. 90/91)


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

BEM-AVENTURADOS OS QUE CHORAM, PORQUE ELES SERÃO CONSOLADOS


“Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados” (Mateus 5:4)

Referência paralela:

“Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir” (Lucas 6:21)


“As agonias da tristeza sofridas pelas pessoas comuns derivam de lamentarem a perda do amor humano ou de posses materiais, ou resultam de frustrações de esperanças mundanas. Jesus não estava louvando essa condição mental negativa que eclipsa a felicidade psicológica e que é totalmente nociva à preservação da bem-aventurança espiritual adquirida por meio de árduos esforços na meditação. Ele falava da divina melancolia resultante do despertar da consciência de que se está separado de Deus, o que cria na alma uma insaciável anseio por unir-se novamente ao Amado Eterno. Aqueles que em verdade choram por Deus, que clamam dolorosa e incessantemente por Ele com um fervor cada vez maior na meditação encontrarão consolo na Sabedoria e Bem-aventurança reveladas por Deus.

Os filhos de Deus que são espiritualmente negligentes passam pelos penosos traumas da vida com ressentida resignação derrotista, em vez de buscarem efetivamente a Ajuda Divina. (...) Aqueles cuja tristeza espiritual se deixa abrandar por realizações materiais voltarão a lamentar-se quando tais frágeis seguranças lhes forem arrebatadas pelas compulsões da vida ou pela morte. Mas os que choram por Deus e pela Verdade, recusando-se a sossegar com qualquer outra dádiva menor, serão consolados para sempre nos braços da Divindade plena da Beatitude.

“Bem-aventurados vós que agora chorais pela realização divina, pois, com vosso anseio determinado, alcançareis êxito. Com a festividade da alegria sempre nova, encontrada na comunhão divina, havereis de rir e regozijar-vos por toda a eternidade!”

 (Paramahansa Yogananda – A Yoga de Jesus- p. 84/85)