OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 6 de setembro de 2017

DANDO UM TEMPO

"As pessoas perguntam sempre: 'Por quanto tempo devo meditar? E quando? Devo praticar vinte minutos pela manhã e à noite, ou é melhor fazer várias sessões curtas, ao longo do dia?' Sim, é bom meditar durante vinte minutos, mas isso não significa que vinte minutos é o limite. Nunca li nada sobre vinte minutos nas escrituras; acho que essa é uma noção que foi inventada no Ocidente, e costumo chamá-la de 'Tempo-Padrão Ocidental de Meditação'. A questão não é por quanto tempo você vai meditar, a questão é saber se a meditação de fato lhe traz certo estado de presença mental em que você está um pouco aberto e pode entrar em contato com a essência do seu coração. E cinco minutos de prática sentado, plenamente consciente, têm valor muito maior do que vinte minutos de cochilo!

Dudjom Rinpoch dizia que um iniciante devia praticar em sessões curtas. Praticar por quatro ou cinco minutos e então fazer uma pequena pausa de apenas um minuto. Durante a pausa deixar o método de lado, mas não abandonar o estado desperto de sua consciência. É curioso que às vezes, quando você está lutando para praticar corretamente, no exato momento em que descansa do método - se ainda está alerta e no presente - é que a meditação de fato acontece. Por isso a interrupção é parte tão importante da meditação quanto o sentar-se em si. Às vezes digo a alunos que estão tendo problemas com a prática para praticarem durante a interrupção e descansarem durante a meditação!

Sente-se por um curto período de tempo, então descanse, um pequeno descanso de cerca de trinta segundos ou um minuto. Mas mantenha-se consciente do que faz, e não perca sua presença e seu relaxamento natural. Então ponha-se desperto e sente-se outra vez. Se fizer muitas sessões curtas como essas, os intervalos frequentemente farão sua meditação mais real e mais inspiradora; elas podem livrar sua prática da rigidez, solenidade e artificialismo toscos e maçantes, trazendo mais concentração e leveza. De modo gradativo, através dessa ação recíproca do descanso e do sentar-se, a barreira entre a meditação e a vida cotidiana desmoronará, o contraste entre elas se dissolverá e você se encontrará cada vez mais em sua pura presença natural, sem distração. Então, como diz Dudjom Rinpoche, 'mesmo que o meditador deixe a meditação, a meditação não deixará o meditador'."

(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer - Ed. Talento/Ed. Palas Athena, 1999 - p. 110/111


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