OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

O FILHO DO HOMEM

"Apareceu um homem, entre esses milhões de habitantes terrestres...

E esse homem veio tornar-se o centro da história da humanidade.

Não fez descobertas nem invenções, não derrotou exércitos nem escreveu livros - esse homem singular.

Não fez nada daquilo que a outros homens garante imortalidade entre os mortais - o que nele havia de maior era ele mesmo...

Pelo ano do seu nascimento datam todos os povos cultos a sua cronologia.

Possuía esse homem exímios dotes de inteligência - e infinita delicadeza de coração.

A sua vida se resume numa epopéia de divino poder - e num poema de humano amor.

Havia na vida desse homem uma pátria e uma família - mas também um exílio e uma solidão.

Havia inocentes com um sorriso nos lábios - e doentes com lágrimas nos olhos.

- Havia apóstolos - e apóstatas...

Brincava nos caminhos desse homem a mais bela das primaveras - e espreitava-lhe os passos a mais negra das mortes.

Esse homem vivia no mundo - mas não era do mundo...

Quando chegou, "não havia lugar para ele na estalagem" - e quando partiu, só havia lugar numa cruz, entre o céu e a terra.

Esse homem não mendigava amor - mas todas as almas boas o amavam...

Era amigo do silêncio e da solidão - mas não conseguia fugir ao tumulto da sociedade, porque "todos o procuravam"...

Irresistível era o fascínio da sua personalidade - inaudita a potência das suas palavras...

Todos sentiam o envolvente mistério da sua presença - mas ninguém sabia definir esse estranho magnetismo...

Era uma luminosa escuridão - esse homem...

Não bajulava nenhum poderoso - e não espezinhava nenhum miserável...

Diáfano como um cristal era o seu caráter - e, no entanto, é ele o maior mistério de todos os séculos...

Poeta algum conseguiu atingir-lhe as excelsitudes - filósofo algum valeu exaurir-lhe as profundezas...

Esse homem não repudiava Madalenas nem apedrejava adúlteras - mas lançava às penitentes palavras de perdão e de vida...

Não abandonava ovelhas desgarradas nem filhos pródigos - mas cingia nos braços a estes e levava aos ombros aquelas...

Esse homem não discutia - falava simplesmente...

Não esmiuçava palavras nem contava sílabas e letras, como os rabis do seu tempo - mas rasgava imensas perspectivas de verdade e beatitude...

Por isso diziam os homens, felizes e estupefatos: "Nunca ninguém falou como esse homem fala!"...

Para ele, não era o esquife o ponto final da existência - mas o berço para a vida verdadeira...

Por isso, vivem por ele e para ele os melhores dentre os filhos dos homens - porque adoram nesse homem o homem ideal, o homem-Deus...".

(Huberto Rohden - De Alma para Alma - Ed. Martin Claret, São Paulo - p. 35/36)


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