OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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quinta-feira, 22 de julho de 2021

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"Precisamos estabelecer projetos de vida que sejam passíveis de realização.

Algumas pessoas têm pena de si mesmas. Elas contam, com riquezas de detalhes, episódios tristes e dolorosos de suas vidas, guardados como se fossem recordações dignas de um álbum. Lamentáveis não são as situações sofridas, porque sofrimentos todos nós vivemos, mas as dificuldades que essas pessoas apresentam em superar os traumas sofridos e deixá-los no passado. É triste que algumas pessoas se disponham a viver colecionando dores e, principalmente, rancores e amarguras. Tais lembranças só servem para aumentar o peso da existência. Seria muito melhor que fizessem um esforço para virar a página e deixar o passado se desfazer na poeira do tempo.

O maior perigo destas atitudes reside no fato de que toda a vida da pessoa fica contaminada pelos acontecimentos antigos, e tudo que acontece é avaliado como repetição do passado. As pessoas que foram traídas passam a esperar de cada pessoa que delas se aproxima uma nova traição. Aqueles que foram agredidos veem uma agressão a cada nova situação, e assim por diante. Além disso, quando cultivamos a pena de nós mesmos, estamos nos colocando em uma situação de fragilidade e inferioridade. 

É preferível tentarmos esquecer o passado e nos esforçarmos para conseguirmos nos libertar dos sentimentos negativos. Devemos aprender quais são os nossos ideais e lutar para conquistá-los, Mas ainda, precisamos estabelecer projetos de vida que sejam passíveis de realização e nos ligarmos neles e em sua execução. Isto é muito mais positivo do que ficarmos vitimados por infortúnios passados, negando a possibilidade de conquistar a felicidade."

(Luiz Alberto Py - Olhar Acima do Horizonte - Ed. Rocco Ltda., Rio de Janeiro, 2002 - p. 56/57)


sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

O CAMINHO DO CONHECIMENTO (PARTE FINAL)

"(...) À medida em que subis os degraus, esforçai-vos com todos os poderes de vossa vontade, procurando livrar vossa alma do invólucro de carne, como se devêsseis ultrapassar a própria abóbada celeste, à procura de luz. A palavra-chave, que todos os que entram no Templo devem conhecer, e que deve ser objeto de contínua meditação, é: 'O brilho e a Luz são UM',  ou 'A centelha e a Chama são UMA'. Da concentração sobre este ponto passai à meditação, onde todo o conhecimento do mundo externo é obliterado; da meditação passai à contemplação, onde todo o conhecimento do eu é obliterado, onde só a luz persiste. 

Assim passareis pela porta do Templo, e, tendo passado, não precisareis mais de nenhum guia, pois vos encontrareis na presença d'Aquele que vos tem guiado através de cada vida, desde vossa primeira encarnação humana: vosso Eu Superior, que é uma encarnação da luz. Ao vos ajoelhardes ante o altar onde arde a sagrada chama, ele vos alimentará com alimento espiritual, colocará em vossas mãos a espada com a qual, doravante, rasgareis todos os véus, e vos dará uma tocha, por meio da qual todas as trevas se dissiparão. 

Finalmente, donde estais, junto do altar, olhareis para baixo, a terra onde viveis, e começareis a saber. A luz que agora é vossa vos desvelará os segredos que outrora foram ocultos, e podeis retornar a vossos estudos agora com a certeza do sucesso, pois a chave do conhecimento está em vossas mãos, e o cálice do eu inferior está repleto do vinho da sabedoria. Diariamente devereis ajoelhar-vos diante do sacrário, para que o cálice possa ser novamente enchido. Tendo posto vossos pés no caminho, marchai mais e mais fundo em vosso eu interior, não descanseis jamais, até que o clarão se torne de novo a Luz, e a centelha novamente se torne a Chama. 

Em vossa busca por conhecimento, aprendei a arte da meditação; colocai diante de vós o objeto de vossa pesquisa, seja uma jóia, um flor, um animal ou um homem; fixai vossa atenção e meditai neste objeto como sendo uma viva e prefeita expressão d'Aquele que é imanente nele. Vós não podeis descobrir perfeita verdade a menos que a forma que vos serve de moto seja perfeita e viva. Meditai sobre a imanência, procurai a alma que mantém a forma viva; encontrando a alma, meditai sobre ela, do mesmo modo como meditastes sobre a forma, e procurai nela o conhecimento do modo como vive, e achando o modo, procurai qualquer outro conhecimento de que tenhais necessidade. O passado, ainda que remoto, pode ser revelado ante vós, para que possais entender os caminhos percorridos; com este estudo o processo de desenvolvimento pode ser estimulado. Tendo discernido o passado, olhai reverentes o futuro, procurando obter a visão do todo. Não podeis meditar sobre uma flor cortada ou seca, pois já não têm conexão com sua alma, e a flor já não sabe por que meios vive: este conhecimento reside na alma da flor. 

Evitai os escuros caminhos da pesquisa com animais como se evitásseis o pior dos infernos, e não há pior inferno em toda a criação do que a mesa de vivissecção, não há maior cegueira do que aquela dos que pensam que empregar crueldade contra outra parte da vida de Deus pode trazer iluminação para si. Apenas soubessem que estão construindo véus tão densos sobre si mesmos que uma centena de vidas não bastaria para os redimir!, e mesmo assim a verdade ocultaria sua face brilhante de seus olhos, envergonhada do que terão feito usando seu doce nome. Procurai a verdade entre os vivos, e encontrareis a verdade viva, e o vasto tesouro de conhecimento da Natureza será vosso. Este é o ensino a respeito da via meditativa."

(Geoffrey Hodson - Sede Perfeitos - Canadian Theosophical Association



quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

O CAMINHO DO CONHECIMENTO (3ª PARTE)

"(...) Tendo-se retirado e descansado completamente, enviai uma ardente invocação aos Deuses da Luz e ao Senhor da Luz, para que possais ser iluminados em vossa busca, e professai um voto solene de que todo o conhecimento eventualmente obtido será dedicado ao serviço de vossos irmãos. Procurai o conhecimento, só assim podereis ensinar; procurai a luz, só assim podereis iluminar os outro; procurai o poder que o conhecimento dá, para que possais rasgar os véus do preconceito e da ignorância nos quais a raça humana está tão fundamente envolta. Vosso ofício deve ser dúplice: deveis ser um tocheiro e um desvelador.

Tendo erguido vossa prece e professado vosso voto, pratiqueis a arte de colocar vosso corpo inteiramente em repouso, de domar as tempestades das emoções, de aquietar vossa mente, pois são preliminares imprescindíveis. E quando a calma reinar em vossa natureza interna e externa, pensai fortemente em vosso coração como uma gruta, onde vossa alma possa penetrar em sua busca de luz. Pensai firmemente, durante vários dias, na gruta de vosso coração, e tentai concentrar vossa mente lá; gradualmente, onde só havia escuridão, uma luz começará a brilhar – uma luz que o guiará no caminho. Aprofundai-vos na contemplação da verdadeira luz, que brilha em cada homem, cujos lampejos finalmente aprendeis a discernir. À medida em que a luz cresce e começa a vos envolver, alçai-vos em pensamento, dentro de vós mesmos, em direção ao meio de vossa cabeça, onde encontrareis uma luz maior; tendo encontrado esta passagem, continuai a meditar sobre a luz. Pensai em vós como um fulgor da Luz Única, uma centelha da Chama Única, e forçai com todos vossos poderes de pensamento e vontade ainda mais acima, ainda dentro de vós, para dentro daquela Luz paternal de onde saístes. Alçai-vos através de vossa cabeça, através dos sentimentos para os pensamentos, ansiando beber a essência-pensamento, para tornar-se pensamento encarnado, e fixai vossa mente de modo inflexível sobre a luz, procurando a porta do Templo. 

A chave está em vossas mãos, eu vo-la dei; é o conhecimento de que o clarão que constitui vosso ser emana da Luz Única, a faísca que sois é parte da Chama Única: que possais ser o que em verdade sois. 

Gradualmente vós aprendereis a viajar por esta estrada que leva do coração à cabeça, e da cabeça ao lugar da luz. Encontrareis vossa luz iluminada por outra luz, que vem do alto, e aprendereis a reconhecer seu brilho. Através destes exercícios diários tereis dominado todas as muitas tendências do sentimento e do pensamento de escapar ao controle. Tereis construído os degraus que vos levarão às portas do Templo. A chave está em vossas mãos, colocai-a direto na fechadura e, girando-a, entrai no Templo da Luz. (...)" 

(Geoffrey Hodson - Sede Perfeitos - Canadian Theosophical Association



quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

O CAMINHO DO CONHECIMENTO (2ª PARTE)

"(...) Tendo se tornado uma criancinha, prontamente lance fora tudo que pensa conhecer ou saber, tudo que é prezado pelos homens, e deixemo-lo buscar o caminho que leva da carne ao espírito. A entrada para o caminho está no coração; do coração, deve encontrar uma passagem para o cérebro, e, através do cérebro, para os mundos do pensamento e sentimento, nos quais as fundações do Templo da Luz estão lançadas. O Templo está adiante, e a partir do mundo do pensamento ele deve construir uma firme escadaria que o levará até os portões do Templo. Esta escadaria é construída pelo estudo, pela concentração de pensamento, e pela incansável busca de conhecimento. 

Esta é a maneira de encontrar e trilhar o caminho do conhecimento, construir a escadaria e chegar aos portões do Templo. Deixe-se que o estudante lance fora seus livros, seus tubos de ensaio e suas réguas para trás, pois ele deve aprender a ler nos livros da natureza, entesourar suas descobertas no tubo de ensaio de sua mente, e aferir suas descobertas na balança de sua mais alta intuição. Emancipando-se destes instrumentos superficiais, que se retire para algum lugar onde possa desfrutar de algum tempo de paz imperturbada. Uma cela de retiro, um jardim, as florestas, os campos, alguma praia recôndita, algum refúgio na montanha, qualquer um destes poderá ser suficiente para lançar-se à viagem de descoberta. Deixe-se que trilhe o caminho que todos os sábios e mestres do mundo trilharam em sua busca pela luz, luz que ora brilha através daqueles olhos, gloriosa e resplandecente. 

Que não tema a estranheza desta procura, não tema despojar-se de todos os suportes até então considerados essenciais; não tema o ridículo imposto pelos que ainda sentem-se dependentes dessas coisas, e que cegamente disfarçam sua ignorância numa ilusão de conhecimento. Para a luz que buscais, tal conhecimento é como trevas, pois todo aquele que alto pusestes em vosso apreço não possui senão a pele, a penugem, a casca, e o cerne sempre lhe foge; então eles montam sobre as cascas e a oferecem como conhecimento. Talvez haja apenas um punhado, dentre vossos homens de conhecimento, que não esteja cego pelo preconceito, que não confunda aprendizado com conhecimento. 

Tomai como guia esta voz que vos ensina agora, a voz de um anjo que conquistou a meta através destes mesmos caminhos na busca de conhecimento, e agora oferece-se àqueles que buscam uma luz maior da que brilha em universidades, pois é professor mais sábio que qualquer professor mortal pode ser; traz a luz do conhecimento espiritual para iluminar as trevas do mero aprendizado terreno, e pode conduzir o estudante até a verdadeira cátedra do conhecimento, a qual jaz no fundo de vosso Eu mais verdadeiro. Vinde, irmão humano, aceitai minha direção, e eu vos guiarei até vosso destino. (...)"

(Geoffrey Hodson - Sede Perfeitos - Canadian Theosophical Association



sexta-feira, 23 de junho de 2017

PURIFICAÇÃO (3ª PARTE)

"(...) Depois desse momentâneo relancear de olhos, nunca mais aquele peregrino será o mesmo, porque embora apenas por um instante, compreendeu quais eram a meta e a finalidade. Viu o ápice rumo ao qual está galgando, e viu também o caminho íngreme, mas muito mais curto, que sobe diretamente do flanco da montanha até o lugar onde o templo resplandece. Compreende, naquele momento, que a estrada tem um nome - 'serviço' - e que os que enveredam pelo caminho mais curto devem entrar através de uma porta, onde as palavras 'Serviço do Homem' estão brilhando com letras douradas. A Alma compreende que, antes de poder alcançar pelo menos o Pátio Externo do Templo, deve passar através daquela porta e compreender que a vida é feita para o serviço e não para a autoprocura, que a única maneira de subir mais rapidamente é fazê-lo por amor dos retardatários, a fim de que o auxílio mais eficaz, vindo do Templo, possa ser enviado ao encontra dos que vêm subindo, o que de outra forma não seria possível. 

Essa visão não passou de um vislumbre fugaz, foi apenas um rápido olhar ziguezagueante, porque os olhos foram colhidos por um único dos raios de luz dimanados do alto da montanha. Há tantas coisas atraentes dispersas ao longo daquela estrada em espiral, que o relancear dos olhos da Alma facilmente se deixa atrair para elas. Mas, uma vez recebida aquele cintilação, existe a possibilidade de a alma obtê-la de novo, com maior facilidade. Quando a meta procurada, o dever e o poder do serviço lograram essa momentânea e imaginativa compreensão da Alma permanece ali o desejo de trilhar uma senda mais curta e encontrar o caminho que leve diretamente, pelo flanco da montanha, ao Pátio Externo do Templo.

Após aquela primeira visão, a Alma é visitada amiúde pelos raios de luz, cujo brilho vai se tornando cada vez mais intenso. Vemos que essas Almas, que apenas por um momento reconheceram que há um escopo, um propósito na vida, começaram a subir com maior resolução do que suas semelhantes. Embora ainda estejam dando voltas em torno da montanha, observamos que começam a agir com maior firmeza no que se refere às virtudes, e que se dedicam com maior persistência ao que reconhecemos como religião, essa religião que se esforça por ensinar-lhes como podem subir, e como o Templo pode finalmente ser alcançado. (...)"

(Annie Besant - Do Recinto Externo ao Santuário Interno - Ed. Pensamento, São Paulo 1995 - p. 11/13)


quinta-feira, 22 de junho de 2017

PURIFICAÇÃO (2ª PARTE)

"(...) A marcha se nos afigura muito lenta porque eles não veem seu ponto de chegada, a sua meta, e não percebem em que direção estão viajando. Observando alguns caminhantes, vemos que estão sempre se desviando para os lados, atraídos para cá e para lá, sem qualquer propósito em seu caminhar. Não andam diretamente para a frente, atentos ao que fazem, mas perambulam, como crianças, correndo atrás de uma flor ali, tentando apanhar uma borboleta acolá. Assim, temos a impressão de que todo seu tempo é desperdiçado, e apenas um pequeno avanço chega a ser consquistado quando a noite cai sobre eles e o dia de marcha termina. 

Não parece sequer que o próprio progresso intelectual, lento como também é, torne o passo mais rápido. Quando observamos aqueles cujo intelecto é escassamente desenvolvido, eles dão a impressão de que, depois de cada dia vivido, mergulham no sono e dormem quase que no mesmo lugar que ocuparam na noite anterior. E quando voltamos os olhos para aqueles que se mostram mais altamente evoluídos, no que se refere ao intelecto, também esses estão viajando devagar, muito devagar, e a cada dia de vida parecem fazer pequeno progresso. Olhando assim para eles, nosso coração sente-se fatigado com aquela subida, e ficamos a pensar por que não erguem os olhos e entendem em que direção seu caminho os está levando. 

Agora, o Pátio Externo, que alguns dos caminhantes da vanguarda estão alcançando, aquele Pátio Externo do Templo, dá a impressão de que pode ser atingido não apenas pelo caminho circulante, volta por volta, tão longo em torno da montanha, mas também por caminhos mais curtos que não a circundam, mas que podem ser escalados diretamente pelos flancos, se o coração do viajante for corajoso e suas pernas se mostrarem resistentes. Ao tentar ver como os homens encontram um caminho mais rápido para o Pátio Externo do que aquele que vem sendo trilhado por seus companheiros de viagem, parece que percebemos que o primeiro passo é dado para fora dessa longa espiral quando alguma Alma, que talvez por milênios tenha estado viajando volta por volta, compreende, pela primeira vez, o propósito da viagem, e vislumbra, por um momento, uma cintilação vinda do Templo, lá do ápice. Porque aquele Templo branco envia raios de luz sobre os flancos da montanha. De vez em quando um viajante levanta os olhos, afastando-os das flores, das pedrinhas e das borboletas que estão pelo caminho, e aquele cintilação atrai o seu olhar. Olha para cima, para o Templo, e, por um momento, ele o vê. (...)"

(Annie Besant - Do Recinto Externo ao Santuário Interno - Ed. Pensamento, São Paulo 1995 - p. 9/11)

quarta-feira, 21 de junho de 2017

PURIFICAÇÃO (1ª PARTE)

"Se nos fosse possível colocar-nos, em pensamento, num centro do espaço, do qual pudéssemos ver o curso da evolução, e estudar a história da nossa cadeia de mundos, tal como podem ser vistos pela imaginação mais do que pelo aspecto que apresentam, poderíamos interpretar o todo num quadro. Vejo uma grande montanha situada no espaço, com um caminho que vai girando em torno dela até atingir seu ápice. As voltas que esse caminho dá são sete, e em cada volta há sete estações onde os peregrinos ficam durante algum tempo. Dentro dessas estações eles têm de subir, volta por volta. Quando traçamos o caminho que sobe por aquela trilha em espiral, vemos que ele termina no topo da montanha, e leva a um majestoso Templo, como que feito de mármore, de uma brancura radiante, e que ali se ergue, cintilando contra o azul etéreo.

Esse Templo é a meta da peregrinação, e os que estão no seu interior terminaram o seu percurso - no que se refere à montanha - e ali permanecem apenas para auxiliar os que ainda estão subindo. Se observarmos o Templo mais atentamente, constataremos, ao tentar ver a sua construção, que ele tem, ao centro, um Santo dos Santos. Em torno desse centro estão os quatro Pátios, circundando o Santo dos Santos como círculos concêntricos. Todos estão dentro do Templo.

Uma parede separa cada Pátio do que lhe é contíguo, e para passar de um Pátio para o outro o caminhante deve atravessar uma porta, apenas uma em cada parede circundante. Assim, todos os que alcançarem o centro terão de passar por aquelas quatro portas, uma por uma. Fora do Templo ainda há outro recinto fechado - o Pátio externo - e esse Pátio acolhe muitos peregrinos, mais do que os que estão dentro do Templo propriamente dito. 

Olhando para o Templo e para os Pátios, e para o caminho que sobe em espiral pela montanha, vemos esse quadro da evolução humana e a trilha ao longo da qual a raça está caminhando, bem como o Templo, que é a sua meta. Ao longo daquele caminho que dá voltas à montanha, vasta massa de seres humanos vai de fato subindo, mas subindo vagarosamente, passo por passo. Às vezes, tem-se a impressão de que cada passo para a frente corresponde a um passo para trás, e embora a tendência de toda aquela massa seja para subir, a ascensão é tão lenta que os passos mal se fazem perceptíveis. Essa evolução eônica da raça, subindo sempre, parece tão lenta, extenuante e dolorosa que nos perguntamos como podem os peregrino ter ânimo para subir durante tanto tempo. Dando voltas à montanha, milhões de anos se passam, e na marcha de milhões de anos o peregrino segue. Enquanto ele caminha por ali durante esses milhões de anos, uma infindável sucessão de vidas parece passar, todas despendidas na subida. Cansamo-nos só de observar as imensas multidões subindo tão lentamente, caminhando, volta por volta, na escalada daquela estrada em espiral. Observando-as, indagamo-nos: 'Por que sobem com tanto vagar? Por que esses milhões de homens empreendem uma viagem tão longa? Por que se esforçam para alcançar aquele Templo situado lá no ápice?' (...)"

(Annie Besant - Do Recinto Externo ao Santuário Interno - Ed. Pensamento, São Paulo 1995 - p. 7/9)


quinta-feira, 9 de outubro de 2014

HÁBITOS DESTRUTIVOS (1ª PARTE)

"Um corpo doente fica estressado, e uma mente com temores, esperanças e incertezas também se estressa. Esse estresse está em alta no mundo moderno, com sua filosofia de competitividade e autopromoção. Por isso bastante pessoas estudam o budismo, o Zen, o Vedanta, ouvem palestras e frequentam templos, tentando escapar de tudo.

O monge erudito Srngeri afirmou: ‘As pessoas acreditam que é necessário ir para uma floresta praticar tapas, mas ela pode ser praticada onde quer que se esteja.’ Tapas significa ‘queimar’ os elementos do mundanismo e da impureza. Tapas corporal inclui ser honrado, inofensivo e casto.  Tapas verbal são palavras corretas, que não causem dor, que sejam úteis, que levem ao autoconhecimento. Tapas mental é ser sereno, ter sentimentos puros e uma mente controlada.

Estar fora do mundo significa ser livre, controlar a própria vida sem ser levado a adotar atitudes, valores e crenças por compulsão. No Yoga-Vasishtha e na Bíblia, encontramos conselhos de Vasishtha e Jesus, respectivamente, para sermos como criancinhas. As crianças são felizes por natureza. Elas não lutam contra o mundo, não se preocupam em adquirir bens nem em se autoengrandecer. São apenas elas mesmas.

Em contraste, a essência do mundanismo expressa-se nos adultos em uma atitude de confrontação, consciente ou inconsciente. Mesmo em pessoas que não vivem em circunstâncias duras, o tempo todo existe algo que luta, em um nível sutil. Existe competição na família, no trabalho, nas outras obrigações. Então fatigados pela luta, as pessoas se esforçam para se livrar dela. Ainda não ousam permanecer quietas e em paz; querem sempre realizar algo, chegar a algum lugar. (...)"

(Radha Burnier - Estar no mundo e viver em paz -  Revista Sophia, Ano 11, nº 41 - p. 29/31)


quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A VERDADE A SERVIÇO DA VIDA (PARTE FINAL)

"(...) A verdade está no altar; na mente que vasculha os segredos da natureza para saudar e manter a vida; naquele que ensina por respeito à grandeza do outro; na lei que organiza e sustenta o movimento dos astros.

A verdade está guardada no templo do coração humano; invocada ou não, está sempre presente. Nada consegue macular sua real natureza, nem mesmo a ignorância daqueles que abrigam esse sagrado tesouro.

A verdade está a serviço da vida, a religião está a serviço da verdade. A religião carrega, em seu cerne, os argumentos para sustentar a esperança e a fé na vida; a verdade é a esperança. A religião oferece a chave para o paraíso; a verdade é o paraíso.

Quando o homem ousar penetrar na caverna do coração, encontrará a verdade como uma luz bendita que ilumina todos os cantos obscuros da existência; como um calor suave que aquece o frio da existência, ou como uma brisa fresca que refresca a sufocante angústia da solidão de ser. Então, não serão mais necessárias as religiões, os ritos e as orações, pois o homem terá visto Deus face a face, e descobrirá que diante de si existe apenas um espelho."

(Miriam Morata Novaes - A Verdade a serviço da Vida - Revista Sophia, Ano 2, nº 6 - p. 17)

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

UM CEGO NÃO PODE GUIAR OUTRO CEGO (PARTE FINAL)

"(...) O Ocidente deu ênfase a grandes templos de culto, mas são poucos os que mostram como Deus pode ser encontrado. No Oriente, deu-se ênfase ao desenvolvimento de homens de realização divina, mas eles são, em muitos casos, inacessíveis aos buscadores espirituais, permanecendo reclusos, em retiros longínquos e solitários. Centros espirituais onde as pessoas possam comungar com Deus e instrutores que possam mostrar-lhes como fazê-lo são igualmente necessários.

Como pode alguém receber o conhecimento de Deus de um instrutor que não o conhece? Meu guru incutiu em mim a necessidade de conhecer o Pai Celestial antes de tentar falar aos outros sobre Ele. Como sou agradecido por esse treinamento! Ele realmente comungava com Deus.

O Senhor deve ser percebido, primeiro, no próprio templo corporal. Todo buscador deve, diariamente, disciplinar seus pensamentos e depositar sobre o altar da alma as flores silvestres da devoção. Quem encontrar Deus dentro de si mesmo será capaz de sentir a presença divina em toda igreja ou templo em que entrar."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 15/16)

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

A JORNADA DA ALMA

"Se nos fosse possível colocar-nos, em pensamento, num centro do espaço, do qual pudéssemos ver o curso da evolução, e estudar a história da nossa cadeia de mundos, tal como podem ser vistos pela imaginação mais do que pelo aspecto que apresentam, poderíamos interpretar o todo num quadro. Vejo uma grande montanha situada no espaço, com um caminho que vai girando em torno dela até atingir seu ápice. As voltas que esse caminho dá até atingir seu ápice. As voltas que esse caminho dá são sete, e em cada volta há sete estações onde os peregrinos ficam durante algum tempo. Dentro dessas estações eles têm de subir, volta por volta. Quando traçamos o caminho que sobe por aquela trilha em espiral, vemos que ele termina no topo da montanha, e leva a um majestoso Templo, como que feito de mármore, de uma brancura radiante, e que ali se ergue, cintilando contra o azul etéreo.

Esse Templo é a meta da peregrinação, e os que estão no seu interior terminaram o seu percurso – no que se refere à montanha – e ali permanecem apenas para auxiliar os que ainda estão subindo. Se observarmos o Templo mais atentamente, constataremos, ao tentar ver a sua construção, que ele tem, ao centro, um Santo dos santos. Em torno desse centro estão os quatro Pátios, circundando o Santo dos Santos como círculos concêntricos. Todos estão dentro do Templo.(...)

Olhando para o Templo e para os Pátios, e para o caminho que sobe em espiral pela montanha, vemos esse quadro da evolução humana e a trilha ao longo da qual a raça está caminhando, bem como o Templo, que é a sua meta. Ao longo daquele caminho que dá voltas à montanha, vasta massa de seres humanos vai de fato subindo, mas subindo vagarosamente, passo por passo. Às vezes, tem-se a impressão de que cada passo para a frente corresponde a um passo para trás, e embora a tendência de toda aquela massa seja para subir, a ascensão é tão lenta que os passos mal se fazem perceptíveis. Esta evolução eônia da raça, subindo sempre, parece tão lenta, extenuante e dolorosa que nos perguntamos como podem os peregrinos ter ânimo para subir durante tanto tempo. Dando voltas à montanha, milhões de anos o peregrino segue. Enquanto ele caminha por ali durante esses milhões de anos, uma infindável sucessão de vidas parece passar, todas despendidas na subida. Cansamo-nos só de observar as imensas multidões subindo tão lentamente, caminhando, volta por volta, na escalada daquela estrada em espiral. Observando-as, indagamo-nos: ‘Por que sobem com tanto vagar? Por que esses milhões de homens empreendem uma viagem tão longa? Por que se esforçam por alcançar aquele Templo situado lá no ápice?’ (...)

Olhando assim para eles, nosso coração sente-se fatigado com aquela subida, e ficamos a pensar por que não erguem os olhos e entendem em que direção seu caminho os está levando."

(Annie Besant - Do Recinto Interno ao Santuário Externo - p. 01/02)


domingo, 11 de agosto de 2013

O UNO QUE ESTÁ EM TODOS

"Contemplarei o Invisível nas formas visíveis de meu pai, mãe e amigos, aqui enviados para me amarem e auxiliarem. Demonstrarei meu amor por Deus amando todos eles. Em suas expressões humanas de afeição, reconhecerei somente o Amor Divino Único. 

Reverencio o Cristo no templo de todos os meus irmãos humanos, no templo de toda a vida.

Ó Pai, ensina-me a sentir que Tu és o poder por detrás de todas as riquezas e o valor em todas as coisas. Encontrando-Te primeiro, encontrarei tudo o mais em Ti.

Onde quer que as pessoas apreciem meus esforços para fazer o bem, saberei que ali é o lugar onde mais posso servir.

Ó Senhor da Lei, já que tudo é, direta ou indiretamente, guiado por Tua vontade, trarei à minha mente Tua presença, de maneira consciente, por meio da meditação, para solucionar os problemas que a vida me enviou.

Deus é paz. Entregue-se à infinita paz em seu interior. Deus é a alegria sempre nova da meditação. Entregue-se ao grande amor que está dentro de você.

Ó Ser Infinito, mostra para sempre Tua face gloriosa em todas as minhas alegrias e na luz fulgurante de meu amor por Ti.

Ensina-me a saber que Tu és o poder que me mantém saudável, próspero e buscando a Tua verdade. 

Sou uma centelha do Infinito. Não sou carne nem ossos. Eu sou luz.

Auxiliando os outros a terem êxito, encontrarei a minha prosperidade. No bem-estar dos outros, encontrarei meu próprio bem-estar."

(Paramahansa Yogananda - Meditações Metafísicas - Self-Realization Fellowship - p. 110/112)


sexta-feira, 5 de abril de 2013

BHAKTI YOGA - DEVOÇÃO AO ONIPRESENTE (5ª PARTE)

"O amor a Deus não se desenvolve e expressa exclusivamente diante dos altares. O bhakta não se contenta com isto. Para ele o altar de Deus é onipresente e seu templo, o universo inteiro. Eis por que procura adorar seu Amado em todas as pessoas e em cada forma de vida, em todos os fenômenos e aspectos da natureza, em todos os níveis existenciais, a todo tempo, em toda a parte, pois que, embora tenha eleito uma determinada Forma e um determinado Nome para cultuar, nunca se esquece de que Deus é Um só, uma onipresente e onipenetrante Realidade e Essência Única de tudo que existe. Seu amor é assim, majestoso, total, vertical, sem limites e sem máculas de desejo, sem interesses egoísticos, sem quaisquer sinais da vulgaridade escravizante, sem os resíduos das impurezas do fanatismo e superstição.  
Desculpa Deus meu se não me ajoelho cada vez que Te vejo, Preciso trabalhar. Não posso viver ajoelhado.(Hermógenes, In Yoga, Caminho para Deus)
Há devotos incultos que só conseguem realizar uma forma nada filosófica de culto. Que continuem. Desde que seu culto, embora primitivo e sua adoração ingênua sejam expressões do verdadeiro prema, Deus não o deixa à míngua de resposta. Ele ajuda seu humilde e simplório adorador. Deus não é elitista. E só leva em conta a pureza, a sinceridade, a autodoação e o verdadeiro amor que inspiram o culto.(...)"

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 86/87)


quarta-feira, 27 de março de 2013

O CORPO É O TEMPLO DE DEUS E O INTELECTO É A LUZ QUE ILUMINA O ALTAR DO CORAÇÃO

"Cada sentido é uma porta de saída para a energia do homem, numa direção que o prende ao mundo objetivo. Os sentidos são pela mente induzidos a se externarem, vinculando-se aos objetos. Ao homem convém submeter sua mente a viveka, ou seja, à inteligência que discerne, e, assim, a mente, em vez de o lesar, o ajudará. 

O corpo é o templo de Deus, o qual reside no coração. Buddhi ou intelecto é a lamparina acesa no altar. Cada golpe de vento, que sopre através das janelas dos sentidos, afeta a chama, obscurecendo-a, tratando mesmo de apagá-la. Assim, cerre as janelas. Não as deixe abertas à atração direta dos objetos sensoriais. Conserve o intelecto (buddhi) aguçado, tanto que possa cortar a mente como um diamante, e convertê-la numa chama de luz, em vez de permanecer um seixo abrutalhado. Discriminação (nithyanithya-vathu viveka) é importante instrumento de progresso espiritual. O raciocínio deve ser empregado para discernir entre o limitado e o ilimitado, o temporário e o eterno. Este é seu legítimo uso. Sankaracharya dá o nome de Viveka Chudamani à sua obra sobre o princípio adwaita (não dualismo), em razão de querer enfatizar o valor de viveka (discernimento) para a constatação da transitoriedade da vida e da Unicidade do Universo."

(Sathya Sai Baba - Sadhana o Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 44/45)


terça-feira, 19 de março de 2013

ASSUMA O DOMÍNIO DA SUA MENTE

"Hoje, o homem contraiu o hábito de agir e falar conforme seus caprichos. Nenhum controle é exercido por sua consciência, sua moral ou boas maneiras. Aquele que é perverso e determinado a caminhar para a ruína dispensa conselhos. Remédio é para quem está doente, não para quem está sadio; não para quem já está inteiramente morto. Conselho é para quem padece dúvida, ansiedade ou agitação. Este conceito se encontra nas escrituras (sastras) e em outros textos sagrados. Uma carta pode ser lançada fora uma vez que seu conteúdo tenha sido anotado e aprendidas as instruções por ela comunicadas. Assim também, aquelas escrituras (sastras) e textos sagrados podem ser descartados uma vez lidos, compreendidos mas principalmente seguidos. Não há proveito em ler, ler, reler... mais e mais. 

Declaram os textos que você realmente é Atma (O Ser). Aquilo que anima toda a criação. O corpo do homem é um templo onde Deus está morando. Os guardas de tal templo são Sama (controle sobre os sentidos) e Dama (controle sobre as emoções). Se eles forem ineficazes e negligentes, a luxúria e a ambição, o rancor e a inveja, o ódio e o orgulho se infiltrarão, se espalharão e dominarão o templo. O homem está tão iludido que presta honra a tais ladrões como se fossem os donos da casa que eles saqueiam. Assuma o domínio sobre sua mente. Esteja alerta. Erga-se, e enfrente os ladrões antes que lancem mão sobre seu tesouro. O tesouro é a percepção da presença de Deus em tudo."

(Sathya Sai Baba - Sadhana o Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 71/72)


sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A ORAÇÃO QUE DEVE VIR PRIMEIRO EM TODOS OS CORAÇÕES


“Deus é real e pode ser encontrado nesta vida.

Há numerosas preces nos corações dos homens – por dinheiro, por fama, por saúde – orações por toda sorte de coisas. Entretanto, a oração que deveria vir primeiro em todos os corações é a oração pela presença de Deus. De modo silencioso e seguro, à medida que caminha pelas veredas da vida, você precisa chegar à compreensão de que Deus é o único objeto, a única meta que o satisfará, porque em Deus estão as respostas a todos os desejos do coração. (...)

Sua alma é o templo celestial de Deus. As trevas da ignorância e das limitações mortais precisam ser expulsas desse templo. É maravilhoso estar na consciência da alma – fortalecida, robusta.

Nada tema. Não odiar, oferecer amor a todos, sentir o amor de Deus, ver a presença Dele em todos e ter apenas um desejo – o desejo da constante presença Dele no templo da consciência -, este é o modo de viver neste mundo.”

(Paramahansa Yogananda – No Santuário da Alma – Self-Realization Fellowship – Ed. Lótus do Saber, Rio de Janeiro – p. 113)


domingo, 25 de novembro de 2012

REFUGIE-SE NO TEMPLO ÍNTIMO DO SILÊNCIO

“Todas as noites, permaneça em silêncio tranquilo por pelo menos meia hora, de preferência por muito mais tempo, antes de recolher-se e, novamente, de manhã, antes de começar as atividades do dia. Isto produzirá um indômito e indestrutível hábito interno de felicidade que o tornará capaz de enfrentar todas as situações de provas na batalha da vida cotidiana. Tendo no interior essa felicidade imutável, ocupe-se em procurar atender às exigências de suas necessidades diárias. (...)

Nenhuma língua humana pode narrar a alegria que espera ser descoberta no silêncio que está por trás da mente. Você, porém, precisa convencer a você mesmo; precisa meditar e criar esse ambiente. Aqueles que meditam profundamente sentem uma quietude interior maravilhosa. Essa quietude interna deve ser mantida mesmo quando em companhia de outras pessoas. O que você aprender na meditação, pratique na atividade e na conversa. Não permita que ninguém o desaloje desse estado tranqüilo. Agarre-se à sua paz. (...) Em seu templo íntimo de silêncio, com a intuição desperta, receba Deus.

Deus está no coração e na alma de todos os seres. E quando abrir, dentro de você mesmo, o tempo secreto do coração, você lerá o livro da vida com a intuição da alma, que tudo sabe. Então, e só então, você entrará em contato com o Deus vivo e O sentirá com a própria essência de seu ser. Sem esse sentimento no coração, não haverá resposta à suas orações. Você pode atrair o que as ações positivas e o bom carma lhe permitem ter; entretanto, para receber a resposta consciente de Deus, você precisa, primeiro, alcançar a divina sintonia com Ele.”

(Paramahansa Yogananda – No Santuário da Alma – P. 105/107)


CUIDA PERMANENTEMENTE DE TEU TEMPLO INTERNO


“Deveis vos sentir como frutos do Amor!

Sois feitos à imagem do Creador. Não à imagem externa, como muitos julgam, mas em essência interna, à força que possuis, e que é fruto e parte do Todo Maior que a tudo comanda.

Quando sentires, verdadeiramente, em teu ser essa realidade e tiveres a convicção interna e a fé inabalável em teu verdadeiro Eu, então estarás apta para dar o grande passo para a Iniciação a degraus mais elevados da Evolução Cósmica. Cuida permanentemente de teu Templo Interno. Extirpa de teu interior os ressentimentos, a dor, a inveja, a mágoa, a culpa, o sentimento de inferioridade, as preocupações excessivas, o orgulho, a ganância. Enfeita teu Templo Interno com flores que personalizem o Amor, a Fé e a crença real na Vida Maior e no Creador. Deixa que tua essência brilhe mais e mais a cada dia. Sê a Luz por onde passares. Às vezes é necessário que as pessoas trilhem caminhos longos e tortuosos, que aprendam aos poucos. Pela força nada conseguirás – só através do Amor conseguirás tudo. O Amor é o único Caminho a ser trilhado por todos que almejam a unidade interna e externa. O verdadeiro Amor une. O verdadeiro Amor é livre de conceitos e preconceitos. Onde houver divisão, aí não existe o verdadeiro Amor – portanto, foge desse caminho!! Aprende a ter mais paciência, humildade, perseverança. Jamais de sintas superior a quem quer que seja, pois todos são iguais em importância perante o Creador. Filho nenhum é abandonado ou esquecido.”

(M. Stella Lecocq – Mensagens dos Mestres – de Coração a Coração – p. 266/268)


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

RECOLHA-SE PARA A GRUTA DO SILÊNCIO INTERIOR




"Aquele que não se deixa derrotar mentalmente é o que encontra Deus no templo do coração. Não importa quais sejam os obstáculos, isso você pode fazer: no santuário secreto do coração, você pode buscar Deus, e pode amá-Lo de todo o coração. Sempre que haja um pequeno tempo livre em meio às coisas que tenha de fazer, retire-se para a gruta do silêncio interior. Você não encontrará o silêncio no seio das multidões. Procure a ocasião de estar sozinho e, na gruta do silêncio interior, encontrará o manancial da sabedoria.”


(Paramahansa Yogananda – No Santuário da Alma – p. 104/105)

sábado, 17 de novembro de 2012

SOMOS FILHOS DE DEUS


“Cada um de nós é filho de Deus. Nascemos do Seu espírito, em toda pureza, glória e alegria. Essa herança é inalienável. (...) A Bíblia diz: “Não sabeis que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” Lembre-se sempre: o Pai o ama incondicionalmente. (...) Não precisamos fugir para a floresta para buscá-Lo. Podemos encontrá-Lo diariamente nessa floresta da vida cotidiana, na gruta do silêncio interior.” 

(Paramahansa Yogananda – No Santuário da Alma – 03/04).