OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 30 de novembro de 2014

DINHEIRO E SEGURANÇA SÃO COISAS DIFERENTES

"O dinheiro é uma coisa neutra. Nem bom nem mau. O que importa é o que fazemos com ele. Podemos usar o dinheiro para ajudar quem necessita ou podemos escolher usá-lo egoisticamente, desperdiçando a oportunidade de ser generosos. A escolha é nossa, e todas as lições serão, cedo ou tarde, aprendidas.

Dinheiro e segurança são coisas diferentes. Segurança só pode vir de nosso interior. É uma coisa espiritual, não terrena. Dinheiro é terreno. Não se pode levá-lo, quando partimos daqui.

Podemos perder tudo da noite para o dia, se este for nosso destino ou a lição que precisamos receber. A segurança vem de uma paz íntima e do conhecimento da nossa essência verdadeira, que é espiritual. Nunca podemos ser feridos, porque somos imortais e eternos, porque somos seres espirituais, não corpos físicos. Porque nunca estamos sós. Porque Deus e todo um exército de espíritos amorosos nos protegem. Porque somos todos uma mesma essência.

E não há necessidade de ter medo. De fato, essa verdade é o segredo de nossa segurança e da nossa alegria. 'Amem-se uns aos outros, de todo o coração, não temam, não se contenham. Quanto mais derem, mais receberão.'"

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 - p. 93/94)

UMA ALEGRIA INFINITA (1ª PARTE)

"Não existe nada mais forte do que silenciar a mente, ao ponto de todos os pensamentos desaparecerem por completo. Nenhuma palavra ou nenhum livro, por mais sofisticados que sejam, podem levar a essa vivência, e são limitados para descrever esses momentos. O silêncio é tão profundo, o espaço é tão vasto, a felicidade é tão rica, a alegria é tão infinita, a liberdade é tão grande e o amor tão profundo que tudo se torna secundário, mesmo a sua própria vida.

A trajetória não é fácil, uma vez que muitas pedras surgem a cada segundo no caminho, o mato está sempre crescendo no jardim do ego e muitas ilusões são plantadas diariamente na mente em um mundo egoico e cruel. Contudo, nada é impossível, principalmente quando entramos em contato com a sabedoria infinita interna e nos mantemos firmes, determinados, perseverantes e persistentes em busca do silêncio interior, cultivando o que há de mais profundo e de mais belo em nosso ser.

É preciso lembrar que, quando encontramos a felicidade maior no exterior, é porque ela está presente no nosso interior; o que está fora é simplesmente um reflexo de sua luz. Um dia a grande mestra sufi Rabia Al Basri estava meditando dentro da casa e Hasan, seu amigo, chamou por ela: 'Venha aqui fora ver que dia maravilhoso está fazendo!' Rabia respondeu: 'Hasan, aí fora você está vendo a luz refletida do Senhor, mas aqui dentro está o Senhor puramente presente.'(...)"

(Antonio Monteiro dos Santos - O silêncio e a verdade interior - Revista Sophia, Ano 12, nº 52 - p. 20/21)

sábado, 29 de novembro de 2014

QUE É KARMA?

"Se aceitarmos o princípio de causa e efeito na Natureza, e de ação e reação na física, não será lógico deduzir que essa lei natural se estende igualmente aos seres humanos? Uma vez entendida a consciência como fundamental em todas as coisas, a pergunta se impõe: 'Os homens não pertencem também à ordem natural?'

Eis a lei do karma: aquilo que você semear, colherá.* Se semear o mal, colherá o mal sob a forma de sofrimento. E se semear o bem, colherá o bem sob a forma de alegria interior.

Para entender o karma, você deve considerar que os pensamentos são coisas. O próprio universo, no final das contas, é composto por consciência e não por matéria. Esta responde, embora a maioria das pessoas não o perceba, ao poder do pensamento. A força de vontade direciona a energia e a energia, por seu turno, afeta a matéria. Na verdade, matéria é energia.

Toda ação, todo pensamento colhe sua própria recompensa correspondente. O sofrimento humano não é um sinal de cólera de Deus ou da Natureza contra a humanidade. É, antes, a marca da ignorância da lei divina por parte dos homens. Essa lei nunca falha em sua aplicação."

* Não vos enganeis, porque de Deus não se zomba; aquilo que o homem semear, colherá. (Gálatas, 6:7.)

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda,  Karma e Reencarnação - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 13/14)
www.editorapensamento.com.br


COMO FAZER A ESCOLHA CERTA EM QUALQUER SITUAÇÃO (PARTE FINAL)

"(...) Quando o nosso discernimento é toldado por desejos e emoções, torna-se uma forma de cegueira - psicológica e espiritual. Sob a influência das emoções, as pessoas ficam confusas e não conseguem raciocinar claramente.

Esse era um dos pontos que Paramahansa Yogananda frequentemente enfatizava para nós. (...) Ele dizia: 'Não fiquem correndo pra lá e pra cá como uma galinha com a cabeça cortada!' Nos primeiros tempos, ele me dava tantas responsabilidades que era difícil manter a calma, mas lembro-me de ele ter dito: 'Seja como o aço por dentro. Não seja emotiva.'

A emoção é prejudicial, pois paralisa a habilidade de pensar claramente e de perceber uma situação de modo preciso. (...) Quando aprendemos a separar os fatos das opiniões pessoais, o nosso discernimento não fica tão influenciado pelos desejos egoístas. Se cada ser humano aprendesse a fazer isso, haveria muito mais compreensão e paz no mundo.

Veja, essas são coisas práticas. Alcançar e expressar a Autorrealização é o propósito deste caminho: amar a Deus, saber que estamos unidos a Ele; e então aplicar esse amor e realização de modo prático na vida diária."

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 16/17)

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

SOMOS A SENDA

"Em certo sentido, somos já perfeitos e divinos nesse exato momento. Nosso verdadeiro Eu, nosso verdadeiro Ser não é o fugaz e sempre mutável vislumbre que chamamos presente, senão que abarca todo o nosso passado e todo o nosso futuro. É o completo existir com todo o seu ciclo de evolução nele contido. Assim é que somos tanto homens primitivos quanto homens perfeitos; e aquilo por que nos esforçamos, em realidade, já é nosso; o segredo da evolução consiste em nos tornarmos o que somos. Somente assim podemos compreender o significado de outras máximas ocultistas, como a de que ‘nós mesmos devemos nos tornar a Senda’. Isso é completa verdade e, contudo, só a compreendemos quando em nossa consciência como Egos consideramos a meta, o desígnio de perfeição, a conquista do Adeptado, não como algo estranho e muito distante, do qual temos de nos aproximar de fora, mas como nossa divindade interior, nosso próprio Ser mais íntimo.

Quando reconhecemos o que significa converter-nos na Senda, também saberemos que nada terreno poderá se interpor entre nós e nossa meta, pois a vimos e nos tornamos unos com ela. É como se houvéssemos visto nossa própria divindade e como se a meta estivesse no centro de nosso Ser. A Senda da Perfeição se converte, então, no desenvolvimento de nossa divindade."

(J. J. Van Der Leeuw - Deuses no Exílio - Ed. Teosófica, Brasília, 2013 - p. 50/51)


COMO FAZER A ESCOLHA CERTA EM QUALQUER SITUAÇÃO (1ª PARTE)

"Para saber como fazer a escolha certa em qualquer situação, precisamos guiar o nosso raciocínio pelo poder da intuição. Todos possuem o dom do 'sexto sentido', mas a maioria das pessoas não o usa. Em vez disso, preferem confiar nos relatórios dos cinco sentidos inferiores. Todavia, os cinco sentidos nem sempre fornecem dados precisos para que possamos reagir corretamente ou tomar as decisões certas. Além de terem âmbito e poder limitados, os sentidos (e sua 'chefe', a mente identificada como ego) interpretam tudo conforme seus próprios gostos e aversões, e não segundo a verdade e aquilo que, em última análise, seria benéfico para a alma. Ao tomar decisões baseadas apenas no que os sentidos externos e a mente inferior dizem, não é de admirar que o ser humano tenha problemas com tantas frequência!

Espero que chegue o dia em que o mundo inteiro entenda a importância de um período diário de recolhimento interior para sua orientação e comunhão com Deus. Ao fazer assim, você fica mais equilibrado e mais calmo; a sua capacidade de discernimento desperta. Você fica mais livre das amarras de hábitos, desejos, emoções e apegos que o impelem a comportar-se de determinado modo, certo ou errado. O discernimento (que, como a intuição, é uma qualidade da alma) capacita-o a perceber o que você deve fazer, e quando deve fazê-lo. É com a meditação que se desenvolvem essas faculdades da alma.

Aprenda a analisar claramente as situações, sem os 'antolhos' da emoção. (...)"

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 15/16)

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

EQUANIMIDADE

"Thithiksha equanimidade em face dos opostos, suportando serenamente a dualidade. É o privilégio do forte e o tesouro do bravo. Os fracos serão tão agitados como as penas de um pavão; estão sempre inquietos, sem um minuto de estabilidade. Oscilam feito pêndulo, de um lado a outro: numa hora, alegria; no instante próximo, tristeza.

Thithiksha não é a mesma coisa que sahana¹, pois sahana significa suportar, tolerar, aguentar uma coisa somente porque não se tem outro jeito. Se você tem capaciade para vencê-la, mas, ainda assim, nega-lhe atenção, isto sim, é disciplina espiritual. Conviver pacientemente com o mundo externo da dualidade, combinando isso com uma vivência de equanimidade e paz internas, é o caminho da Libertação. Levar tudo com analítica discriminação é o tipo de sahana que conduzirá a bom resultado."

¹ Sahana - fortaleza, paciência.

(Sathya Sai Baba - Palavras de Ouro - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 116)


SEXO E VIDA (PARTE FINAL)

"(...) Para terminar, eu diria que seu bem-estar e saúde psicossomática serão muito beneficiados se, sexualmente, você se comportar com pureza e castidade. Seja casto. Para isso, aprenda a amar integralmente, a partir do plano espiritual. Faça do ato sexual apenas uma parte do amor divinizado e divinizante. Seja natural. Atenda aos impulsos salutares e normais. Evite o artificial, o antinatural. Defenda-se contra a dissipação engendrada pela erotização industrializada de nosso tempo. Não caia na dependência erótica. (...)

Quando você e o ser amado se extasiarem mutuamente num olhar cheio de divina ternura e apenas com isso se sentirem plenamente satisfeitos, não pensem em impotência. Ao contrário, exultem, pois estão alcançando, na vida sexual, um plano inacessível aos animais e aos imaturos.

Sendo você um praticante de yoga, nem de leve receie impotência. A impotência ou frieza pode ter causa anatômica ou fisiológica. Quanto à primeira, às vezes só o trabalho cirúrgico. Quanto à segunda, o yoga resolve, quer se trate de anormalidade funcional, quer seja causada por desnutrição ou envelhecimento endócrino, quer seja de origem psíquica.

A prática do yoga proporciona muita energia sexual, mas, ao mesmo tempo, tranquilizando e reequilibrando a mente, vai corrigindo as causas psíquicas da genitomania.

O yoguim é rico em potencial, mas tem a tranquilidade sóbria de quem é soberano. A soberania nasce da equanimidade."

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 236/237)
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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

CORPO FÍSICO¹

"(§06) Quando há trabalho que precisa ser feito, o corpo físico quer descansar, passear, comer e beber; e o homem que não sabe diz a si mesmo: ‘Eu quero fazer estas coisas, e preciso fazê-las.’ Mas o homem que sabe, diz: ‘Aquele que quer não sou eu, e deve esperar um pouco.’ Frequentemente, quando há uma oportunidade de auxiliar alguém, o corpo insinua: ‘Quanto aborrecimento me trará isto, deixemos que outro qualquer o faça.’ Mas o homem que sabe replica ao seu corpo: ‘Tu não me impedirás de praticar uma boa ação.’"

Neste parágrafo Krishnamurti nos mostra como nos identificamos com o corpo físico. Essa identificação se dá, porque é por meio desse corpo que atuamos no plano físico denso, o qual é formado de matéria no estado sólido, líquido e gasoso. A nossa tarefa é trazer o corpo físico sob controle. Para tanto, é necessário que primeiro tomemos consciência de que ele é o veículo com que a alma pode experienciar estes níveis densos, através do sistema nervoso, onde deverá estar apto a “receber impulsos originados nos corpos superiores, tais como sentimentos, pensamentos e intuições e transmiti-los ao mundo físico através de ações” (Antonio Geraldo Buck)

Segundo I. K. Taimni, em seu livro Autocultura à Luz do Ocultismo: “O corpo físico tem alguma coisa que pode ser chamada semiconsciência, tem também hábitos, idiossincrasias e algo que corresponde à vontade, de modo que ele pode resistir, e resiste às nossas tentativas para mudar seus processos.” Todos nós sabemos como muitas vezes é difícil mudar algum hábito, mesmo que tais hábitos tenham sua origem nos corpos mental e emocional, mas como diz o próprio Taimni, é no físico que ainda ficam resquícios a serem trabalhados, como levantar em determinada hora, deixar de comer algo que não nos faz bem, executar tarefas que exigem um esforço a mais e assim por diante. Mas aquele que sabe o porquê de estarmos encarnados nesse nível de matéria densa, também sabe que é tarefa nossa controlar o corpo físico, apesar de ser uma tarefa árdua, mas o processo deve se iniciar com a “desidentificação”, isto é, sabermos que não somos o corpo físico. Para tanto, a disciplina é fundamental para que se tenha o corpo físico sob controle, sem castigá-lo ou mortificá-lo. Temos que ter em mente que, para que ele possa ser um bom veículo é necessário que goze de boa saúde, a fim de que possa desempenhar a contento suas funções.

[1] Comentários sobre o parágrafo 5º de Aos Pés do Mestre, de J. Krishnamurti, Ed. Teosófica, p.19-21

Tirza Fanini

SEXO E VIDA (2ª PARTE)

"(...) Pobres daqueles que, sem as condições espirituais necessárias, fazem votos de castidade. Sob o peso das tensões e desequilíbrios de que caem presas, ou ostensivamente renunciam ao voto, ou resolvem a 'coisa' na base da moral clandestina (para os outros, são renunciantes, mas, às escondidas, 'dão suas voltinhas').

'Quem não pode com o peso não pega na rodilha', diz o refrão popular. Quem não tem condições espirituais para fazer renúncia ao sexo não deve fazê-la. Os verdadeiros yoguis não reprimem por medo ou por considerarem o sexo um empecilho à realização espiritual. Eles o fazem com o fim de transformar as energias sexuais em ojas, fulgor e força criadora do espírito e o fazem sem dar publicidade ao fato e sem qualquer violência contra a natureza. Eles não frustram ou recalcam a função sexual que, para eles, já deixou de ser uma necessidade. Sua renúncia é resultado de maturação espiritual e, por seu turno, concorre para maior evolução.

No entanto, pode-se fazer o sexo e gozar de seus prazeres, procriando, em estado de pureza, com castidade. Para os casados, a castidade (brahmacharya) consiste em não corromper a cópula, transformando-a em divertimento excitante do qual a luxúria expulsou o amor.

O sexo é um fenômeno holístico, comportando vários patamares ou níveis do ser. O amor conjugal verdadeiro e santo, começa pela união do espírito e termina no nível genital. Quando somente o último existe, estamos diante da anomalia, que nunca deixou de gerar decepção, desencanto, ciúme e até crimes passionais.

A segunda atitude extremada em relação ao sexo é exatamente o abuso. É expressão de uma forma de primitivismo ou desequilíbrio psíquico, que costumo chamar genitolatria, isto é, a busca desenfreada, inconsequente de prazeres apenas genitais, sem qualquer participação dos níveis mais sutis e refinados do amor. O disvirtuamento, a exacerbação, a aberração da função sexual, é doença e requer tratamento, e, infelizmente, tão frequente, que chega a ser normal. (...)"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 235/236)
www.record.com.br


terça-feira, 25 de novembro de 2014

SEJA UM BOM CHEFE

"Você se torna um bom chefe quando deixa de culpar o ambiente em que vive, sua infância, seus pais e sua herança. Não adianta culpar os outros; a causa está em seus próprios pensamentos e sentimentos. A única pessoa a mudar é você mesmo.

Aprenda a assumir o controle e ser o chefe de seus pensamentos, sentimentos, ações e reações. Compreenda que é um rei em sua própria casa. Reivindique que a lei e a ordem Divinas governem sua vida em todas as ocasiões. Comece a pensar, falar, agir e reagir do ponto de vista do Centro Divino em você. Pode comandar seus pensamentos e dizer-lhes onde devem concentrar a atenção. Cuide para que todos os seus pensamentos paguem dividendos em saúde, sucesso, boas relações humanas e em todos os demais aspectos de sua vida.

O homem que se recusa a assumir o comando de seus próprios pensamentos será dominado e controlado pelas condições, circunstâncias e pessoas. Descobre-se sendo empurrado de um lado para outro, coagido e controlado pela mente de massa. Escolha os seus próprios pensamentos, baseado nos princípios Divinos e verdades eternas; com isso, todos os seus caminhos serão de satisfação e todas as trilhas serão de paz."

(Joseph Murphy - Sua Força Interior - Ed. Record, Rio de Janeiro, 1995 - p. 244/245)

SEXO E VIDA (1ª PARTE)

"Duas atitudes extremas em relação a este relevante problema da vida devem ser evitadas pelos candidatos a uma vida feliz e saudável: 

- castração psíquica;
- a desregrada e degradante gratificação.

A primeira é o caso dos que, por ignorância e erro, fazem do sexo um tabu, e por isso o evitam, condenam e até o temem. Quem vê no sexo uma imundície, uma ofensa à moral religiosa, portanto algo a ser temido; quem vê no ato sexual o 'pecado original', que nos condenou ao inferno; quem vê no sexo um antideus, uma queda, uma condenação à 'vida sem Deus' ou uma vergonha a ser ocultada; quem vê no sexo uma fraqueza ou artimanha engendrada por belzebu, para tomar nossa alma; quem vê o sexo assim tão deformado, precisa mudar de ideia e começar a descobrir que, além de não ser pecado, nem ser proibido por Deus, é, ao contrário, uma expressão do próprio Deus Onipresente. 

Essa castração nascida da mente é que mereceria ser chamada de belzebu. E tem sido tormento e desequilíbrio para muitos seres humanos. 

É impossível, em poucas frases, demonstrar que, dentro dos limites da normalidade, o sexo é, não apenas benéfico, mas mesmo uma necessidade biológica, psíquica, moral e espiritual. 

O próprio yoga, mal interpretado tem criado dificuldades àqueles que fanática e irracionalmente se decidem a cumprir um preceito chamado brahmacharya, que, ao pé da letra, quer dizer, caminho (charya) do Absoluto (Brahman). Esta palavra tem sido traduzida por quase todos os autores como 'castidade' ou 'celibato', sendo, portanto, interpretada como um veto ao sexo, uma repressão, que pode ser desastrosa aos homens vulgares. (...)"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 234/235)


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

SOBRE A VIDA FELIZ

"Em primeiro lugar, precisamos procurar saber qual é a nossa meta; depois, o caminho pelo qual poderemos atingi-la mais rapidamente, e, durante a jornada, desde que estejamos no caminho certo, devemos descobrir qual a distância que podemos vencer, a cada dia, e também qual a distância que ainda resta percorrer, para alcançar a meta para a qual somos impelidos por um desejo natural. Mas, enquanto caminharmos sem rumo, sem nenhum tipo de orientação, seguindo apenas o ruído e os chamados discordantes dos que nos atraem para diferentes direções, passaremos a vida cometendo erros - uma vida que é curta, mesmo quando nos esforçamos, dia e noite, para obter a sabedoria. Vamos, portanto, decidir tanto a meta, como o caminho, e, também, procurar um guia experiente que já tenha explorado a região para onde estamos avançando; pois as condições dessa jornada são diferentes da maioria das outras jornadas, Em quase todas as jornadas, uma estrada bem conhecida e perguntas feitas aos habitantes da região impedem que você se perca; mas nesta, os caminhos mais percorridos e mais frequentados também, são os mais enganadores. Nada, portanto, precisa ser mais enfatizado do que o aviso de que não devemos, como carneiros, seguir a liderança dos que estão na nossa frente, percorrendo o caminho que todos percorrem e não o caminho que deveríamos percorrer."

(Sêneca (aproximadamente 58 d.C.) - A Essência da Felicidade - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 - p. 98/99)

A NECESSIDADE QUE O HOMEM TEM DE DEUS

"No mundo, assim como no ashram, a vida mais satisfatória que o ser humano pode ter consiste em seguir o caminho espiritual interior. Quando ele tem Deus, seu coração não almejará nenhuma outra coisa. Tudo que já tenha buscado ou desejado ardentemente, ele o encontrará no completo contentamento e satisfação que desfruta em Deus. Ele tem apenas uma oração: que não seja mais enganado por este mundo. Tendo encontrado a comunhão divina - a abertura pela qual ele pode escapar da pequena cela do corpo e da consciência do ego para a liberdade da alma -, ele nunca mais deseja confinar-se de novo.

Essa compreensão da natureza aprisionadora do ego se desenvolve de acordo com o grau com que entregamos esse ego, com todas as suas limitações e egoísmo, a Deus. É impossível para Ele entrar na consciência do homem que pensa constantemente: 'eu, eu, eu'. Naquele que está completamente absorto no 'eu' não há lugar para 'Tu'. O primeiro objetivo a se buscar é a remoção desse 'eu'. Não é simples, mas torna-se mais fácil se desenvolvemos um anseio mais profundo por Deus.

Com frequência, esse anseio por Ele surge pelo sofrimento. Entretanto, não vejo o sofrimento como essencial no caminho espiritual, Muitas interpretações da vida e dos ensinamentos de Jesus estendem-se sobre a virtude da tristeza e do sofrimento. Esse conceito é muito deprimente. Mesmo sendo jovem, eu o rejeitei quando ele me foi apresentado; eu não conseguia imaginar alguém procurando a tristeza ou o sofrimento voluntária e alegremente. Não é uma forma prática ou realista de acercar-se de Deus, porque esses estados negativos não são naturais à alma. Eu nunca teria abraçado a yoga se tivesse pensado que é um caminho de tristeza! Eu acreditava que a busca de Deus devia acabar de vez com toda dor e infelicidade. Agora, depois de trinta e tantos anos neste caminho espiritual, estou convencida, para além de qualquer dúvida, de que encontrar Deus e comungar com Ele acabam realmente com a infelicidade humana.

Isso não é para dizer que o aspirante espiritual não vai passar por certas fases de dificuldade. É irrealista a ideia de que, pelo simples fato de procurarmos Deus, Ele removerá todos os obstáculos de nosso caminho. Com certeza Ele poderia fazer isso; mas se o fizesse, de onde viria a tenacidade humana? O músculo se fortalece pelo uso. Um braço inativo, que prende flacidamente ao lado do corpo, gradualmente se enfraquece e se atrofia. Assim é como ser humano. Se os músculos de sua fé, dedicação, compaixão, paciência, devoção, lealdade, perseverança - todas essas qualidades embrionárias que jazem no fundo da alma - não forem exigidas e exercitadas durante seu sadhana ou busca espiritual, ele nunca mudará e superará suas fraquezas e limitações humanas."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 109/110)

domingo, 23 de novembro de 2014

AS TRÊS PORTAS

"Existe um poema que diz:
Há três portas para o Templo:
Saber, trabalhar, orar;
E aqueles que esperam no portão externo
Podem entrar por qualquer delas.
Há sempre os três caminhos; o homem pode chegar aos pés do Mestre pelos estudos profundos, porque nesse caminho ele chega a saber e a sentir; e certamente se pode alcançar o Mestre por profunda, perseverante e longa devoção, pela constante elevação da alma até Ele. E há também o método de lançar-se a alguma atividade definida por Ele. Mas há de ser algo definidamente feito para Ele com este pensamento em mente: 'Se há crédito ou glória nesta obra, não os quero; faço-a em nome de meu Mestre; a Ele toda glória e louvor.' O poema acima citado também diz: 'Existe o que não ora nem estuda, e todavia pode trablhar muito bem.' E isto é exato. Existem alguns que muito pouco podem meditar, e quando procuram estudar, acham-no muito difícil. Esses devem continuar ambas estas coisas, porque nos cabe desenvolver todos os aspectos de nossa natureza, mas a maioria de todos eles deve-se lançar na obra, e fazer algo por seus semelhantes.

Tal é o mais seguro de todos os apelos: fazer as coisas em seu nome, praticar bons atos pensando n'Ele, recordando-se de que Ele é muito mais sensível ao pensamento do que as pessoas comuns. Se um homem pensa num amigo distante, seu pensamento se dirige para esse amigo e o influencia, de modo que o amigo pensa no emissor  do pensamento a não ser que sua mente no momento esteja muito ocupada com outra coisa. Mas por muito ocupado que um Mestre possa estar, um pensamento dirigido a Ele produz uma certa impressão, e ainda que no momento, talvez, não possa tomar qualquer conhecimento, contudo o toque ali está, e Ele o saberá e emitirá o Seu amor e Sua energia em resposta ao pensamento."

(C.W. Leadbeater - Os Mestres e a Senda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2004 - p. 64/65)


QUAL É A PROVA DA AUTORREALIZAÇÃO

"O que você imaginar com muita intensidade se tornará visível como uma alucinação, não tendo realidade intrínsica. Você deve compreender a diferença entre imaginação e Autorrealização. A prova essencial da Autorrealização - da consciência de Deus dentro de você - é ser verdadeira e incondionalmente feliz. Se você receber cada vez mais alegria na meditação, incessantemente, saiba que Deus está manifestando Sua presença em você. Se houver interrupção no fluxo da felicidade divina, há algo errado em sua consciência, algum nó que precisa ser desatado com o auxílio de seu guru. Pela comunhão assídua com ele, por meio da meditação diária e pela obediência a seus preceitos - o sadhana¹ que ele lhe deu - o guru desatará esse nó para você. 

Você não pode estar com o Senhor simplesmente pensando que é divinamente iluminado. Você precisa melhorar - deve se aperfeiçoar. Há uma enorme diferença entre a realização potencial e a verdadeira realização divina. Você jamais poderá conhecê-Lo, a não ser cultivando a humildade, a sabedoria e a devoção. O homem humilde é o que conhecerá a Deus.

Os que se aprofundam na superconsciência desenvolvem, automaticamente, poderes espirituais incomuns e controle sobre as forças naturais. Mas nenhum homem de autêntica percepção de Deus usa os poderes insensatamente, para exibição egoísta. Os sábios compreendem que o Senhor é o Único Autor e, humildemente, desenvolvem os dons extraordinários que ele lhes confiou. Não é tudo um milagre neste universo? Pelo simples fato de existir, não é o homem um milagre? Se os seres humanos não estão satisfeitos com todas as maravilhas que Deus criou, por que deveriam Seus santos realizar novos milagres? Eles nunca o fazem, a menos que - por alguma razão especial, muitas vezes insondável - o Senhor assim lhes ordene."

¹ O caminho de disciplina e instruções espirituais dada a alguém por seu guru.

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 161/162)

sábado, 22 de novembro de 2014

OS TRÊS ESTÁGIOS DA DÚVIDA

"A dúvida tem três estágios: ausência da dúvida, a presença inteligente da dúvida, a presença excessiva da dúvida. 

A ausência da dúvida gera pessoas psicopatas. Quem nunca duvida de si mesmo, quem se acha infalível e perfeito nunca terá compaixão dos outros. A presença inteligente da dúvida abre as janelas da inteligência e estimula a criatividade e a produção de novas respostas. A presença excessiva da dúvida leva as pessoas a retrair sua inteligência e suas atitudes pela insegurança. Tornam-se excessivamente tímidas e autopunitivas.

A dúvida inteligente esvazia o orgulho. Jesus contava ricas parábolas levando as pessoas a confrontar-se com seu orgulho e rigidez, desse modo ele objetivava estimular o espírito delas e romper seu cárcere intelectual. Ele respondia a perguntas com perguntas e quando dava respostas elas sempre abriam os horizontes dos pensamentos. Era um grande mestre da educação e seus discursos formavam e não informavam.

Alguns têm títulos de doutores, mas são reprodutores de conhecimento, repetem o que estudaram, falam o que os outros produziram. Precisamos de poetas da vida nos recônditos da sociedade. Precisamos ser engenheiros de novas ideias. Precisamos surpreender as pessoas e ajudá-las a mudar os alicerces da sua história.

Quem andava com Jesus Cristo estilhaçava constantemente seus paradigmas. Não havia rotina. Ele incendiava o espírito e a alma das pessoas. Seus gestos e comportamentos surpreendiam tanto seus discípulos que, pouco a pouco, foram lapidando suas personalidades. Você surpreende as pessoas e incendeia o ânimo delas ou as bloqueia?"

(Augusto Cury - O Mestre do Amor - Ed. Academia da Inteligência, São Paulo, 2002 - p. 23/24)

MUDANÇA NA CONSCIÊNCIA HUMANA (PARTE FINAL)

"(...) Dizem que quando as pessoas viram Buda logo após sua iluminação, ficaram tão perplexas pela extraordinária quietude de sua presença que pararam para perguntar: 'O que sois? Sois um deus, um mago ou um feiticeiro?' A resposta foi surpreendente. Buda disse, simplesmente: 'Eu estou desperto.' Sua resposta tornou-se o seu título, pois é isso o que significa a palavra Buda em sânscrito: aquele que está desperto. Enquanto o restante do mundo estava em sono profundo, sonhando um sonho conhecido como o estado de vigília, Buda livrou-se do sono e despertou.

Embora o chamado para o despertar de Buda tenha ocorrido há muito tempo, tendo desde então se repetido inúmeras vezes por quase todos os sistemas espirituais conhecidos, é desastroso que uma metafísica mal compreendida nos tenha levado à alienação entre nós e a Terra, e entre nós e os outros seres vivos. É imperativo que restauremos a percepção dessa interdependência. Naturalmente, uma transformação assim requer profunda reeducação a cada passo de nossas vidas. As fundações particulares, organizações não governamentais, empresas, instituições acadêmicas e organizações religiosas têm igual interesse em estabelecer prioridades nesse esforço.

É importante que perdoemos a destruição do passado e reconheçamos que ela foi produzida pela ignorância. Ao mesmo tempo, devemos reexaminar, do ponto de vista ético, que tipo de mundo herdamos, tudo aquilo por que somos responsáveis, e tudo o que legaremos às gerações futuras."

(C. Jotin Khisty - Mudança na Consciência Humana - Revista Sophia, Ano 12, nº 52 - p. 27)

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

A RELAÇÃO COM O MUNDO DOS OBJETOS

"Como é sua relação com o mundo dos objetos, com as inúmeras coisas que o cercam e que você usa diariamente? A cadeira onde você senta, o carro que dirige, a xícara onde toma seu café? Como é que você os vê e sente? Eles são apenas um meio para atingir alguma coisa, ou, de vez em quando, você reconhece a existência deles, o ser deles, e lhes dá atenção, mesmo que por pouco tempo?

Quando você se apega aos objetos, quando você os usa para valorizar-se ante os outros e aos seus próprios olhos, a preocupação com os objetos pode dominar toda a sua vida. Quando se identifica com as coisas, você não as aprecia pelo que são, pois está se vendo nelas.

Quando você aprecia um objeto pelo que ele é, quando toma conhecimento da existência dele sem fazer qualquer projeção mental, você se sente grato por ele existir. Pode também sentir que ele não é um objeto inanimado, apesar de parecer assim para nossos cinco sentidos. Os cientistas comprovam que, a nível molecular, cada objeto é um campo de energia pulsante.

Se você desenvolve uma apreciação pelo reino das coisas desprendida do ego, o mundo à sua volta adquire vida de uma forma que você não é capaz sequer de imaginar com a mente."

(Eckart Tolle - O Poder do Silêncio - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 - p. 62)

MUDANÇA NA CONSCIÊNCIA HUMANA (1ª PARTE)

"Imaginar um ego isolado de tudo o mais e trancafiado num saco de pele é uma alucinação. Na verdade, tudo está conectado com tudo o mais. Dada à enorme similaridade do pensamento budista com a ecologia profunda, não é difícil compreender que a 'egocentricidade' precisa ser substituída pela 'ecocentricidade'.

Como podemos aproveitar a óbvia interconexão entre o pensamento budista e ecologia profunda para lidar com os problemas urgentes que ameaçam os seres vivos neste planeta? Como escreveu Vaclav Havel, ex-presidente da república Checa, 'a única opção para nós é uma mudança na esfera do espírito, na esfera da consciência humana. Não basta inventar novas máquinas, novas regras e novas instituições. Devemos desenvolver uma nova compreensão do verdadeiro propósito de nossa existência na Terra. Somente ao efetuarmos essa mudança fundamental seremos capazes de criar novos modelos de comportamento e um novo conjunto de valores para o planeta.'

Assim como Havel, dezenas de filósofos, economistas e políticos têm reconhecido que a crescente crise humana é resultado da falta de raízes espirituais profundas, produzida em grande parte pelo fato de o significado e a identidade espiritual terem se divorciado da vida. Mas como podemos despertar para enfrentar essa crise?

Atualmente existem evidências de uma mudança cultural emergente, já que milhões de pessoas e seus líderes estão se mexendo para lidar com essas questões, como se estivessem saindo de um transe. Aqui estão algumas possíveis vias de aproximação: Despertar coletivo - Construção de sistemas sustentáveis - Transformação da economia mundial - Transformação da ética. (...)"

(C. Jotin Khisty - Mudança na Consciência Humana - Revista Sophia, Ano 12, nº 52 - p. 27)

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

ALÉM DO CALEIDOSCÓPIO DA SUBCONSCIÊNCIA

"Explicarei a diferença entre superconsciência e subconsciência. Superconsciência é o estado em que você pode, conscientemente, durante a vigília ou o sono, produzir no corpo a sensação que quiser, sem qualquer estímulo externo. Essa é a prova. No mundo subconsciente dos sonhos, você pode beber um copo de leite quente, mas essa experiência chega de forma involuntária. No estado superconsciente, você pode produzir essa ou qualquer outra experiência, conscientemente e quando quiser. Se não puder fazer isso, não se iluda pensando que alcançou a superconsciência.

Milhões de devotos jamais ultrapassam o caleidoscópio da mente subconsciente, que manifesta seus prodígios principalmente durante o sono. Mas no estado superconsciente você pode ver ou conhecer tudo o que desejar - não em imaginação, mas de verdade. Eu posso sentar-me nesta cadeira e transferir minha mente para a Índia, vendo exatamente o que está acontecendo lá, em minha casa.

O devoto avançado progride pelos três estágios de consciência espiritual, a Santíssima Trindade: primeiro, experimenta a superconsciência, a unidade com o poder criador na Criação: Om, 'Deus-Espírito Santo'. Em seguida, vem a Consciência Crística, a fusão com a Inteligência Infinita dentro da criação: Tat, 'Deus-filho'. Finalmente, alcança o estado mais elevado, a Consciência Cósmica, a Verdade além da criação, o Absoluto inefável: Sat, 'Deus-Pai'.

Às vezes um devoto demora-se na subconsciência, às vezes é elevado à superconsciência e à Consciência Crística; algumas grandes almas são capazes de ir além da Consciência Crística e entrar na Consciência Cósmica, o reino do Espírito Sem Causa. 

No estado de Consciência Crística, você não tem de visualizar as coisas antes de experimentá-las. Não precisa imaginar a Índia - você está lá; está consciente de toda a criação. Essa experiência é uma expansão infinita da consciência. Você está na folha de grama e no topo da montanha; e pode sentir cada célula de seu corpo e cada átomo do espaço. Mas a Consciência Cósmica vai além disso. Quando puder sentir sua presença em toda a criação e também conhecer a Alegria que está além da criação, então será um ser semelhante a Deus."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 162/163)


HOMEM, CONHECE-TE A TI MESMO! (PARTE FINAL)

"(...) Outras pessoas há que identificam o seu 'eu' com a sua parte mental ou emocional. Dizem, por exemplo: 'eu estou triste',  'eu estou alegre', 'eu sou inteligente'. Quer dizer que confundem o seu verdadeiro 'Eu' com a sua personalidade mental-emocional. Ora, como essa zona está sem cessar à mercê das influências da sociedade humana que nos cerca, segue-se que a felicidade ou infelicidade baseada nesse alicerce problemático depende do ambiente social, isto é, da boa ou má opinião que outros homens têm de nós; nós nos enxergamos tão somente no relexo da opinião pública. Se outros dizem que somos inteligentes, bons, belos, simpáticos, sentimo-nos felizes - mas, se disserem o contrário, sentimo-nos infelizes. Quer dizer que, neste caso, somos uma espécie de fantoches ou bonecos de engonço que reagem automaticamente ao impulo recebido pelos cordéis invisíveis, manipulados por algum terceiro, oculto por detrás do cenário da nossa vida. Esses fantoches humanos vibram com intensa felicidade quando, por exemplo, um jornal os cumula de louvores e apoteoses, embora totalmente gratuitos e quiçá mentirosos - mas sentem-se profundamente infelizes, talvez desesperados, quando alguém diz o contrário.

São escravos de fatores alheios à sua vontade - escravos que ignoram a sua própria escravidão! E como poderia um escravo ser feliz?

Em resumo: tanto os da primeira classe - os escravos do ambiente físico - como os da segunda classe - os escravos do ambiente social - fazem depender a sua felicidade de algo que não depende deles. É, pois, evidente que não podem ser realmente felizes, porquanto a verdadeira felicidade não é alguma 'quantidade externa', alguma objeto, que o homem receba, mas é uma 'qualidade interna', um estado do sujeito, que o homem crea dentro de si. A felicidade só pode consistir em algo que dependa de mim, algo que eu possa crear, independentemente de circunstâncias externas, físicas ou sociais. 'O que vem de fora não torna o homem puro nem impuro - só o que vem de dentro do homem é que o torna puro ou impuro.' (Jesus.)"

(Huberto Rohden - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda, São Paulo, 1982 - p. 24/28)

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

LIBERTAR-SE DO EGO

"O que nos faz egoístas é uma entidade chamada Ahamkara.

Como toda entidade, tende a firmar e afirmar sua existência. Tende a crescer em poder e comando.

É Ahamkara que retarda o reencontro redentor do suposto ser, que pensamos ser, com o Eu Divino, a Realidade Una, que essencialmente somos.

Destronar Ahamkara é o que nos pode libertar.

Superá-lo, o objetivo da vida.

Vencê-lo, no entanto, só é possível desmascarando-o.

Mas... Como é astuto!

Até mesmo quando, às vezes, tentamos melhorar, é ele, disfarçado, agindo para seu próprio engrandecimento, tratanto de frustrar nossa oportunidade de existir.

O que mais urgentemente devemos fazer é não mais acreditar que nós somos ele - Ahamkara."

(Hermógenes - Mergulho na paz - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2005 - p. 189/190)


HOMEM, CONHECE-TE A TI MESMO! (1ª PARTE)

"Quando o homem comum diz 'eu sou feliz', ou 'eu sou infeliz' - que é que ele entende com essa palavrinha 'eu'? A imensa maioria dos homens entende com esse 'eu' a sua personalidade física, material, isto é, o corpo, ou alguma parte do corpo. 'Eu estou com dor de cabeça.' 'Ele morreu.' Um determinado sentimento de bem-estar do corpo é, por eles, chamado 'felicidade', como um certo mal-estar físico é apelidado de 'infelicidade'. Ora, esse sentir físico está, de preferência, nos nervos, que são os receptores e veículos das nossas sensações físicas. Quer dizer que o homem comum, quando fala de felicidade ou infelicidade, se refere a um determinado estado vibratório dos seus nervos. Se esse estado vibratório dos nervos lhe dá uma sensação agradável, ele se julga feliz; do contrário, se tem por infeliz.

Ora, esse estado vibratório dos nervos nem sempre depende da vontade do homem; depende, geralmente, de fatores meramente externos, acidentais, alheios ao seu querer ou não querer, como sejam, a temperatura, o clima, a alimentação, acidentes fortuitos, eventos imprevistos, a sorte grande, morte na família, etc. Todo homem que, por exemplo, diz 'eu estou doente' identifica o seu 'eu' com o seu corpo, e sobre esse erro fundamental procura erguer o edifício da sua felicidade. É o que, no Evangelho, se chama 'edificar sobre areia'. Mas um edifício construído sobre areia vã não resistirá ao embate de enchentes e vendavais.

Também a humanidade nos pode fazer sofrer ou gozar. Mas nem as circunstâncias da natureza nem da humanidade nos podem tornar felizes nem infelizes. Felicidade ou infelicidade vem da nossa substância própria, e não de circuntâncias alheias. 'Eu sou o senhor do meu destino - eu sou o comandante da minha vida'.

Dentro desse critério inadequado, é claro, a felicidade ou infelicidade é algo que não depende do homem. neste caso, o homem não é 'sujeito', autor, da sua felicidade ou do contrário, mas tão somente 'objeto' ou vítima. Circunstâncias externas, fortuitas, incontroláveis o tornariam feliz ou infeliz. Quer dizer que esse homem seria um simples joguete passivo dos caprichos do ambiente. Não poderia afirmar: 'eu sou o comandante de minha alma; porquanto não seria ele que marca o roteiro da barquinha de sua vida, que estaria inteiramente à mercê dos ventos e das correntezas alheias ao seu querer ou não querer. Como poderia ser solidamente feliz o homem que faz depender a sua felicidade de algo que não depende dele? (...)"

(Huberto Rohden - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda, São Paulo, 1982 - p. 23/24)


terça-feira, 18 de novembro de 2014

O VINHO DO ÊXTASE ESPIRITUAL É INCOMPARÁVEL

"Depois que provar o vinho do êxtase espiritual, você saberá que nenhuma outra experiência pode ser igual. Procure sempre estabelecer a consciência divina em seus filhos, ensinando-os a meditar, para que não sejam tentados a brincar com o fogo das ilusórias alegrias falsas. A sagrada bem-aventurança nunca tem fim, mas os prazeres do álcool e das drogas são transitórios e terminam por trazer a infelicidade.

Todas as noites, durante o sono, você tem uma experiência de paz e alegria. Enquanto se encontra em sono profundo, Deus faz com que você viva na tranquila superconsciência, onde todos os medos e preocupações desta existência são esquecidos. Pela meditação, você pode experimentar esse sagrado estado mental quando está acordado, e viver constantemente imerso em paz curativa. 

Quando a alegria divina chega, imediatamente minha respiração se detém e sou elevado no Espírito. Sinto a bem-aventurança de mil sonos juntos e, contudo, não perco meu estado normal de consciência. Essa é, universalmente, a experiência dos que se aprofundam no estado superconsciente. Ao sobrevir o profundo êxtase de Deus, o corpo torna-se absolutamente imóvel, a respiração para e os pensamentos se aquietam - banidos, todos, pelo comando mágico da alma. Então, você bebe a bem-aventurança de Deus e experimenta uma embriaguez de alegria que nem mil goles de vinho poderiam dar. 

A pessoa comum, ao cochilar nas fronteiras do sono, sente uma leve felicidade, mas rapidamente perde essa percepção e adormece. O sono não é incosciência total, pois, ao acordar, você sempre sabe se dormiu bem ou mal. Há vários espécies de sono - alguns leves, outros profundos. Porém, mais inebriantes do que o sono mais gostoso são as experiências espirituais que podemos ter conscientemente com Deus. Para além dos mistérios do mundo do sono, estão todas essas alegrias divinas. Posso permanecer em qualquer estado que queira. Geralmente, estou entre a região do sono e a consciência do mundo - no estado superconsciente."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 160)

O PODER DA GENEROSIDADE (PARTE FINAL)

"(...) Quando penso no caminho da iluminação, da ausência de todo medo, do amor incondicional, da aceitação de todos os processos e da entrega a todos os desígnios, lembro-me sempre do exemplo generoso dessas mulheres. Apesar da carência de coisas muito básicas, elas mostraram um senso de tranquilidade, uma confiança sem estresse e um desfrutar da felicidade que poucas vezes pude constatar em indivíduos com grande segurança financeira.

Pode faltar o básico, mas tudo é prosperidade quando o essencial é ofertado. É preciso que a essência transpareça na existência, como ensina Roberto Crema, reitor da Unipaz. Para aqueles que têm grande volume de recursos materiais, nem sempre a generosidade está em oferecer o que se tem, mas especialmente o que se é. Um filho pode ficar feliz com um novo brinquedo, um aparelho tecnológico, um carro ou uma viagem, mas é na oferta generosa do tempo, da atenção, do afeto e da partilha de visões de mundo que ele encontrará a verdadeira condição de trilhar o caminho de sua realização.

O que é preciso e o que é necessário? Essa distinção é a chave da generosidade. Entregar o que é preciso sempre, mas perceber o que é necessário prioritariamente. Quando temos um olhar aberto, atento e perceptivo para aquilo que realmente está acima de qualquer outra necessidade, inclusive as nossas, então estamos exercitando a generosidade. E para quê? Qual o propósito de ser generoso? Além do benefício imediato do atendimento das necessidades, da prática do bem e do progresso justo e próspero, há um elemento que pode fazer toda a diferença quando exercitamos nossa generosidade: adentrar o campo sagrado da confiança pura e viver, mesmo que por instantes, fora da tirania do medo.

Esse desabrochar interior que a ausência de medo oferece é o salto quântico da realização plena, as asas da borboleta no coração de nossa existência. É sutil, imponderável e profundamente transformador. Não somos mais os mesmos, não vivemos mais na mesma realidade e não tememos mais o que temíamos. É a mutação da visão em uma microdimensão. Se seguimos no exercício da generosidade, ganhamos aos poucos uma visão nova, até que todo o macrouniverso também se modifica. Então, não só nós poderemos ver diferente, mas todos poderão viver num lugar diferente e melhor - tudo graças a generosidade."

(Dulce Magalhães - O Poder da Generosidade - Revista Sofhia, Ano 10, nº  37 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 10)

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

MANTENHA-SE FIEL AOS OBJETIVOS DE SUA VIDA

"A paz e a alegria, que uma pessoa comum pode obter, são momentâneas agora e aqui. No minuto seguinte já se foram. A dor põe fim à alegria. Esta não passa da ausência da dor. Por que deve o homem viver anos como se fosse uma carga sobre a terra, pelo muito arroz e trigo que consumiu, sem qualquer retorno de alegria e paz para si próprio e para os demais? A lamparina de óleo só brilha quando você vigorosamente bombeia o ar. Isso sugere que você se engaje no sadhana, iluminando melhor sua própria mente e difundindo luz sobre todos que se achegarem.

Se cada um se fizer somente perguntas como 'Quais são minhas qualificações?' e 'Qual é minha posição?', bem cedo pode constatar sua própria queda. Embora faminto, pode um tigre comer pipocas ou 'nozes de macaco'? Direcione sua vida para a meta que sua linhagem indica. Como pode um papagaio provar a doçura da manga, quando bica o fruto da árvore do algodão? Que seu esforço esteja em conformidade com a dignidade de seu objetivo. Nunca relaxe o esforço, seja qual for o obstáculo, e não importa quão longa seja a jornada."

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 47)


O PODER DA GENEROSIDADE (1ª PARTE)

"Quando penso nas qualidades espirituais que podemos demonstrar e entregar à vida, a generosidade sempre se apresenta no topo da lista. Pense que essa qualidade engloba várias outras, como o desapego a compaixão, o amor fraterno, a justiça, a tolerância, a amizade e muitas mais. Exercitar nossa generosidade é ser capaz de ampliar nossos sensores para verdadeiramente enxergar o outro e suas reais necessidades, pois ser generoso não é dar o que nos sobra, mas oferecer o que o outro precisa. E isso demanda uma capacidade extraordinária de sair das fronteiras internas, atravessar o deserto de nossas necessidades e entrar no território do outro.

É sempre bom lembrar que, onde há fronteira, há medo. Sendo assim, ao cruzarmos esses limites que aparentemente nos protegem, realmente rompemos aquilo que nos isola de todo o conjunto da humanidade. O exercício da generosidade, portanto, tem o poder de nos permitir sair da ilusão da separatividade e experimentar a unidade. 

Pude apreciar um exemplo contundente de generosidade quando trabalhei com mulheres de baixíssima renda. Quando elas têm, compartilham com suas vizinhas que necessitam muito, mesmo que o que elas tenham não seja um excesso, seja apenas o essencial; entretanto, há absoluta clareza daquilo que é prioridade a cada instante. Então, se uma tem um quilo de arroz, vai compartilhar hoje com a vizinha que não tem arroz nenhum, mesmo que amanhã ela também não tenha, por conta dessa partilha.

Contudo, amanhã é outro dia, hoje é preciso atender a necessidade premente daquela que precisa para alimentar a si e a seus filhos. Esse comportamento traduz uma confiança profunda no fluxo da vida e um senso de prioridade sem nenhum outro critério que não seja o que é realmente necessário agora. Essa é a verdadeira generosidade, que não é fruto dos excessos, mas deriva de um olhar atento, um coração aberto e um espírito confiante. (...)"

(Dulce Magalhães - O Poder da Generosidade - Revista Sofhia, Ano 10, nº  37 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 10)
www.revistasophia.com.br


domingo, 16 de novembro de 2014

MEU BEM-AMADO ME CHAMA

"Com as flores e os céus brilhantes, com o divino maná de alegria nas mentes felizes, com as almas repletas de sabedoria, com as canções dos pássaros e as divinas melodias nos corações dos homens, meu Bem-amado me chama, para que meus passos se voltem em direção a Seu lar de paz interior.

Buscarei o reino de Deus na alegria que surge da meditação constante, longa, profunda e contínua. Procurarei, dedicadamente, encontrar o Senhor dentro de mim, e não me darei por satisfeito com as pequenas inspirações imaginárias que brotam de silêncios inquietos e breves. Meditarei cada vez mais profundamente, até sentir Sua presença. Ao tornar-me cônscio de Deus, serei reconhecido como Seu filho. Sem pedir ou implorar, receberei toda prosperidade, saúde e sabedoria. 

Ó Perfume de todos os corações e de todas as rosas, não importa quantos dias de escaldante tristeza cruzem os umbrais de minha vida para me perseguir e me pôr à prova. Por meio de Tua benção, possam eles lembrar-me dos erros que me têm mantido longe de Ti.

Ó Protetor de Todos, não me importo que todas as outras coisas me sejam arrebatadas pelo destino que eu mesmo criei; exigirei, entretanto, de Ti - de Ti que me pertences - que protejas a tênue chama de meu amor por Ti.

Ó Gloriosa Onipresença, que o fogo da minha lembrança de Ti não se apague com as rajadas de esquecimento, sopradas pelo vendaval de minha vida mundana. 

Por meio da meditação, deterei as tempestades da respiração, da inquietude mental e dos tumultos sensórios, que assolam o lago de minha mente. Pela prece e pela meditação, empenharei minha vontade e atividade em alcançar o objetivo correto."

(Paramahansa Yogananda - Meditações Metafísicas - Self-Realization Fellowship - p. 81/83)


PROMOVENDO O AMOR E A COMPREENSÃO NOS RELACIONAMENTOS (PARTE FINAL)

"(...) Use o seu coração nos relacionamentos, não a sua cabeça. Se tiver dúvida, escolha o coração. Isto não significa que deva negar o que aprendeu com a experiência. Confie, porém, na sua sabedoria intuitiva, para integrar experiência e intuição. Não confunda sua intuição com o seu desejo. O importante é conseguir um equilíbrio entre cabeça e coração. Quando a intuição se manifesta com clareza e verdade, os impulsos amorosos são favorecidos.Quanto mais você se dedicar a ouvir essa serena voz interior, mais nítida e precisa ela se tornará.

Confie. Você pode confiar no amor. Decisões individuais talvez pareçam prejudiciais, mas não o amor. Quando o amor está presente, ele transparece em todos os nossos atos. Seu filho pode não entender a intenção amorosa com que lhe é injetado um antibiótico, mas você sabe que não poupará esforços para protegê-lo da doença. Às vezes somos obrigados a romper com a pessoa amada porque a relação se tornou destrutiva para os dois. É necessário olhar o contexto mais amplo antes de julgar as decisões ou atos isolados.

Pratique esses princípios tão simples que trarão satisfação e felicidade para o seu relacionamento. Compartilhe os pequenos prazeres da vida.

Temos a tendência de achar que as atitudes românticas devem ser grandiosas e expressas por meio de joias, flores e programas especiais. No entanto, aprendi que algumas vezes as pequenas coisas podem ser as mais significativas."

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro - 1999 - p. 65)

sábado, 15 de novembro de 2014

DEIXE A TIMIDEZ DE LADO

"Não tenha receio de tomar decisões. Algumas pessoas são tão acanhadas para decidir, que nunca agem com resolução e determinação. A indecisão é uma grande ferrugem no caráter. É realmente muito melhor tomar uma decisão do que nenhuma, pois mesmo que você tome a decisão errada, aprenderá com ela, e na tentativa de acertar, obterá força mental. Se permanecer passivo, só aprenderá que é uma vítima impotente das circunstâncias. Em vez disso, tenha coragem e enfrente os desafios com firmeza.

Quando as responsabilidades da obra de Paramahansa Yogananda recaíram sobre meus ombros, eu era excessivamente ansiosa ante a possibilidade de cometer erros! Foi então que eu vi uma coisa que me foi muito útil: os melhores executivos consideram-se bem-sucedidos quando acertam 60% dos casos. Em outras palavras, eles se permitem uma margem de erro de 40%. Então, eu disse a mim mesma: 'Com certeza também posso conseguir pelo menos isso!'.

Não há necessidade de preocupar-se demais se você erra. Não se castigue; em vez disso, reconheça o erro e corrija-o. Aprenda com o erro e continue. Nunca se esqueça: assim que você começa a buscar Deus com sinceridade, pode ter certeza de que Ele não o abandonará. Eleve uma mão para Ele, que lhe estenderá as duas. Sei que é assim; não pode ser de outro modo. A fé crescerá em você à medida que progredir no caminho espiritual.

Então, quando tiver de tomar uma decisão, o que tem a fazer é simples: ore e tente sentir uma sintonia interior. Se não a sentir, medite por alguns momentos ou pelo tempo que puder. A partir desse centro de tranquilidade, tome a decisão. Não fique sentado esperando que alguma mensagem fantástica lhe chegue, escrita em letras fulgurantes!

Estas são as verdades práticas e concretas que formam a base da vida espiritual. Deus é muito prático - Ele está no Seu céu, mas também está bem aqui, na Terra, com você. É assim que todos nós devemos agir - com a consciência em Deus enquanto nossas ações atendem aos deveres que Ele nos confiou."

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida  - Self-Realization Fellowship - p. 45/47)


PROMOVENDO O AMOR E A COMPREENSÃO NOS RELACIONAMENTOS (1ª PARTE)

"Relacionamentos precisam de cuidados e atenção. Desprenda-se de suas prioridades atuais, reavalie-as. Dedique tempo e energia para o bem da outra pessoa. Concentre nela sua atenção, pois os relacionamentos são mais importantes do que a televisão, a revista ou o jornal. Afaste as distrações, desligue a tevê, deixe de lado o jornal. Respeite a outra pessoa.

Nunca pense nos relacionamentos como coisa garantida, que não precisa ser continuamente alimentada. não caia na rotina. Renove o relacionamento através de ações amorosas. O relacionamento é algo vivo, que existe no presente. Sua garantia de permanencia não vem do passado.

Faça com que a alma penetre no relacionamento através da atenção e da compreensão. É isso que aprofunda o processo, harmonizando a alma/lado direito do cérebro com o ego/lado esquerdo do cérebro. Só os relacionamentos em que colocamos nossa alma trazem verdadeira alegria à vida. É sempre seguro amar completamente, sem reservas. Nunca seremos verdadeiramente rejeitados. É só quando nos deixamos envolver pelo ego que nos tornamos vulneráveis e nos machucamos. O amor em si é absoluto e abrangente.

Dirija-se aos outros com amor e compaixão, sem preocupar-se em receber nada em troca. O que importa não é o número de pessoas que você alcança com o seu amor, mas sim o ato de entregar-se carinhosamente. Às vezes, quando um médico trata do seu paciente com compaixão e vontade de curar, o médico é mais beneficiado do que o paciente. Todos nós somos médicos da alma. (...)"

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro - 1999 - 64/65)