OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 1 de abril de 2013

BHAKTI YOGA - AMOR, "ESSE DESCONHECIDO" (1ª PARTE - II)

"O que nos romances e na dramaturgia atuais (na kali yuga ou era das trevas) se denomina amor num casal em geral não passa de ardente e irracional paixão erótica e muitas vezes é apenas obsessivamente o genital. Como o amor está sendo injuriado! Inúmeros casamentos, movidos predominantemente por paixões incendiárias, terminam em curto tempo. Fogo, se não disciplinado, destrói. Sem amor, como resistir ao desgaste dos dias e às naturais intempéries e crises que surgem, desafiando a união? Em certos casos, além do gratificante ajustamento puramente sexual, a comunidade de interesses materiais, a afinidade nas escalas de valores e nos projetos de vida, e outros fatores mundanos, transitoriamente aglutinantes, mantêm por algum tempo um razoável grau de estabilidade. Permanecem juntos não pelo vínculo sagrado do amor, mas por interesses que não resistem ao tempo. Está aí caracterizado o vulnerável relacionamento que o psicólogo Erich Fromm com propriedade denominou "egoísmo a dois".
O amor vulgar e horizontal sempre é inseguro, enganoso, frustrador, mesquinho, sempre nutrido e regido pelo egoísmo [ahamkara] e o sentimento de posse [mamamkara]. 
Só o amor isento de ego, isto é, o amor em Deus, com Deus e por Deus, pode assegurar a verdadeira felicidade, pois tem Deus para o abençoar com a segurança de perenidade.

O amor materno, paterno, fraterno e filial são belos, marcados por abnegação, isentos de paixões sexuais e protegidos contra a presença de egoísmo (ahamkara) e do desejo de posse (mamamkara). Eles se aproximam do ideal, que é a divinização de afetividade humana, proposta pelos Mestres como Bhakti Yoga. 

Para que o amor humano possa doar felicidade precisa ser gerado e mantido por um generoso dar e um receber sem cobranças. É o amor que já expressa Deus, o "Onidoador". É assim o amor. No amor, o ego pessoal emudeceu. Não reclama. Não condena. Não cobra. Não perturba. Não se agasta. Amor é Deus e Deus é Amor - afirma e reafirma Sai Baba. O fulgor do sol destrói o bolor e doa vida. Igualmente a presença do amor divino destrói o ego e vivifica os que amam. (...)"

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 80/81)


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