OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 2 de maio de 2014

O DESAFIO DA IMPERMANÊNCIA - INSTRUMENTOS DE APRENDIZAGEM (3ª PARTE)

"(...) O apego é gerado quando tomamos as situações da vida como a própria vida. O apego não aceita que a vida siga o seu caminho no processo cíclico que gera, alimenta e destrói todas as formas, propiciando uma constante aprendizagem para o ser.

Qual é a base da auto-observação? A existência de entidades distintas dentro de nós – o observador e o observado. Somos feitos de espírito e matéria. Segundo Patanjali, a matéria fornece os veículos para a consciência, um campo onde ela pode obter ‘experiências e liberação’. Naturalmente, enquanto não praticamos a auto-observação não percebemos a existência dessas entidades em nossa própria natureza. Dominados pela matéria, pensamos que somos apenas corpo físico, emoções e mente.

Há 2.600 anos o filósofo indiano Patanjali afirmou: ‘O sofrimento que ainda não chegou pode e deve ser evitado’, sendo que ‘a causa daquilo que deve ser evitado (o sofrimento) é a união do vidente com o visto’. Em outras palavras, a causa do sofrimento é a escravização do vidente ao visto, do observador ao observado, do espírito à matéria.

A auto-observação é uma prática difícil, senão impossível, sem a mudança de alguns valores. Ela requer uma parada, ou pelo menos a desaceleração do rolo compressor que habita em nós, e que valoriza a ‘casca’ em detrimento da ‘essência’. Esse rolo é alimentado pelo tempo psicológico.

O tempo psicológico difere do tempo do relógio porque se alimenta de expectativas. É uma pressão que, por ambição ou ansiedade, nos projeta para o futuro, afastando-nos das pessoas e dos atos do momento presente, impedindo-nos de sentir, de desfrutar da companhia dessas pessoas, de viver integralmente. (...)"

(Walter S. Barbosa - O desafio da impermanência - Revista Sophia, Ano 12, nº 48 – Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 24)


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