OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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segunda-feira, 2 de abril de 2018

ENTRAR EM CONTATO COM O MEDO

"Há o medo físico. Quando você vê uma cobra, um animal selvagem, instintivamente sente medo. Esse é um medo normal, saudável, natural. Além de medo, é um desejo de se proteger - e isso é normal. Mas a proteção psicológica de si mesmo - ou seja, o desejo de estar sempre seguro - gera medo. Uma mente que busca sempre estar segura é uma mente morta, porque não há contato direto com o medo, há uma resposta dos nervos e de todo o resto do corpo. Quando a mente não está mais escapando por meio de palavras ou de qualquer tipo de atividade, não há divisão entre o observador e a coisa observada como medo. Só a mente que está escapando se livra do medo. Mas quando há um contato direto com o medo, não há observador, não há entidade que diz: 'Estou com medo'. Então, no momento em que você está diretamente em contato com a vida, com qualquer coisa, não há divisão - é ela que gera a competição, a ambição, o medo.

Portanto, o importante não é como se livrar do medo. Se você busca uma maneira, um método, um sistema para se livrar do medo, estará permanentemente preso a ele. Mas se entende o medo - o que só pode ocorrer quando você entra diretamente em contato com ele, como quando está em contato com a fome ou ameaçado de perder o emprego -, então você faz algo: só então descobrirá que todo medo termina (todo medo, não apenas este ou aquele tipo)."

(Krishnamurti - O Livro da Vida - Ed. Planeta do Brasil Ltda., São Paulo, 2016 - p. 106)


sexta-feira, 28 de julho de 2017

COMO SUPERAR O EGOCENTRISMO (1ª PARTE)

"Durante uma palestra, Krishnamurti observou que a plateia estava desatenta e perguntou: 'Em que vocês estão interessados?' A conclusão foi que cada pessoa estava interessada em si mesma. Com poucas excessões, todos tendem, consciente ou inconscientemente, a ser egocêntricos, ou seja, a imaginar-se no centro. Mesmo ao imaginar uma bela paisagem, nós a vemos a partir do nosso ponto de vista e nos colocamos no centro.

Podemos dizer que essa tendência é simplesmente humana. Mas uma criancinha ainda não tem um sentimento definido do 'eu'. Ela às vezes fala de si mesma na terceira pessoa: 'Ana está com sede.' Com o tempo ela desenvolve o sentimento do 'eu'. Será que aprende com os pais ou com o ambiente? Ou esse sentimento será inato?

De qualquer forma, podemos ver facilmente as razões psicológicas dessa tendência. Nós nos colocamos no centro para nos proteger e nos autoafirmar. Temos medo de ser magoados ou desaparecer no anonimato. Esse medo significa que percebemos as pessoas e coisas de acordo com a nossa imaginação; imaginamos que elas podem nos magoar ou nos ignorar. O medo surge da noção de que há pessoas que não são 'nós', que estão separadas de nós.

Certamente é o caso no nível físico. Temos um corpo físico definido e aparentemente sólido. Sabemos que ele continuamente troca partículas atômicas com o ambiente, mas como não vemos isso acontecer, não conseguimos realmente acreditar. Estamos sujeitos à ilusão que nos leva a cuidar do corpo, a providenciar alimento, teto etc, se tivermos que permanecer no plano físico. Fisicamente percebemos que somos entes separados do ambiente; somos obrigados a colocar nosso corpo no centro para cuidar dele.(...)"

(Mary Anderson - Como superar o egocentrismo - Revista Sophia, Ano 10, nº 39 - p. 38)


quarta-feira, 19 de abril de 2017

O PODER DO PENSAMENTO E SEU USO (PARTE FINAL)

"(...) Outro uso para esse poder seria a ajuda a alguma boa causa, enviando-lhe bons pensamentos, ou a ajuda a um amigo que está enfrentando dificuldades, enviando-lhe pensamentos de conforto, ou a ajuda a um amigo que busca a verdade, enviando-lhe pensamentos claros e definidos das verdades que o leitor conhece. Você pode enviar para a atmosfera mental pensamentos que elevarão, purificarão, inspirarão todos os que forem sensíveis a eles, pensamentos de proteção, para ser o anjo-da-guarda das pessoas que você ama. O pensamento correto é uma bênção contínua que cada qual pode irradiar, como uma fonte que espalha águas refrescantes.

Não devemos esquecer o reverso desse belo quadro. O pensamento errado é tão veloz para o mal quanto o pensamento certo o é para o bem. O pensamento pode ferir assim como pode curar; pode levar angústia como pode levar conforto. Maus pensamentos atirados à atmosfera mental envenenam as mentes receptivas; pensamentos de cólera e vingança dão força aos golpes mortais; pensamentos que prejudicam outros ferem a língua do maldizente, dão asas a farpas atiradas injustamente. A mente ocupada pelos maus pensamentos atua como um ímã para atrair pensamentos iguais da parte de outros, intensificando assim o mal original. Pensar no mal está a um passo de fazer o mal, e uma imaginação poluída favorece a realização de suas próprias criações maléficas. 'Tal como o homem pensa ele se torna' – é a Lei para os maus pensamentos, como para os bons. Além disso, acalentar um mau pensamento despe-o aos poucos da sua repulsividade e impele o pensador a realizar uma ação que o materializa.

Tal é a Lei do Pensamento, tal é o seu poder. 'Se sabes essas coisas, feliz serás se as seguires.'"

(Annie Besant - O Enigma da Vida - Ed. Pensamento)
fonte: http://universalismoesoterico.blogspot.com.br/


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

PROCESSO EGOICO (PARTE FINAL)

 "(...) Podemos perceber o perigo do ego, como percebemos o perigo do fogo? Não apenas intelectualmente, dizendo 'eu concordo, porque é logicamente correto'. Isso não funciona. Mas se percebemos o perigo diretamente, então segue-se a ação. Não é a nossa ação. É a inteligência da natureza que age. A natureza dotou cada organismo vivo de inteligência para proteger a si próprio.

Por que nós não percebemos esse perigo, embora possamos logicamente concordar que o ego é ruim para o homem? Não nos livramos da coisa apenas porque chegamos a essa conclusão. Isso não está no nosso domínio. Nossas decisões são muito pequenas. Você pode decidir que casa comprar, que trabalho aceitar, que carro dirigir; mas não pode decidir não se preocupar, não ser feliz, não amar, até mesmo não fazer amigos ou não perceber a beleza.

As maiores coisas da vida são aquelas que não podemos decidir ter, mas que podem vir a nós. Elas são um subproduto de compreendermos a nós mesmos e à vida, de encontrarmos a sensibilidade e o correto viver.

O homem acha que, agindo a partir do próprio interesse, está defendendo seus interesses. Esta é a grande ilusão da humanidade. Isso é o que temos feito durante milhares de anos, e isso fez com que o mundo chegasse ao estado atual. Será esse realmente o nosso interesse? Estamos nos arremessando em direção a uma catástrofe."

(P. Krishna - Novas maneiras de ver o mundo - Revista Sophia, Ano 7, nº 25 - p. 7/8)

terça-feira, 6 de setembro de 2016

MENTIRA

"Você e eu temos conhecido muita gente que, de tanto e tão frequentemente usar a mentira para proteger-se e lucrar, que, baseado no falso poder do embuste, não vacila em cometer atos amorais e lesivos aos outros, finalmente a perpetrar hediondos crimes. Para eles, mentira garante impunidade; mentira possibilita explorar e agredir.

É dessa forma que a mentira se faz a porta larga para todos os delitos, e consequentemente para a ruína total de muitas existências.

Quando assumimos com nós mesmos um compromisso de não recorrer à mentira como um meio de proteção e aquisição, ou seja, quando passamos a assumir a plena responsabilidade por nossas ações, dificilmente caímos em erro, dificilmente praticamos atos incorretos e injustos, dificilmente nos deixamos tentar, corromper, degradar, perder...

A mentira é corruptora. A verdade nos ergue e nos salva.

Seja teu falar sim sim, não não."

(Hermógenes - Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p. 60)


sexta-feira, 6 de maio de 2016

AJUDAR OS ANIMAIS É AJUDAR O MUNDO

"A Sociedade Nacional Antivivissecção (NAVS) foi a primeira organização de proteção aos animais a que fui apresentada, ainda na infância. Lembro-me de ter ouvido a palavra 'vivissecção' e pensado que era a palavra mais feia que conheci. Quando soube que Gandhi chamava isso de 'o mais negro dos crimes', concordei completamente. 

Ao ouvir falar sobre experimentos com animais, meu sentimento foi de traição. Senti-me traída pelo mundo que pensava conhecer, que imaginava que cuidasse dos pequenos e fracos, e não que os explorasse em benefício dos poderosos. Eu cresci no dia em que li a primeira publicação da NAVS. Minha inocência acabou e meu futuro como defensora de animais - humanos e não humanos - começou a nascer. 

Todos encontramos nosso caminho no trabalho; o meu foi usar a habilidade como escritora para promover o ideal de justiça em relação a todas as espécies vivas. Fiz a minha parte carregando cartazes em manifestações, mas a palavra escrita é o meu forte, meu modo de atingir a audiência para uma agenda que, para alguns, pode parecer absurda. mas é profundamente simples: proteger os impotentes. (...)

Crescer de maneira humana, para as pessoas adultas, é o processo de permitir que aquelas mensagens antigas amadureçam, em vez de descartá-las. A ética humana é colocar a regra de ouro em ação: não faça aos outros o que não quer que eles façam a você. Isso de aplica a todos os outros, os que têm patas, penas e nadadeiras, assim como aos seres humanos. O desafio é, como disse Einstein, 'alargar nosso círculo de compaixão para abarcar todas as criaturas vivas e toda a natureza em sua beleza'. Somos verdadeiramente requisitados a viver de maneira que exemplifique essa compaixão. Esse 'viver a vida' - caminhar o caminhar em vez de conversar o caminhar - traz a ética humana do reino da filosofia para o reino da prática, para o lugar no qual é possível genuinamente fazer o bem."

(Victoria Moran - Ajudar os animais é ajudar o mundo - Revista Sophia, Ano 9, nº 36 - p. 13)


sábado, 19 de dezembro de 2015

A ESPIRITUALIDADE E O FEMININO (PARTE FINAL)

"(...) Durante toda a vida busquei o motivo para a identificação do masculino com a espiritualidade máxima e as características que estariam ligadas à espiritualidade feminina. A busca histórica revelou os arquétipos que foram construídos através dos tempos. Descobri que a primeira concepção humana de Deus foi feminina. Nos cantos mais distantes da Terra, onde surgiram as mais antigas civilizações, lá está a Deusa-Mãe. Ainda que rudemente talhada por uma civilização nascente, a Mãe, o maior arquétipo de todos, é a divindade máxima. É dela que vêm os seres, e é para ela que retornam. A mulher, sua sacerdotisa, é a conexão do mundo físico com o mundo divino, a representante da Deusa-Mãe, pois é através dela que os seres nascem. A vida, sua concepção e morte, tudo é um grande mistério. O céu estrelado é o manto da Mãe, as árvores, plantas, frutos e animais são o seu reino, os seus símbolos. Ela lida com a terra e descobre os segredos das plantas, inventa a medicina. 

O reinado feminino acaba quando o homem descobre o seu papel na fecundação e perde o medo de impor as regras pela força física, mas o símbolo da mulher permanece nas deusas de todas as civilizações onde há uma representação divinizada do feminino. As madonas são a expressão do amor que cada mãe dedica aos seres que coloca no planeta. As madonas negras demonstram a antiguidade do culto, lembrando a terra e uma humanidade que, segundo a ciência, nasceu negra. O papel da mãe na família é fundamental. Sua reza acompanha e guarda os filhos em segurança. É a proteção segura do amor verdadeiro e dedicado, verdadeira magia, incontestável. 

Um outro aspecto do feminino na espiritualidade é a dedicação ao outro, uma expansão do amor materno voltado para a caridade e para o próximo. Um exemplo recente é Madre Teresa de Calcutá, cuja importância do trabalho realizado para os necessitados foi reconhecida até por grupos religiosos não católicos, mesmo os que não costumam dar espaço às mulheres. Ela representa outro importante arquétipo do feminino que sempre foi respeitado e aceito, levado à sua expressão máxima e indiscutível. 

Outro arquétipo é o da beleza; existem deusas que representam esse aspecto. Apesar de ter sido explorado na sua expressão mais física em templos da antiguidade, onde havia a 'prostituição sagrada' em benefício dos templos, o conceito de beleza e de sabedoria está ligado ao feminino. Sócrates descreve o ensinamento que recebeu da sacerdotisa Diotima sobre a busca da beleza, em que o interesse humano é despertado pelos dotes físicos, cresce em direção à contemplação da beleza da alma, dos belos ideais, chegando à realização da beleza em si e à descoberta da divindade. Deusas representam as artes, a sabedoria e a beleza na Grécia, em Roma, na Índia e outros lugares do mundo."

(Regina Celi Medina - A espiritualidade e o feminino - Revista Sophia, Ano 11, nº 43 - p. 15/16)


segunda-feira, 13 de julho de 2015

DESAPEGANDO-SE DA RAIVA (2ª PARTE)

"(...) A culpa é uma maneira de ter raiva de si, uma forma de voltar a raiva para dentro. De alguma maneira você não correspondeu às expectativas que idealizou a respeito de si e desapontou-se com isso. 

A raiva é uma defesa do ego, uma defesa contra o medo. Medo de sofrer humilhação, constrangimento, desvalorização, zombaria, medo de perder prestígio, medo da derrota. Medo de não conquistar seu próprio espaço.

Pensamos às vezes que a raiva nos protege contra os outros, contra aqueles que nos fariam mal, contra os que também sentem raiva de nós. Mas a raiva é uma emoção perniciosa e inútil. É sempre dissolvida pela compreensão e pelo amor. (...)

Quando uma emoção negativa é compreendida e descobrimos suas causas, a energia que está atrás da emoção diminui e até desaparece. Quando sentir raiva, a medida mais saudável é parar, respirar fundo algumas vezes, tentar descobrir o motivo da raiva, procurar resolver a situação e desapegar-se da raiva. (...)

Existe frequentemente tristeza por baixo de nossa raiva, como se esta fosse um casaco que protegesse nossa vulnerabilidade e desespero. Você já reparou que pessoas apaixonadas são menos sujeitas a sentir raiva? Elas parecem estar em um outro ritmo, do qual a raiva não faz parte. Nem a tristeza. O ritmo do amor pertence a uma espécie diferente, e as ervas daninhas da raiva e do desespero não conseguem crescer por lá. (...)"

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 - p. 82/83)
www.sextante.com.br


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

ALCANCE A FELICIDADE

"Quem te ensinou, insensato, que para chegares à luz do sol terás de galgar o cume da montanha?

Deixa o palácio em que vives supostamente tranquilo e protegido.

A luz não te chega porque a evitas.

Sai daí.

A Luz está a teu alcance, mas aqui fora.

Abandona o que falsamente te protege - teu egoísmo. Deixa-o.

E recebe as bênçãos da felicidade."

(Hermógenes - Mergulho na paz - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2005 - p. 126)


quarta-feira, 23 de julho de 2014

DESAPEGANDO-SE DA INSEGURANÇA

"'Lembre-se', disse a voz, 'que vocês sempre são amados. Vocês são sempre protegidos e nunca estão sozinhos...Vocês serão sempre iluminados pela sabedoria e pelo amor...nunca serão esquecidos. Nunca serão desdenhados ou ignorados. Vocês não são os seus corpos, não são os seus cérebros, nem mesmo sua consciência. Vocês são espíritos. Tudo o que precisam fazer é despertar de novo para essa lembrança e recordar. O espírito não tem limites, nem os limites do corpo físico nem os do intelecto e da mente.'

Um de nossos maiores problemas é estarmos sempre preocupados com resultados. Essa preocupação cria uma ansiedade desnecessária, medo e infelicidade.

A ansiedade tem a ver com nosso desempenho. E se o nosso desempenho não for satisfatório? E se fracassarmos? O que os outros vão pensar? Vão nos julgar severamente e nos punir?

O medo aqui relaciona-se com deixar de realizar a meta ou o objetivo desejados. Se falharmos, não vamos conseguir o que queremos. Vamos nos tornar uns fracassados, uns perdedores. Seremos rejeitados. Odiaremos a nós mesmos. Ódio e medo são o oposto do amor.

Em vez de se preocupar com resultados específicos, preocupe-se em agir corretamente. Aja de maneira desprendida! Espere o melhor.

A esperança é uma coisa boa. A expectativa, não, porque, quando ela se apresenta, o desapontamento está sempre muito próximo.

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 - p. 92/93)

segunda-feira, 30 de junho de 2014

A PACIÊNCIA É NECESSÁRIA PARA O SUCESSO

"A prece verdadeira é um escudo absoluto e uma proteção contra... o mal. Todavia, o sucesso nem sempre responde aos nossos primeiros esforços na forma de preces fervorosas. Temos de lutar contra nós mesmos; temos de acreditar apesar de nós mesmos, pois os meses são como os anos. Se quisermos perceber a eficácia de nossas orações temos de cultivar a paciência ilimitável. Haverá momentos de escuridão, desapontamento e coisas piores; mas precisamos ter a coragem suficiente de batalhar contra tudo isso e de não sucumbir à covardia. Não existem recuos para os homens que rezam. Do mesmo modo como uma semente semeada apenas dará frutos na época correta, também poderá demorar algum tempo até que suas preces venham do coração. Se, porém, o desejo de ter Deus no coração de fato estiver lá, o progresso, mesmo que lento, certamente ocorrerá. O homem não pode ser transformado e se tornar bom da noite para o dia. Deus não faz mágicas. Ele também acata as próprias leis. Sua lei, entretanto, é diferente das leis mundanas. Estas podem cometer erros, mas Deus não pode se equivocar. Se ele próprio excedesse o limite de suas regras o mundo estaria perdido. Ele não muda por si mesmo, tampouco é mutável ou igualável. Ele é o mesmo que foi ontem, e continuará sendo hoje e para sempre. Sua lei está escrita nos corações humanos. Homens e mulheres somente conseguirão mudar se tiverem o desejo de se transformar e se estiverem preparados para empreender esforços contínuos nesse sentido.(...)

Acredito que a prece seja a própria alma e a essência da religião e que, portanto, ela deva estar no âmago da vida do homem. (...)

Assim, comece seu dia com uma prece e faça-a com a força de sua alma para que ela permaneça com você até o final do dia. Encerre o dia com uma oração para garantir uma noite tranquila, longe de sonhos e pesadelos. Não se preocupe com a forma de suas preces. Deixe que ela flua livremente; o objetivo dela é nos colocar em contato com o divino. Apenas não permita que o espírito vague por aí enquanto as palavras saem de sua boca."

(Mahatma Gandhi - O Caminho da Paz - Ed. Gente, São Paulo, 2014 - p.69/71)


quinta-feira, 15 de maio de 2014

A IMPORTÂNCIA DO PODER MENTAL

"Na selva da vida, cercado por inimigos - doença, pobreza, sofrimento, maus hábitos e desejos errôneos - há tantas regras a seguir que a vida se torna intolerável, quando se tenta manter tudo em mente. Você se cansa delas, porque cada departamento da vida tem um potencial ilimitado para a diversidade. Na tentativa de aplicar as regras de saúde, você se sente quase oprimido - não sobra tempo para pensar em mais nada! E cada um apresenta um conjunto diferente de regras de saúde para você adotar. Estamos sob uma grande hipnose. Quando eu experimentava diferentes métodos, esta verdade revelou-se a mim: a mente controla a eficácia de todos eles.

Deus nos deu um formidável instrumento de proteção - mais poderoso que metralhadoras, eletricidade, gás venenoso ou qualquer remédio - a mente. Ela é que deve ser fortalecida. Quanto ao corpo, farei apenas a vontade de Deus. Se Ele disser para consultar um médico, está bem; se me disser para sofrer, está bem. A vontade Dele, seja qual for, é a minha vontade. Uma parte importante da aventura da vida é assumir o controle da mente e mantê-la controlada, em constante sintonia com o Senhor. Eis o segredo de uma existência feliz e bem sucedida."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 69/70)
http://www.omnisciencia.com.br/livros-yogananda/eterna-busca-do-homem.html


quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

CORAGEM DE SER LIVRE

"O carneirinho, rebelde, um dia fechou os ouvidos às mansas palavras do piedoso pastor. Corajoso, renunciou ao redil e saiu. Audaz e só, entregou-se à aventura ou desventura dos campos. Saiu sozinho. Padeceu desvalido e solitário, sem a proteção do redil, sem a companhia dos outros, sem o sermão do pastor...

A estrela que tanto buscava, vendo-o, intimorato e livre, a procurar por ela, veio do céu para ele, para fazer-lhe companhia, para fazê-lo feliz, para guiá-lo.

Os outros, com medo da dor, ficaram no redil, protegidos, escutando histórias das estrelas inventadas pelo pastor."

(Hermógenes - Mergulho na paz - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2005 - p. 148)


sábado, 24 de novembro de 2012

INGÊNUA PROTEÇÃO


“Pretendendo, ingênua e inutilmente, proteger seus filhos dos dissabores, das adversidades, dos amargores, das crises, que a vida, naturalmente, tem para dar, alguns pais se empenham em construir-lhes míticos e belos nirvanas artificiais, que não resistem aos assaltos dos vagalhões que se repetem.

Que piedosa traição lhes fazem.”

(Hermógenes – Mergulho na paz - P. 62)


SENHOR, PROTEGE AS CRIANÇAS


“Meu Deus.

Eu bem sei que em Tua Onisciência tudo sabes. Em Tua Justiça fazes o que é para ser feito.

Tu bem sabes que não peço, e não o faço porque sei que me dás o que preciso, dentro do que mereço. Mas, perdoa... Não resisto à tentação de pedir-Te pelas crianças de todo o mundo.

Elas são o futuro. Preserva-as de tudo que possa corrompê-las. Cerca-as com Tuas amorosas vibrações fazendo com que se desenvolvam na maior pureza, não obstante as impurezas que são lançadas em seus caminhos. Faz com que aprendam e, com o que vierem aprender, se tornem não somente bons e honrados profissionais, mas, principalmente, seres humanos harmoniosos, serenos, felizes e cheios de bondade, e, assim, venham a ser pais e esposos exemplares e cidadãos perfeitos. Alimenta as crianças com o mel de Teu Amor, sem o que não aprenderão a amar-Te, amando-Te no semelhante, mesmo naqueles que sejam adversários. Defende-as das guerras, da depravação, da massificação alienadora, de todas as misérias que os adultos pervertidos disseminam. Protege-as contra a poluição do ar, da terra, do mar, das almas. Que não lhes faltem pão, escola, ternura, teto, compreensão, esperança, ar para respirar, beleza para desfrutar, desafio para vencer... Dá-lhes Tua mão-guia a fim de que não se extraviem nos traiçoeiros atalhos fascinantes, nas seduções dos vícios. Dá-lhes tua mão-amparo contra a devastação crescente, de eficiência tecnológica, de sabor psicodélico. Permite que, quando se tornem adultos e envelheçam, ainda conservem algo de pureza infantil, de espontaneidade. Vacina-as contra a mais nefasta das doenças – o egoísmo. Ensina as crianças, meu Deus, a acharem felicidade plena no sorriso agradecido de quem elas vierem a ajudar.

Toma contigo as crianças de todo o mundo.

Amém.”

(Hermógenes – Mergulho na paz – p. 34/35)


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

EM BUSCA DO EU


“Hei de chegar até mim mesmo, rompendo as mil correntes que me tolhem e derrubando os muros que me escondem, e, enquanto me protegem, frustram.

Quero encontrar-me despojado de doutrinas, crenças, haveres, poderes, louvores, críticas, medalhas, diplomas, costumes, tabus, conceitos e preconceitos, aplausos e acusações.

Quero ver como eu sou, estando desprotegido das seguranças que me fazem igual aos iguais.

Até quando sobre mim pesarão conselhos, doutrinas, livros, dogmas, jornais, anúncios, conversas, aulas, conferências, advertências, pastores, locutores, divertimentos, atores, comunicação, informação, conveniências, obrigações, interesses, direitos, preconceitos, etiquetas...

Como exumar-me de tudo isto?!

Como afastar os entraves que retardam o reencontro?!”

(Hermógenes – Mergulho na paz – p. 195)