OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


Mostrando postagens com marcador dinâmica. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador dinâmica. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

ESPÍRITO E MATÉRIA

"A ciência moderna sabe que Espírito e matéria são interconversíveis e intermutáveis. A matéria é simplesmente Espírito em velocidade moderada que adquire visibilidade. É um erro dizer que você está condicionado pelo meio ambiente - sua casa, emprego, negócio, o lugar em que vive - pois isso é puramente sugestivo. Mas se aceitar, continuará a repetir os mesmos velhos padrões de seus antepassados e talvez leve a mesma vida, baseada em credos, dogmas e tradições. Os fatores externos não são criativos. O Poder Criativo está dentro de você. Um cientista não encara uma coisa criada como causa; é um efeito. Conhecendo a localização do Poder Criativo e da Causa Primeira, você não irá mais atribuir a qualquer pessoa, lugar ou situação o poder de criação ou geração. Seu próprio pensamento é o único poder criativo de que está consciente.

Todos os poderes do Infinito estão latentes e lhe são inerentes. Uma prece maravilhosa que se pode praticar é a seguinte: 'Deus é, e Sua Sagrada Presença flui através de mim como beleza, harmonia, amor, alegria, sabedoria, compreensão, orientação Divina e abundância. Sei que é tão fácil para Deus promover todas essas coisas quanto uma folha de relva e dou graças que assim seja.'

Repita essas verdades três ou quatro vezes, à noite e pela manhã, certificando-se de não negar posteriormente o que está afirmando. Vai descobrir que é realmente um filho do Infinito e uma criança da Eternidade. Todos os Poderes do Infinito começam a passar através de você, o que é chamado na Bíblia o Cristo em você, a esperança da glória. Procure sempre a sua herança espiritual e nunca a de seus pais ou ancestrais humanos. Você possui todo o poder sobre sua própria vida e os meios e capacidade de transformar seu mundo."

(Joseph Murphy - Sua Força Interior - Ed. Record, Rio de Janeiro, 1995 - p. 40/41)

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

O PECADO EQUIVALE À IGNORÂNCIA (2ª PARTE)

"(...) 'Por que o crime é um pecado? Porque a vida que lhe pertence é a mesma de todos os seres. Negar a quem quer que seja o direito de viver é negar a realidade dessa vida universal da qual você, também, é uma manifestação. Em termos de espírito, o crime é um suicídio.

'Por que é pecaminoso roubar? Porque o que você nega aos outros nega também a si próprio, já que o Eu superior dos outros é também seu Eu superior. Invariavelmente, ao fim e ao cabo, o ladrão se torna cada vez mais pobre. Dando ênfase aos desejos egoístas e colocando-os acima da compreensão do seu Eu universal, ele se afasta da verdadeira e única Fonte de vida e de toda a fartura. Roubando dos outros em proveito do ganho egoísta, ele acaba por diminuir a sua verdadeira identidade em vez de, como acredita, aumentá-la.

'Por outro lado, dar de si mesmo aos outros aumenta essa identidade e abre a inesgotável Fonte de abundância.

'Por que é algo pecaminoso dizer mentiras? Porque, pela mentira, a pessoa se afasta da realidade e daquela verdade superior que, sozinha, como afirmou Jesus, 'haverá de libertá-lo'.* Ao contar mentiras, a pessoa se isola do amparo que o universo proporciona gratuita e amorosamente a todos os que vivem em harmonia com as suas leis.

'O mentirosa arruína os fundamentos de todas as coisas que tenta construir neste mundo. Por fim, tudo se torna uma casa construída sobre a areia. As palavras simples de um homem que diz a verdade, por outro lado, são consistentes no universo. (...)"

* João 8:32.

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, A Essência da Autorrealização - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 61/62)

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

MUDANÇA NA CONSCIÊNCIA HUMANA (1ª PARTE)

"Imaginar um ego isolado de tudo o mais e trancafiado num saco de pele é uma alucinação. Na verdade, tudo está conectado com tudo o mais. Dada à enorme similaridade do pensamento budista com a ecologia profunda, não é difícil compreender que a 'egocentricidade' precisa ser substituída pela 'ecocentricidade'.

Como podemos aproveitar a óbvia interconexão entre o pensamento budista e ecologia profunda para lidar com os problemas urgentes que ameaçam os seres vivos neste planeta? Como escreveu Vaclav Havel, ex-presidente da república Checa, 'a única opção para nós é uma mudança na esfera do espírito, na esfera da consciência humana. Não basta inventar novas máquinas, novas regras e novas instituições. Devemos desenvolver uma nova compreensão do verdadeiro propósito de nossa existência na Terra. Somente ao efetuarmos essa mudança fundamental seremos capazes de criar novos modelos de comportamento e um novo conjunto de valores para o planeta.'

Assim como Havel, dezenas de filósofos, economistas e políticos têm reconhecido que a crescente crise humana é resultado da falta de raízes espirituais profundas, produzida em grande parte pelo fato de o significado e a identidade espiritual terem se divorciado da vida. Mas como podemos despertar para enfrentar essa crise?

Atualmente existem evidências de uma mudança cultural emergente, já que milhões de pessoas e seus líderes estão se mexendo para lidar com essas questões, como se estivessem saindo de um transe. Aqui estão algumas possíveis vias de aproximação: Despertar coletivo - Construção de sistemas sustentáveis - Transformação da economia mundial - Transformação da ética. (...)"

(C. Jotin Khisty - Mudança na Consciência Humana - Revista Sophia, Ano 12, nº 52 - p. 27)

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

MATURIDADE ESPIRITUAL: ENFRENTANDO OS PROBLEMAS COM FORÇA E CALMA

"Para ter receptividade, precisamos estar mentalmente relaxados. Paramahansa Yogananda costumava dizer que às vezes as pessoas se esforçam tanto para tentar entender que a mente corre em todas as direções e em consequência elas acabam não entendendo nada. Ocasionalmente ele nos dizia: 'Você está exagerando no esforço!'

Costumávamos pensar em todas as coisas que precisávamos perguntar a Paramahansaji; mas, quando estávamos em sua companhia e ele conduzia nossa mente em direção a Deus, as perguntas perdiam a importância.

É comum que os chamados 'problemas' resultem de pensamentos imaturos. Na presença de nosso Guru a mente se acalmava, e a tensão interior e a inquietude criadas por problemas e perguntas eram completamente apagadas. Mesmo quando não diziamos nada, os pensamentos se formavam de modo mais claro ao retornarmos aos nossos deveres, e sentíamos a segurança do senso interior de direção.

Mas Guruji não pensava por nós; ensinava-nos a 'crescer', pois a maturidade e o crescimento espiritual andam de mãos dadas. Não podemos fazer nenhum progresso real se continuamos dependentes dos outros. Maturidade significa a capacidade de enfretar os problemas da vida com força e calma objetiva e concentrar-se, com inteligência e discernimento, em encontrar a melhor solução. A maturidade espiritual vem quando nos aproximamos de Deus; é assim que se aprofunda a percepção intuitiva e o entendimento."

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p 48/49)

sábado, 8 de novembro de 2014

EQUILÍBRIO NA MENTE (PARTE FINAL)

"(...) Nossos sentidos são prejudicados pela atividade da mente. Muito disso se deve a tolas distrações. A atividade mental também reduz os sentimentos - por exemplo, a solidariedade. Milhões de pessoas estão morrendo de fome ou subnutrição. Ouvimos falar a respeito mas não sentimos de verdade. Torna-se parte do noticiário e logo esquecemos. Mesmo enquanto falamos ou lemos a respeito, a mente pode divagar para alguma outra coisa - o que a pessoa quer comprar na próxima vez que for ao shopping ou alguma outra trivialidade. Os pensamentos criam perturbação e embotam nossa percepção. Eles também suprimem nossos sentimentos mais sutis e belos de diferentes tipos, como por exemplo o lado moral - não no sentido convencional, mas no sentido de saber o que não é correto e o que não é útil.

Buda falou a respeito do correto pensamento, da correta linguagem, da correta ação, e assim por diante. Em que consiste a retidão? É um grande tema em si mesmo, mas ele resumidamente usou uma palavra que significa 'bem-estar', não simplesmente para si próprio mas também para as outras pessoas, para o ambiente, para tudo.

Portanto, viver o correto tipo de vida é um tipo de habilidade que a pessoa tem que aprender. As pessoas fazem coisas espantosamente antiéticas porque não sabem o que isso acarretará ao bem-estar dos outros e do mundo. É difícil saber o que é bom e o que não é; daí o axioma 'o caminho para o inferno está repleto de boas intenções.' Mas se nosso cérebro não estiver distorcido, se verdadeiramente nos preocuparmos com o bem-estar dos outros, entenderemos aquilo sobre o que Buda falou. 

O pensar excessivo suprimiu nossa capacidade de responder ao que não está no nível visível. (...) Dizem que algumas descobertas surpreendentes da ciência surgiram a partir de lampejos de percepção. Mas o verdadeiro pensar parece tomar parte. Alguns cientistas descreveram como durante anos trabalham num certo problema sem obter resposta, mas certo dia, subitamente, quando param de pensar no problema, repentinamente a resposta apareceu. 

Podemos estar cercados pela beleza de um local profundamente pacífico, mas a percepção dessa beleza pode ser reduzida pela atividade mental ou até mesmo totalmente perdida. Essa pode ser uma razão para a assimetria na atividade humana, porque a capacidade de pensar sumprime e obstrui a percepção sensorial, os sentimentos e as percepções morais e estéticas."

(Radha Burnier - Equilíbrio na mente - Revista Sophia, Ano 9, nº 34 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 27/28)


sexta-feira, 7 de novembro de 2014

EQUILÍBRIO NA MENTE (2ª PARTE)

"(...) Qual é o problema com a mente humana, dedicada a tantas coisas que parecem ser meios de autodestruição? Diz-se que o homem é a única espécie que destrói sem razão aparente, inclusive os seres de sua própria espécie. Nenhuma criatura, que não o homem, se entrega à destruição desenfreada. Essa é uma de nossas características peculiares. Se pensarmos cuidadosamente, parecemos estar fazendo uma coisa muito estranha. Poderemos tentar encontrar as razõs para isso? Haverá algum desequilíbrio no ser humano? 

Talvez esse desequilíbrio esteja dentro da nossa mente, por causa da atividade mental excessiva. A maioria de nós não vê muito bem, mesmo na juventude, quando a visão é aguda e clara. Olhamos para o mundo com 'olhos que não veem', porque muita coisa acontece dentro de nossa cabeça.

Alguém pode passar por um jardim extremamente belo e não estar consciente da beleza, ou estar consciente somente por alguns instantes. Podemos conversar com uma pessoa durante meia hora e não sermos capazes de ver que alguma coisa está perturbando essa pessoa.

Uma conversa entre duas pessoas pode deixar cada uma delas com apenas uma ideia parcial do que a outra disse. Quando ouvindo alguém falar, a maioria das pessoas está pensando no que irá dizer a seguir, e por isso não ouve. Podemos passar por um jardim e não ouvir o canto dos pássaros, nem sentir a brisa passando através das folhas, mesmo quando pensamos que ouvimos e sentimos.

Krishnamurti escreveu: 'Se você olhar para uma folha, olhe-a plenamente. Então você verá todas as cores, a beleza da forma, a textura, tudo. Se você olhar para as nuvens, para uma folha que cai, para as pessoas, para tudo, cuidadosamente, com atenção, você compreenderá o quanto não vê.' (...)"

(Radha Burnier - Equilíbrio na mente - Revista Sophia, Ano 9, nº 34 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 27)


domingo, 19 de outubro de 2014

TOMANDO CONSCIÊNCIA DE SI E DOS OUTROS

"A felicidade vem do íntimo. Não depende de fatores externos ou de outras pessoas. Nós nos tornamos vulneráveis e podemos ser facilmente feridos quando os nossos sentimentos de segurança e felicidade dependem do comportamento e as ações de outras pessoas. Nunca transfira o seu poder para outra pessoa. Tente não se apegar a coisas. No mundo tridimensional, aprendemos por meio de relacionamentos, não de coisas. Todos sabemos que não podemos levar nada conosco, quando deixamos este mundo.

Quando morremos e nossas almas avançam para dimensões mais elevadas, levamos conosco nossos comportamentos, nossos atos, nossos pensamentos e nosso conhecimento. A forma como tratamos os outros nos relacionamentos é infinitamente mais importante do que os bens materiais que acumulamos. Podemos ganhar e perder objetos e riquezas materiais durante a vida na terra. Não encontraremos esses objetos na vida do outro lado, mas encontraremos nossos seres amados. Este pensamento deve ajudar-nos a examinar nossas prioridades e valores.

Ame-se. Não se preocupe com a opinião alheia. Se você realmente precisa e quer dizer não, para recusar alguma oferta ou obrigação, faça isso. Se você não o fizer, abrirá um caminho para a raiva entrar. Você vai sentir raiva do compromisso e da pessoa que o impôs. É melhor dizer não quando você precisa e dizer sim quando você quer.

Enfermidades físicas são uma consequência comum da incapacidade de recusar compromissos indesejáveis, já que essa é uma maneira mais aceitável de dizer não. Então, você não tem outra escolha a não ser recusar, já que o seu corpo disse não por você. Mas é muito mais saudável afirmar assumidamente o seu desejo. Há um ditado que eu vi numa camiseta que resume isso de um jeito engraçado: 'Estresse é quando a sua mente diz não, mas a sua boca se abre para dizer sim'. (...)"

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 - p. 60/61)

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

MEMÓRIA CONSTANTE

"Através da pureza do intelecto surge a memória constante, e ao chegarmos à recordação correta todos os elos são completamente rompidos.


Memória Constante: esse é o caminho indicado no Upanixade Chandogya. O que torna a memória inconstante? É a pletora de imagens criadas pela mente, cada imagem demandando atenção da mente. A memória só pode ser constante se a percepção for constante. Somente se o homem vê os fatos e não as projeções da mente é que surge uma memória constante dos fatos. Um poeta inglês escreveu que nosso nascimento é esquecimento. Esquecemos de onde viemos, esquecemos nossa real natureza. Através da projeção de imagens foi construída uma natureza adquirida. Perdemos a base original da memória constante. Quando surge o vazio da plenitude aparente da mente, então naquele vazio surge uma recordação, o nascimento de uma memória constante. Vemos o que somos e é com esse conhecimento que retornamos ao mundo da ação de todo dia. Para aquele que viu sua real natureza o processo do vir-a-ser é alegria indescritível. Sua jornada na vida pode ser longa, mas o final não está distante, ele existe no próprio começo. Quando o final está no começo, a jornada com todos os seus perigos é uma experiência sensacional. Não se está preocupado em chegar. Para ele não há chegada, apenas a própria jornada. Quando a tensão e antecipação da chegada desaparecem, cada passo da jornada se torna uma experiência fascinante. Essa jornada para o aparente vazio leva-nos a uma experiência de intensa Plenitude, uma plenitude que permanece plena mesmo com a passagem do tempo. Porque é uma Plenitude que o tempo não pode tocar. É uma Plenitude que não conhece decadência, porque não é uma plenitude que foi preenchida com alguma coisa. É uma Plenitude de total vazio, de total nada, de absoluto vazio. A Plenitude do Vazio é realmente o Atman, o imortal e destemido, aquele que se expressa em todas as formas e ainda assim permanece supremamente Sem Forma."

(Rohit Mehta - O Chamado dos Upanixades - Ed. Teosófica, Brasília, 2003, p. 224/225)

terça-feira, 30 de setembro de 2014

DÊ TEMPO PARA AS TRANSFORMAÇÕES

"Uma criança precisa crescer de modo a transformar-se em um jovem bem proporcionado, mas esse crescimento leva tempo. Não acontece da noite para o dia. Da mesma forma, a transformação e o aperfeiçoamento da mente também levam tempo.

Hoje em dia há lugares em que se promove o crescimento acelerado de animais, como porcos, aves e bovinos, por meio de certos tipos de injeções. Depois, esses animais são mortos e consumidos. É uma prática negativa que, de certo modo, também afeta o ser humano.

Quando falamos de prática espiritual, é igualmente impossível injetar certas qualidades na mente para obter sua transformação imediata."

(Dalai-Lama - O Caminho da Tranquilidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 31)

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O PÉ DE ACÁCIA

"SE EU FOSSE aquele pé de acácia,

 ali na encosta,

 exibindo o amarelo agressivo das minhas flores,

 contra o fundo verde da mata,

 sentir-me-ia cheio de prazer

 por oferecer abrigo aos ninhos,

 e néctar às abelhas diligentes...

Gozaria, por certo, com o roçar macio do vento,

a tirar sons em meus ramos.

Nem me incomodaria mesmo de acolher algum parasito.

Se eu fosse aquele pé de acácia,

teria gosto de dar sombra ao casal de namorados,

mas, sem dúvida, sofreria as dores impostas pelo machado,

e ficaria triste com os moleques a matar meus passarinhos...

Mas eu responderia com a nobre impassibilidade de uma árvore.

Se eu fosse aquele pé de acácia,

imóvel, confiante, sereno,

majestosamente sereno,

saberia aceitar o que viesse,

sem lamentar,

sem reclamar,

sem me abater...

Mesmo que o temporal destruísse meus ninhos,

mesmo que as borboletas deixassem de vir ao amanhecer,

e minha flores murchassem,

mesmo que o estio prolongado e forte viesse queimar-me,

e as abelhas, sem encontrar sustento, se fossem...

embora passível de gozar e sofrer,

continuaria uma acácia majestosamente serena

e conservaria sempre a nobreza ereta de uma árvore.

Se eu fosse aquele pé de acácia,

saberia aceitar as coisas como são,

não me rebelaria contra o inevitável.

Saberia que

até no malcheiroso esterco,

energia inefável se manifesta.

E seria minha nutrição.

Acataria os golpes da poda,

a necessária dor para crescer.

Acataria os golpes do lenhador

que viesse que viesse fazer de mim algo útil.

Renunciaria a ser a pincelada amarela a embelezar a paisagem,

e me deixaria transformar em acha de lenha,

E meu mistério se libertaria em forma de luz e calor,

ou viria a servia de esteio a um casebre,

e meu mistério se faria abrigo.

Quando chegarei a ter

a majestade daquela pé de acácia

dando vida, beleza, abrigo, amenidade e lição?!"

(Hermógenes - Viver em Deus - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 4ª edição - p. 109/111)


sábado, 27 de setembro de 2014

CHAVES PARA A VIDA MAIOR (3ª PARTE)

"(...) EQUILÍBRIO - Temos a impressão de que o equilíbrio é outra qualidade ausente no ritmo acelerado do mundo atual. Parece muito mais fácil deixar as partes inferiores da nossa natureza dominarem e prevalecerem. Para trazer o equilíbrio às nossas vidas, precisamos harmonizar a personalidade material ou terrena com a personalidade espiritual. A ênfase excessiva em qualquer parte do nosso ser tende a nos enfraquecer, em vez de nos fortalecer. Quando estamos desequilibrados tendemos a agir a partir do medo, em vez de seguir o amor.

DISCERNIMENTO - Atualmente é preciso muito discernimento para descobrir a verdade nas coisas. Muitos ficam presos a detalhes e tornam-se incapazes de perceber o todo. Quando você se apressa em criticar e julgar, sem dispor de todos os dados de uma situação, aprende muito pouco. Sugiro que você sempre questione o que está por trás de qualquer pessoa ou situação para certificar-se de que há uma verdade espiritual no núcleo de tudo.

FÉ - A fé é a consciência de que sempre recebemos tudo o que desejamos e de que precisamos. A fé é uma crença na natureza invisível do universo. Ela segue de mãos dadas com a confiança. Quando temos fé em nós mesmos e em Deus, sabemos que estamos seguros, que somos amados e que nunca estaremos sozinhos.

CRIATIVIDADE - A criatividade é a capacidade de formar ideias, sentimentos e expressões capazes de transformar o mundo físico. Ela não se limita a artistas, músicos ou escritores. Todos nós somos criativos e podemos usar essa energia divina em tudo para tornar a vida mais fácil. Sempre que existe um problema nos relacionamentos, na família, na carreira, nas finanças ou em qualquer parte da vida cotidiana, temos a capacidade de resolver a situação através da nossa fagulha criativa. Quando usamos a criatividade, usamos a energia da Força Divina na sua mais elevada manifestação, especialmente quando empregamos a criatividade para o bem maior da humanidade. (...)"

(James Van Praagh - Em Busca da Espiritualidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 91/92)

domingo, 10 de agosto de 2014

OS ILUMINADOS (6ª PARTE)

O Grande Sábio da Paz

"No sul da Índia, perto de Madras, nasceu em dezembro de 1879 Bhagavan Sri Ramana, numa família brâmane. Já rapaz, Ramana disse a um de seus professores: ‘Este estudo não tem qualquer utilidade para mim. Preciso conseguir um outro tipo de sabedoria, pois a sabedoria do mundo material não pode fazer-me imortal. Esta sabedoria não pode dar-me o poder de vencer a morte. Eu preciso realizar o Divino Ser’.

A única obra espiritual que impressionou Ramana foi a vida do grande mestre Kabir e as suas descrições da vida dos 63 santos do culto Shiva, contada pelo seu tio Naga Swami. Mais tarde, lendo as sagradas escrituras vedas, brotou-lhe o desejo de ser um daqueles personagens celestiais. No mesmo instante foi imbuído de tal fé, de tal amor e tal fervor divino, que sentiu se inspirar nele a procura do Ser Supremo. Daí em diante ressoava no seu interior a palavra arunachala, identificado por seu tio como o nome de uma montanha sagrada. Algum tempo depois teve uma experiência extraordinária. Estava em seu quarto quando, subitamente, sentiu que se integrava no Universo. Seu corpo tornou-se estático e rígido. Ele perguntou: ‘Quem sou eu?’ ‘Minha consciência não é atingida absolutamente’. E então compreendeu que era completamente independente do corpo físico, da mente e dos sentidos, e disse: ‘Eu sou a Consciência.’ Nesse mesmo momento, sentiu a presença de Krishna, que lhe assegurou a imortalidade.

Pouco depois disso, abandonou o seu lar sem indicar o seu destino. Levou consigo apenas o dinheiro suficiente para a passagem com destino a Tiruvannamalai, uma cidade muito próxima à montanha Arunachala. (...) Ninguém o conhecia e ele passava o dia inconsciente do seu corpo físico e imerso em si mesmo em profundo êxtase.

Alguns meses após, o futuro grande avatar iniciou uma vida de rigorosa disciplina, passando vários anos ao pé da sacra montanha Arunachala. (...)

Um pequeno grupo de discípulos começou a formar-se  ao seu redor. Foi o mesmo que mais tarde construiu uma ermida na encosta da montanha, pedindo ao mestre para vir morar nela. Ele viveu ali por mais 50 anos."

(Equipe da Revista Planeta - Os iluminados - Planeta Extra Raja Ioga, março de 1984 - p. 51/58)

sábado, 9 de agosto de 2014

OS ILUMINADOS (5ª PARTE)

O Grande Reformulador

"Aurobindo, vidente hindu, filósofo, poeta e patriota, nasceu em Calcutá a 15 de agosto de 1872. Após estudos na Inglaterra, retornou à Índia em 1893, sendo um dos líderes revolucionários nacionalistas que lutaram pela independência. Nessa mesma época ele iniciou-se em ioga. Após ser julgado e absolvido em um caso de bomba em 1908, ele deixou a política e retirou-se para Pondicherry, onde viveu até a sua morte, a 5 de dezembro de 1950.

A vida política de Aurobindo foi inspirada em motivos espirituais, e depois dedicou-se à descoberta da maneira pela qual o Universo podia tornar-se divino. (...)

A mensagem filosófica de Aurobindo é de esperança, porque ele anuncia a salvação cósmica, na qual o homem e o universo estão destinados a se tornarem divinos. Isso é determinado pela lei da evolução. (...)

O Iluminado do Amor

Paramahansa Yogananda, também chamado de Supremo Cisne, nasceu a 5 de janeiro de 1893, em Gorakhpur, Nordeste da Índia, perto das montanhas do Himalaia. Após concluir o curso secundário decide ir para um eremitério em Benares, separando-se da família para entregar-se à disciplina espiritual de sua busca divina. É nessa época que Yogananda encontra-se pela primeira vez com o seu guru, Swami Sri Yukteswar Gíri, ‘a face divina que vira milhares de visões’, acontecimento que viria marcar profundamente a sua existência terrena. Yogananda atingiu alto grau de perfeição, chegando mesmo a realizar muitas curas físicas, e, mesmo após a sua morte material ocorrida a 7 de março de 1952, o seu corpo não apresentou nenhuma espécie de deterioração ou modificação durante os muitos dias que ficou exposto, conservando, inclusive, um grande brilho em sua pele. Deixou duas organizações não sectárias e não lucrativas: Self-Realization Fellowship (SRF), em Los Angeles, EUA, e Yogôda Satsanga (YSS), em Dakshinéswar, na Índia. O mestre declarava que, através dessas instituições, a mensagem liberadora de Krya ioga (a união com o infinito por meio de certa ação ou rito) seria difundida por todas as partes do mundo."

(Equipe da Revista Planeta - Os iluminados - Planeta Extra Raja Ioga, março de 1984 - p. 51/58)


quarta-feira, 25 de junho de 2014

EU TE EXALTAREI

"Ó PAI CELESTIAL, exaltarei Tua glória, as belezas de Teu paraíso em nosso interior. Que eu possa viver no jardim da felicidade da alma e dos pensamentos nobres, e estar impregnado, para todo o sempre, com o aroma de Teu amor.

Ó Espírito, faz de minha alma o Teu templo, e de meu coração o Teu amado lar, onde habitarás comigo em sereno e eterno entendimento.

Não queres descerrar Teus lábios de silêncio e sussurrar constantemente à minha alma pensamentos e orientação?

Amado Senhor, ensina-me a sentir que Tu és o único poder ativador, e que o valor de todas as experiências de minha vida reside em Te reconhecer como o único Autor de todas as ações. Ensina-me a contemplar-Te como o Amigo único, que me ajuda e estimula por intermédio de meus amigos terrenos.

Pai Celestial, de hoje em diante vou me empenhar em Te conhecer; farei esforços para cultivar Tua amizade. Todos os meus deveres serão executados com o pensamento de que estou Te percebendo por meio deles e, desse modo, Te agradando.

A vida é uma batalha permanente pela alegria. Possa eu lutar para vencer a batalha, no ponto exato em que me encontro agora.

Quando o medo, a raiva ou qualquer tipo de sofrimento me assaltarem, eu os observarei como espectador. Eu me distanciarei das minhas experiências. Esforçar-me-ei por manter, a todo custo, minha paz e felicidade.

Amado Pai, compreendo que o elogio não me faz melhor, nem a censura, pior. Sou o que sou diante de minha consciência e de Ti. Prosseguirei fazendo o bem a todos e sempre procurando Te agradar, pois só assim encontrarei a verdadeira felicidade."

(Paramahansa Yogananda - Meditações Metafísicas - Self-Realization Fellowship - p. 37/39)


terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

PALCO DA VIDA


"O espaço entre nascer e morrer terá que ser preenchido com a representação de um drama, que traz como título ‘VIDA’.

Uns desempenham o papel de palhaços, mas como verdadeiros Artistas; outros, querendo ser Artistas, desempenham seus papéis como verdadeiros palhaços.

Na mesma exibição há mendigos que representam o papel de verdadeiros Reis, e há Reis que representam o papel como verdadeiros mendigos.

E assim continua o drama, cujos personagens vão mudando de tempos em tempos, mas a comédia, e suas variações dramáticas, é sempre a mesma. Os artistas desaparecem misteriosamente, um por vez, sendo que a última exibição de cada um é sempre a mesma – o encerramento das cortinas sobre a cena cujo nome é ‘MORTE’; algumas flores e um adeus de saudade.

A desconhecida sequência ficará na esperança oculta de enigmas misteriosos, que se processam na existência do Infinito.

E assim é o eterno drama da humanidade e dos séculos, que é exibido no ‘PALCO DA VIDA’."

(R. Stanganelli – A Essência do Otimismo – Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 – p. 108)


sábado, 18 de janeiro de 2014

O CERIMONIAL

"A linha do cerimonial é uma linha ao longo da qual chegam muitas pessoas, mas é preciso compreender, naturalmente, que nenhum cerimonial religioso, seja ele qual for, é, na verdade, essencial, e o homem que deseja ingressar no Caminho da Santidade precisa compreendê-lo em sua plenitude e lançar de si a crença na necessidade das cerimônias, como um dos grilhões que o retêm afastado do nirvana. Isso não quer dizer que as cerimônias não sejam, às vezes, eficazes para produzir os resultados que se pretendem, senão que nunca são realmente necessárias a nenhum deles, e que o candidato a um progresso mais elevado precisa aprender a dispensá-las. A linha do cerimonial é uma estrada fácil para determinado tipo de pessoas, para as quais se revela efetivamente útil e inspiradora; há, contudo, outro tipo de homens para os quais o cerimonial é sempre um obstáculo entre eles e as divindades que desejam alcançar. 

No Cristianismo, a linha do cerimonial é a designada pelo seu fundador, através da qual deve operar a sua magia. A consagração da hóstia, por exemplo, é um meio graças ao qual a força espiritual se derrama sobre as pessoas. Existe, frequentemente, vasta quantidade de sentimento devoto no momento da consagração, e a operação da magia é ajudade por ele, muito embora não dependa dele. Os devotos recebem indiscutivelmente mais porque trazem consigo mesmos uma faculdade adicional de recepção. Por outro lado, existe sempre a probabilidade de que a devoção ignorante degenere em superstição. (...) Devemos lembrar-nos também de que, na História, costumamos ouvir muitas alusões aos piores efeitos do entusiasmo religioso, ao mesmo tempo que o bom e firme progresso de muitos milhares de pessoas sob a sua influência causa escassa impressão."

(C.W. Leadbeater - A Vida Interior - Ed. Pensamento, São Paulo, 1999 - p. 79/80)

terça-feira, 19 de novembro de 2013

ESCUTA A CANÇÃO DA VIDA

"Procura-a e escuta-a primeiro em teu próprio coração. A princípio talvez digas: 'Não consigo encontrá-la; ao procurar, encontro apenas discórdia'. Procura mais fundo. Se ficares de novo desapontado, detém-te e busca mais fundo ainda. Existe uma melodia natural, uma fonte oculta em todo coração humano. Pode estar oculta e completamente escondida e silenciada - mas lá está. Na própria base da tua natureza encontrarás fé, esperança e amor. Aquele que escolhe o mal se recusa a olhar para dentro de si, fecha os ouvidos à melodia do seu coração, assim como tapa os olhos para a luz da sua alma. Ele procede assim porque acha mais fácil viver nos desejos. Porém, sob toda vida existe uma forte corrente que não pode ser detida; as grandes águas na realidade ali estão. Encontra-as e perceberás que ninguém, nem a mais maldosa das criaturas, deixa de ser parte dela, por maior que seja sua cegueira em relação a esse fato, e mesmo que tenha construído para si uma horripilante máscara externa. É neste sentido que eu te digo: todos os seres entre os quais tu lutas são fragmentos do Divino. Tão enganadora é a ilusão em que vives, que é difícil que prevejas onde pela primeira vez detectarás a doce voz no coração dos outros. Sabe, porém, que ela está certamente dentro de ti. Procura-a em ti e, uma vez que a tenhas ouvido, mais prontamente a reconhecerás ao redor de ti."

(Mabel Collins - Luz no Caminho - Ed. Teosófica, Brasília, 2011 - p. 78/81)


domingo, 20 de outubro de 2013

QUATRO MÉTODOS RELIGIOSOS FUNDAMENTAIS: O MÉTODO CIENTÍFICO OU YOGA (1ª PARTE)

"São Paulo afirmou: 'Eu morro diariamente'¹ Com isso ele quis dizer que conhecia o processo de controlar os órgãos internos e que podia, voluntariamente, libertar do corpo e da mente o seu Eu espiritual - uma experiência que as pessoas comuns, destreinadas, sentem apenas no momento final da morte, quando o Eu espiritual liberta-se do corpo esgotado.

Ora, é possível ter a experiência de que o Eu está separado do corpo, sem experimentar a morte definitiva, submetendo-se a um curso de treinamento prático e regular neste método científico.

Darei apenas uma ideia geral do processo e da verdadeira teoria científica em que ele está baseado. Apresentarei o assunto aqui nos termos de minha própria experiência. Verificar-se-á, afirmo, que é universalmente aplicável. E também posso dizer, com plena garantia, que a Bem-aventurança - que é, como indiquei, nosso objetivo final - é sentida em grau intenso durante a prática deste método. Sua prática é em si intensamente bem-aventurada - muito mais bem-aventurança pura do que o maior de todos os prazeres que qualquer dos nossos cincos sentidos ou a mente jamais poderão nos oferecer. 

Não desejo dar a ninguém outra prova de sua verdade que não seja a proporcionada por sua própria experiência. Quanto mais alguém a pratica com paciência e regularidade, tanto mais sente, de maneira intensa e duradoura, que está estabelecido na Bem-aventurança de Deus. (...)"

¹ Coríntios 15:31

(Paramahansa Yognanda - A Ciência da Religião - Self-Realization Fellowship - p. 68/70)


sexta-feira, 11 de outubro de 2013

CORPO FÍSICO: VESTIMENTA TEMPORÁRIA DO HOMEM (1ª PARTE)

"O homem é essencialmente o Atma (que pode ser traduzido por Espírito). Não é o corpo, e nunca deve se identificar com o corpo por ser este simples vestimenta temporária. Mesmo os que concordam com esta verdade agem, na maioria das vezes, como se não fossem nada além do próprio corpo; por isso Sai Baba não cansa de martelar nesta verdade fundamental. 

Ele diz, por exemplo: 'Vocês são o Atma invencível, incólume aos altos e baixos da vida. A sombra que você projeta enquanto se desloca longe do caminho cai na sujeira e na poeira, na sarça e no mato, na pedra e na areia, mas você absolutamente não precisa se preocupar, pois caminha incólume. Assim também, como Atma, não há razão para se preocupar com o destino de sua sombra - o corpo.' (...)

O Atma em si não tem forma, mas cria as formas de que precisar. Criou os cinco envoltórios do homem. O mais grosseiro destes é o annamayakosha (revestimento do alimento). Mais sutil que este é o pranamayakosha (envoltório do alento vital). Estes dois são parte do corpo físico. Dois outros envoltórios formam o corpo sutil ou astral. São o manomayakosha (envoltório mental) e o vijanamayakosha (envoltório do intelecto ou da mente mais elevada). O quinto é o anandamayakosha (envoltório da bem-aventurança), que serve como o mais evoluído corpo do homem, o corpo causal, conhecido em sânscrito como karana sharira. Todos esses compartimentos e componentes servem ao senhor do castelo, o Jivatma (espírito individual). (...)"

(Howard Murphet - Sai Baba O homem dos milagres - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2006 - p. 329/330)


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

AMOR INCONDICIONAL: APERFEIÇOAR OS RELACIONAMENTOS HUMANOS (1ª PARTE)

"O mundo, como um todo, tem esquecido o significado real da palavra amor. O amor tem sido tão maltratado e crucificado pelo homem, que muito poucas pessoas sabem o que é o verdadeiro amor. Assim como o azeite está presente em cada partícula da azeitona, o amor permeia cada partícula da criação. Definir o amor, porém, é muito difícil, pela mesma razão por que não se pode descrever completamente o sabor de uma laranja. Você tem que provar a fruta para conhecer seu sabor. Assim é com o amor.

No sentido universal, o amor é o poder divino de atração que, na criação, harmoniza, une, prende junto. (...) Aqueles que vivem em sintonia com a força atrativa do amor harmonizam-se com a natureza e com os seus semelhantes, e são atraídos para a união bem-aventurada com Deus.

'O amor comum é egoísta, sombriamente enraizado em desejos e satisfações' [dizia Sri Yukteswar]. 'O amor divino é incondicional, ilimitado, imutável. O fluxo do coração humano desaparece para sempre, ao toque extasiante do puro amor.' (...)"

(Paramahansa Yogananda - Onde Existe Luz - Self-Realization Fellowship - p. 146/147)