OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 21 de julho de 2017

TRAZENDO A MENTE PARA CASA (1ª PARTE)

"Há cerca de 2.500 anos, um homem que estivera procurando a verdade por muitas e muitas vidas chegou a um lugar tranquilo na Índia setentrional, e se sentou sob uma árvore. Continuou sentado ali com imensa determinação e jurou não se levantar até que tivesse encontrado a verdade. Ao anoitecer, conta-se, ele havia dominado todas as forças escuras da ilusão. E cedo na manhã seguinte, quando a estrela Vênus brilhou no céu do alvorecer, o homem foi recompensado por sua infinita paciência, disciplina e perfeita concentração, atingindo a meta final da existência humana, a iluminação. Nesse momento sagrado, a própria terra estremeceu, como que 'embriagada de felicidade', e segundo dizem as escrituras 'ninguém mais em parte alguma estava irado, doente ou triste; ninguém mais fazia o mal, ninguém mais era orgulhoso; o mundo ficou muito quieto como se tivesse atingido a plena perfeição'. Esse homem ficou conhecido como o Buda. Aqui, o mestre vietnamita Thich Nhat Hanh dá uma bela descrição da iluminação do Buda:
Gautama sentiu como se uma prisão que o confinava há milhares de vidas tivesse se rompido. A ignorância fora seu carcereiro. Devido à ignorância sua mente estivera obscurecida, como a lua e as estrelas ficam escondidas atrás de nuvens de tempestade. Enevoada por infinitas ondas de pensamentos ilusórios, a mente tinha dividido, de maneira falsa, a realidade em sujeito e objeto, o eu e os demais, existência e não existência, nascimento e morte, e dessas discriminações surgiram concepções erradas - as prisões dos sentimentos, do desejo, do apego, do vir-a-ser. O sofrimento do nascimento, da velhice, da doença e da morte apenas engrossou as paredes da prisão. A única coisa a fazer era pegar o carcereiro e olhar seu verdadeiro rosto. O carcereiro era a ignorância... Quando ele se foi, o cárcere desapareceu e nunca mais se reconstruiu.¹ (...)"
¹ Thich Nhât Hanh, Old Path, White Clouds (Berkeley, Califórnia: Parallax Press, 1991), 121.

(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer - Ed. Talento/Ed. Palas Athena, 1999 - p. 85/86


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