OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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quinta-feira, 17 de outubro de 2019

QUEM TEM FÉ EM DEUS ESTÁ LIVRE DA DÚVIDA


Resultado de imagem para QUEM TEM FÉ EM DEUS ESTÁ LIVRE DA DÚVIDA"Cada um de nós possui o livre arbítrio. Essa liberdade interna da vontade é, em realidade, a liberdade do Atman interior. Sri Ramakrishna costumava dizer: 'Despertem o poder desse Atman que reside em seu interior.' Afinal de contas, qual é o significado e o propósito das práticas e disciplinas espirituais? É fortalecer a vontade, a vontade de alcançar Deus nesta mesma vida. À medida que a mente se purifica, a vontade se torna cada vez mais forte. Trata-se de pura indolência relaxar essa vontade e acreditar que irão realizar Deus num futuro próximo. Pensem em Buda. Que homem determinado era ele! Depois de anos de busca incessante, finalmente sentou-se sob uma árvore determinado a realizar Deus ali e naquela mesma hora, ou morrer na tentativa. Isso é o essencial. 

Vou lhes revelar um segredo. Vocês talvez não compreendam seu significado agora, mas, com o tempo, reconhecerão essa verdade: a vontade e a mente de cada homem conduzem-no progressivamente para Deus. Alguns são levados por vias espinhosas, outros por caminhos mais suaves; todos, porém, alcançam a mesma meta. Sabendo disso, alguns mestres iluminados aconselham a prática da seguinte disciplina espiritual: deixe que a mente e a vontade vagueiem sem rumo certo. Mantenham-nas, porém, sob cuidadosa vigilância. Sejam espectadores. Dessa maneira, mesmo que por algum tempo a mente possa correr atrás de sujeiras e vaidades do mundo, se o aspirante espiritual realmente mantiver constante vigilância, com o tempo, ela lentamente se voltará para Deus. 

Ah! Quem pode compreender os desígnios de Deus infinito? Tentar expressá-Lo através da mente ou da palavra é limitá-Lo. (...)"

(Swami Prabhavananda e Swami Vijoyananda - O Eterno Companheiro - Ed. Vedanta, São Paulo - p. 261/262)


quinta-feira, 19 de setembro de 2019

A ILUSÃO É PASSAGEIRA

"O homem pode usar equivocadamente seu livre-arbítrio por algum tempo, considerando-se mortal, mas essa ilusão passageira nunca conseguirá apagar em seu íntimo a marca da imortalidade e a imagem divina da perfeição. A morte prematura de uma criança talvez não lhe haja permitido usar seu livre-arbítrio para a virtude ou para o vício. Mas a Natureza trará sua alma de volta à Terra, dando-lhe a oportunidade de usar o livre-arbítrio a fim de redimir o karma passado, que a fez morrer tão jovem, e praticar as boas ações que propiciam a libertação.

Se uma alma imortal não conseguiu, ao longo de uma existência, eliminar as ilusões que a subjugam, precisa de mais períodos de aprendizado para tomar conhecimento de sua imortalidade inata. Só então poderá retornar ao estado de consciência cósmica. As almas comuns reencarnam compelidas por seus desejos mundanos; as almas superiores, ao contrário, apenas em parte vêm à Terra para cumprir o karma, pois seu principal objetivo é atuar como filhos nobres de Deus e apontar às criaturas perdidas o caminho para a morada celeste do Pai."

(Paramhansa Yogananda - Karma e Reencarnação - Ed. Pensamento, São Paulo, 2009 - p. 16)


terça-feira, 19 de abril de 2016

SUA CONSCIÊNCIA O AJUDARÁ A VIVER BEM CONSIGO MESMO

"Várias coisas são necessárias para saber como viver bem consigo mesmo. Primeiro: uma pessoa excessivamente emotiva ou inquieta, com maus hábitos, jamais conseguirá viver bem consigo mesma. Quando a consciência lhe diz o tempo todo que você está fazendo coisas erradas, como esperar uma boa convivência consigo mesmo? E ao conhecer outras pessoas, você verá que elas não lhe demonstrarão confiança nem boa vontade, pois um indivíduo que age contra a própria consciência desconfia de si mesmo, o que se reflete no seu caráter. A consciência do ser humano fala com ele o tempo todo e constantemente o incita a mudar e a se comportar corretamente. Logicamente é verdade que você pode calar a sua consciência, mas ela não ficará muda para sempre. No mínimo, as leis do país perturbarão a complacência dos que têm a consciência completamente embotada pelo abuso do livre-arbítrio. Os criminosos descobrem que seus atos sem consciência não compensam.

Portanto, ouça sempre a consciência, a voz de seu eu interior; ela está lá para ajudar você a viver bem consigo mesmo."

(Paramahansa Yogananda - Jornada para a Autorrealização - Self-Realization Fellowship - p. 140/141)


sábado, 17 de maio de 2014

LIBERDADE DE ESCOLHA

"O homem tem a razão, a discriminação e o livre arbítrio. O bruto não tem nada disso. Ele não é um agente livre e não sabe a diferença entre a virtude e o vício, entre o bem e o mal. Sendo um agente livre, o homem conhece bem essas distinções. Quando segue sua natureza mais elevada, revela a si mesmo bem mais superior que o bruto, mas, quando cede à sua natureza menos elevada, mostra-se mais baixo que o rude.

Contudo, esse livre arbítrio que possuímos é menor que aquele de um passageiro em um trem lotado. O homem é fazedor do próprio destino, no sentido de que ele possui liberdade de escolha em relação à maneira pela qual se utiliza de sua liberdade. Não, ele não controla os resultados e, no momento em que pensar o contrário, ele padece.

Por ser uma criatura pensante e não um animal instintivo, é privilégio especial e motivo de orgulho para o homem ser presenteado com faculdades mentais e do coração. [...] No homem a razão impera e guia seus sentimentos; nos brutos a alma permanece dormente. Despertar o coração é acordar a alma; desadormecer a razão significa inculcar a diferenciação entre o bem e o mal."

(Mahatma Gandhi - O Caminho da Paz - Ed. Gente, São Paulo - p. 35)

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

COMPAIXÃO, SOLIDARIEDADE E AMOR - AS FORÇAS QUE CURAM

"A força do amor e da piedade humana nunca é desperdiçada, mas sim cuidadosamente preservada. O menor pensamento de solidariedade para com um indivíduo diminui o sofrimento do todo. Devemos inundar toda nossa natureza, portanto, com a mais profunda solidariedade e, através deste ato, diminuir o pesado karma de doença que paira sobre o mundo. Pense no amor e assim diminua o ódio; pense na alegria e diminua a tristeza; pense na saúde e diminua a doença; pois estes pensamentos pertencem à luz solar da manifestação e aumentam o seu poder de modo que os homens tornam-se menos propensos a desgarrar-se na escuridão de onde brota a doença.

Se fôssemos fortes o suficiente em compaixão, em solidariedade, em amor, poderíamos apenas com isso curar, pois estes são poderes enormes. À medida que podemos expressá-los, assumimos verdadeiramente a função de curar nossos semelhantes. Cada esforço altruísta par aliviar o sofrimento, encontre ou não o sucesso físico imediato, definitivamente diminui o karma de doença da humanidade.

Ao homem foi dado o livre arbítrio para que possa tornar-se um deus, onipotente, onisciente e onipresente. No início ele o usa para a maldade e sofre. Com o sofrimento aprende a usá-lo apenas para ‘o reto comportamento, no qual mora a virtude.’ No final sua vontade ainda é livre, mas se volta naturalmente e sempre para o bem. Tal é o propósito do sofrimento: esta é também a meta da vida humana, que o neófito espiritual aspira alcançar no menor tempo possível, a fim de mais efetivamente curar e auxiliar o mundo."

(Geoffrey Hodson - Saúde e Espiritualidade, Uma Visão oculta da Saúde e da Doença - Ed. Teosófica, Brasília - p. 22/23)


domingo, 10 de março de 2013

LEI DO KARMA - OS TRÊS KARMAS (2ª PARTE)

"Chama-se Karma Yoga a forma sábia de viver e agir que pode nos libertar da samsara (a roda das re-encarnações). Antes de explicar como funciona tal Yoga, é conveniente compreender como funciona o próprio karma.

Usemos uma analogia. Imagine que você tem um depósito de sementes. Cada uma com seu potencial germinativo. As que estão no paiol, ainda nada produzem, embora programadas e capacitadas estejam para produzir. Algumas, já plantadas, deixaram de ser sementes; produziram plantas que estão vivendo e crescendo. Você tem também algumas sementes na mão, decidindo se as plantará ou não. Assim é também com o karma.

As sementes em depósito, aguardando a hora de germinar, têm o nome samcita karma. São como o karma que, ao longo de muitas vidas, foi se acumulando. O conteúdo do "depósito kármico" (karmashaya) de um indivíduo, só parcial e muito imprecisamente, pode ser presumido mediante a análise de seu caráter, temperamento, predisposição, inclinações, fraquezas, capacidades, conduta... finalmente, de seu psiquismo. Tal como a semente que só germina se encontrar solo fértil, umidade e temperatura apropriada, nosso karma acumulado (samcita), funcionando como uma programação, só virá a frutificar, manifestando-se, atualizando-se, quando vierem a ocorrer condições ambientais favoráveis. 

O prarabdha karma, também chamado "karma maduro", aquele que está sendo "colhido", é comparado às sementes que germinaram e produziram plantas. O prarabdha é aquilo que determina e condiciona nossa vida atual: tipo físico, faculdades mentais, doenças, boas ou más condições biológicas, psicológicas, sociais etc. Esta fase do karma é o que se costuma chamar "destino". É a inexorabilidade do determinismo, do fatalismo, do "está escrito".

As sementes em sua mão terão o destino que você escolher - se as plantará ou não - representam o vartamana (ou agami) karma. Neste fase predomina o livre arbítrio. 

Como se vê, a doutrina do karma harmoniza duas teses que dividem os filósofos - o determinismo e o livre arbítrio. Há liberdade na hora de semear e determinismo na hora de colher. Em suma, não há um, mas três karmas:

(a) Samcita - o acumulado ou potencial ou programado, isto é aquilo que virá a acontecer. Sobre ele, por meio de processos, técnicas e métodos de Yoga, podemos agir para neutralizar seu poder germinativo ("fritar as sementes", na linguagem de Patanjali). Seria como evitar ou mudar o que estaria para acontecer.
(b) Prarabdha - aquele que está se cumprindo, também chamado "karma maduro", o qual já não se pode evitar, corrigir, mudar. Só nos é possível padecê-lo ou desfrutá-lo com equanimidade e sabedoria. E isto também é Yoga.
(c) Vartamana (ou agami) - sobre o qual temos plena administração, por ser aquilo que estamos fazendo no presente. Nosso livre arbítrio delibera e faz opções: praticar ou não a ação; conduzi-la numa direção ou noutra. Você tem domínio sobre a ação (karma) que agora está praticando. Pode optar por contrair dívidas ou ganhar créditos. Plantará frutas ou urtigas.

Imagine um arqueiro que tem uma seta no arco retesado, tem mais algumas na aljava às costas e há uma que acabou de disparar, voando para o alvo. As setas da aljava representam o samcita; a sete no arco, o agami; finalmente, a seta atirada, o prarabdha. Parece que assim não restam dúvidas. Não é?

A sábia gerência sobre as ações (karma) é o que se denomina Karma Yoga, produtora de melhor colheira no futuro. O que, no entanto, é infinitamente mais sábio e importante é utilizar da Lei do Karma para libertar-nos dos domínios da morte ("renascimentos compulsórios"), para alcançarmos a Vida Una e Única. A Karma Yoga não existe para assegurar compensações no futuro nascimento, conforme se tem pensado no Ocidente. Existe para nos ajudar a escapar de novos nascimentos, para nos libertar de samsara. (...)"

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 72/73)