OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

QUEM TEM FÉ EM DEUS ESTÁ LIVRE DA DÚVIDA


“É fácil realizar ações extraordinárias que nos trazem nome e fama. O caráter de um homem, porém, se conhece pelas pequenas ações cotidianas. O verdadeiro karma yogi não faz publicidade de suas ações. Não importa o quão insignificante possa ser seu trabalho, ele se dedica à tarefa de coração e alma, porque, para ele, trata-se de um ato de adoração a Deus.

Todo mundo prefere fazer o que mais gosta. O segredo do trabalho, contudo, não é esse. Em qualquer ação que realizarem, gostem dela ou não, saibam que se trata de uma ação de Deus e que devem se ajustar a ela da melhor maneira possível. Lembrem-se de que tudo deve ser realizado como um ato de adoração a Deus. Com três quartos da mente pensem em Deus e com o resto realizem seu trabalho. Se puderem agir assim, seu trabalho será realmente um ato de adoração e seus corações ficarão repletos de felicidade.

Não desistam de suas práticas espirituais sob nenhuma circunstância. Se deixarem de praticar o japa e a meditação para se dedicarem apenas ao trabalho, o sentimento de egoísmo certamente surgirá e vocês serão a causa de desentendimentos e desarmonia. (...)

Esse é o verdadeiro segredo da ação. Aprendam primeiro a gostar do que fazem, mas não criem expectativas quanto aos resultados de seu trabalho. Somente quando forem capazes de realizar qualquer ação como um ato de adoração a Deus, apreciarão o que fizerem e não sentirão apego pelos frutos de suas ações. (...)

Sejam pessoas ativas, mas lembrem-se sempre de Deus. Tenham fé! Sem ela ninguém chega até Ele. Quem tem fé verdadeira, com certeza já alcançou Deus. Se tiverem fé numa moeda, ela terá valor, mas, sem fé, para vocês nem uma moeda de ouro terá valor. Quem tem fé em Deus está livre da dúvida. Sem renúncia não pode haver fé nem devoção. A renúncia é algo de suma importância, pois é ela que destrói todo o ego."

(Swami Prabhavananda e Swami Vijoyananda - O Eterno Companheiro – Ed. Vedanta, São Paulo - p. 262/263)
http://www.vedanta.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=75&Itemid=82


KARMA

Ele não conhece nem ira nem perdão; completa verdade 

É o que mede sua vara, é o que pesa sua balança infalível; 

O tempo não conta; julgará amanhã,

Ou depois de muitos dias. 

Assim o punhal do assassino golpeará ele mesmo;

O juiz injusto perderá seu próprio defensor; 

A língua enganosa vitupera sua própria mentira; 

O ladrão sorrateiro e o solerte larápio roubam, só para devolver. 

Esta é a Lei que conduz à justiça, 

A qual ninguém pode fugir ou arrostar; 

Seu coração é Amor, o seu fim 

É doce Paz e Consumação. 

Obedecei! 

(Sir Edwin Arnold - Luz da Ásia, Ed. Teosófica, Brasília)  


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

SOMOS COMPLETAMENTE DEPENDENTES DE DEUS


“Como ser mortal, temporal, por que deve o homem pensar que tem direito automático às coisas deste mundo? Ele nem sabe por que veio ao mundo, nem quando o deixará. Somos completamente dependentes de Deus, que nos trouxe aqui. Estamos na Terra para cumprir, o melhor que pudermos, os deveres concedidos por Deus e para depositar os resultados a Seus pés. Somos sustentados por Deus durante cada momento de nossa existência; não só agora, mas por toda a eternidade. Que tristeza quando o homem abandona o próprio Ser que lhe dá a vida!

“Dê tudo a Deus”, dizia Guruji, “até a responsabilidade por seus atos. Ele quer que você O considere responsável, pois Ele é o verdadeiro Autor de tudo por intermédio de você. Você tem procurado roubar Dele tanto os frutos de suas ações quanto a responsabilidade de executá-las.” De manhã, de dia e de noite, o homem comum se envolve com “eu, mim, meu”. Em contraste, como é admirável, como é inspiradora a doce humildade de nosso Guru! Quando alguém o elogiava, um sorriso inefavelmente meigo vinha furtivamente à sua face, e ele dizia: “É Ele que é o Autor, não eu”.

Paramahansaji ensinava: “Quando morrer este ‘eu’, então saberei quem sou Eu”. Quando a consciência do ego se for, pode-se viver em verdade nesta percepção: “Senhor, se faço algum bem neste mundo, é por Tua causa. Perdoa-me, por favor, pelos erros que cometo, e ajuda-me a fazer melhor na próxima vez.”

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Self-Realizatio Fellowship - p. 119/120)


A VERDADE DE DEUS É UMA VERDADE ETERNA

""Mas, a todos que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de Deus, mesmo àqueles que acreditam em seu nome."

Adorar um Cristo ou um Krishna é adorar a Deus. Não é, porém, adorar um homem como Deus, adorar uma pessoa. É adorar o próprio Deus, a Existência impessoal-pessoal na encarnação e através dela; é adorá-la como una com o Espírito eterno, transcendente como o Pai e imanente em nossos corações. Neste contexto, o testemunho de São Paulo sobre Cristo é de importância relevante. Diz ele:

"Pois nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade. E nele fostes levados à plenitude, Ele que é a  cabeça de todo principado e poder."

De igual peso é a afirmação de São João de que a mesma Palavra que era "no princípio" e "era Deus" se fez carne em Cristo. Nesta passagem, o autor do quarto Evangelho relembra-nos que seu mestre não era um mero homem histórico, mas que é o Cristo eterno, um com Deus desde os tempos sem princípio. Este ponto de vista parece validado por Jesus, ao dizer: "Antes que Abraão existisse, eu sou."

Um hindu, pois, acharia fácil aceitar Cristo como uma encarnação divina e adorá-lo sem reservas, exatamente como adora Sri Krishna ou outro avatar de sua escolha. Mas não pode aceitar Cristo como o único filho de Deus. Os que insistem em encarar a vida e os ensinamentos de Jesus como únicos, certamente terão grande dificuldade para compreendê-los. Qualquer avatar pode ser muito bem entendido à luz de outras grandes vidas e doutrinas. Nenhuma encarnação divina jamais veio para refutar a religião e a doutrina de outro, e sim para cumprir todas as religiões, porque a verdade de Deus é uma verdade eterna. Disse Santo Agostinho:

"Aquilo a que chamamos religião cristã existia entre os antigos, e nunca deixou de existir desde o começo da raça humana, até que Cristo se fez carne, quando então a religião verdadeira, que já existia, começou a ser chamada de Cristianismo."

Se Jesus, na história do mundo, tivesse sido a única fonte geradora da verdade de Deus, ele não seria a verdade; porque a verdade não pode ser gerada: ela existe. Mas se Jesus simplesmente revelou e interpretou essa verdade, então podemos olhar para os outros que fizeram o mesmo antes dele e da mesma forma o farão depois dele. E, de fato, à medida que lemos os ensinamentos de Jesus, descobrimos que ele deseja de nós todos que descubramos a verdade: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." Ele veio - como declara - não para destruir a verdade eternamente existente, mas para cumpri-la. Isto ele fez, reafirmando-a, dando-lhe vida nova através de uma apresentação renovada." 

(Swami Prabhavananda - O Sermão da Montanha Segundo o Vedanta - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 50/51)


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A REGRA DE OURO


"Sabemos que a felicidade vem do íntimo. Felicidade é um estado interior. Você não se tornará feliz miraculosamente, por conta de mudanças externas, mas apenas de você mudar. Você precisa enxergar as coisas de um ponto de vista mais amplo. Alguém pode até lhe apontar o caminho, ensinar técnicas, mas é tudo o que pode fazer. O resto é por sua conta.

Buscar a felicidade e a alegria não é de forma alguma errado, pecaminoso ou prejudicial ao espírito. Você não pode se formar na escola da vida sem aprender o que é alegria.

Madre Tereza escreveu: 

"Estou certa de que você entende a Regra de Ouro: Deus é amor e nos criou para coisas realmente grandes, para amar e sermos amados. É por isso que devemos amar ao próximo como Deus ama cada um de nós. Amar é dar-nos até o ponto em que começa a doer. Não se trata do quanto damos, mas do amor que colocamos no que damos.

"Por isso é preciso rezar - o fruto da oração é o aprofundamento da Fé. O Fruto da Fé é o Amor - o amor em ação é Serviço - e, assim, atos de Amor são atos de Paz - e isso é viver a Regra de Ouro.

"Amai-vos uns aos outros como Deus ama cada um de nós."

Não concordo que a doação do amor verdadeiro implique em dor, porque há tanta satisfação nessa entrega, que qualquer dor logo será suavizada.

Mas o resto é pura sabedoria. Se todos se dispusessem a seguir essas orientações tão simples de Madre Tereza, a violência e a guerra desapareceriam e a paz reinaria no mundo.” 

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro - p. 118/119)


DEUS RESPONDERÁ A SUAS AMOROSAS DEMANDAS


“Deus não é um Ser mudo e insensível. Ele é o próprio amor. Se você souber meditar para entrar em contato com Ele, Ele responderá a suas amorosas demandas. (...)

Prefiro a palavra “demanda” à palavra “prece”, porque a primeira não traz consigo o conceito primitivo e medieval de Deus como um rei tirano a quem nós, como mendigos, temos de adular e suplicar.

A oração é a demanda da alma. Deus não nos fez mendigos; criou-nos à imagem Dele. A Bíblia e as escrituras hindus assim afirmam. Um mendigo que vai pedir esmolas na casa de um homem rico recebe o que toca aos mendigos; mas o filho pode ter, de seu abastado pai, tudo o que pedir. Portanto, não devemos nos comportar como mendigos. Seres divinos, como Cristo, Krishna e Buda não mentiram quando disseram que fomos feitos à imagem de Deus. Todavia, vemos que algumas pessoas têm tudo, como se tivessem nascido em berço de ouro, enquanto outras parecem atrair o fracasso e as dificuldades. Onde está a imagem de Deus nelas? O poder do Espírito está dentro de cada um de nós; a questão é como desenvolvê-lo.”

(Paramahansa Yogananda – No Santuário da Alma – Self-Realization Fellowship – Ed. Lótus do Saber, Rio de Janeiro - p. 08/09)


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

CONFIANÇA (6º PONTO DE CONDUTA)


"(§48) Deves confiar em teu Mestre; deves confiar em ti mesmo. Se já viste o Mestre, Ele confiarás plenamente através de muitas vidas e mortes. Se ainda não O viste, mesmo assim tens de tentar averiguar a Sua existência e confiar n´Ele, porque, se não o fizeres, nem mesmo Ele poderá ajudar-te. A não ser que haja perfeita confiança, não poderá haver perfeita efusão de amor e poder.

(§49) Deves confiar em ti mesmo. Dizes que te conheces muito bem? Se assim pensas, tu não te conheces; conheces apenas o débil envoltório externo, que freqüentemente tem caído na lama. Mas tu - o Eu real - és uma centelha do próprio fogo Divino, e Deus, que é Todo-Poderoso, está em ti, e por este motivo não há nada que não possas fazer, se o quiseres. Dize a ti mesmo: "O que o homem fez, o homem pode fazer. Eu sou um homem, mas também Deus no homem; eu posso fazer isto e farei." Pois a tua vontade deve ser como aço temperado, se quiseres trilhar a Senda."

(Krishnamurt - Aos Pés do Mestre - Ed. Teosófica, Brasília)


O HOMEM É VÍTIMA DE MUITAS ILUSÕES

"O homem é vítima de muitas ilusões. 

Algumas são responsáveis por tormentos, doenças, inferno e morte. 

Eis as mais nefastas: 

- Eu sou dono destas coisas.
- Só acredito no que vejo.
- O mal que te feriu a mim não vem.
- Minha religião é a única verdadeira.
- Meu partido é o melhor.
- Minhas ideias estão absolutamente certas.
- Já sei o bastante.
- Eu me conheço muito bem.
- Não sou egoísta, ignorante, vaidoso...
- Sou totalmente livre.
- Sou um mísero pecador.
- Eu envelheço, padeço e morro.
- O que sou devo a mim mesmo.

Estes são os mais frequentes e funestos embustes que aí estão a infelicitar a humanidade e cada um.

(Hermógenes - Mergulho na Paz - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 98/99)



domingo, 27 de janeiro de 2013

UNIDIRECIONALIDADE (UNIDADE DE PROPÓSITOS, PERSEVERANÇA) (5º PONTO DE CONDUTA)


"(§46) A única coisa que tens de manter em vista é executar o trabalho do Mestre. Ainda que qualquer outra coisa para fazer pudesse surgir em teu caminho; aquela, pelo menos, tu nunca deverás esquecer. Nenhuma outra coisa, porém, pode surgir em teu caminho, pois todo trabalho altruísta e de auxílio é o trabalho do Mestre, e tu deves executá-lo por amor a Ele. E tens de dar toda tua atenção a cada parte que executares, a fim de ser o que de melhor possas fazer. O mesmo Instrutor também escreveu: "Tudo quanto fizeres, faze-o de todo o coração, como sendo para o Senhor, e não para os homens." Pensa como executarias um trabalho se soubesses que o Mestre viria vê-lo imediatamente; e justamente deste modo que deves executar todo o teu trabalho. Aqueles que sabem mais, melhor compreenderão tudo o que este versículo significa. Há um outro semelhante, muito mais antigo: "Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o com todo o teu poder."

(§47) Unidirecionalidade (Unidade de Propósitos, Perseverança) significa, também, que nada deverá jamais desviar-te, nem sequer por um momento, da Senda na qual entraste. Nem tentações, nem prazeres mundanos, nem mesmo afeições mundanas devem jamais desviar-te. Pois tu mesmo tens de tornar-te uno com a Senda, ela deve tornar-se de tal modo parte da tua natureza que a sigas sem nisso teres de pensar e sem poderes desviar-te dela. Tu, a Mônada, assim o decidiste; separares-te da Senda seria como te separares de ti mesmo."

(Krishnamurt - Aos Pés do Mestre - Ed. Teosófica, Brasília)


A MENTE DESTEMIDA E O CORPO SADIO

Versão de uma fábula tradicional

"Enquanto meditava, tarde da noite, um santo viu o fantasma da terrível doença da varíola entrando na aldeia em que vivia, e exclamou:

- Pare, sr. Fantasma! Vá embora. Não deve molestar a cidade em que cultuo a Deus.

O espectro respondeu:

- Só levarei três pessoas, de acordo com meu dever cósmico determinado pela karma. - Ao ouvir isso, o santo consentiu, com tristeza.

No dia seguinte, três pessoas morreram de varíola. Contudo, um dia depois, mais pessoas morreram, e a cada dia outras mais eram vencidas pela temerosa doença. Considerando-se vítima de um grande engodo, o santo meditou profundamente e invocou o fantasma. Quando este chegou, o santo o repreendeu:

- Sr. Fantasma, o senhor me enganou e mentiu quando disse que só levaria três pessoas com a sua varíola.

Mas o espectro respondeu:

- Em nome do Grande Espírito, eu lhe falei a verdade.

O santo insistiu:

- O senhor prometeu levar apenas três, mas um grande número de pessoas sucumbiu à doença.

- Só levei três - disse o fantasma. - As outras deixaram-se morrer por causa do medo.


Ressuscite a mente da consciência de doença - do pensamento de doença. Você é o Espírito invulnerável; mas agora o corpo governa a mente. É a mente que deve comandar o corpo.

De que tem medo? Você é um ser imortal. Não é homem, nem mulher, como talvez acredite, mas é alma, jubilosa e eterna."

(Paramahansa Yogananda - Viva sem Medo - Self-Realization Fellowship - p. 27/28)
http://www.omnisciencia.com.br/colecao-yogananda/viva-sem-medo.html


sábado, 26 de janeiro de 2013

CONTENTAMENTO (4º PONTO DE CONDUTA)

(§44) Deves suportar o teu carma com contentamento, qualquer que ele seja, aceitando como uma honra que o sofrimento venha a ti, porque isso demonstra que os Senhores do Carma consideram-te digno de auxílio. Por muito duro que ele seja, sê agradecido por não ser ainda pior. Lembra-te que de muito pouca utilidade serás para o Mestre enquanto o teu mau carma não for resgatado e tu estejas livre. Oferecendo-te a Ele, pediste que o teu carma fosse acelerado, e assim, em uma ou duas vidas resgatarás o que, de outro modo, poderia estender-se por mais de uma centena delas. Para maior proveito, porém, deves suportá-lo contente e alegremente.

(§45) Há, ainda, outro ponto essencial: tens de abandonar todo sentimento de posse. O carma pode arrebatar-te as coisas de que mais gostas - até as pessoas a quem mais amas. Ainda assim, deves ficar contente - pronto a separar-te de tudo e de todos. Frequentemente o Mestre necessita verter Sua força sobre outros por intermédio de Seu servo; mas não poderá fazê-lo se o servo ceder à depressão. Portanto, o contentamento deve ser a regra.

(Krishnamurt - Aos Pés do Mestre - Ed. Teosófica, Brasília)


DEDIQUEM-SE INTEGRALMENTE A DEUS

"Medite em Deus no altar de seu coração ou imagine-O presente diante de você. Adore-O mentalmente. Da mesma forma que se realiza o ritual de adoração oferecendo flores, incenso e a luz de uma vela diante da deidade no templo, assim também você deve oferecer todos esses itens mentalmente diante da presença viva de Deus no altar de seu coração.

Não perca mais tempo. Comece hoje mesmo. Pratique japa e meditação todos os dias, pela manhã e à noite, por pelo menos dois anos. Isso lhe proporcionará grande felicidade. Emoções espirituais surgirão e uma nova visão surgirá. Seguramente, depois de dois anos você obterá algum resultado. Alguns conseguem sucesso em apenas um ano. Permaneça firme! Depois de algum tempo, sua alegria será tanta que você não sentirá nenhuma inclinação em abandonar a meditação. (...)

Leia as escrituras sagradas. Quando sentar para meditar, não comece imediatamente. Durante alguns minutos, afaste qualquer pensamento estranho e mantenha a mente vazia. Comece então a meditar. Nos primeiros anos a luta será difícil, mas depois tudo fica mais fácil.

Se algum dia tiver muito trabalho a fazer, pode meditar apenas uma vez, ou reduzir a prática a dez ou quinze minutos. Se a pressão do trabalho for muito grande, concentre sua mente em Deus por um momento, faça uma reverência e encerre a meditação. Isso pode ser feito em ocasiões excepcionais, mas não sempre.

Antes de meditar, lave o rosto e as mãos. Observe duas regras de conduta moral: falar sempre a verdade e olhar para todas as mulheres como se fossem encarnações da Mãe Divina. Se obedecer a essas duas diretrizes, irá considerar fácil seguir outras regras morais.

Dedique-se inteiramente a Deus. Deus é. Jamais duvide disso. (...)"

(Swami Prabhavananda e Swami Vijoyananda - O Eterno Companheiro - Ed. Vedanta, São Paulo - p. 300/301)


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

TOLERÂNCIA (3º PONTO DE CONDUTA)


"(§40) Deves sentir perfeita tolerância por todos e um sincero interesse pelas crenças daqueles de outra religião, tanto quanto pela tua própria. Porque a religião dos outros é um caminho para o Supremo, da mesma forma que a tua. E para auxiliar a todos deves a todos compreender.

(§41) Mas a fim de alcançar esta perfeita tolerância, deves, tu próprio, em primeiro lugar, libertar-te do fanatismo e da superstição. Tens de aprender que não há cerimônias necessárias; senão pensarias ser de algum modo melhor do que aqueles que não as praticam. Não deves, porém, condenar os outros que ainda se apegam a cerimônias. Deixa-os fazer conforme sua vontade; mas eles não devem intrometer-se contigo que sabes a verdade - não devem tentar forçar-te àquilo que já ultrapassaste. Sê indulgente com todos: sê amável em tudo.

(§42) Agora que teus olhos estão abertos, algumas de tuas antigas crenças, tuas antigas cerimônias, podem parecer-te absurdas; talvez, de fato, elas realmente assim sejam. Contudo, ainda que não possas mais tomar parte nelas, respeita-as por amor aquelas boas almas para quem elas ainda são importantes. Elas têm o seu lugar e a sua utilidade; são como aquelas linhas duplas que, quando criança, guiavam-te para escreveres em linha reta e na mesma altura, até que aprendeste a escrever muito melhore mais livremente semeias. Houve um tempo em que delas necessitaste; agora, porém, aquele tempo já passou.

(§43) Um grande Instrutor escreveu certa vez: "Quando eu era criança, falava como criança, entendia como criança, pensava como criança; mas quando me tornei homem, deixei os modos infantis". No entanto, aquele que esqueceu sua infância e perdeu a simpatia pelas crianças não é o homem que as possa ensinar ou auxiliar. Assim, considera amável, gentil e tolerantemente a todos; mas a todos igualmente, sejam budistas ou hindus, jainistas ou judeus, cristãos ou maometanos."

(Krishnamurt - Aos Pés do Mestre - Ed. Teosófica, Brasília)
www.editorateosofica.com.br/loja

O PRAZER É UMA CONSCIÊNCIA DÚPLICE

"O prazer é uma consciência dúplice, constituída de uma "consciência de excitação" por possuir a coisa desejada e uma consciência de já não sentir a dor provocada por sua carência. Quer dizer: há no desejo tanto um elemento de sentimento quanto de pensamento. Essa posterior "consciência contraste", vale dizer, a  consciência inteira (como eu sofria quando não possuía o objeto desejado e como agora não sofro porque consegui o que eu queria) é o que essencialmente constitui o encanto do prazer. Por isso, vemos que a consciência da necessidade antecede à consciência do prazer - e que a consciência da satisfação de tal carência nela está inserida. Portanto, a consciência do prazer está relacionada com a carência e sua satisfação. É a mente que cria a carência e a satisfaz.

É grande equívoco considerar determinado objeto como prazeroso em si mesmo e guardar na mente a ideia dele, na esperança de satisfazer uma carência pela presença real desse objeto no futuro. Se os objetos fossem em si mesmos prazerosos, a mesma roupa ou alimento contentariam sempre a todos, o que não ocorre. O que se chama prazer é criação da mente: é uma consciência enganosa de excitação, que depende da satisfação do estado anterior de desejo e da atual consciência de contraste. Quanto mais se pensa que um objeto estimula a consciência do prazer e quanto mais se nutre na mente o desejo de possuí-lo, maior é o apetite para esse objeto, cuja presença considera-se que trará uma consciência de prazer e sua ausência, um sentimento de carência. Os dois estados de consciência levam, por fim, à dor. 

Logo, se queremos realmente diminuir a dor, temos que, tanto quanto possível, libertar a mente, de forma gradual de todo desejo e ideia de carência. Se eliminamos o desejo de determinado objeto - ao qual se atribuiu a remoção da carência -, nem mesmo a presença desse objeto diante de nós pode despertar a consciência enganosa e excitante do prazer. 

Todavia, em vez de diminuirmos ou restringirmos a noção de carência, nós habitualmente a aumentamos e, satisfazendo uma carência, criamos várias outras, o que resulta no desejo de satisfazer todas elas. Por exemplo, para evitar a falta de dinheiro, abrimos um negócio. A fim de levar adiante o negócio, temos de dar atenção a milhares de carências e necessidades que a manutenção desse negócio requer. Cada carência e necessidade, por sua vez, envolve outras carências e mais atenção, e assim por diante.

Vemos, assim, que a dor original envolvida na carência do dinheiro é mil vezes multiplicada pela criação de outras carências e interesses. Naturalmente, não significa que dirigir um negócio ou ganhar dinheiro seja ruim ou desnecessário. O que é ruim é o desejo de gerar carências cada vez maiores." 


(Paramahansa Yogananda - A Ciência da Religião - Self-Realization Fellowship - p. 27/29)
http://www.omnisciencia.com.br/colecao-yogananda/a-ciencia-da-religiao.html


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

DOMÍNIO DA AÇÃO (2º PONTO DE CONDUTA)


"(§38) Se o teu pensamento for o que deve ser, terás pouca dificuldade com tua ação. Lembra-te, contudo, que para ser útil à humanidade, o pensamento deve resultar em ação. Não deve haver preguiça, mas constante atividade em boas obras. Tens, porém, de cumprir o teu próprio dever - não o de outrem, a não ser com a sua permissão e o propósito de  auxiliá-lo. Deixa que cada um execute seu próprio trabalho a seu modo; estejas sempre pronto a oferecer auxílio aonde ele for necessário, mas nunca te intrometas. Para muitas pessoas, a coisa mais difícil do mundo é aprender a cuidar de seus próprios assuntos; porém é exatamente isto o que deves fazer. 

(§39) Pela razão de tentares realizar um trabalho mais elevado, não deves esquecer os teus deveres ordinários, pois enquanto não os tiveres cumprido, não estarás livre para outro serviço. Não deves assumir novos deveres mundanos, mas aqueles que já assumiste, deves cumprir perfeitamente - os deveres evidentes e razoáveis que tu próprio reconheces, isto é, não os deveres imaginários que outros tentam impor-te. Se queres pertencer ao Mestre, deves executar o teu trabalho ordinário melhor do que os outros, não pior, porque deves fazer também isto por amor a Ele."

(Krishnamurt - Aos Pés do Mestre - Ed. Teosófica, Brasília)


DISSOCIE-SE DE SUAS EXPERIÊNCIAS

"Pense nisto! De um bilhão e meio de pessoas que morrem a cada cem anos, cada uma representou um papel definido no filme cósmico. Na verdade, cada ser humano também foi protagonista de um "filme particular"; o filme da própria vida. Se você multiplicasse todas as vidas cinematográficas interpretadas por esses milhões de seres, não conseguiria contá-las. Mas o espetáculo tem um propósito: que você aprenda a desempenhar os vários papéis do filme da vida sem identificar seu Ser com o papel. É importante evitar a identificação com a dor, a raiva ou qualquer outro sofrimento mental ou físico que sobrevenha. O melhor modo de dissociar-se do problema é desapegar-se mentalmente, como se você fosse um mero espectador, enquanto, ao mesmo tempo, procura uma solução.

Não espere obter paz e felicidade perfeitas na vida terrena. Esta deveria ser sua nova atitude: sejam quais forem as experiências, veja-as de forma objetiva, como se apreciasse um filme. Você precisa encontrar a paz e a felicidade verdadeiras em seu interior. As experiências externas deveriam ser apenas um divertimento. Você pode transformar todas em desgraças, se deixar que sua mente o faça. Pode ter boa saúde e não valorizá-la.; Mas, se ficar doente, apreciará então o que é ter saúde. Mostre gratidão a Deus pelo que Ele concede, sem esperar que os infortúnios o ensinem a ser grato.

(...) Quando você perde o equilíbrio interior, é justamente quando fica mais vulnerável ao sofrimento do mundo. Não desonre o nome de Deus, à imagem de Quem você é feito. Desperte a fortaleza inata da mente, afirmando: "Nenhuma experiência me afetará, seja qual for. Estou sempre feliz." (...)

Um cientista precisa fazer vários experimentos até chegar a um único fato. Mas o homem espiritualmente desenvolvido pode perceber o fato sem passar pelo processo físico. Se você primeiro se unir a Deus, tudo o que pensar poderá materializar-se. Jesus demonstrou esta verdade muitas vezes. Ele havia alcançado a unidade com Deus."

(Paramahansa Yoganada - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 238/239)


quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

DOMÍNIO DA MENTE (1º PONTO DE CONDUTA)


"(§32) A Qualificação de Ausência de Desejos (Desapego) mostra que o corpo astral deve ser controlado; aqui se mostra a mesma coisa para o corpo mental. Isto significa controle do temperamento, de modo que não possas sentir ira ou impaciência; domínio da própria mente, de modo que o pensamento possa ser sempre calmo e imperturbável; e (através da mente) domínio dos nervos, de modo que possam ser o menos irritáveis possível. Este último é difícil, porque quando tentas preparar-te para a Senda, não podes evitar que teu corpo se torne mais sensível, de modo que seus nervos sejam facilmente perturbados por um som ou um choque, e sintam agudamente qualquer pressão; mas deves fazer o melhor que puderes.

(§33) A mente calma também significa coragem, de modo que possas encarar sem medo as provas e dificuldades da Senda; significa ainda firmeza, de modo que possas dar menor importância às perturbações que todos encontram na vida diária, e evitar a incessante preocupação com as pequenas coisas nas quais muitas pessoas consomem a maior parte de seu  tempo. O Mestre ensina que não tem a menor importância o que aconteça exteriormente ao homem: tristezas, perturbações, doenças, perdas – tudo isso deve ser como nada para ele, e não deve permitir que afete a calma de sua mente. Elas são o resultado de ações passadas, e quando vêm deves suportá-las alegremente, lembrando que todo o mal é transitório, e que é teu dever permanecer sempre contente e sereno. Pertencem às tuas vidas anteriores, e não a esta; não podes modificá-las, portanto, é inútil preocupar-se com elas. Pensa antes no que estás fazendo agora, e que causará os acontecimentos de tua próxima vida, pois esta tu podes modificar.

(§34) Nunca te permitas sentir triste ou deprimido. A depressão e um erro, porque contamina os outros e torna suas vidas mais difíceis, o que não tenso direito de fazer. Portanto, sempre que ela vier a ti, rechaça-a imediatamente.

(§35) Deves, ainda, dominar teu pensamento de outro modo: não deves deixá-lo vaguear. Fixa o teu pensamento no que quer que estejas fazendo, para que possa ser feito com perfeição. Não deixes tua mente ociosa, mas mantém sempre bons pensamentos no seu plano de fundo, prontos a avançar no momento em que ela estiver livre. (§36) Usa, diariamente, o poder de teu pensamento em bons propósitos; sê uma força na direção da evolução. Pensa cada dia em alguém que saibas estar triste, sofrendo, ou necessitando auxílio, e verte sobre ele pensamentos de amor.

(§37) Preserva a tua mente do orgulho, pois o orgulho provém somente da ignorância. O homem que não sabe pensa ser grande; imagina ter feito esta ou aquela grande coisa; mas o homem sábio sabe que só Deus é grande, que toda boa obra é feita somente por Deus."

(Krishnamurti - Aos Pés do Mestre, Ed. Teosófica, Brasília)
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A JUSTIÇA DIVINA E A LEI DA REENCARNAÇÃO

"Você pode acreditar ou não na lei da reencarnação, mas, se esta vida é o começo e o fim da existência humana, seria impossível conciliar as desigualdades da vida com a justiça divina. Por que um homem nasce em família rica, enquanto outra criança chega a um lar paupérrimo, apenas para morrer de fome? Por que uma pessoa tem saúde suficiente para viver cem anos, enquanto outra está sempre doente? Por que os esquimós nascem no gélido norte e outros povos em países temperados, onde a luta pela sobrevivência é mais fácil? Por que alguns bebês nascem cegos ou mortos? Por quê? Por quê? Por quê? Se você fosse Deus, faria coisas tão injustas? De que adiante ler e viver de acordo com as escrituras, se a vida é predestinada por um Deus caprichoso que, deliberadamente, cria seres com corpos ou cérebros imperfeitos?

Segundo a lei de causa e efeito, a toda ação corresponde uma reação proporcional. Portanto, tudo o que está acontecendo conosco agora deve ser resultado de algo que fizemos anteriormente. Se nada existe nesta vida que justifique as circunstâncias atuais, a conclusão inevitável é a de que a causa foi posta em movimento em alguma época anterior, ou seja, em alguma existência humana passado. Seus estados de ânimo e características mais fortes não começaram com este nascimento; estabeleceram-se em sua consciência muito antes disso. Assim, podemos compreender porque algumas pessoas mostram, desde a primeira infância, certas fraquezas ou talentos específicos. 

Podemos compreender também como a vida perfeita de Jesus na Terra foi resultado de diversas encarnações prévias, nas quais ele foi desenvolvendo o autodomínio. Sua vida milagrosa como o Cristo foi consequência de muitas vidas anteriores de aprendizagem espiritual. Ele se tornou um avatar, uma encarnação divina porque, em vidas passadas, como ser humano comum, combateu as tentações da carne e venceu. Seu exemplo oferece esperança definitiva ao resto da humanidade. Do contrário, que oportunidade teríamos? Se Deus tivesse enviado anjos para ensinar-nos, eu diria: "Senhor, por que não me criaste anjo? Como posso imitar seres que foram criados perfeitos e que não tiveram experiência com as provações e tentações que Tu me deste?".

Como ideal, precisamos de um ser essencialmente igual a nós. Jesus teve que enfrentar tentações. "Afasta-te Satã", disse ele. E venceu. Se jamais tivesse conhecido a tentação, sua ordem teria sido uma encenação, e como isso poderia nos inspirar? Embora já tivesse vencido a carne em outras vidas, teve que sentir essa fraqueza novamente na encarnação como Jesus para mostrar à humanidade, por meio de sua vitória, a altura espiritual que havia alcançado e, como seu exemplo, dar coragem a todos os homens."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Ed. Self-Realization Fellowship - p. 227/228)


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

CONSCIÊNCIA LIMPA: A CHAVE PARA VIVER SEM MEDO

"É tolice tentar fugir das preocupações, pois elas o acompanharão aonde quer que vá. Você precisa aprender a enfrentar os problemas corajosamente e com a consciência limpa, como eu faço. Agora não rezo mais por minha alma ou por meu corpo, pois já recebi a segurança eterna que provém de Deus.Isto basta. Para mim, orar seria duvidar. Minha consciência é livre, pois não fiz mal a nenhum ser humano, e sei que é verdade. Poder dizer a si mesmo: "Não fiz mal a ninguém" é ser a pessoa mais feliz do mundo. 

Seja amigo de todos. Ainda que algumas pessoas possam trair o amor e a confiança que lhes entregou, não se preocupe. Seja sempre você mesmo; você é o que é. É a única maneira sincera de viver. Embora nem todos queiram ser seus amigos, tente fazer amizade com todos, não esperando nada em troca. Eu compreendo e amo a todos, mas nunca espero que alguém seja meu amigo ou me compreenda. Com a força deste princípio, vivo em paz comigo mesmo e com o mundo, não tendo motivo para me preocupar.

O tesouro da amizade é o bem mais valioso, porque permanece com você para além desta vida. No lar do Senhor, você reencontrará todos os verdadeiros amigos que tiver feito, pois o verdadeiro amor nunca se perde. Tudo que você odiar também atrairá de volta, várias vezes, até conseguir superar essa intensa aversão.

Não odeie nem mesmo a seus inimigos. Ninguém é totalmente mau. Se você ouvir alguém tocando piano com uma tecla desafinada, tenderá a considerar o piano inteiro ruim. Mas o defeito está numa só tecla. Afine-a e verá que o piano é perfeitamente bom. Deus vivem em todos os Seus filhos. Odiar alguém é negá-Lo em si próprio e nos outros. A Terra é um laboratório divino. Ardemos no fogo da experiência mortal para que a imortalidade divina. soterrada pela escória de nossa consciência, seja novamente revelada. Ame a todos, seja reservado e não se preocupe.

Entregue os problemas a Deus. Quando você se preocupa, prepara o próprio enterro. Você não quer ser enterrado vivo pelas ansiedades! Para que sofrer e morrer de preocupação todos os dias? Não importa a dificuldade que esteja enfrentando - pobreza, tristeza, doença -, lembre-se de que há outras pessoas na Terra sofrendo cem vezes mais do que você. Não se considere tão infeliz, pois assim derrota a si mesmo e bloqueia o onipotente luz divina que está sempre procurando ajudá-lo."

(Paramahansa Yogananda - Viva sem Medo - Ed. Self-Realization Fellowship - p. 34/36)


O HOMEM ILUDIDO IGNORA DEUS


“Todo mundo está à procura da felicidade. Ninguém gosta de sofrer. Mesmo assim, o homem iludido ignora Deus, fonte de toda felicidade, e corre atrás dos joguetes inúteis da vida. Se vocês desejam realmente a felicidade, joguem fora esses brinquedos e sintam anseio por Deus. Ele correrá para vocês e os tomará nos braços. Se desejam os brinquedos da vida, eles estão à sua disposição. Se quiserem Deus, vocês O encontrarão. O único propósito da vida é realizar Deus. Em primeiro lugar, vocês devem alcançá-Lo. Orem incessantemente. Despertem, mergulhem no oceano de néctar divino. Descubram os mistérios da vida e da morte e tornem-se imortais. Deus possui muitos nomes e formas, mas também pode ser sem forma. Não faz diferença o nome ou a forma pelo qual vocês O adoram, mas adorem-No. Entreguem-se totalmente à contemplação divina. Se a adoração for sincera, vocês serão abençoados com a visão de Deus. Sri Ramakrishna dizia: “O pão doce será sempre doce, não importa de que maneira você o coma.”

Tenham fé e mergulhem fundo no oceano infinito, ali certamente encontrarão o tesouro eterno, uma pérola de valor inestimável. Se após alguma luta não tiverem êxito em encontrar Deus, não percam o entusiasmo. Embora o oceano esteja repleto de pérolas preciosas, talvez vocês não consigam encontrá-las no primeiro mergulho. Tenham paciência e tentem meditar profundamente. No devido tempo, vocês certamente receberão a graça divina."

(Swami Prabhavananda e Swami Vijoyananda - O Eterno Companheiro – Ed. Vedanta, São Paulo - p. 281/282)


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

NO AUTODOMÍNIO, NADA NOS PODE PERTURBAR OU ABALAR

“Aprender a elevar-se acima do corpo, aprender a elevar-se acima dos desejos, aprender a elevar-se acima dos hábitos, aprender a elevar-se acima do mau humor – nisso consiste o autodomínio. Sempre que qualquer coisa vier a perturbar a mente, saiba que Deus está testando você, disciplinando-o. Se esse teste pode “derrubá-lo”, se pode afastar sua mente de Deus, se pode transtorná-lo, se pode despertar seu mau gênio, se pode fazê-lo sentir pena de si mesmo, nesse caso você encontrou um elo fraco na corrente de sua consciência. 

Devoto verdadeiro é aquele cuja mente está sempre imersa na Mãe Divina – em Sua tranqüilidade, em Sua paz. Para obter esse abençoado estado, devemos lutar pelo autodomínio, em que nada nos pode perturbar ou abalar. Aceite filosoficamente as provações que lhe vêm cada dia, e faça o melhor que puder para se ajustar. Seja como a boia no mar, por mais que as ondas a lancem de um lado para outro, ela sempre anda na crista. Por mais severamente que a vida nos atire de um lado a outro, não devemos nos permitir afundar no oceano da tristeza, no oceano da ilusão.” 

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Ed. Self-Realization Fellowship - p. 228/229)


DEUS É TANTO LEI QUANTO AMOR


“Deus, embora seja todo-poderoso, não age de modo contrário à lei, ou de maneira arbitrária, apenas porque alguém ora. Ele deu independência ao homem e este faz o que lhe apraz. Perdoar as falhas humanas de modo que o homem continuasse com seu comportamento errado sem conseqüências significaria que Deus Se estivesse contradizendo – desconsiderando a lei de causa e efeito aplicada à lei da ação – e manejasse as vidas humanas não de acordo com as leis que Ele criou, mas, sim, de acordo com Seu capricho. Deus não se comove com a adulação nem com o louvor para alterar o curso de Suas leis imutáveis. Devemos, então, viver sem a intercessão da graça e de misericórdia de Deus e permanecer vítimas de nossas fragilidades humanas? Precisamos, então, de maneira inevitável, enfrentar os frutos de nossas ações, como se decorressem de uma predestinação ou do chamado destino?

Não! O Senhor é tanto lei quanto amor. O devoto que, com fé e devoção puras, busca o amor incondicional de Deus e que, também, ajusta suas ações para que estejam em harmonia com a lei divina, receberá, certamente, o contato purificador e amenizador de Deus.

O Poder Divino, por Sua própria vontade, quer auxiliá-lo; você não precisa persuadi-Lo. Você tem, entretanto, de usar a vontade para exigir coisas como filho Dele, e proceder como filho Dele.

[Os verdadeiros devotos] sabem que, mesmo que não sejam capazes de abandonar os maus hábitos, podem trazer Deus cada vez mais para perto, clamando por Ele sem cessar e contando com a presença Dele em todos os momentos, tanto para participar de suas vidas cotidianas quanto, também, para responder-lhes quando estiverem orando. Sabem que todas as coisas são possíveis a Deus e que a maior parte do entendimento é transcendente ao intelecto. Quando o devoto insistentemente exigir a atenção e a presença de Deus, visualizando-O amorosamente e crendo na onipresença Dele, então, de alguma forma, o Senhor Se revelará a esse devoto. Com o alvorecer da luz de Sua revelação, as trevas dos maus hábitos serão automaticamente expulsas para deixar ver a alma imaculada.”

(Paramahansa Yogananda – No Santuário da Alma – Self-Realization Fellowship – Ed. Lótus do Saber, Rio de Janeiro – p. 13/15)


domingo, 20 de janeiro de 2013

A ARTE DE ESCUTAR


“É através da arte de escutar que seu espírito se enche de fé e devoção e que você se torna capaz de cultivar a alegria interior e o equilíbrio da mente.

A arte de escutar lhe permite alcançar sabedoria, superando toda ignorância. Então, é vantajoso dedicar-se a ela, mesmo que isto lhe custe a vida.

A arte de escutar é como uma luz que dissipa a escuridão da ignorância.

Se você é capaz de manter sua mente sempre rica utilizando-se da arte de escutar, não tem o que temer.

Esse tipo de riqueza jamais lhe será tomado. Esse é o maior dos bens.”

(Dalai-Lama – O Caminho da Tranquilidade – Ed. Sextante, Rio de Janeiro - p. 20)


MANTENHAM-SE PUROS


“Mentir é o maior dos pecados. É possível confiar num alcoólatra ou em alguém que frequenta lugares de má fama, mas nunca em um mentiroso. A mentira é o mais sóbrio dos pecados!

Nunca procure as faltas alheias nem critique ninguém. Hábitos como esses prejudicam vocês mesmos. Pensar continuamente nas maldades alheias impregna a mente com o mal e oculta o bem que existe dentro de vocês.

Brinquem com Deus, cantem Suas glórias, divirtam-se com Ele! Por que razão criticar os outros? Associem-se a todos livremente. Sejam felizes junto com eles. Não se dediquem aos mexericos. Somente um homem de mau coração pode ocupar sua vida em procurar as faltas alheias.

Mantenham-se puros e prossigam firmes em busca de seus próprios ideais.

Aprendam a ver o bem em todas as pessoas. Se um homem demonstrar um pouco de bondade, pensem nele como alguém exageradamente bom. Respeitem e reverenciem a todos. Façam isso e sentirão crescer sua simpatia por eles. Quem respeita todos os seres, também é respeitado.

Jamais humilhem ou desprezem alguém. Todo mundo é capaz de enxergar as faltas alheias. Dê a ele seu amor, trate-o como alguém que faz parte de você e ajude-o a superar suas fraquezas. O ser humano traz simultaneamente em si o bem e o mal. Identifica o mal nos outros é tarefa fácil. Um homem santo, porém, é capaz de fechar os olhos às más qualidades de alguém e ajudá-lo a tornar-se puro e virtuoso.

Lembrem-se, meus filhos, vocês são homens santos. Devem ser sempre tranquilos, gentis, modestos e ternos em suas palavras. Bondade e pureza devem fluir em cada frase que pronunciarem, em cada ação que praticarem, em seu comportamento e em seus gestos. Eu os abençoo  meus filhos, para que qualquer um que se associe a vocês encontre paz no coração. Deus adormecido despertará em cada um deles."

(Swami Prabhavananda e Swami Vijoyananda - O Eterno Companheiro - Ed. Vedanta, São Paulo - p. 297/298)


sábado, 19 de janeiro de 2013

A VERDADE É SIMPLES


“Quando uma pessoa constrói sua vida em cima de uma mentira, passa todo o tempo tentando encobri-la. Ela tece uma teia em volta de si e, depois, não consegue se soltar. Quando, porém, uma pessoa é sempre sincera, ela é direta; não há complicação em seu pensamento ou em sua vida. É assim com Deus. Quando uma pessoa busca Deus com sinceridade, ela decididamente encontra um caminho simples, direto. É apenas quando você olha externamente para o mundo que vê complicação. Quando você volta os olhos para dentro, para Deus, vê absoluta simplicidade, divina e jubilosa simplicidade. Isso é o que Deus é. E essa é a maneira como você deve construir sua vida. Então, você O conhecerá.”

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Ed. Self-Realization Fellowship - p. 78)


MANTENHA A MENTE PURA


"Façam suas mentes funcionarem como a bússola do marinheiro. Não importa para onde o navio se dirija, a bússola sempre apontará para o norte e o manterá no rumo. Tenham a mente sempre em Deus e seu barco navegará em águas tranquilas. Quem age dessa forma jamais perde a fé e a devoção, mesmo quando é atirado num ambiente hostil. No momento em que ouve falar de Deus, fica louco de alegria. Um fragmento de sílica pode permanecer debaixo da água por mil anos, mas, ainda assim, se for tirado da água e sofrer atrito, produzirá faíscas.

Assim como a folha seca levada pelo vento, o homem cujo único ideal é Deus sente-se feliz em permanecer onde o Senhor o colocar. Não tem vontade própria nem desejos, é capaz de viver no mundo e, simultaneamente, mergulhar no oceano do conhecimento e da bem-aventurança.


A mente pura é como um fósforo seco que se acende no exato momento em que é riscado. Se estiver úmido, porém isso não acontecerá. Da mesma forma, se a mente ficar saturada de pensamentos mundanos, será extremamente difícil recuperar sua antiga pureza." 

(Swami Prabhavananda e Swami Vijoyananda – O Eterno Companheiro - Ed. Vedanta, São Paulo - p. 282/283)


sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A ORAÇÃO QUE DEVE VIR PRIMEIRO EM TODOS OS CORAÇÕES


“Deus é real e pode ser encontrado nesta vida.

Há numerosas preces nos corações dos homens – por dinheiro, por fama, por saúde – orações por toda sorte de coisas. Entretanto, a oração que deveria vir primeiro em todos os corações é a oração pela presença de Deus. De modo silencioso e seguro, à medida que caminha pelas veredas da vida, você precisa chegar à compreensão de que Deus é o único objeto, a única meta que o satisfará, porque em Deus estão as respostas a todos os desejos do coração. (...)

Sua alma é o templo celestial de Deus. As trevas da ignorância e das limitações mortais precisam ser expulsas desse templo. É maravilhoso estar na consciência da alma – fortalecida, robusta.

Nada tema. Não odiar, oferecer amor a todos, sentir o amor de Deus, ver a presença Dele em todos e ter apenas um desejo – o desejo da constante presença Dele no templo da consciência -, este é o modo de viver neste mundo.”

(Paramahansa Yogananda – No Santuário da Alma – Self-Realization Fellowship – Ed. Lótus do Saber, Rio de Janeiro – p. 113)


CONHECER DEUS - O IDEAL SUPREMO


"O ideal supremo da vida humana é conhecer Deus. Todo mundo deve ter esse ideal firmemente estabelecido dentro de si, sem jamais permitir que ele seja desvalorizado. Aquele "que é o menor entre os menores e maior entre os maiores" brilha sempre em toda a parte. Ele habita em todos os seres, grandes ou pequenos, nas plantas e na grama do jardim, em manifestações extraordinárias ou insignificantes. Façam desse Espírito Supremo, que interpenetra tudo, seu ideal. Mesmo depois de um pequeno esforço para realizá-Lo, vocês verão como é divertido! Nele encontrarão uma fonte inesgotável de alegria. Vocês já viram demasiado um lado da vida, agora vejam o outro, o lado real. "Batam e se lhes abrirá." Um véu recobre a Realidade. Removam o véu e irão encontrá-Lo. O mundo inteiro se transformará para aquele que dedicar sua vida à busca de Deus."

(Swami Prabhavananda e Swami Vijoyananda - O Eterno Companheiro -  Ed. Vedanta, São Paulo - p. 224)


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

AUTOCONHECIMENTO

"Um dos fatos chocantes dos tempos atuais é a falta de compreensão sobre a natureza do homem. O Homem está tentando saber tudo no universo. Ele pode dizer com certeza de que são feitas as estrelas distantes de nós milhões de quilômetros. Ele conhece detalhadamente a constituição dos átomos e moléculas. Entretanto, sobre si mesmo praticamente nada sabe e, o que é pior, está muito satisfeito de viver sua vida sem cogitar de onde vem, qual a sua natureza real, porque está aqui neste mundo e para onde vai após a morte. É realmente espantoso como a grande maioria da população do mundo pode viver toda uma vida sem fazer essas perguntas naturais, ou mesmo tomar conhecimento de sua existência."

(I. K. Taimni - Autocultura à Luz do Ocultismo – Ed. Teosófica, Brasília)


TODOS OS SERES RESPONDEM AO AMOR


"Esforce-se por sentir do mesmo modo que Deus sente por todos os Seus filhos. Podemos cultivar esse tipo de bondade e interesse se, em nosso relacionamento com o próximo, mantivermos em mente a oração silenciosa: "Senhor, deixa-me sentir Teu amor por essa alma". (...)

Todos os seres respondem ao amor. São Francisco estava tão imbuído de amor divino que até as criaturas de Deus mais tímidas e hostis perdiam o medo e a agressividade em sua presença. Aquele que é um canal do amor divino se torna espiritualmente magnético, irradiando um poder que harmoniza a discordância."

(Sri Daya Mata. - No Silêncio do Coração – Ed. Self-Realization Fellowship - p. 78)


O VALOR DO SILÊNCIO


“Em nossos ashram, os devotos são estimulados a praticar o silêncio. É parte vital do seu sadhana ou busca de Deus; porque se não aprendermos um pouco sobre a observância do silêncio, nunca saberemos de fato o que é escutar a voz de Deus. É muito difícil conhecer a Deus se não pusermos em ação os bons hábitos; e aprender a controlar nossas palavras é essencial.

Guruji era muitíssimo contrário a mexericos, absolutamente intolerante a isso. Ele o considerava um dos hábitos piores e mais cruéis já alimentados pela humanidade. Para as pessoas que se aproximavam dele com fofocas, ele sempre dizia: “Escutei suas palavras maldosas a respeito de outras pessoas. Agora, quero que fale contra você mesmo. Chame minha atenção a seus defeitos, porque você também os tem.”

Guruji apresentou uma linda ilustração: “Esta boquinha que temos é como um canhão, e as palavras são a munição. Elas destroem muitas coisas. Não fale em vão; só fale quando achar que suas palavras vão fazer o bem.”

Em muitas religiões se encontram pessoas que observam o silêncio. Na Índia, chamam essa prática de mauna, e aquele que a pratica, de muni. Todo devoto que gostaria de conhecer Deus deve reservar uma parte do dia para praticar essa maravilhosa qualidade. Isso pode ser feito se tomamos a decisão de que queremos fazê-lo.

“O grande homem”, dizia Guruji, “fala muito pouco; mas quando fala, as pessoas o escutam.” É verdade, você nunca encontrará um grande homem que seja muito loquaz. Ele se inclina a ser mais silencioso, a comprometer-se mais em escutar do que falar. Mas quando ele fala, todos escutam.”

Ashram – um eremitério espiritual, quase sempre, um mosteiro.
Gurují – estimado Mestre – no caso, Paramansa Yogananda

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Ed. Self-Realization Fellowship - p. 165/166)

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

PROMOVENDO O AMOR E A COMPREENSÃO NOS RELACIONAMENTOS


"Não fale até ter alguma coisa para dizer, de preferência alguma coisa positiva. Não fale sem antes refletir. É sempre mais seguro ficar em silêncio, ouvindo e tentando compreender. Saiba captar os medos implícitos por trás dos pensamentos e das ações. Abra-se para enxergar o contexto mais amplo, procurando não se deixar distrair pela raiva ou pela emoção.

Nuca fale ou aja quando estiver com raiva. As palavras têm um efeito duradouro e muito poder, não é fácil esquecê-las. Nunca fale sob o efeito de álcool ou drogas. Você nunca será capaz de curar completamente as feridas causadas pelas palavras de ódio ou de raiva.

Vencer uma discussão pode significar uma derrota, se servir apenas para satisfazer o ego. Fazer aquilo que promove o amor, a compreensão e a cooperação é a verdadeira vitória. A derrota sempre será aquilo que promove pensamentos e emoções negativas: medo, raiva, culpa, vergonha, tristeza, ansiedade, preocupação ou ódio.

É difícil livrar-se da raiva. Nós nos sentimos sempre com razão, sempre certos, como se nossa integridade e honra estivessem em jogo, sendo testadas. O único teste, nesta grande escola que chamamos de humanidade, é saber se estamos conseguindo afastar a raiva e abraçar o amor. Apegar-se à raiva envenena o relacionamento. Continue a amar mesmo que o outro esteja zangado, magoado ou amedrontado. O amor é permanente a raiva é transitória. Nunca use a violência.

Descubra a causa da raiva, pensem respeito, respire fundo várias vezes, deixe a raiva passar. Quanto tempo isso demora? Cinco dias... três... um dia... uma hora? Se você sabe que vai mesmo deixá-la passar em cinco dias, por que não procura fazê-lo em uma hora? Se tentar bastante, vai conseguir."

(A Divina Sabedoria dos Mestres - Brian Weiss – Ed. Sextante, Rio de Janeiro - p. 68/69)


PERMANEÇA CONSTANTEMENTE INEBRIADO DE DEUS


"O devoto que faz da busca divina seu interesse supremo encontrará eterna segurança no reino de Deus; nenhuma oscilação oriunda de problemas ou provações poderá cruzar a soleira do seu santuário de silêncio - onde a ninguém é permitido ingressar, exceto Deus, nosso Pai e Mãe, pleno de bem-aventurança e amor.

Aquele que encontra, em seu interior, esse "esconderijo do Altíssimo" torna-se transbordante de suprema felicidade e divina segurança. Seja ao associar-se com amigos, seja dormindo ou trabalhando, ele reserva tal morada apenas para Deus. Com a consciência centralizada no Senhor, ele vê erguerem-se subitamente os véus concêntricos de maya; repleto de alegria, o devoto percebe Deus brincando de esconder com ele nas flores, as estrelas cintilantes com uma Luz mais intensa e o céu sorrindo-lhe com o Infinito. Com olhos espiritualmente abertos, o devoto contempla os olhos do Infinito fitando-o através dos olhos de todos. Por trás da voz amável ou hostil dos outros, ele escuta a voz leal do Infinito. Por trás da vontade sábia ou equivocada. de todos, percebe a constância da vontade de Deus. Por trás de todos os amores humanos, ele sente o supremo amor de Deus. Que existência maravilhosa quando caem todos os disfarces de Deus, e o devoto se encontra face a face com o Infinito, na bem-aventurada unidade da comunhão divina!

Permaneça constantemente inebriado de Deus, com a onda de sua consciência sempre repousando no seio do Mar Eterno. Quando alguém se debate agitadamente sobre a água, há pouca percepção do oceano - somente a consciência do esforço; mas, ao relaxar, o corpo flutua; em sua leveza, é possível sentir o oceano inteiro estendendo-se ao redor. É assim que o devoto tranquilo sente Deus, com o universo inteiro da Felicidade Divina balançando suavemente sob sua consciência."

(Paramahansa Yogananda - A Yoga de Jesus – Ed. Self-Realization Fellowship - p. 122/123)


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

O SENTIMENTO DE SUPERIORIDADE AFASTA A ESPIRITUALIDADE

“O espírito de condescendência nunca deveria surgir. Ajudamos não porque nos sentimos virtuosos ou porque desejamos ser virtuosos. Ao contrário, estamos felizes de que uma parcela mínima do trabalho do Mestre deve ser feita por nós, ‘em seu nome e por amor da humanidade.’

De fato, como Krishnamurti nos disse, realmente não possuímos uma virtude enquanto não estivermos inteiramente inconscientes de que a temos! Presunção, pedantismo, sentimentalismo, são todos absolutamente estranhos à vida espiritual clara, serena e absolutamente verdadeira. Há uma hipocrisia consciente e uma inconsciente. Ansiosos de ser virtuosos, talvez, por vezes, cedemos a um leve sentimento agradável de superioridade, dizendo coisas que realmente não queríamos dizer, tornando-nos artificialmente espirituais. O Mestre não aprecia um sentimento que não seja absolutamente honesto, nem repreende ou se afasta daqueles que sejam claramente destituídos de certas virtudes.

Virtude e sabedoria são coisas sublimes, mas se produzirem orgulho e uma consciência separatista do resto da humanidade, não serão senão a serpente do eu reaparecendo em forma mais refinada. Citando Krishnamurti mais uma vez: “no momento em que nos sentirmos superiores, a espiritualidade deixa de existir.”

(Clara Codd - As Escolas de Mistérios – Ed. Teosófica, Brasília)


PRINCÍPIOS BÁSICOS DO CASAMENTO


"Paramahansa Yogananda explicou que, para que o drama da vida pudesse existir, o Uno - isto é, Deus - tornou-se muitos; e agora o Uno em todos procura novamente tornar-se Uno. Este é o cenário básico do drama universal. Nessa perspectiva, podemos entender que o desejo de união - o casamento - não é apenas um instinto humano limitado, mas sim uma força universal. É o poder cósmico de atração, de amor, inerente a todas as criaturas, que atrai tudo de volta à Consciência Una.

O Mestre costumava ilustrar da seguinte maneira: o oceano do Espírito juntamente com a tempestade da ilusão produziu as "ondas" de todas as coisas criadas, no caso o ser humano. E as ondas desejam se fundir novamente no oceano. É importante compreender que o objetivo da onda não é simplesmente se tornar uma outra onda. A meta final de cada onda é tornar-se o oceano. Isto não quer dizer que estamos limitando ou diminuindo o significado do casamento. Se compreendido e vivido corretamente, o casamento é uma fase muito importante no processo de reunificação com o oceano do Espírito. Porém, a maioria das pessoas, alimenta expectativas errôneas, a ponto de exigir do cônjuge a completa realização e a perfeição que só o oceano da Consciência de Deus pode dar².

Sri Daya Mata disse muitas vezes: "Não é realista, não é justo esperar ou exigir a perfeição suprema de outro ser humano, quando nós mesmos não somos perfeitos". Isso é quase como colocar o outro num beco sem saída, não é verdade? Disse também: "Não devemos esperar nada do outro e, sim, muito de nós mesmos". Imagine agora um casamento onde o casal tem esse tipo de atitude - nada esperando um do outro, mas muito de si mesmo - um relacionamento baseado em dar. Pensem nisto."

2. Somos ondas espumantes da consciência humana formados no oceano da Consciência Divina. A única forma de destruir as imperfeições humanas é unir a consciência do homem, temporariamente isolada, à consciência onipresente de Deus.

(O Casamento Espiritual - Coleção "A Arte de Viver" - Irmão Anandamoy – Ed. Self-Realization Fellowship - p. 7/10)


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

CONHEÇAM PRIMEIRO DEUS


"Atualmente, muitos sentem que precisam dedicar suas vidas ao serviço de seu país e da humanidade. Acredito que essa ideia tomou conta do nosso povo por influência da educação moderna. É impossível fazer o bem a quem quer que seja sem antes ter edificado seu próprio caráter. Aqueles que buscaram refúgio em Deus e receberam Sua graça jamais podem dar um passo em falso. Já fazem bem à humanidade pelo simples fato de viverem. Suas próprias palavras, suas ações e seu comportamento são fonte de bem-estar para todos. Sri Ramakrishna costumava aconselhar: "Primeiro agarre-se ao Pilar!" Ou seja, primeiro realize Deus, a meta de toda a vida humana. Conheça Deus e cultive uma fé intensa Nele, depois se prepare para servir os outros. Quando um homem realiza Deus e age como seu instrumento, encontra a paz interior e compartilha essa paz com os outros."

(O Eterno Companheiro - Swami Prabhavananda e Swami Vijoyananda – Ed. Vedanta, São Paulo - p. 306)