OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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domingo, 12 de novembro de 2017

QUE É DEUS?

"Perguntei às ondas do mar: Que é Deus?

E elas me disseram: Deus é o mar, e nós somos filhas dele.

Perguntei às sete cores do arco-íris: Que é Deus?

E as cores me responderam: Deus é a luz incolor, e nós somos reflexos dela.

Perguntei a todos os ruídos do Universo: Que é Deus?

E eles clamaram: Deus é o grande Silêncio, que nos gerou.

Perguntei a todos os seres vivos da terra, às plantas, aos insetos, às aves, aos peixes, aos animais: Que é Deus?

E eles bradaram: Deus é a Vida, e nós somos os vivos que dela emanaram. Indaguei a todas as plenitudes do Cosmos: Que é Deus?

E as plenitudes do Cosmos cantaram: Deus é a eterna Essência que nos deu Existência.

Perguntei a todos os seres conscientes do mundo: Que é Deus?

E todos concordaram: Deus é o Oniconsciente que nos deu consciência.

* * *

E depois que todas as creaturas responderam às minhas perguntas, exclamei estupefato: Como é que o Uno produz o Verso?

E elas, em coro uníssono, replicaram: O UNO é a alma, e o VERSO é o corpo do Universo – nós somos a Família Univérsica.

Ante essa mensagem do Universo, fiz calar todos os ruídos analíticos da mente e mergulhei no grande silêncio da intuição espiritual.

E a Voz do Silêncio me falou –

E eu compreendi a Voz do Silêncio..."

(Huberto Rohden - A Voz do Silêncio, Poemas de Autorrealização para Iniciandos e Iniciados - p. 9)


domingo, 22 de maio de 2016

A LEI DO KARMA (PARTE FINAL)

"(...) Para que o karma desempenhe o seu papel, somos colocados em circunstâncias (família, educação, nação etc) que nos obrigam a corrigir fraquezas, aprender com novas experiências e evoluir espiritualmente. Na vida diária, o karma se manifesta como hábitos, tendências, humores, desejos e emoções. Nosso caráter representa a totalidade das boas experiências em vidas passadas, que resultam em tendências e habilidades inatas. As inclinações naturais transformam nossa personalidade e assim o nosso karma é ajustado, fazendo-nos progredir no caminho escolhido ou retardando nosso progresso, quando fazemos escolhas erradas. 

Somos, portanto, os efeitos das nossas ações passadas. Mas há um lado mais sutil na lei do karma: são os traços psicológicos e espirituais deixados na nossa consciência por pensamentos, ações e hábitos de vidas passadas. Eles influenciam o que somos e o que fazemos mais do que podemos imaginar. Essa 'segunda natureza' deve ser controlada no momento em que começar a nos fazer pensar ou sentir diferente, com ciúme, ira ou o que quer que seja. Devemos de imediato trazer à mente um pensamento oposto ou uma qualidade espiritual. Temos que constantemente cultivar boas qualidades para neutralizar os efeitos do mau karma.

Como almas, somos um reflexo de Deus; refletimos a força e as qualidades divinas de amor, gentileza, tolerância compreensão, compaixão etc. Mas estamos no mundo da ilusão, e o mal está presente em cada ser sob a forma de ódio, egoísmo, cobiça, medo etc. O homem deve considerar os sussurros da consciência e as boas tendências como o chamado de Deus em seu interior. Da mesma forma, deve reconhecer e resistir a pensamentos e impulsos malévolos. Lembre-se: o mundo não responderá pelas consequências; você sim. Não ligue como os outros estão agindo. Seja você um exemplo, não para os outros, mas para si mesmo."

(Vinai Vohora - A lei do karma - Revista Sophia, Ano 12, nº 51 - p. 11)



domingo, 8 de maio de 2016

O DESAFIO DOS RELACIONAMENTOS (PARTE FINAL)

"(...)  Você deve praticar o desapego se quiser criar relacionamentos duradouros e harmoniosos. Ser espiritualmente desapegado significa ser capaz de abrir mão de nossas necessidades e preferências. Sem esse desapego você não consegue evitar manipular as outras pessoas, o que cria conflito em seus relacionamentos.

A paz surge da prática contínua do desapego - em casa, no trabalho, com amigos e parentes, e especialmente com pessoas difíceis. A pessoa espiritualmente desapegada não deixa o relacionamento se degenerar até se transformar em um jogo de estímulo e resposta. O teste é simples: mesmo que você esteja chateado ou zangado comigo, eu consigo permanecer calmo, amoroso e gentil com você e lhe ajudar a vencer a raiva? Se você persistir em continuar zangado comigo, consigo ainda ser amoroso com você?

A aversão pelas pessoas é na verdade um reflexo de nós, não daqueles de quem não gostamos. Tendemos a ver os outros não como realmente são, mas como somos. Nossos relacionamentos são sempre espelhos, refletindo algum aspecto de nós mesmos. Esse é o modo do espírito dizer: 'Olhe para o que podemos aprender a respeito de nós mesmos.'

Preste muita atenção quando um padrão ou um comportamento particular se refletir em você vindo de três ou mais pessoas diferentes, pois então você pode ter certeza de que aí está algo que é preciso verificar. Para uma pessoa zangada, todo mundo parece zangado e cheio de hostilidade. Para uma pessoa desconfiada, todo mundo parece suspeito. Para uma pessoa amorosa e terna, todo mundo merece amor, toda ocasião é uma oportunidade para oferecer perdão e ver o melhor nas outras pessoas." 

(Susan Smith Jones - O desafio dos relacionamentos - Revista Sophia, Ano 9, nº 36 - p. 33)


sexta-feira, 22 de abril de 2016

EVOLUÇÃO A PARTIR DE CIMA (2ª PARTE)

"(...) O verdadeiro, o bom e o belo são sempre um estudo apropriado para nós. O problema do mal e do sofrimento é muito mais difícil de solucionar.

Vejamos primeiramente aquelas sendas simples e diretas para o céu das ideias divinas que são os reflexos aqui embaixo daquelas ideias que percebemos ser totalmente belas e sagradas em sua natureza. Comecemos, por exemplo, a partir de fragrâncias puras como a rosa, o jasmim, o sândalo. Elas têm suas correspondências celestes. Conseguiremos reproduzir a irradiação espiritual, da qual uma bela fragrância física seja a correspondência ou contraparte? Por meio da imaginação poderíamos tentar pelo menos sentir sua natureza a partir do estímulo ou influência que a fragrância particular produz em nós.

Cada Adepto, que por sua própria definição vivificou sua natureza material com a espiritual, tem sua própria fragrância particular, não porque ele a seleciona como uma mulher elegante poderia selecionar uma para seus propósitos, mas porque é uma manifestação de sua influência, como apreendida por um de nossos órgãos dos sentidos, que é afetado talvez mais prontamente de que os outros.

Cada um de nós possui certos órgãos dos sentidos que transformam os efeitos de estímulos particulares ou efeitos vibratórios, no que chamamos de sensações. Não é inconcebível - e é muito provável - que o alcance de nossa resposta - mesmo a resposta física - será grandemente ampliado no tempo devido, mas existem potencialidades de impressões sensoriais diferentes daquelas que conhecemos, através de órgãos que não existem atualmente; em outras palavras, de novas pontes entre os mundos objetivo e subjetivo com as quais sequer sonhamos atualmente. (...)"

(N. Sri Ram - O Interesse Humano - Ed. Teosófica, Brasília, 2015 - p. 101)


quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

POTENCIAIS INFINITOS (PARTE FINAL)

"(...) É a nossa percepção espiritual consciente de quem somos, individual e coletivamente, que determina a consciência da matriz divina e, portanto, a qualidade de nossas vidas individual e coletiva. (...)

Somos todos partes da mesma substância, todos conectados, inter-relacionados e interdependentes, porque somos todos um. O que afeta um, afeta todos. Portanto, cada um de nós tem um papel crucial a representar. É o modo como representamos esse papel que determina os resultados individuais e coletivos, pois aquilo que expressamos se reflete de volta para nós. 

'Como é em cima, é embaixo, como é dentro, é fora.' O antigo texto essênio diz que 'nosso mundo é nada mais, nada menos que um espelho daquilo que nos tornamos internamente'. Assim, se queremos paz, tolerência, compreensão, compaixão, perdão, amor e unidade no mundo, precisamos nos tornar aquilo que queremos ver. O mundo é um espelho da humanidade e reflete a consciência de todos os indivíduos. Portanto, os pensamentos de cada indivíduo, suas palavras e ações influenciam o campo eletromagnético do mundo. Uma vez que cada um de nós influencia a consciência coletiva, cada um de nós contribui para determinar o destino da humanidade. 

Não somos testemunhas passivas sendo manipuladas. Seres humanos espiritualmente criteriosos e conscientemente perceptivos veem a si mesmos e ao mundo como são: uma unidade, a unidade de todas as coisas. Uma visão de mundo é suplantada por outra. Uma visão de mundo morre para que outra nasça e cresça. Como indivíduos e como consciência coletiva, temos diante de nós possibilidades e potenciais infinitos para determinar a qualidade do campo que no final das contas moldará nosso amanhã. Portanto, sejamos todos o que queremos ver no mundo."

(Julie Jeffrey - A matriz holográfica - Revista Sophia, Ano 10, nº 38 - p. 9)


terça-feira, 30 de dezembro de 2014

POTENCIAIS INFINITOS (1ª PARTE)

"O psicólogo Karl Pribam diz que cada parte do nosso corpo é um reflexo do todo. Uma consequência dessa interconexão de todas as coisas, especialmente daquelas que causam impacto sobre nosso corpo e nossa saúde, é a noção de que todos os pensamentos, palavras e ações estão armazenados em cada uma de nossas células, e desse modo afetam o bem-estar do indivíduo, que, por sua vez, afeta o bem-estar da consciência universal. 

Os antigos sabiam que, quando eventos específicos ocorriam no plano galáctico, condições específicas manifestavam-se na Terra. O que é agora aparente é que o campo eletromagnético da Terra também exerce efeito profundo em nossa consciência individual e em nossa consciência universal. Esse campo eletromagnético de energia influencia cada aspecto de nossas vidas, inclusive nossas dimensões emocional e espiritual. 

Porém não somos observadores passivos nessa troca, como afirma o físico Fritjof Capra. Em vez disso, somos criadores poderosos que, ao escolher a compaixão à indiferença, a cooperação à competição, o perdão à vingança, o amor ao ódio, a integração à autoafirmação e a síntese à análise, podemos influenciar positivamente o campo eletromagnético, que por sua vez influencia o destino da humanidade. Essa troca de energia é a própria natureza do nosso universo, pois aquilo que John David Mann chama de 'o campo' não apenas 'subjaz a toda existência física' como também exerce influência sobre a consciência, segundo Wynn Free. (...)"

(Julie Jeffrey - A matriz holográfica - Revista Sophia, Ano 10, nº 38 - p. 9)


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

HOMEM, CONHECE-TE A TI MESMO! (PARTE FINAL)

"(...) Outras pessoas há que identificam o seu 'eu' com a sua parte mental ou emocional. Dizem, por exemplo: 'eu estou triste',  'eu estou alegre', 'eu sou inteligente'. Quer dizer que confundem o seu verdadeiro 'Eu' com a sua personalidade mental-emocional. Ora, como essa zona está sem cessar à mercê das influências da sociedade humana que nos cerca, segue-se que a felicidade ou infelicidade baseada nesse alicerce problemático depende do ambiente social, isto é, da boa ou má opinião que outros homens têm de nós; nós nos enxergamos tão somente no relexo da opinião pública. Se outros dizem que somos inteligentes, bons, belos, simpáticos, sentimo-nos felizes - mas, se disserem o contrário, sentimo-nos infelizes. Quer dizer que, neste caso, somos uma espécie de fantoches ou bonecos de engonço que reagem automaticamente ao impulo recebido pelos cordéis invisíveis, manipulados por algum terceiro, oculto por detrás do cenário da nossa vida. Esses fantoches humanos vibram com intensa felicidade quando, por exemplo, um jornal os cumula de louvores e apoteoses, embora totalmente gratuitos e quiçá mentirosos - mas sentem-se profundamente infelizes, talvez desesperados, quando alguém diz o contrário.

São escravos de fatores alheios à sua vontade - escravos que ignoram a sua própria escravidão! E como poderia um escravo ser feliz?

Em resumo: tanto os da primeira classe - os escravos do ambiente físico - como os da segunda classe - os escravos do ambiente social - fazem depender a sua felicidade de algo que não depende deles. É, pois, evidente que não podem ser realmente felizes, porquanto a verdadeira felicidade não é alguma 'quantidade externa', alguma objeto, que o homem receba, mas é uma 'qualidade interna', um estado do sujeito, que o homem crea dentro de si. A felicidade só pode consistir em algo que dependa de mim, algo que eu possa crear, independentemente de circunstâncias externas, físicas ou sociais. 'O que vem de fora não torna o homem puro nem impuro - só o que vem de dentro do homem é que o torna puro ou impuro.' (Jesus.)"

(Huberto Rohden - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda, São Paulo, 1982 - p. 24/28)

sábado, 1 de fevereiro de 2014

GUIANDO NOSSOS FILHOS (PARTE FINAL)

"(...) 6. Lembrem-se de que as crianças estão olhando vocês – Repito: a primeira e principal maneira de ensinar alguém é pelo exemplo. Tratem-se com amor e respeito se esperam que seus filhos façam o mesmo. Vocês são o espelho em que as crianças veem refletido o mundo externo e devem demonstrar as qualidades e princípios que gostariam que as norteassem. É confuso para os filhos quando os pais dizem uma coisa e agem de maneira diferente. Depois de algum tempo, as crianças perdem a confiança neles.

7. Ensinem seus filhos a serem autoconfiantes – Uma das primeiras coisas que as crianças devem aprender é que elas vivem num mundo imperfeito. Ensinem a seus filhos que tudo o que acontece tem uma finalidade. Encorajem as crianças a usarem seu livre-arbítrio para mudar o que não gostam nelas mesmas e no que as cerca, para que o mundo possa tornar-se um lugar melhor de se viver. Deem a elas as chaves espirituais para uma vida feliz e plena.

8. Celebrem a individualidade – Desde o início, façam seus filhos acreditarem que cada um deles é único e diferente de todos os seres deste planeta. Isto não só os distingue de todas as outras pessoas como também os faz ver o mundo de uma maneira própria e exclusiva. Vocês serão capazes de ajudar a influenciar alguns aspectos do comportamento deles, mas não poderão moldá-los e formá-los exatamente da maneira que desejariam. Nunca os comparem com os outros, pois isso lhes dará a falsa noção de que as pessoas podem ser iguais. No todo, tratem seus filhos como tratariam uma flor ou uma planta. A semente da ‘personalidade’ está na criança, mas, como qualquer flor ou planta, precisa ser fertilizada, regada, protegida e cuidada. Vejam a flor desabrochar e reconheçam sua beleza. Celebrem a energia da Força Divina que todos nós compartilhamos. Com um pouco de paciência, alegria e estímulo, vejam a sua criança brilhar."

(James Van Praagh – Em busca da Espiritualidade – Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 – p.87/88)


sexta-feira, 19 de julho de 2013

JAMAIS PERCA A ESPERANÇA

"SE ABANDONOU a esperança de alguma vez ser feliz, anime-se. Jamais perca a esperança. Sua alma, sendo reflexo do Espírito sempre jubiloso, é, em essência, a própria felicidade.

Se você mantiver fechados os olhos da concentração, não poderá ver o sol da felicidade ardendo em seu peito. Mas não importa quão apertadamente você feche os olhos da atenção, o fato é que os raios da felicidade estão sempre tentando penetrar pelas portas fechadas de sua mente. Abra as janelas da tranquilidade, e descobrirá o súbito irromper do radiante sol da alegria, no interior de seu próprio Eu.

Os raios jubilosos da alma podem ser percebidos se você interiorizar a atenção. Essas percepções podem ser obtidas treinando a mente para desfrutar o belo panorama dos pensamentos, no reino invisível e intangível em seu interior. Não busque a felicidade apenas em belas roupas, casas limpas, jantares saborosos, almofadas macias e artigos de luxo. Tudo isso aprisionará sua felicidade atrás das grades da superficialidade, da exterioridade. Em vez disso, no aeroplano de sua visualização, sobrevoe o império ilimitado dos pensamentos. Contemple, ali, as cordilheiras das elevadas e contínuas aspirações espirituais por seu próprio aperfeiçoamento e dos demais.

Deslize sobre os vales profundos da compaixão universal. Voe sobre os gêiseres do entusiasmo, sobre as cataratas da perpétua sabedoria, que se precipitam dos penedos nevados da paz de sua alma. Eleve-se sobre os rios sem fim da percepção intuitiva, para o reino da onipresença divina.

Ali, na divina mansão da bem-aventurança, beba do manancial da sabedoria sussurrante de Deus, saciando a sede de seu desejo. No salão de banquetes da eternidade, saboreie com Ele os frutos do amor divino. Se tiver decidido encontrar a alegria dentro de você, mais cedo ou mais tarde a encontrará. Busque-a agora, diariamente, em seu interior, por meio da meditação constante e cada vez mais profunda. Faça um verdadeiro esforço para interiorizar-se, e ali encontrará a felicidade que tanto desejava."

(Paramahansa Yogananda - Meditações Metafísicas - Self-Realization Fellowship - p. 91/93)


quinta-feira, 25 de abril de 2013

A VERDADE EXTRAÍDA DENTRO DE NÓS MUDA NOSSA VIDA

"A verdade é tão antiga quanto o tempo e a própria vida; contudo, ela é sempre nova. No momento que a consideramos nossa verdade, ela se torna nova para nós. Podemos ter uma verdade repetidas vezes, sem que aparentemente ela tenha qualquer relação pessoal conosco. Perguntamo-nos por que não colhemos alguma coisa dela. A razão é que ainda não extraímos essa verdade de dentro de nós. A verdade não pode ser enxertada em nós de fora para dentro. Ela precisa ser trazida de dentro para fora, ou continuará sempre irreal para nós. Em algum momento, enquanto meditávamos ou estávamos de outro modo espiritualmente sintonizados, todos nós tivemos a experiência de compreender instantaneamente alguma verdade que havíamos lido previamente, sem reconhecê-la. Que sensação de regozijo! De súbito, trouxemos à tona essa verdade que estava dentro de nós e a vimos claramente pela primeira vez.

Toda verdade está oculta na alma, porque a alma é reflexo de Deus, e Deus é a verdade. Portanto, nós somos a verdade. Todavia, enquanto nos identificarmos com o pequeno ego, lutarmos por fins egoístas e permanecermos acorrentados a nossas opiniões, preferências e aversões, a verdade se esconderá de nós, porque ainda estamos apegados às falsas noções criadas por maya, a ilusão. Precisamos orar à Mãe Divina para que arranque este véu de maya. Quando Ela faz isso, a experiência às vezes é muito aterradora; talvez não gostemos de ver a verdade sobre nós mesmos. Mas não tenha medo. A Mãe Divina quer apenas aperfeiçoar Seus filhos, e Ela não enviará nenhum teste que não tenhamos a força interior para enfrentar ou vencer.

Acima de tudo, chore noite e dia por devoção a Deus, para que possa encontrar esse Amor Único. Toda alma está clamando por amor, por compreensão, companhia, conforto. Sábio é o homem que busca essas coisas em Deus. Esse devoto é aquele que sai deste mar de sofrimento, alcançando as praias da paz, da alegria, da sabedoria e do amor divino. E para onde todos nós somos conduzidos, mas muitos dissipam tempo e energia nadando em círculos sem sentido. 

Seja qual for a paz, alegria ou devoção que você junte no coração ao meditar, conserve-a; ciosamente, zelosamente, proteja-a, e esforce-se para basear-se nela. A maneira de fazer isso é praticar japa yoga, cantar o nome de Deus tantas vezes quantas lhe seja possível no meio das atividades e exigências das obrigações diárias. Se vivêssemos apenas de acordo com o poema "Deus! Deus! Deus!", de Paramahansa Yogananda, saberíamos o que Deus é. Em cada fase de nossa vida - em nosso trabalho, na meditação, na luta contra as dificuldades, na fruição dos prazeres simples - precisamos nos apoiar, continuamente, no pensamento "Deus! Deus! Deus!"."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 159/161)


terça-feira, 20 de novembro de 2012

A PSICOLOGIA DA TRANQUILIDADE


“Se você colocar uma vasilha de água sob o luar e então agitar a água, criará um reflexo distorcido da lua. Quando as ondas na vasilha se aquietam, o reflexo se torna nítido. A água tranquila na vasilha, refletindo a lua com nitidez, é comparável ao estado meditativo de paz e ao estado ainda mais profundo de tranquilidade. Na paz da meditação todas as ondas das sensações e dos pensamentos se ausentam da mente. No estado mais profundo de tranquilidade a pessoa percebe no silêncio o reflexo, semelhante ao da lua, da presença de Deus.

À medida que a paz da meditação se aprofunda para converter-se em tranquilidade e no estado positivo final de bem-aventurança, a pessoa que medita experimenta uma alegria que é sempre nova e que a tudo satisfaz.”

(Paramahansa Yogananda – Paz Interior – p. 28)