OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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domingo, 4 de junho de 2017

O MALTRATO DOS ASPIRANTES (PARTE FINAL)

"(...) Os traidores e obstrutores, por outro lado, geram grandes adversidades para si mesmos que podem assumir duas formas particulares, entre outras. Uma é de atrair a atenção e tornarem-se instrumentos dos poderes das trevas, que procuram esmagar toda centelha de espiritualidade em cada ser humano. A outra adversidade consiste em obstruções em sua própria busca da verdade, da luz e do Instrutor. Em vez de ser claro, seu caminho é escuro e difícil. Isto pode ter sido causado não só pela ação direta de um caráter adverso, mas pela negligência, pela indiferença a um aspirante, por ter falhado em levar em consideração seriamente suas questões, seu apelo por ajuda e, em geral, deixar de ver a importância das mudanças interiores que estão ocorrendo no buscador. Este 'pecado de omissão' também gera adversidades, tais como o malogro em encontrar um auxiliar imediato e amigos mais avançados, e obstáculos domésticos, entre outros. 

Os ocultistas deveriam, com sabedoria e tato, estar à procura e ajudar toda a pessoa que encontram que está buscando a luz, mesmo que pareça que ela tenha começado mal. Pois é o fato de estar procurando que é de suprema importância.

Apesar deste conselho aplicar-se à vida oculta em particular, ele consiste na verdade no simples ato de ser amável em todas as ocasiões, mesmo quando a amabilidade tiver que ser firme. No entanto, estes fatos bastante simples e óbvios são muito negligenciados, e seria bom chamar a atenção dos teosofistas, especialmente dos principiantes, para eles. A verdade, infelizmente, é que muitas pessoas são afastadas da Senda, talvez por toda uma encarnação, pela intromissão de parte daqueles que deveriam saber como se portar corretamente."

(Geoffrey Hodson - A Suprema Realização através da Yoga - Ed. Teosófica, Brasília, 2001 - p. 158/159


quarta-feira, 1 de março de 2017

HABILIDADE PARA LIDAR COM A DOR (PARTE FINAL)

"(...) Annie Besant afirmou certa vez que, fazendo uma retrospectiva de sua vida, concluiu que poderia ter vivido sem todas as alegrias e prazeres, mas não sem as dores e os sofrimentos. Por meio dessas dores ela se tornou a grande mulher que foi. 'Muitos homens devem a grandeza de suas vidas às tremendas dificuldades por que passaram', disse Charles Spurgeon. (...)

Uma vida de tranquilidade traz decadência. Uma vida de dificuldades estimula o crescimento. Francis Bacon observou que 'a prosperidade revela melhor o vício e a adversidade revela melhor a virtude'. Ele escreveu também: 'A virtude da prosperidade é a temperança; a virtude da adversidade é a firmeza, que em termos de moral é a mais heróica virtude.'

Vencendo as adversidades comuns da vida - grandes e pequenas -, começamos a compreender o que está vinculado à busca daquela meta final de todo ser humano: a libertação total, a autorrealização; tornar-se um ser perfeito, livre da roda de nascimentos e mortes.

Não é de se admirar que os grandes instrutores não recomendem seguir o caminho estreito do discipulado a não ser que tenha chegado a hora em que o discípulo esteja pronto, tendo atravessado as dores e as lições da vida humana e sido aprovado. Somente então ele estará preparado para os testes finais da vida - testes tão formidáveis capazes de esmagar até mesmo homens de coragem e firmeza.

Numa carta a A. P. Sinnett, o mestre K. H. descreveu esse desafio em poucas palavras: 'Permitimos que nossos candidatos sejam tentados de milhares de maneiras diferentes, para extrair a totalidade de sua natureza interior e permitir-lhes a oportunidade de permanecerem conquistadores de uma maneira ou de outra. (...) Todos nós fomos testados assim. A coroa da vitória é apenas para aquele que prova ter valor para usá-la. (...) Não foi uma frase sem significado do Tathagata [Buda] que 'Aquele que domina o eu é maior que aquele que vence milhares de homens em batalha': não existe outra batalha tão difícil.'

Devemos, portanto, dar o valor devido a cada adversidade e a cada desafio por que passamos. Deixemos que sejam o fogo que forja o aço em nosso caráter, o polimento que é necessário à pedra preciosa de nossas almas."

(Vicente Hao Chin Jr - Oportunidades para crescer - Revista Sophia, Ano 7, nº 26 - p. 34/35)

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

HABILIDADE PARA LIDAR COM A DOR (1ª PARTE)

"Como desenvolver uma atitude positiva diante da adversidade? Antes de mais nada, vemos que o essencial na vida é o crescimento do eu verdadeiro em termos de sabedoria, maturidade, força e caráter, e não a expansão de nossas propriedades materiais ou da nossa fama. Nosso ambiente atual (família, negócio ou trabalho) é apenas uma escola por meio da qual nos aperfeiçoamos.

Assim como não nos afligimos quando uma criança tira nota baixa no exame escolar, do mesmo modo não precisamos nos afligir quando nos defrontamos com um fracasso temporário - pois, observando-se a vida como um longo processo de nascimento e renascimento, é uma certeza absoluta que todas as adversidades são temporárias.

Nossos automóveis, casas, contas bancárias e reputação, tudo isso desaparecerá e será esquecido daqui a cinquenta ou quinhentos anos. Se ficarmos excessivamente ansiosos em preservá-los, estaremos apenas buscanto pirita, que é o ouro dos tolos.

O que perdura são as qualidades interiores, não os corpos físicos ou as propriedades. Por isso, quando somos atingidos pela adversidade, não deveríamos perguntar 'o que eu perdi?', e sim 'como respondi a essa adversidade? Chorei e fiquei amargurado? Ou fiquei humilhado, porém fortalecido?'

Francis Bacon observou: 'Não conhece sua própria força aquele que não enfrentou adversidades.' Isso não quer dizer que devemos ficar entorpecidos e indiferentes às dificuldades. O próprio fato de perceber uma dificuldade significa que não estamos indiferentes, que somos emocionalmente afetados por ela. Negar a dor do infortúnio pode ser uma forma de escape ou de neurose - a falta de habilidade de lidar com a realidade.

Porém, embora reconheçamos e aceitemos a dor, não ficaremos subjugados ou desencorajados por ela. Na verdade, buscaremos a lição inevitável e o crescimento que ela traz. Procuraremos a pedra preciosa na cabeça do sapo venenoso. Ela estará lá. Sempre está. (...)"

(Vicente Hao Chin Jr - Oportunidades para crescer - Revista Sophia, Ano 7, nº 26 - p. 34/35)

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

OPORTUNIDADES PARA CRESCER

"Uma das grandes características de uma pessoa madura é a habilidade para discernir o verdadeiro valor da adversidade e do sofrimento - não apenas como um consolo agradável para aliviar a dor, mas como uma genuína acuidade de percepção sobre o papel incalculável que as vicissitudes desempenham no nosso crescimento.

Não foi apenas pela poesia que Shakespeare escreveu as imortais linhas: 'Doces são os usos da adversidade, que como o sapo, feio e venenoso, usa, no entanto, uma joia preciosa na cabeça.'

O homem experiente sabe como isso é verdadeiro e aprendeu a dar as boas-vindas à adversidade como a uma amiga, não uma inimiga.

Alguns leitores podem dizer: 'É fácil para você dizer isso. Se passasse por tudo o que eu passei, talvez você não estivesse tão disposto a chamar o infortúnio de amigo.'

Pode ser que sim. Existem poucas pessoas para quem o fardo de dificuldades pode parecer imoderadamente pesado. Mas lembremos de uma sábia observação de Sócrates, repetida por Heródoto e Montaigne, entre outros: 'Se tivéssemos todos que trazer nossos infortúnios para um armazém comum, de modo que cada pessoa pudesse receber uma parte igual na distribuição, a maioria ficaria feliz de pagar sua parte e ir-se embora.'

Os anos de experiência revelam que o infortúnio é uma sina comum a todos os homens e mulheres. Algumas pessoas, no entanto, parecem jamais ser perturbadas pelos revezes, não importa o quão terríveis pareçam. Elas ainda conseguem manter a placidez e a alegria genuínas, e confiantemente buscam uma carreira de sucesso. A maior parte das pessoas, no entanto, parece estar constantemente perturbada pelas adversidades passadas e presentes, como também se preocupa com os infortúnios que ainda não chegaram.

Quando a adversidade é vista simplesmente como um acontecimento doloroso e nada mais, então a pessoa não se elevou acima do ponto de vista estreito do indivíduo médio que reclama dos problemas e que é por eles amargurado. A superfície da Terra está cheia de pessoas assim - infelizes, aflitas, defensivas e desmoralizadas.

A pessoa que viu o verdadeiro valor da adversidade é aquela que praticamente se libertou da dor aguda e destrutiva trazida pelos acontecimentos ruins. Ela ainda sente a dor, mas a utiliza para vantagem própria, e não se deixa abater."

(Vicente Hao Chin Jr - Oportunidades para crescer - Revista Sophia, Ano 7, nº 26 - p. 32)