OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 20 de março de 2017

SEXO E AMOR (PARTE FINAL)

"(...) As religiões se preocupam muito com a moralidade sexual, mas muitas vezes não censuram crueldades cometidas em nome do patriotismo, da busca de poder e de sucesso. Mas as religiões organizadas fazem parte do ambiente que criamos, semeado por esperanças, inveja e separatividade. No terreno religioso, como em outro qualquer, a mente está aprisionada às projeções dos seus próprios desejos. 

Enquanto não houver compreensão profunda de todo o processo do desejo, a instituição do matrimônio, como existe hoje quer no Oriente, quer no Ocidente, não poderá solucionar o problema sexual. O amor não nasce com a assinatura de um contrato; não depende de uma permuta de prazeres ou de conforto. Essas coisas pertencem à mente; é por isso que o amor ocupa um lugar tão insignificante em nossas vidas. O amor não é da mente, é independente do pensamento, de seus cálculos sutis e desejos de autoproteção. Havendo amor, o sexo nunca será problema. 

Os obstáculos e as fugas da mente é que constituem o problema, tanto no sexo como em qualquer outra questão. Por isso, é fundamental compreender os processos da mente, suas atrações e repulsas, suas reações à beleza e à feiúra. Devemos nos observar e nos conscientizar de maneira como olhamos para homens e mulheres. Cumpre perceber que a família está se tornando um centro de separatividade de atividade antissocial, quando serve como meio de autoperpetuação e como defesa de nossa importância pessoal. A família e a propriedade, uma vez centralizada em torno do 'eu', com seus limitantes desejos e lutas, se transformam em instrumentos de poder e de dominação, uma fonte de conflito entre o indivíduo e a sociedade.

A dificuldade de todas essas questões é que nós mesmos, pais e educadores, estamos exaustos e desesperançados, inteiramente confusos e sem paz. A vida nos pesa; desejamos ser confortados e amados. Interiormente pobres, como podemos dar ao jovem uma educação adequada?

Portanto, o problema principal não é o aluno, mas o educador. Nossos corações e mentes precisam se purificar para sermos capazes de educar os jovens. Se o próprio educador se acha confuso, perdido no labirinto dos seus próprios desejos, de que maneira pode ajudar os outros?"

(J. Krishnamurti - Sexo e amor - Revista Sophia, Ano 7, nº 26 - p. 24/25)


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