OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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domingo, 29 de janeiro de 2017

O UNIVERSO TRANSCENDENTE E IMANENTE

"Quem admite um Deus-pessoa, um Deus individual, não pode, logicamente, admitir um Deus onipresente (ou imanente), porque qualquer realidade individualizada se acha localizada em determinado ponto do espaço; só um Deus universal é que pode ser um Deus onipresente. Vida individualizada só pode existir em determinados veículos individuais; mas a Vida Universal é uma realidade onipresente.

A Realidade ou Vida Universal, o Deus Transcendente (Divindade), é chamada na filosofia oriental o 'Brahman Imanifesto' - ao passo que a Realidade ou Vida Individual, o Deus Imanente, e apelidade de 'Brahman Manifesto' ou o Brahma, que no homem se chama 'Atman'. Esse 'Brahma' ou 'Atman' corresponde ao 'Lógos' dos filósofos gregos, termo que, através do autor do quarto Evangelho, entrou no Cristianismo Cósmico: 'No princípio era o Lógos, e o Lógos estava com Deus, e o Lógos era Deus... Nele estava a Vida, e a Vida é a Luz dos homens; a Luz brilha nas trevas, e as trevas não a prenderam... E o Lógos se fez carne e ergueu habitáculo em nós, cheio de graça e de verdade; e da sua plenitude todos nós recebemos'.²

Carl G. Jung chama a Realidade Imanifesta ou Deus Transcendente, o 'Inconsciente'. Victor E. Frankl escreveu um livro sobre o 'Deus Inconsciente' (Der Unbewusste Gott), entendendo com esta palavra o elemento divino no homem, para além da barreira do seu consciente.

Convém, todavia, não identificar esse 'Inconsciente' com a ausência do 'Consciente', mas sim com a ilimitada plenitude do 'Consciente'. Deus, a Divindade, é o grande 'Inconsciente' do ponto de vista do nosso limitado 'Consciente' humano, individual; mas em si mesmo é esse 'Inconsciente' o 'Oniconsciente', da mesma forma que a Infinita Plenitude da Realidade é, para a nossa limitada percepção, a Infinita Vacuidade do Irreal. Quem fita em cheio o globo solar não enxerga luz, mas treva - treva por excesso de luz, porque a retina visual sucumbe ao veemente impacto da luz solar, não reagindo à ação da mesma. 'Ninguém pode ver a Deus (Divindade) e ainda viver'. Nenhum ser individualmente realizado pode ser o Ser Universalmente Real. o consciente individual não registra a presença da Divindade, cuja Plenitude lhe é Vacuidade.

O 'Ente Absoluto', que 'é', não pode ser verificado por nenhum 'Existente Relativo', que apenas 'existe', precisamente porque 'ex-siste', quer dizer 'colocado para fora', produzido como efeito. O 'Ente Absoluto' simplesmente 'é', ou 'siste', e por dizer de si mesmo 'Eu sou o que sou', eu sou o 'Ser', o 'Yahveh', palavra hebraica para 'Ser'. O que teve princípio e pode ter fim não 'é', mas apenas 'existe'; só o Eterno, o Absoluto, o Todo, o Universal, o Ser 'é', e nunca pode deixar de ser, porque a sua íntima e indestrutível essência é ser. Nós, e todas as creaturas, existimos precariamente, e poderíamos também não existir, porque como creaturas não 'somos', mas apenas 'existimos'. A Divindade, porém, 'é' com infinita necessidade e veemência, e nunca pode deixar de ser."

² O 'Brahma' seria o Lógos pré-encarnado, o Cristo Cósmico - ao passo que o 'Atman' seria o Lógos encarnado, o Cristo Telúrico, o Cristo Jesus.

(Huberto Rohden - Setas para o Infinito - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2004 - p. 46/48)


terça-feira, 25 de novembro de 2014

SEXO E VIDA (1ª PARTE)

"Duas atitudes extremas em relação a este relevante problema da vida devem ser evitadas pelos candidatos a uma vida feliz e saudável: 

- castração psíquica;
- a desregrada e degradante gratificação.

A primeira é o caso dos que, por ignorância e erro, fazem do sexo um tabu, e por isso o evitam, condenam e até o temem. Quem vê no sexo uma imundície, uma ofensa à moral religiosa, portanto algo a ser temido; quem vê no ato sexual o 'pecado original', que nos condenou ao inferno; quem vê no sexo um antideus, uma queda, uma condenação à 'vida sem Deus' ou uma vergonha a ser ocultada; quem vê no sexo uma fraqueza ou artimanha engendrada por belzebu, para tomar nossa alma; quem vê o sexo assim tão deformado, precisa mudar de ideia e começar a descobrir que, além de não ser pecado, nem ser proibido por Deus, é, ao contrário, uma expressão do próprio Deus Onipresente. 

Essa castração nascida da mente é que mereceria ser chamada de belzebu. E tem sido tormento e desequilíbrio para muitos seres humanos. 

É impossível, em poucas frases, demonstrar que, dentro dos limites da normalidade, o sexo é, não apenas benéfico, mas mesmo uma necessidade biológica, psíquica, moral e espiritual. 

O próprio yoga, mal interpretado tem criado dificuldades àqueles que fanática e irracionalmente se decidem a cumprir um preceito chamado brahmacharya, que, ao pé da letra, quer dizer, caminho (charya) do Absoluto (Brahman). Esta palavra tem sido traduzida por quase todos os autores como 'castidade' ou 'celibato', sendo, portanto, interpretada como um veto ao sexo, uma repressão, que pode ser desastrosa aos homens vulgares. (...)"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 234/235)


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O PROPÓSITO DA CRIAÇÃO

"Deus, como o Cristo Onipresente, é o único responsável por todas as expressões de vida. O Senhor está pintando o glorioso cenário dos céus e das nuvens sempre cambiantes. Ele está criando altares de Sua fragrante beleza nas flores. Em tudo e em todos - amigos e inimigos, montanhas, florestas, oceanos, ar, a abóbada galáctica a girar encobrindo a todos -, o devoto de Cristo percebe a luz única de Deus, em que se fundem todos os matizes. Ele descobre que as miríades de expressões dessa Luz única, que frequentemente parecem caóticas em conflitos e contradições, foram criadas pela inteligência de Deus, não para iludir ou afligir os seres humanos, mas para persuadi-los a buscar o Infinito de onde emergiram. Aquele que contempla o todo - e não parte dele - discerne o propósito da criação: todos nós, sem exceção, nos movemos inexoravelmente rumo à salvação universal. Todos os rios dirigem-se para o oceano, os rios de nossa vida dirigem-se para Deus.

As ondas na superfície do oceano modificam-se continuamente ao brincar com as forças naturais dos ventos e das marés, mas sua essência oceânica permanece constante. Quem se concentra em uma onda isolada de vida terá de sofrer, pois essa onde é instável e não perdurará. Isso é o que Jesus quis dizer com 'condenado': o homem que é um prisioneiro do corpo cria sua própria condenação ao isolar-se de Deus. A fim de ser salvo, ele precisa restabelecer a percepção de sua inseparável unidade com a Imanência Divina. 
Despertando, comendo, trabalhando, sonhando, dormindo,
Servindo, meditando, cantando, amando divinamente,
Minha alma sussurra o tempo todo, sem que ninguém ouça:
Deus! Deus! Deus!¹
Dessa forma, ele sempre permanece consciente de sua conexão com a imutável Inteligência Divina - o Bem Absoluto subjacente aos desafiadores enigmas da criação." 

¹ Do livro Songs of the Soul, de Paramahansa Yogananda (publicado pela Self-Realization Fellowship).

(Paramahansa Yogananda - A Yoga de Jesus - Self-Realization Fellowship - p. 74/75)


domingo, 14 de abril de 2013

O PRINCIPAL ENSINAMENTO DE JESUS: COMO TORNAR-SE UM CRISTO (PARTE FINAL)

"(...) O poder divino da percepção de Cristo é uma experiência interior; ele pode ser recebido através da imaculada devoção por Deus e por seu puro reflexo como o Cristo. O poder dos templos e das igrejas desaparecerá. A verdadeira espiritualidade virá dos templos das grandes almas que, dia e noite, vivem no êxtase de Deus. Almas como as que vi na Índia ultrapassam a glória de todos os templos. Lembre-se: Cristo busca os templos das almas verdadeiras. Ele ama o silencioso santuário da devoção em seu coração, onde você mora com Ele, lá no nicho iluminado pela vela votiva de seu amor. Aqueles que meditam com dedicação receberão a Cristo no altar da tranquilidade de sua própria consciência.

Ao intitular esta obra The Second Coming of Christ ["A Segunda Vinda de Cristo"], não me estou referindo a um retorno literal de Jesus à Terra. Ele veio há dois mil anos e, após legar um caminho universal para o reino de Deus, foi crucificado e ressuscitou; seu reaparecimento para as multidões, hoje, não é necessário para a concretização de seus ensinamentos. O necessário é que a sabedoria cósmica e a percepção divina de Jesus falem novamente por meio da experiência e do entendimento que cada um tenha da Consciência Crística infinita que estava encarnada em Jesus. Essa será a sua verdadeira Segunda Vinda.

Verdadeiros seguidores de Cristo são aqueles que acolhem em sua própria consciência, por meio da meditação e do êxtase divino, a sabedoria cósmica e a bem-aventurança onipresente de Jesus Cristo. (...) Devotos que queiram ser cristãos de verdade, e não apenas membros do "igrejismo cristão", precisam conhecer e verdadeiramente sentir a presença do Cristo Onipresente o tempo todo; precisam comungar com Ele em êxtase e ser guiados por Sua Sabedoria Infinita.

Estes ensinamentos foram enviados para explicar a verdade de forma como Jesus pretendeu que ela fosse conhecida no mundo - não para trazer um novo Cristianismo, mas para trazer o verdadeiro ensinamento de Cristo: como tornar-se semelhante a Cristo, como ressuscitar o Cristo Eterno dentro do próprio Eu."

(Paramahansa Yogananda - A Yoga de Jesus - Self-Realization Fellowship - p. 10/11)


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O HOMEM PUNE A SI PRÓPRIO QUANDO LHE FALTA FÉ


“É uma incoerência pensar que Deus condene como pecadores aqueles que não creem Uma vez que o Próprio Senhor habita em todas as criaturas, a condenação significaria Sua própria e completa ruína. Deus jamais pune o homem por não acreditar Nele; é o homem que pune a si próprio. Se alguém não acreditar no dínamo e corta os fios que conectam sua casa àquela fonte, ele se priva das vantagens da energia elétrica. Da mesma forma, rejeitar a inteligência que é onipresente em toda a criação significa negar à consciência o seu vínculo com a Fonte de sabedoria divina e o amor que possibilita o processo de ascensão ao Espírito.” 

(Paramahansa Yogananda – A Yoga de Jesus – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 72)


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

DESVELAR O SIGNIFICADO DOS SÍMBOLOS


“REPARA, AMIGO: O MUNDO, os homens, a paisagem...

Tudo é símbolo.

Um símbolo nada consegue ser se não puder manifestar a alguém o seu significado, se não puder desvelar aquilo que ele oculta...

Desvelar é desafio.

Descobrir o que o véu esconde é experiência redentora. É ação criadora. É participação na obra e nos mistérios Daquilo que, embora Onipresente, ainda não conseguimos ver”

Hermógenes – Mergulho na paz – Ed. Nova Era, Rio de Janeiro – p. 133)

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O HOMEM OCUPADO


“Tenho pena de ti, pobre homem abastado. Tua riqueza, seus negócios, tua empresa  não te deixam lazer; não te deixam aproveitar o contato fresco da aragem de primavera, que a montanha nos manda.

 Tenho pena de ti, frágil homem de poder.

Eu vejo que não te sobra tempo para ficar olhando as ondas franjadas de branco alastrando-se na areia, alisando-a, embebendo-a.

Tenho pena de ti em teu maquinal viver.

Perdeste a sensibilidade. Não podes achar lindeza na gargalhada da menininha brincando com seu cão.

Larga um pouco teus compromissos e vem apenas ver um simples pássaro, silhueta serena a cortar a vermelhidão do ocaso.

Esquece teus lucros. Só um pouquinho. Vem redescobrir encanto nas coisas triviais.

Repara naquelas camisas coloridas, penduradas no varal. Vê como dançam com o vento brincalhão a tangê-las.

Vamos, estafado e rico amigo, larga um pouco tua ânsia por mais.

Volta-te – só um pouquinho! – para este necessário ócio gostoso e sábio. Vem deslumbrar-te com as múltiplas expressões do Onipresente.”

(Hermógenes – Mergulho na paz – p. 58)


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

VERSOS DO ONIPRESENTE

"Deus escreve um verso em cada colibri, em todas as auroras, em todos os caminhos, em cada lágrima, no sorriso de cada um, num solo de violino, no vagido de um recém-nascido, na paz com que morre o justo, nos carinhos dos que se amam...

Onde e quanto, sendo Onipresente, deixa de escrever seus versos?

Eles sempre existem, mesmo que semi-ocultos pelas sombras dos cifrões que fazem a segurança de muitos, ou inaudíveis entre os gritos de lamento ou de gozo."

(Hermógenes - Mergulho na Paz - p. 206/207)