OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

POR QUE REPETIR OS MESMOS ERROS (PARTE FINAL)

"(...) Conheci pessoas que viviam em grandes cidades e que jamais saíram dos arredores do seu bairro, jamais foram até o centro da cidade. Conheci também pessoas que viajaram ao redor do mundo, mas que nunca conheceram ou conversaram com as pessoas que sustentavam seus luxuosos estilos de vida, a quem viam como serviçais - cozinheiros, garçons, mensageiros de hotel, motoristas, etc. Tanto em nossa vida externa quanto na interna tendemos a sofrer de falta de exposição. Muitas vezes contentamo-nos em encontrar conforto na familiaridade da nossa condição atual, em vez de nos arriscarmos no desconhecido.

Há um raio de esperança para todos nós num fato simples. Quando ficar claro que é muito grande o sofrimento que experienciamos e o sofrimento colateral que causamos pelo nosso estúpido modo de viver, decidiremos que para nós basta. Nas palavras da ativista de direitos civis Fanie Lou Hammer, 'durante toda a minha vida estive doente e cansada, mas agora estou doente e cansada de estar doente e cansada'.

A condição do nosso desconforto nos leva a descobrir um caminho melhor. Quando essa compreensão finalmente surge em nós, embarcamos na grande experiência da autotransformação. É então que respondemos aos ensinamentos da sabedoria e começamos a nos familiarizar com dimensões mais profundas do nosso próprio ser. Estudamos o que tem sido dito a respeito dessas camadas mais profundas. Aquietamo-nos primeiramente para abordá-las, depois para imergirmos no campo que Rumi descreveu como 'além das ideias de malefício e benefício'. Gradualmente podemos estabelecer um 'normal novo' para nós mesmos, num estado que não mais exige conflito e competição para que nos sintamos vivos.

Essa possibilidade é algo que está disponível para nós a qualquer hora. Em nossos momentos de quietude, quando estamos sós e silentes, podemos às vezes senti-la. Como escreve Dane Rudhyar, em seu livro Occult Preparations for a New Age, 'o oceano de infinita potencialidade circundamos; nele vivemos, nos movemos e temos nosso ser, mas a maioria de nós se recusa a sentir, se recusa a ver, e assim ficamos envolvidos em nossa agitação frenética, em nosso medo, em nossa concentração masoquista sobre o quanto sofremos. Esse sofrimento é vão e exige repetição interminável. Devemos nos aquietar e sentir o som insonoro das vastas marés do espírito fustigando as praias de nossa consciência, ou talvez batendo nas rochas cheias de mossas de nosso orgulho e de nossa avidez. Devemos voltar nossa consciência para esse mar interior e tentar sentir o fim de um ciclo de experiência pacificamente transformando-se no início ainda impreciso e desfocado de um novo ciclo. Devemos ousar convocar a potencialidade de um início essencialmente novo e, para nós, sem precedente."

(Tim Boyd - Revista Sophia, Ano 11, nº 46 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 35)

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