OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


Mostrando postagens com marcador Verbo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Verbo. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

A DIVINDADE DO SISTEMA SOLAR

"O estudo do oculto encara o Sistema Solar, em toda a sua vasta complexidade, como a manifestação parcial de um grande Ser vivente, e todas as suas partes como aspectos dessa manifestação. Muitos nomes Lhe têm sido dados; em nossa literatura teosófica Ele foi descrito, muitas vezes, sob o título gnóstico de Logos – o Verbo que no princípio estava com Deus e era Deus; mas agora costumamos referir-nos a Ele como a Divindade Solar. Todos os constituintes físicos do Sistema Solar – o Sol com sua magnífica coroa, todos os planetas com seus satélites, seus oceanos, suas atmosferas e os vários éteres que os envolvem – tudo isso, coletivamente, é o Seu corpo físico, a expressão d’Ele no plano físico. 

De modo idêntico, os mundos astrais coletivos – não somente os mundos astrais pertencentes a cada planeta físico, mas também os planetas puramente astrais de todas as cadeias do sistema (como, por exemplo, os planetas B e F de nossa cadeia) – formam o seu corpo astral, e os mundos coletivos do plano mental são o Seu corpo mental, o veículo por cujo intermédio Ele se manifesta nesse nível particular. Cada átomo de cada mundo é um centro através do qual Ele é consciente, e, portanto, não só é verdade que Deus é onipresente, mas também que tudo que existe, existe em Deus. 

Vemos, assim, que a antiga concepção panteísta se aproxima da verdade, ainda que apenas em parte, pois toda a Natureza, em seus diversos planos, não é senão a vestimenta daquele Ser, que existe fora e acima de tudo isso, em uma vida que transcende a toda e qualquer definição, e da qual nada podemos saber. Uma vida entre outros Regentes de outros Sistemas. Assim como todas as nossas vidas estão literalmente dentro d’Ele e são, em verdade, uma parte d’Ele, assim a Sua vida e a das Divindades Solares dos inumeráveis sistemas solares são parte de uma vida ainda maior, a da Divindade do Universo visível. E se existe, nas profundezas do espaço, outros universos, para nós invisíveis, todas as suas Divindades, por sua vez, devem fazer parte igualmente da Grande Consciência Una, que inclui a totalidade."

(C.W. Leadbeater - O Lado Oculto das Coisas - Ed. Teosófica, Brasília - p.  42/43)

sábado, 23 de janeiro de 2016

O EVANGELHO - SUTRA 3

"Parambrahma faz emergir a criação, a Natureza inerte (Prakriti). De Om (Pranava, o Verbo, a manifestação da Força Onipotente), vieram Kala, o Tempo; Desa, o Espaço; e Anu, o Átomo (a estrutura vibratória da criação).

O Verbo, Amém (Om), é o princípio da Criação. A manifestação da Força Onipotente (a Repulsão e sua expressão complementar, o Sentimento ou o Amor Onisciente, a Atração) é a vibração que se apresenta como um som peculiar: o Verbo, Amém, Om. Em seus diferentes aspectos, Om dá a ideia de mudança, que é o Tempo (Kala), no Sempre-Imutável; e a ideia de divisão, que é o Espaço (Desa), no Sempre-Indivisível.

As Quatro Ideias: o Verbo, o Tempo, o Espaço e o Átomo. O efeito resultante é a ideia de partículas - os inumeráveis átomos (patra ou anu). Esses quatro - o Verbo, o Tempo, o Espaço e o Átomo - são, portanto, uma e a mesma coisa e, substancialmente, não passam de simples ideias.

Essa manifestação do Verbo (fazendo-se carne, a matéria exterior) criou este mundo visível. Assim, o Verbo (Amém, Om), sendo a manifestação da Natureza Eterna do Pai Onipotente, ou do próprio Si-Mesmo Dele, é Dele inseparável e não é senão o Próprio Deus, assim como o poder de combustão é inseparável do fogo e nada mais é que o próprio fogo. Ver Apocalipse 3:14: João 1:1, 3, 14.
'Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da Criação de Deus.'
'No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. (...) Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. (...) E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós."
(Swami Sri Yukteswar - A Ciência Sagrada - Self-Realization Fellowship - p. 23/24)


quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A IMPORTÂNCIA DOS MANTRAS (1ª PARTE)

"Swami Muktananda costuma contar uma história sobre um santo que uma vez estava fazendo um discurso sobre mantras. Um homem na platéia levantou-se e disse: 'Que bobagem é essa de mantra? Quem pode perder tempo repetindo a mesma palavra várias e várias vezes? O senhor acha que se repetir 'pão, pão, pão' isso irá encher a sua barriga?'

O santo pulou da sua almofada. Apontou o dedo para o homem e gritou: 'Cale-se e sente-se, seu estúpido!' O homem ficou furioso. Seu rosto avermelhou e todo o seu corpo começou a tremer de raiva. Explodiu dizendo: 'O senhor se diz um homem santo e usa um termo desses para se dirigir a mim?' O santo respondeu com humildade: 'Mas, senhor, não compreendo. Você ouviu ser chamado de estúpido somente uma vez, e veja como isso o afetou, mas acha que a nossa repetição do nome do Senhor por várias e várias horas não nos beneficiará.'

A história de Muktananda está relacionada a um dos níveis nos quais o mantra nos afeta - um nível no qual o efeito está ligado ao significado do nome ou frases sagradas. Em outras palavras, está ligado à nossa associação com as palavras. Mas, além de qualquer imagem que nos seja lembrada, o som do mantra exerce o seu próprio efeito sobre nós. É como se existissem planos de realidade que possuíssem os seus próprios sons, suas próprias vibrações e nós repetimos o mantra para nos harmonizarmos com esses planos conciliando as nossas próprias vibrações com as deles através da repetição do som do mantra. Esse som, ou shabdh, é basicamente um som espiritual e não físico - da mesma forma que os chakras não são órgãos físicos, mas locais espirituais de várias formas de energia do corpo. A prática do shabdh yoga é um caminho para trabalhar com o som interior.

Muitos livros sagrados, em várias tradições, ligaram o som à criação de toda a forma. No hinduísmo, diz-se que o Om é o som-raiz do universo, a semente ou sílaba bija que se manifesta como criação. E encontramos na Bíblia: 'No início havia o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus, e o Verbo se fez carne.' Podemos imaginar o ato da criação ocorrendo dessa forma: o sem-forma se transforma por meio do plano causal em ideia, que já é um som sutil, um som tanto de palavras como de imagens; e depois ele parte dali para sons cada vez mais densos, incluindo, finalmente, nossos corpos, que são na verdade uma forma de vibração densa. (Eles possuem um som, embora não possamos ouvi-lo). (...)'

(Ram Dass - Caminhos para Deus - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2007 - p. 152/153)
www.record.com.br


segunda-feira, 3 de março de 2014

SACRIFÍCIO

"O UNO sacrificou-se
e se fez múltiplo

O SER sacrificou-se
e virou simples aparência

A ESSÊNCIA sacrificou-se
e produziu a existência.

O INFINITO sacrificou-se
e ficou preso
nas malhas do tempo,
no cativeiro das causas,
nos limites do espaço.

O VERBO se fez carne
e eis eu

É hora de sacrificar
o que tenho, faço, penso, sinto, aspiro e suponho que sou.

Só o sacrifício do eu
Integrando-me ao UNO,
Libertará da carne o VERBO,
E me reconduzirá
a SER."

(Hermógenes - Viver em Deus - Editora Nova Era, Rio de Janeiro, 2007 - p. 174/175)


sexta-feira, 31 de maio de 2013

A NATUREZA QUE NOS ENVOLVE E ESTÁ EM NÓS É A VESTE DE DEUS

"O atributo pelo qual o akaasa pode ser conhecido é Sabda (som), ou o Verbo! No princípio era o Verbo. O Verbo se fez objeto, encarnou-se, se tornou concreto. Esta é a razão por que damos a todo objeto a denominação de pada-artha. Pada significa palavra; artha quer dizer propósito ou significação. O "objeto" é o propósito para o qual a palavra (verbo) foi pronunciada, para o significado, que a torna válida. A palavra Deus é indício também de que existe o pada-artha (objeto), Deus; é a indicação de que há Deus. Se não houvesse Deus, a palavra Deus não se teria originado e alcançado tão grande circulação. Você pode ver ou pode não ver Deus, mas a palavra é prova de que há Deus.

Este Deus tem de ser visualizado por meio de disciplina espiritual constante. Não se deixe envolver em dúvidas e hesitações. Se cumprir a disciplina e purificar sua consciência, chegará a poder ver Deus instalado em seu coração. No copo existe água e também açúcar, mas a água está insípida porque você ainda não a mexeu bastante. Sadhana é um processo de "mexer". Sature com Deus cada momento da vida, e ela será adoçada.

Se você diz que Deus está em parte alguma, está fazendo noite em seu coração e predispondo-o para negros projetos e delinquência. Para ver Deus como uma entidade concreta, você terá de seguir esforçada e estritamente em processo prescrito. Então, ao fim de tudo, poderá experienciar Sua Graça e Sua Glória. 

A Natureza, que nos envolve e está em nós, é a veste de Deus. Em torno de nós, na atmosfera, temos músicas que emanam de todas as estações de rádio do mundo. Não as escutamos, no entanto. Você não capta qualquer delas. Mas, se dispuser de um receptor, e se o sintonizar em uma dada frequência, poderá escutar a música de uma particular estação. Assim também, o Divino está sobre, sob, em torno, aos lados, tanto perto quanto longe. Para chegar a conhecê-Lo, não recorra a um yantra (máquina), mas a um mantra (fórmula verbal, potente com subtom psicológico). A concentração ou dhyana equivale à fixação exata do local da estação no dial. O Amor é a sintonia correta com a "frequência" da Realidade, e a Bem-aventurança que ela propicia é o delicioso e claro escutar."

Akaasa - é o "elemento" mais sutil. Os cinco "elementos" que constituem o universo material são: akaasa (éter); vayu (ar); agni (fogo); apa (água); prithivi (terra).

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - 85/86)