OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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domingo, 14 de janeiro de 2018

LIBERTAÇÃO (PARTE FINAL)

"(...) O Ocultista - o homem ou a mulher que almeja a perfeita aptidão espiritual - deve transcender o anelo de qualquer que seja o tipo, toda fraqueza que exija autoindulgência, e atingir um estado de autodomínio espiritual. Seu amor é doação de si mesmo em abundância, de si mesmo em sua pura natureza, na realidade nada mais possuindo. É a neutralização do veneno do senso de eu e a libertação do prisioneiro movimento de vida de suas limitações de tempo na eternidade.

Os direitos de posse, de asserção de si próprio e de ilimitada autoindulgência são em toda parte os mais desmedidos fenômenos da vida moderna e aos quais se devem a maioria de nossas dificuldades. Nenhuma pessoa sensível pode esperar uma perfeição impossível no atual estágio, nem fará bem algum pregar o ideal do sannyasi - renunciante indiano - ao homem do mundo. Não existe disciplina modeladora, não existe uma vida verdadeiramente espiritual nos dias de hoje que possa ser praticada pelo homem do mundo. O mérito dos ashramas (estágios de vida), na Índia antiga, era que os deveres designados para cada estágio - juventude, virilidade, maturidade e o período anterior à temporária libertação do corpo - eram calculados para preparar o indivíduo para os estágios seguintes e torná-lo cônscio o tempo todo de um propósito profundamente espiritual na vida. 

O ideal do amor, na vida prática do dia a dia, deve significar o serviço de cada um a tudo dentro de sua esfera, consideração dos direitos dos outros, autocontrole, e particularmente cessação de crueldade e luxúria. Pode haver uma medida de liberdade espiritual para cada um se as condições de vida forem organizadas com base nisso. 

Cada um deve descobrir em si próprio aquilo que é capaz de uma bela expansão, que será uma proteção e uma bênção aos outros e o meio de libertar a luz em si próprio. Nessa luz e expansão está a mais pura felicidade.

Há momentos, que raramente nos ocorrem, quando sentimos a bem-aventurança de um temporário autoesquecimento, seja através da devoção, do amor humano, ou do auxílio altruísta ao outro, e nesses momentos atingimos uma certa centelha que pode transformar-se numa chama brilhante. Quando esse estado for atingido, seremos homens e mulheres libertos."

(N. Sri Ram – O Interesse Humano – Ed. Teosófica, Brasília, 2015 – p. 39/40


domingo, 31 de julho de 2016

O QUE É RETA AÇÃO? (PARTE FINAL)

"(...) Se somos verdadeiramente ocultistas devemos compreender o que é útil e o que não é, usando nosso próprio desenvolvimento interior. Obviamente que matar ou fazer coisas piores não são retos meios de se ganhar a vida. Também não o é trapacear. Mas muitas pessoas não dirão a verdade porque é importante para elas não informar aos outros que seu próprio meio de vida dependa da obediência. A reta conduta não é fácil, mas um dos primeiros passos no caminho é jamais tolerar fazer o que é errado.

A conduta está ligada a ideias do que é certo e errado. Muitas pessoas que fazem crueldades não são pessoas ruins, porém foram colocadas em situações onde sentem que a vida exige que sacrifiquem seus escrúpulos. Se o homem é superior às outras criaturas é uma questão importante sobre a qual cada pessoa deve ter ideias claras. Todas as coisas estão crescendo e, mais cedo ou mais tarde, atingirão o estágio humano. Antes dessa época, se a consciência nelas se fortalecer, elas podem mudar e parar de fazer algumas coisas que pareciam certas anteriormente.

O reto meio de ganhar a vida está de algum modo ligado ao medo com o qual a pessoa pode nascer. Existem algumas crianças que têm medo de tudo e se agarram às suas mães, e outras, em circunstâncias similares, que correm por aí livremente. Por que será que elas têm que experienciar o que as outras não têm? 'Nossas' vidas afetam a vida dos outros, e eles também são auxiliados pelo modo como nos comportamos. Ao se ter mais consideração, gentileza e compaixão e menos egoísmo, pode-se produzir uma mudança e uma sociedade menos brutal. Quando compramos algo numa loja, o produto pode parecer bom, mas a história por trás de alguns produtos pode não ser tão boa.

O que é reta ação, e reto meio de se ganhar a vida? Isto faz parte do que o Buda ensinou. Quanto menos mal se causar, melhor, e existe a necessidade de se praticar isso antes de podermos fazer coisas mais difíceis."

(Radha Burnier - O rio da vida - Revista Theosophia, Ano 101, Abril/Maio/Junho 2012 - Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil - p. 47/48) 

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

CULTURA DA MENTE

"O ocultista sabe o valor do conhecimento, mas ele acredita no emprego do discernimento na aquisição do conhecimento relacionado com o lado fenomenal da Natureza. Em primeiro lugar, ele sabe que todo conhecimento obtido através da mente inferior é relativo e, por conseguinte, não lhe dá a importância que assume aos olhos do homem comum do mundo. O ocultista adquire o conhecimento que lhe é necessário e útil em seu trabalho, mas não sobrecarrega a mente com conhecimentos detalhados que não lhe são úteis no momento. Ele não encara o conhecimento como uma espécie de ornamento ou passatempo como fazem alguns letrados e cientistas. Em segundo lugar, ele sabe da possibilidade de desenvolver faculdades superfísicas que o habilitam a adquirir, sem muita dificuldade, qualquer espécie de conhecimento que possa necessitar. O desenvolvimento do corpo causal e do veículo Buddhico, com as faculdades que lhe são próprias, torna desnecessário o acúmulo de conhecimentos detalhados na mente inferior, à vista da facilidade de obtenção de tal conhecimento a qualquer momento, e sua maior credibilidade quando adquirido dessa maneira.

Não quer isto dizer, é claro, que o aspirante à Sabedoria Divina deva desprezar o conhecimento relacionado ao lado fenomenal da vida, ou que possa negligenciar a cultura da mente inferior. Há uma poucos pessoas aptas a desenvolver suas faculdades superfísicas no presente imediato, e por muitas vidas vindouras a grande maioria dos candidatos, trilhando o caminho da Autorrealização, terá que operar em seus corpos mentais inferiores e através deles."

(I.K. Taimni - Autocultura à Luz do Ocultismo - Ed. Teosófica, 1997 - p. 103/103)